CNI: 90% não fazem questão de escolher marca de vacina

Noventa por cento da população quer ser vacinada contra o novo coronavírus independente da marca do imunizante, mostra pesquisa divulgada hoje (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento ouviu 2 mil pessoas em todos os estados do país entre os dias 12 e 16 de julho.

Entre as pessoas entrevistadas, 43% disseram que até gostariam de escolher entre as marcas de vacina disponíveis se houver essa possibilidade, mas apenas 9% afirmaram que deixariam de se vacinar se o imunizante de preferência não estivesse disponível. “O fato de o brasileiro aceitar tomar a vacina disponível nos deixa menos apreensivos, não só pela proteção individual, mas pelo benefício para toda a sociedade”, ressaltou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A maioria da população (62%) considera que o ritmo da vacinação no Brasil ainda é lento. Porém, 68% acreditam que a velocidade da imunização no país aumentou muito em julho em relação a junho.

Menos medo

Para 70% dos entrevistados, a pandemia de covid-19 deve perder força daqui para frente. Uma minoria (18%), no entanto, acredita que o número de casos e de mortes causadas pela doença deve aumentar.

Na comparação com a pesquisa feita pela CNI em abril, caiu de 56% para 47% o percentual de pessoas que diz ter muito medo do coronavírus. Também se reduziu a proporção de pessoas que tem medo de frequentar shoppings, de 39% para 24%. Em relação ao comércio de rua, em abril, 36% tinham medo e agora são 28%. O receio de ir a bares e restaurantes passou de 45% para 34%.

Também melhoraram as expectativas sobre a economia. Em abril, 18% viam a situação econômica do país em recuperação. Neste levantamento o percentual ficou em 43%.

Fonte/Foto: Agência Brasil

Doações reforçam proteção contra o frio em Cianorte

Com a queda na temperatura, o trabalho das instituições sociais que acolhem pessoas em situação de rua foi intensificado e a participação da sociedade faz a diferença na proteção contra o frio. Isto porque, as doações de colchões, cobertores, roupas de cama, toalhas de banho, agasalhos e calçados reforçam os serviços prestados com pernoite, que inclui banho, troca de roupa e alimentação.

Nessa semana, o Provopar de Cianorte, órgão que realiza arrecadações e efetua o repasse às entidades sociais e às famílias em estado de vulnerabilidade social, recebeu 30 cobertores, doados pela Loja Zamber, representada pelo empresário Pedro Henrique Zamberlan. Já a Secretaria Municipal de Defesa Social, responsável por ações de segurança pública, foi contemplada com a doação de 200 acolchoados, 108 edredons e 25 cobre-leitos, por um empresário local, que serão distribuídos a instituições atuantes na cidade e distritos, assim como a famílias cadastradas.

“Essas doações são essenciais para garantir a proteção da população mais vulnerável durante o inverno que, neste ano, está bem severo. Por isso, agradecemos a contribuição de cada um”, afirmou o secretário de Defesa Social, tenente-coronel Elias de Souza. “Para quem não tem com o que se proteger do frio, o calor da solidariedade é fundamental. As doações podem ser entregues na sede do Provopar, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30”, completou a coordenadora da entidade, Iracy de Sarges, junto a secretária municipal de Assistência Social, Aline Kist.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social

Safra de grãos será de 34,4 milhões de toneladas, aponta boletim da Agricultura

A conjunção de fenômenos como estiagem em momentos cruciais de algumas das principais culturas agrícolas paranaenses, as fortes geadas ocorridas no final de junho e meados de julho e a agressividade de algumas pragas levaram à redução na estimativa da safra de grãos 2020/21.

relatório divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, aponta que serão produzidas 34,4 milhões de toneladas em 10,4 milhões de hectares. O volume é 16% menor que os 41,2 milhões de toneladas de 2019/20, ainda que a área seja 4% maior.

