Yoki anuncia fechamento da maior unidade no Paraná com corte de 1 mil empregos

Rafael Fantin/Ric Mais – Foto: Divulgação/General Mills A General Mills anunciou o fechamento da maior unidade da Yoki no Paraná, localizada na cidade de Cambará, no norte do Estado, por meio de comunicado enviado à imprensa nesta terça-feira (10). A previsão é que a fábrica seja desativada no final deste ano. O encerramento das atividades no […]

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Imagem Yoki anuncia fechamento da maior unidade no Paraná com corte de 1 mil empregos

Rafael Fantin/Ric Mais – Foto: Divulgação/General Mills

A General Mills anunciou o fechamento da maior unidade da Yoki no Paraná, localizada na cidade de Cambará, no norte do Estado, por meio de comunicado enviado à imprensa nesta terça-feira (10). A previsão é que a fábrica seja desativada no final deste ano.

O encerramento das atividades no município de 26 mil habitantes representa o corte de 750 vagas de empregos diretos e cerca de 300 postos de trabalhos indiretos, o que pode impactar cerca de 1 mil famílias na região. A unidade no Norte Pioneiro é a maior da empresa no Paraná e com o fechamento, a operação estadual será concentrada em Paranavaí, Noroeste, na outra fábrica da Yoki, que tem cerca de 200 empregados diretos.

De acordo com a Prefeitura de Cambará, a transferência da unidade para o interior de Minas Gerais, significa uma queda de R$ 6 milhões no orçamento municipal, montante proveniente do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

A secretária municipal de Indústria, Comércio, Turismo, Agronegócio e Inovação de Cambará, Angélica Cristina Cordeiro Moreira, disse que a Prefeitura foi surpreendida com a notícia, pois preparava propostas de incentivo e tinha uma área para expansão da fábrica, que possui seis pavilhões. A unidade de produção de alimentos funciona há 42 anos na cidade e foi adquirida em 2012 pela General Mills.

Moreira relatou que o Município foi comunicado do encerramento das atividades em um rápido encontro com diretores da grupo. A principal preocupação da secretária é que a empresa não teria sinalizado interesse na venda do local para concorrentes do setor alimentício, o que poderia desativar a principal fábrica de Cambará após quatro décadas.

“Pedimos para a direção do grupo repensar essa atitude, pois é muito importante manter os empregos, pois isso tem impacto na economia regional e no comércio local. Os empregados foram comunicados, rapidamente, e temos dúvidas se a unidade será mantida até dezembro de 2023, pois já houve uma mudança na logística e produção no final de 2021 e funcionários já informaram sobre paralisação de parte das atividades nos últimos dias”, informou.

Questionado sobre a venda do espaço industrial, a empresa informou que uma consultoria independente especializada foi contratada para “intermediação com possíveis interessados na aquisição” da unidade. “Todos os interessados serão devidamente considerados e avaliados neste processo. A empresa está empenhada em negociar junto ao sindicato para chegar a um consenso quanto a um pacote justo de PDV. A empresa informa que uma próxima reunião com líderes sindicais foi agendada para a semana que vem para dar continuidade às negociações”, respondeu por meio da assessoria de imprensa.

Na próxima semana, representantes da Prefeitura de Cambará devem se reunir com o Governo do Estado para avaliar o impacto e quais medidas podem ser tomadas para diminuir o impacto econômico com o fechamento da maior unidade da Yoki no Paraná.

Em nota, a General Mills justificou que irá reestruturar parte de suas operações no Brasil, transferindo as atividades de Cambará para a planta em Pouso Alegre (MG).

“Para minimizar os impactos desta decisão, a empresa já iniciou as negociações com os sindicatos de classe buscando oferecer, além das verbas rescisórias legais, um justo pacote de desligamento, com bônus de salários, extensão de benefícios – como vale-alimentação e assistência médica, além de incentivo extra por performance ao longo dos próximos meses, até o encerramento das atividades nesta unidade”, garantiu a General Mills.

Além disso, a empresa prometeu que também vai oferecer uma consultoria com orientações para recolocação profissional, além de ofertar oportunidades de transferência para colaboradores que tenham interesse em trabalhar no interior mineiro.

“A General Mills reitera que é uma decisão de negócios, e não está relacionada ao poder público ou à comunidade local. A ação visa tornar a atuação da companhia ainda mais eficiente e produtiva, com o objetivo de oferecer melhor nível de serviço a todos os clientes”, finaliza a nota.

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