Afastamento por doenças de trabalho no Paraná superam em 81% os níveis pré-pandemia
Bem Paraná com assessoria – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Na Região Sul, foram registrados, em 2021 (último dado disponível), 3.459 afastamentos por doenças de trabalho. Este valor supera em 77,2% os afastamentos de 2019, antes da pandemia de covid-19, quando foram registrados 1.952 afastamentos. No Paraná, os valores são ainda mais preocupantes: entre 2019 e 2021, […]
Bem Paraná com assessoria – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Na Região Sul, foram registrados, em 2021 (último dado disponível), 3.459 afastamentos por doenças de trabalho. Este valor supera em 77,2% os afastamentos de 2019, antes da pandemia de covid-19, quando foram registrados 1.952 afastamentos.
No Paraná, os valores são ainda mais preocupantes: entre 2019 e 2021, os afastamentos por doenças de trabalho aumentaram 81,78%, atingindo 958 casos em 2021, contra 527 em 2019.
A nível nacional, o aumento entre 2019 e 2021 foi de 92,8%, com 19.348 afastamentos por doenças do trabalho na última data. Os dados são do Anuário Estatístico da Previdência Social 2021 (último disponível).
Segundo especialistas da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), os panorama demonstra a necessidade de uma maior atenção às questões da saúde do trabalhador. Para isso, é fundamentam engajar não apenas as empresas, mas também os trabalhadores. E também é importante que o Poder Público mantenha rotinas suficientes de fiscalização e atendimento às empresas e trabalhadores.
Mais do que manter as rotinas de exames ocupacionais em dia, as empresas devem promover um ambiente de trabalho seguro e saudável, por meio de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e outras iniciativas.
As lideranças também devem estar atentas a mudanças comportamentais em seus funcionários, pois podem indicar quadros de saúde mental.
Temos especialistas que podem comentar o tema. O que acham de uma entrevista sobre o assunto? Podemos abordar questões como:
· Burnout e saúde mental
· Inteligência artificial, digitalização e impactos sobre a saúde dos trabalhadores
· Como evitar a proliferação de doenças infecciosas na volta ao trabalho presencial
· Boas práticas para setores específicos, como frigoríficos, agricultura etc.
· Ergonomia no trabalho (doenças relacionadas a ergonomia estão entre as principais causas de afastamento)
· O cuidado de quem cuida: saúde de médicos e enfermeiros no ambiente de trabalho
Para contexto, entre 22 e 25 de novembro, a ANAMT realiza o 20º Congresso Nacional ANAMT, maior evento da especialidade no país. Nos dias 20 e 21 de novembro, o “Esquenta” oferecerá fóruns e seminários gratuitos, abertos à comunidade se Saúde e Segurança do Trabalho. Trata-se de um evento importante, mas a entrevista não está relacionada ao Congresso. Gostaríamos de ventilar os temas relacionados à luz das estatísticas oficiais.