“É um quadro bastante complicado, mas realista. Como era de se esperar, reposicionamos fortemente para baixo a nossa estimativa global”, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Isso decorre, particularmente, da perda substancial no milho safrinha e no feijão de segunda safra.

“Fazemos agricultura como atividade biológica a céu aberto, sem muita proteção e este ano, particularmente, agravado pelo fato de termos plantado a safrinha de milho fora do melhor prazo recomendado pela ciência, pela pesquisa e pelo zoneamento agrícola”, disse. “Mas nos próximos 40 dias vamos iniciar a semeadura da safra de primavera/verão 2021/22 tentando refazer a vida, a renda, enfim refazer as possibilidades de obter recursos através da produção”.

O chefe do Deral, Salatiel Turra, salientou, sobretudo, a redução verificada na produção de milho em comparação com o previsto inicialmente. “Essa cultura atravessou diversas adversidades climáticas como estiagem, pragas e baixas temperaturas”, afirmou. “Entretanto, apesar desse cenário pessimista temos preços bastante interessantes para os produtores, um aumento em torno de 124% quando comparado com o mesmo período do ano passado”.

MILHO – Em comparação com a estimativa inicial de se produzir 14,6 milhões de toneladas, já se tem como certa a perda de 8,5 milhões, o que representa 58% da produção. “Em termos de volume, é o maior da história do Paraná, e pode ser também o maior em termos percentuais”, disse o analista do Deral, Edmar Gervásio.

Segundo ele, esse volume equivale à perda de três primeiras safras de milho no Paraná, que tem produção normal em torno de 3 milhões de toneladas. Com menos produção, o preço ao produtor está superando R$ 90 a saca neste mês, o que aumenta os custos para empresas de frango e suíno.

Além disso, a importação de milho da Argentina começa a crescer. “Não é algo comum”, comentou Gervásio. Por ter sido plantada mais tarde, a cultura enfrentou seca, o que foi fundamental para os prejuízos. As geadas desta semana ainda não foram contabilizadas, o que pode reduzir ainda mais as expectativas. “Para o milho, a tempestade foi perfeita, com estiagem, geada e a praga do enfezamento em uma única safra e em intensidade grande”, disse.

FEIJÃO – A segunda safra da cultura no Paraná teve a colheita finalizada este mês, e 92% já está comercializada. De acordo com o agrônomo Carlos Alberto Salvador, a geada praticamente não comprometeu a cultura. “O problema foi a estiagem”, afirmou. E ela acarretou grande prejuízo.

Os produtores retiraram do solo 282,3 mil toneladas de feijão, o que representa redução de 48% em relação ao previsto inicialmente. A falta de chuva provocou a perda de 257 mil toneladas. “É uma das maiores na história do Paraná”, disse Salvador. De uma média de 30 sacas por hectare, o produtor colheu este ano apenas 18 sacas por hectare.

CAFÉ – A produção do café no Paraná continua com a estimativa em torno de 870 mil sacas – 10% a menos que no ano passado, resultado da estiagem e de uma pequena redução na área. Neste momento, já estão colhidos 55% da área, que é um ritmo mais próximo do normal no Estado e não o que aconteceu ano passado quando, neste período, estava em 81%.

Os cafeicultores já comercializaram 8,5% do total da safra. Mas, de acordo com o economista Paulo Sérgio Franzini, deve ter uma aceleração maior a partir de agora, em razão de os preços, em algumas localidades, terem ultrapassado R$ 1 mil a saca, tendência que se observou desde dezembro do ano passado, e se intensificou com as geadas de agora.

“Isso é histórico e está mexendo como o mercado”, disse Franzini. Segundo ele, as geadas eram mais frequentes no Paraná e São Paulo, que são locais com menos expressividade produtiva. No entanto, em razão de o fenômeno ter atingido Minas Gerais em meados de julho, impactou muito no preço. “O mercado deu uma recuperada e o produtor precisava disso”, disse.

