Indicadores apontam economia do Paraná em ascendência
Entre janeiro e dezembro de 2019, o Paraná acelerou o ritmo da produção industrial, esteve entre os maiores geradores de emprego do País e manteve curvas ascendentes na agricultura e no comércio. Esse é o resumo dos principais indicadores econômicos do Estado no ano passado. Eles mostram desempenho acima da expectativa em todos os setores e […]
Entre janeiro e dezembro de 2019, o Paraná acelerou o ritmo da produção industrial, esteve entre os maiores geradores de emprego do País e manteve curvas ascendentes na agricultura e no comércio. Esse é o resumo dos principais indicadores econômicos do Estado no ano passado. Eles mostram desempenho acima da expectativa em todos os setores e recuperação que ajudou a impulsionar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Para o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o bom momento do Paraná é amparado pela confiança dos empresários e por políticas públicas de estímulo ao emprego, ao comércio, desburocratização e infraestrutura. “Os resultados econômicos de 2020 tendem para continuidade do crescimento e possivelmente um novo salto”, destacou o governador.
Entre as iniciativas estaduais que repercutem no desempenho econômico estão o programa Descomplica, de desburocratização no processo de abertura de empresas, a conquista da autonomia dos portos do Paraná, o programa Voe Paraná, a retirada de mais de 60 mil itens do regime de substituição tributária, a modernização tecnológica da Junta Comercial, o fortalecimento de um sistema estadual de fomento e o programa Paraná Trifásico, de transformação da rede elétrica no campo.
“Mesmo com uma safra aquém das expectativas entre 2018 e 2019, o Paraná conseguiu impor um ritmo forte na economia, liderando a produção industrial, agregando valor aos produtos do campo. Também aumentamos a atração de investimentos privados, que ultrapassaram R$ 23 bilhões”, afirmou o governador. “Esse ritmo foi alcançado pelo esforço de produtores, cooperativas e empresários paranaenses, com apoio da bancada federal e dos deputados estaduais”.
RESULTADOS – De acordo com o boletim econômico da Secretaria da Fazenda, a atividade econômica cresceu 2,11% no Paraná no acumulado até novembro de 2019. O índice é resultado de uma projeção do Banco Central e se manteve positivo em todos os últimos meses, acompanhando a tendência nacional.
O Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), evoluiu nos nove primeiros meses de 2019 e deve atingir 0,7% no resultado acumulado do ano, em contraste com a queda de 0,4% observada em 2018 e em três dos últimos cinco anos já analisados – 2014, 2015 e 2016.
No 3º trimestre do ano passado o crescimento foi de 1% em relação ao mesmo período de 2018. O índice foi puxado pela evolução do setor agropecuário e da indústria. Em 2019, o saldo da balança comercial do Estado foi de superavit de US$ 3,54 bilhões.
O Paraná foi um dos quatro Estados que aceleraram a geração de emprego no País em 2019, com saldo de 51.441 vagas abertas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o melhor índice dos últimos seis anos, com crescimento de 24,28% em relação a 2018. Houve avanços nos indicadores de todos os setores, da construção civil ao comércio.
O Estado também acumulou crescimento de 5,4% na produção industrial entre janeiro e novembro. É o maior índice do País e o melhor resultado desse recorte desde 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas oito dos quinze locais pesquisados no País registraram variação positiva entre janeiro e novembro de 2019, e o balanço nacional recuou -1,1% no período.
No comércio varejista ampliado (que engloba todos os setores), a evolução foi de 3%, de acordo com o IBGE. O índice acumulado dos onze meses é um comparativo com o mesmo período de 2018 e foi puxado pelo crescimento das vendas de materiais de construção (10,1%), veículos, motos, partes e peças (9%) e itens de uso pessoal ou doméstico (17%). A variação nacional apontou crescimento de 3,8%.
NOVAS EMPRESAS – O Paraná também encerrou 2019 com saldo de 111.616 novas empresas, segundo dados da Junta Comercial. Foram 182.437 aberturas, crescimento de 5% em relação a 2018, e 70.821 baixas. A média paranaense em 2019 foi de cerca de 15 mil aberturas por mês. A digitalização da instituição permitiu zerar uma fila de espera de mais de dois mil pedidos no começo do ano passado.
AGRO – Em 2019, o Paraná consolidou a 3ª posição no ranking nacional das exportações agropecuárias, correspondendo a 13,02% do volume brasileiro, atrás apenas do Mato Grosso (17,22%) e São Paulo (15,63%). O agronegócio foi responsável por cerca de 77,6% das exportações do Paraná em 2019.
A produção avícola paranaense, por exemplo, superou as previsões otimistas do setor. O Estado encerrou o ano com recorde de abate de frangos, chegando a marca de 1,87 bilhão de cabeças. O número é 6,43% maior ao registrado em 2018, marcando o recorde para a produção em um ano. Os dados são do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). O Paraná ainda se manteve como principal exportador de carne de frango do País, com 38% do volume total.
As exportações de carne suína, matriz econômica em que o Paraná também é protagonista, geraram US$ 1,59 bilhão em receita no País em 2019, e registraram crescimento de 31,9% em relação a 2018.
PERSPECTIVAS PARA 2020 – A previsão otimista para 2020 tem como base a supersafra de grãos do verão, a conquista do novo status sanitário e a consolidação das conquistas de infraestrutura, com potencial de atrair novos investimentos. Ao mesmo tempo, a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta evolução de 2,2% no PIB brasileiro neste ano.
“Estamos muito animados. A economia brasileira tem dado sinais de crescimento mais constante com as políticas de austeridade e o Paraná deve ser um grande protagonista nesse cenário. Estamos nos preparando para aumentar a produção de alimentos e para tornar o Estado um hub logístico da América do Sul”, destacou o governador.
A safra paranaense de grãos de verão 2019/2020 pode chegar a 23,4 milhões de toneladas, valor 19% superior ao da safra anterior, segundo estimativas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
A suspensão da vacinação contra a febre aftosa nos rebanhos paranaenses deve ampliar o acesso a novos mercados para os produtores locais. Em setembro de 2020 haverá reconhecimento pelo Ministério da Agricultura e, em 2021, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O novo status sanitário permitirá dobrar as exportações de carne suína, por exemplo.
CONFIANÇA – Há otimismo, também, por parte do empresário paranaense. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) cresceu 15,3% em novembro relação ao mesmo mês de 2018. A Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, Serviços e Turismo da Fecomercio também mostra que 69% dos empresários do Estado têm expectativa favorável para o 1º semestre.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial do Paraná (ICEI) de janeiro de 2020 acompanha o otimismo em relação à economia, em especial com o indicador de expectativas: crescimento para 71,8 pontos em janeiro 2020 contra 71,5 registrados em dezembro 2019. Na pesquisa mensal, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com empresários do setor no Paraná, 59% também informaram ter intenção de fazer novos investimentos nos próximos seis meses.
FONTE/FOTO: AEN