Fila de espera por leitos aumenta 16% em 48 horas e secretário do Paraná fala em ampliar e prorrogar medidas restritivas
O secretário de Saúde do Paraná Beto Preto afirmou, nesta quinta-feira (4), em entrevista ao telejornal Meio Dia, da RPC, que a ocupação de leitos exclusivos de UTI para Covid-19 pelo SUS nesta quinta (4) está em 96%. Na macrorregião Oeste, onde a situação é mais grave, a lotação é de 98%. Ele afirmou que a fila à […]
O secretário de Saúde do Paraná Beto Preto afirmou, nesta quinta-feira (4), em entrevista ao telejornal Meio Dia, da RPC, que a ocupação de leitos exclusivos de UTI para Covid-19 pelo SUS nesta quinta (4) está em 96%. Na macrorregião Oeste, onde a situação é mais grave, a lotação é de 98%. Ele afirmou que a fila à espera de um leito hospitar chegou a 811 pacientes, o que significa um aumento de 16% em 48 horas, já que na terça a fila tinha 699 pessoas. Diante do quadro, ele sinalizou que o governo do Paraná vai avaliar entre sexta-feira (5) e sábado (6) se o decreto estadual com medidas restritivas será ampliado ou prorrogado. “Nós temos muitas atividades consideradas essenciais que estão abertas. Talvez nesse momento mais duro fosse o caso que nem elas ficassem abertas. Precisamos que a taxa de isolamento aumente”, afirmou.”Precisamos de pouco movimento, de isolamento domiciliar, diminuição de pessoas nas ruas, para que o vírus circule menos. Caso contrário, nós vamos continuar com pessoas todos os dias sendo atendidas nas UPAs com dificuldades para ir para o hospital”,disse.
Apesar da fila, Preto disse que o Paraná não deverá transferir pacientes para outros estados, apesar de o Ministério Público Federal (MPF) ter ajuizado uma ação pela transferência. Ele lembrou que a maioria dos Estados vive um colapso na saúde: “É uma possibilidade mínima. Temos 18 ou 19 estados com praticamente lotação total dos leitos de UTI. Santa Catarina ficou de mandar 16 pacientes para o Espírito Santo e conseguiu encaminhar um até agora”, afirmou ele.
O governo estadual já abriu 3.616 leitos durante a pandemia, número superior ao que foi criado nos últimos 30 anos e fez novos pedidos ao Ministério da Saúde, como mais respiradores, monitores e medicamentos, mas Preto repetiu que criar leitos é ‘enxugar leitos’. “”Não podemos ficar vendendo essa ideia de que podemos ficar abrindo leitos. Precisamos de pouco movimento, de isolamento domiciliar, diminuição de pessoas nas ruas, para que o vírus circule menos. Caso contrário, nós vamos continuar com pessoas todos os dias sendo atendidas nas UPAs com dificuldades para ir para o hospital”, afirmou.