A geada do final de junho pegou a região Central e Norte do Paraná e a de meados de julho atingiu o Norte Pioneiro. “Talvez a metade da área de café do Estado teve influência da geada do ponto de vista visual”, disse o economista. “Mas isso vai impactar para o ano que vem”.

SOJA – A produção de soja fechou em 19,8 milhões de toneladas na safra 2020/21. Isso representa queda de 4% em relação às primeiras previsões e se deve à seca, que obrigou ao atraso no plantio.

Em relação à comercialização, o volume alcançou 81%. “São quase um milhão de toneladas a menos em produção, mas os preços acabam compensando”, salientou o economista Marcelo Garrido. “Das grandes culturas do Paraná, é uma das menos afetadas”.

TRIGO – O agrônomo Carlos Hugo Godinho destacou que a cultura do trigo deve ter aumento de 5% na área plantada, ficando em 1,19 milhão de hectares. Segundo ele, as geadas influenciaram na qualidade das lavouras. Antes estavam com 5% em condições médias e 95%, boas. Agora, 2% aparecem como ruins, 8% médias e 90% boas.

“É um percentual bom, mas não leva em conta a geada desta quinta-feira (29), portanto, o próximo levantamento pode apontar perda maior”, disse Godinho. Segundo ele, 27% das lavouras entraram agora na fase suscetível a geadas, enquanto 73% ainda vão entrar. “Então, qualquer geada tardia pode ter alguma influência negativa também na produção”, afirmou.

CEVADA – A área semeada de cevada no Paraná é de 77 mil hectares. Isso representa aumento de 21% em relação à safra anterior. A região de Guarapuava é a maior produtora, responsável por 60% do total. “As condições são boas, tivemos duas geadas que queimaram um pouco as plantas, mas ainda não dá para dimensionar perdas”, disse o agrônomo Rogério Nogueira.

Em Ponta Grossa, a cultura também se desenvolve bem. “As geadas afetaram um pouco em áreas mais baixas, onde 5% estão em fase de floração, mas ainda sem estimativas”, afirmou Nogueira. A expectativa é que a produtividade aumente em 30%, com produção de 354 mil toneladas. Cerca de 30% já está comercializada.

BOLETIM AGROPECUÁRIO – Além da divulgação do relatório de estimativa de safra, o Deral também publicou o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária. O documento aprofunda a análise das principais culturas e também traz informações sobre a goiaba, ovinocultura, cebola e apicultura.

Fonte/Foto: AEN

Confianças do comércio e serviços sobem em julho, diz FGV

Os índices de Confiança do Comércio e dos Serviços registraram altas na passagem de junho para julho deste ano. O Índice de Confiança dos Serviços cresceu 4,2 pontos e chegou a 98 pontos, em uma escala de zero a 200, o maior patamar desde março de 2014 (98,3 pontos), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Foi a quarta alta consecutiva do indicador, puxada principalmente pelo Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro e que avançou 6,5 pontos, para 105,6 pontos. O Índice da Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, subiu 1,7 ponto, para 90,4 pontos.

O Índice de Confiança do Comércio subiu 5,1 pontos no período e atingiu 101 pontos, nível mais alto desde janeiro de 2019 (102,3 pontos). É a terceira alta consecutiva do indicador.

O crescimento do setor também foi influenciado principalmente pelo Índice de Expectativas, que teve alta de 5,6 pontos e chegou a 93,2 pontos. O Índice de Situação Atual subiu 4,5 pontos para 108,7 pontos, maior valor desde dezembro de 2010 (110,2 pontos).

Fonte/Foto: AGbr

118.170 doses da Pfizer chegam ao Paraná, completando a remessa da semana

O último lote das vacinas contra a Covid-19 enviadas nesta semana pelo Ministério da Saúde chegou ao Paraná no início da noite desta quarta-feira (28). São 118.170 doses do imunizante Comirnaty, produzido pela Pfizer/BioNTech.

