Aumento de até 270% no IPTU indigna moradores de Cruzeiro

São incontáveis os protestos nas redes sociais e até um ex-secretário do prefeito Beto Sobrinho se manifestou dizendo que o aumento, “além de ser abusivo, é uma vergonha”. Cruzeiro do Oeste vive tempos turbulentos na política local.

O estopim para o descarrilamento do apoio popular à administração municipal veio com o aumento de até 270% no IPTU de 2018.

Em seu perfil no Facebook, o ex-secretário de Indústria e Comércio, Edson Alcântara, escreveu: “O valor do aumento do IPTU em Cruzeiro do Oeste é uma vergonha… Diga não ao IPTU abusivo”. A postagem já rendeu muitos comentários, curtidas e compartilhamentos.

Populares estão se mobilizando pelas redes sociais para elaborar uma ‘ação coletiva contra o aumento do IPTU’. O morador Glaucio Rozella é um dos organizadores do grupo de whatsApp para preparar a ação. “Estamos montando uma ação coletiva contra o valor do IPTU”.  O grupo já soma quase 250 integrantes.

Em outro post, a moradora Ana Paula desabafa. “Estou me sentindo abusada, não sei se sou somente eu, mas não vou ficar calada de jeito nenhum. Absurdo isso. Moro em uma rua que nem asfalto tem. Faltam galerias, atendimento à saúde. Gente passando necessidades. Sendo que você mesmo tem que arrumar a sua rua, para não cair no buraco”, reclama.

Juliano Vinícius de Jesus escreveu: “270% de aumento do IPTU com serviços péssimos. AGUARDE a cobrança da minha parte, também vai subir 270%”, avisa. Já Hellen e Sergio comentam: “R$ 790, 21 (setecentos e noventa reais e vinte e um centavos), esse é o valor do IPTU de um terreno na Rua Rainha do Céu (biboca de Cruzeiro do Oeste). Surtaram? Só Pode! Não é possível tamanha falta de coerência “, desabafam.

Outro lado

Procurado por OBemdito, o responsável pela Secretaria de Finanças, através da assessoria de imprensa da Prefeitura, disse que houve uma correção na planta genérica do município, feita dentro dos parâmetros legais, para corrigir uma defasagem de mais de 30 anos no cálculo do IPTU.

A correção se deu principalmente nos imóveis da região central, onde há propriedades com áreas constuídas muito superiores às que constavam no sistema no município.

A correção, conforme a Secretaria, fez-se necessária para garantir investimentos na cidade, “que há muito tempo sofre com arrecadação em déficit, devido medidas populistas, que culminaram na desatualização da planta genérica, adotada ao longo das últimas décadas”.

FONTE: OBemdito