Parte dele (50.310) é destinado a dar continuidade à vacinação com a primeira dose e o restante (67.860) é para a segunda aplicação em pessoas com comorbidades, deficiência permanente, gestantes e puérperas vacinadas no primeiro semestre.

Com essa nova remessa, que chegou às 20h30 no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), o Estado completa o recebimento de 649.420 doses de imunizantes em dois dias. A maioria (80%), no entanto, é destinada à segunda aplicação e as demais darão continuidade à imunização por faixa etária.

Nesta quarta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou o processo de distribuição das primeiras 85 mil doses aos municípios. A pasta já preparou a logística de entrega desses outros 50.310 imunizantes para a quinta-feira (29), possibilitando que as prefeituras tenham mais doses disponíveis para continuar reduzindo o calendário.

As demais 514 mil doses dessa remessa são todas para a segunda aplicação e ficarão armazenadas no Cemepar, com distribuição programada para as próximas semanas, dentro da necessidade de respeitar o ciclo vacinal de quem já foi vacinado.

Com essa última remessa, o Paraná recebeu 9.671.370 doses de vacinas do Ministério da Saúde, sendo que 7.830.008 já foram aplicadas nos braços dos paranaenses. Até agora, 5.951.781 pessoas foram vacinadas no Paraná, o que corresponde a 68,2% da população adulta do Estado, sendo que um quarto já está completamente imunizada.

Fonte/Foto: AEN

Prefeitura concede estufas agrícolas para modernização da olericultura

Nesta quarta-feira (28), o Dia do Agricultor foi celebrado com avanços para a horticultura em Cianorte. Isto porque, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR/PR) e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, lançou o Programa de Modernização da Olericultura, uma iniciativa inédita no município, que visa estimular o aumento da produção de hortaliças e flores pelos agricultores familiares, através do cultivo protegido em estufas agrícolas com sistema de irrigação.

Uma solenidade, realizada na zona rural, oficializou a inclusão dos 15 primeiros beneficiários no programa, sendo que o objetivo da administração municipal é de contemplar 60, no prazo de até quatro anos, com a instalação de uma estufa de 480 m² para cada, somando mais de R$ 1 milhão em investimento. A seleção dos produtores ocorre pelos critérios de adoção de tecnologia; cultivo orgânico e/ou agroecológico; acesso ao mercado institucional por programas como o PAA ou PNAE; mão de obra familiar, com pontuação extra para as com mulheres e/ou jovens; assim como a capacidade de contrapartida em insumos e outras necessidades de manutenção da estrutura.

“A horticultura se destaca como uma atividade economicamente viável, socialmente justa e, quando bem manejada, ambientalmente correta, que promove renda mensal e contribui para a melhoria das condições de vida das famílias rurais e para a permanência no campo. Por isso, os objetivos desse programa são de ampliar a área de cultivo, aumentar a produção com menos agrotóxicos, criar uma cooperativa e, assim, consequentemente, garantir ocupação e continuidade para a agricultura familiar, mais qualidade aos alimentos e oportunidade de comercialização”, destacou o secretário municipal de Agricultura, Anízio Menarim Filho.

O presidente do Sindicato Rural, Diener Santana, que também é presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural; e o gerente regional do IDR de Cianorte, Paulo Roberto Preto, destacaram a importância das parcerias para que os beneficiários das estufas tenham acesso à assistência técnica, cursos de capacitação, recursos para o mercado institucional e apoio ao cooperativismo. Já o chefe do escritório regional da SEAB, Francisco Cascardo Neto, parabenizou a iniciativa e o vice-prefeito, João Alexandre Teixeira, efetuou votos de sucesso aos contemplados.

O prefeito, Marco Franzato, prestou agradecimentos. “Obrigado a cada um dos envolvidos com este programa, que nos ajuda a conduzir o município de modo diferente, pensando a longo prazo, com foco nas pessoas e valorizando histórias inspiradoras. Nosso reconhecimento especial para as 15 famílias contempladas, por acreditarem nessa terra e pela decisão de aprimorar seus trabalhos no campo”, afirmou.

A ocasião, ainda, contou com a participação do produtor Agnaldo Servello, considerado um dos pioneiros do cultivo em estufas na região, que compartilhou suas experiências. Também acompanharam a solenidade: os vereadores Maria Neuza Casassa e Marcão Madeforte; secretários municipais; representantes e servidores de órgãos rurais.

Confira a lista dos contemplados:

Wanderley Zubioli

Eurides de Oliveira Muchelim

Rosemere Ferreira Barbosa

Michele Barbosa da Silva

Patricia Kaneco Santana

Valdir Rodrigues dos Santos

Reinaldo de Souza Chaves

Fernando Antonio Nicolin

Jair Ribeiro da Cunha

Rafael Ribeiro da Cunha

José Antonio Alves de Carvalho

Dirley Domingues Brianese

Bleny Scamardi Junior

Roberta Aline Delgado

Carlos Ribeiro

Fonte: Assessoria de Comunicação (Débora Fuzimoto)

Pedágio deve ‘dominar’ Assembleia no 2º semestre

A discussão sobre a nova concessão de rodovias deve concentrar as atenções da Assembleia Legislativa do Paraná no segundo semestre de 2021. A avaliação é do deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), integrante da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, em entrevista à rádio CBN de Curitiba, nesta terça-feira (27). “O tema mais importante que temos que votar no segundo semestre é a questão do pedágio”, afirmou.

O deputado explicou que um terço das rodovias incluídas no programa federal de concessões são estaduais e será necessário a aprovação de uma lei que permita a delegação dos trechos para a União. “O novo pedágio será um debate amplo”, disse Romanelli. “Temos que discutir bem esse tema para que o resultado seja bom para a população paranaense”.

“Nós queremos boa infraestrutura, desenvolvimento econômico e segurança viária”, disse o deputado. “Mas também queremos tarifas justas de pedágio e não queremos ser mais enganados por concessionárias que assumem compromissos, mas não realizam as obras”, pontuou. Romanelli lembra que as atuais concessionárias não estão fazendo nem as obras do acordo de leniência assinado com o Ministério Público Federal (MPF).

Romanelli realçou que a Frente Parlamentar sobre os Pedágios aguarda a publicação da nova proposta de modelagem de licitação, em construção pelo Ministério da Infraestrutura e governo estadual, mas reforçou que os deputados seguirão defendendo um sistema de pedágio que reduza significativamente as tarifas e que tenha garantias reais da realização das obras.

Vitória

Romanelli lembrou que a sociedade paranaense conseguiu uma grande vitória no primeiro semestre, com a rejeição do modelo híbrido e apontou a importância das audiências públicas realizadas pela Frente criada pela Assembleia Legislativa. “A Assembleia, muito acertadamente e pela maioria dos seus membros, criou a Frente Parlamentar para discutir o fim das atuais concessões. Em razão da proposta apresentada, o foco acabou sendo o novo modelo”, explicou.

A avaliação de Romanelli é de que os encontros realizados em todas as regiões do Paraná, que mobilizaram a sociedade civil organizada e o setor produtivo, foram fundamentais para a mudança no modelo proposto pelo governo federal. “Prevaleceu o entendimento de que a licitação deve ocorrer pelo menor preço de tarifa, sem limite de desconto”, disse.

Romanelli enfatiza que ainda existem outras questões da concessão que precisam ser debatidas. Ele cita o degrau tarifário após as obras de duplicação, que pode aumentar automaticamente em 40% as tarifas. Além disso, alertou para a preocupação sobre a localização das praças de cobrança, uma vez que há pontos em áreas consideradas urbanas e com grande fluxo regional.

(Foto: Dálie Felberg/Alep)

Tóquio: seleção brasileira vence a Arábia Saudita e avança às quartas

Rumo ao bicampeonato, a seleção olímpica brasileira se classificou às quartas de final nos Jogos de Tóquio (Japão) em primeiro lugar no Grupo D.  A liderança foi definida após o Brasil vencer a Arábia Saudita por 3 a 1 no estádio de Saitama, na cidade japonesa de mesmo nome. 

Invicto, com sete pontos, os brasileiros aguardam o adversário da próxima fase: será o segundo colocado do Grupo C, composto por Espanha, Austrália, Argentina e Egito.

IIndependente do adversário, a seleção olímpica volta a campo no sábado (31), às 7h (horário de Brasília), também no estádio de Saitama.

Já a Arábia Saudita, que jogou com o Brasil, deu adeus aos Jogos sem pontuar, na lanterna do grupo. Além disso, medalhista de prata na Rio-2016, a Alemanha foi eliminada do grupo após empatar com a Costa do Marfim por 1 a 1, encerrando sua participação na terceira posição. Os africanos avançaram na vice-liderança.

Jogo

A equipe comandada pelo técnico André Jardine tomou a iniciativa em busca do gol. Aos 15 minutos, o meio campista Claudinho cobrou escanteio na cabeça do atacante Matheus Cunha, que empurrou para o fundo da rede.

Entretanto, aos 26, os sauditas reagiram. O zagueiro Al Amri, também de cabeça, deslocou a bola do goleiro Santos, que não conseguiu evitar o gol. Na sequência, até o intervalo, os brasileiros se esforçaram para desempatar, mas sem sucesso.

Após o intervalo, aos 20 minutos, Matheus Cunha quase marcou o segundo: acertou a trave do goleiro Al Bukhari. Dez minutos depois, aos 20,  foi Richarlison que desempatou: o atacante se antecipou a Al Bukhari, e anotou o segundo do Brasil no jogo.

Ainda teve tempo para o terceiro do Brasil Nos acréscimos, aos 47, de novo Richarlison recebeu passe rasteiro do atacante Malcom, e fechou o placar. da vitória por 3 a 1 da seleção.

Com cinco gols marcados na Olimpíada, Richarlison se tornou o artilheiro da competição. Além dos dois gols marcados hoje, ele já havia feito três na estreia contra a Alemanha.

Fonte: Abr

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Paraná recebe 298,2 mil vacinas da AstraZeneca; lote contém apenas segundas doses

O Ministério da Saúde enviou na noite desta terça-feira (27) mais 298.250 vacinas contra a Covid-19 da AstraZeneca/Fiocruz ao Paraná. Este foi o terceiro envio do governo federal ao Estado em um único dia. Durante a tarde chegaram 233 mil vacinas, sendo 170 mil doses de CoronaVac/Butantan e 63 mil da AstraZeneca/Covax.

As doses da AstraZeneca/Fiocruz devem ser destinadas integralmente para a segunda dose da 20ª e da 21ª remessa, que atenderam os grupos de comorbidades, pessoas com deficiência permanente, trabalhadores do transporte aéreo, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento e forças armadas.

As doses fazem parte da 32ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde, que contempla o Paraná com 649.420 doses, sendo 298.250 AstraZeneca/Fiocruz, 63 mil AstraZeneca/Covax, 118.170 Pfizer/BioNTech e 170 mil CoronaVac/Butantan.

Resta somente o envio do lote da Pfizer, que deve chegar nesta quarta-feira (28) às 19h10 no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Até a noite desta terça-feira (27), o Paraná aplicou 7.677.518 vacinas contra a Covid-19, sendo 5.579.644 primeiras doses e 2.097.874 segundas doses ou dose única. O Estado vai somar, com o envio integral da 32ª pauta, 9.671.370 doses recebidas do Ministério da Saúde.

Fonte/Foto: AEN

Estudo sobre Coronavac não prova necessidade de reforço com 3ª dose

Um estudo publicado por pesquisadores chineses mostrou que uma terceira dose da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Sinovac, impulsiona o número de anticorpos produzidos pelo organismo. Os dados não significam, necessariamente, que países que aplicam esta vacina, como o Brasil, devem dar uma dose adicional agora. Mais pesquisas ainda são necessárias para determinar se isso será necessário.

Nesta segunda-feira, 26, a secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, descartou que seja feita a aplicação de terceira dose – ou dose de reforço – de qualquer que seja o imunizante no País. No lugar, Rosana afirmou que a pasta já discute o calendário vacinal do próximo ano, o que será motivo de fórum entre especialistas brasileiros e comunidade internacional.

A pesquisa foi realizada com 540 adultos saudáveis de 18 a 59 anos. Parte deles recebeu uma terceira dose do imunizante e outra parte não. Os cientistas fizeram exames laboratoriais para identificar o nível de anticorpos produzidos pelos participantes da pesquisa. Os dados, publicados no domingo, 25, são preliminares e ainda não foram revisados por outros cientistas.

De acordo com a pesquisa, o nível de anticorpos neutralizantes cai após seis meses da aplicação da segunda dose. Quando os participantes recebem uma terceira dose, cerca de seis meses após a segunda, esses anticorpos voltam a aumentar de três a cinco vezes. Isso indica, segundo os pesquisadores, que o esquema de vacinação de duas doses de Coronavac gerou “boa memória imunológica”.

“Embora o título de anticorpos neutralizantes tenha caído para níveis baixos seis meses após a segunda dose, uma terceira dose foi altamente eficaz em relembrar uma resposta imune específica para o Sars-CoV-2, levando a um salto significativo nos níveis de anticorpos”, escreveram os pesquisadores, ligados ao centro de controle de doenças da província de Jiangsu, à Sinovac e a outras instituições chinesas.

Estudos com a terceira dose já foram realizados por pesquisadores responsáveis por outros imunizantes, como o da AstraZeneca. No caso da pesquisa chinesa, o protocolo dos ensaios foi alterado em junho do ano passado para avaliar os benefícios de uma terceira dose do imunizante.

Apesar do aumento do número de anticorpos gerado pela terceira dose, os cientistas ponderam na pesquisa que a decisão de oferecer a dose adicional deve levar em conta muitos outros fatores, como a efetividade das vacinas, a situação epidemiológica e a oferta dos imunizantes.

“No curto a médio prazo, garantir que mais pessoas completem o esquema atual de duas doses de Coronavac deve ser a prioridade”, escreveram os pesquisadores. No Brasil, a secretária Rosana Leite afirmou que a cobertura de regiões de fronteira é a maior preocupação no momento, para impedir o avanço da variante delta.

A queda no nível de anticorpos neutralizantes com o passar do tempo, verificada pelo estudo chinês, não significa que a população vacinada no início do ano com a Coronavac está desprotegida, explica Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações. Segundo o especialista, é natural que o nível de anticorpos diminua ao longo do tempo.

Os anticorpos são apenas um dos componentes de defesa do organismo e, no caso da covid-19, ainda não está claro o papel que eles têm na proteção da população. A memória das células e outros indicadores podem desempenhar uma função importante na proteção. Os pesquisadores ainda não são capazes de dizer quantos e quais marcadores garantem que uma pessoa está ou não protegida de se infectar com o coronavírus.

Para Kfouri, a pesquisa também não deve ser entendida como um sinal para mudar a estratégia de vacinação no Brasil e aplicar uma terceira dose da Coronavac. Estudos no mundo real, sobre infectados e hospitalizados após a vacinação, são os melhores indicativos da eficiência dos imunizantes e de uma eventual necessidade de oferecer doses de reforço para a população.