Com 300 agentes, PCPR cumpre 143 mandados em três megaoperações contra o crime
Fonte: AEN – Foto: PCPR A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta terça-feira (17) para cumprir 143 mandados judiciais contra o crime organizado envolvendo homicídios, tentativas de homicídio, tráfico de drogas e roubo de cargas. São três operações que contam com a presença de mais de 300 policiais, deflagradas simultaneamente […]
Fonte: AEN – Foto: PCPR
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta terça-feira (17) para cumprir 143 mandados judiciais contra o crime organizado envolvendo homicídios, tentativas de homicídio, tráfico de drogas e roubo de cargas.
São três operações que contam com a presença de mais de 300 policiais, deflagradas simultaneamente em 22 cidades do Paraná, além dos estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Helicópteros fornecem apoio aéreo e cães policiais atuam na busca por drogas e armas de fogo.
As ações contam com a colaboração da Polícia Militar do Paraná, Polícia Penal do Paraná, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
CORTINA DE FUMAÇA – Em uma das operações, a PCPR e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) têm o objetivo de desmantelar duas organizações criminosas envolvidas em tráfico de drogas e roubo de cargas. A ação se estende por 12 cidades do Paraná e inclui também o estado de São Paulo, contando com a participação de 150 policiais.
Os policiais têm a missão de cumprir 19 mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão em Francisco Beltrão, Marmeleiro, Renascença, Santo Antônio do Sudoeste, Dois Vizinhos, Quedas do Iguaçu, Toledo, Pato Bragado, Cascavel, Ubiratã, Medianeira e Curitiba, além de Mairinque, no estado de São Paulo.
Também foram decretadas medidas patrimoniais de bloqueio de contas bancárias de 23 pessoas físicas e 7 empresas, como parte de uma estratégia para desmantelar financeiramente os grupos criminosos.
Durante as investigações, foi identificada uma organização criminosa que utilizava caminhões de uma empresa de transportes para distribuir entorpecentes do Oeste do Paraná para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. As cargas ilegais eram disfarçadas em mercadorias lícitas com o objetivo de despistar as autoridades.
A organização atuante no tráfico de drogas era chefiada por um empresário do ramo de transportes, que utilizava seus caminhões para o envio dos entorpecentes, transferindo-os temporariamente para nome de terceiros, encobrindo o real proprietário caso houvesse apreensão.
Durante a investigação, cinco grandes carregamentos de drogas foram apreendidos, totalizando mais de seis toneladas de maconha, 65 quilos de crack e quase 240 quilos de skunk, causando um prejuízo estimado em R$ 14 milhões à organização criminosa. Além disso, foi preso um dos líderes da quadrilha, foragido do Rio Grande do Sul e condenado a diversos anos de prisão, que vivia em Francisco Beltrão com identidade falsa.
Além do tráfico de drogas, outra organização criminosa atuante no roubo de cargas ilícitas foi identificada. Utilizando rastreadores clandestinos, os criminosos monitoravam os caminhões para roubar mercadorias.
As autoridades ressaltam que a cooperação entre a PCPR e a PRF foi fundamental para o sucesso da operação, que resultou no desmantelamento de duas grandes organizações criminosas.
CAIM E ABEL – Na segunda operação, a PCPR, em conjunto com a PMPR, Polícia Federal e a Polícia Penal do Paraná, tem a missão de cumprir 49 mandados judiciais contra organizações criminosas envolvidas em homicídios e tentativas de homicídio no Oeste do Estado.
A ação policial envolve a execução de 28 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão. As diligências ocorrem simultaneamente nas cidades de Palotina, Maripá, Terra Roxa, Guaíra, Paranavaí, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guaratuba e Londrina, no Paraná; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; e Volta Redonda, no Rio de Janeiro.
Os indivíduos são investigados por homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
A investigação identificou que homicídios e tentativas de homicídios ocorridas em Palotina e região se tratava de uma disputa entre facções criminosas. As diligências revelaram que o líder da facção criminosa, preso no Paraguai, ordenava os homicídios, que eram executados por membros do grupo. Em fevereiro de 2024, durante cumprimento de mandados judiciais em endereço utilizado como base de ações criminosas, foram apreendidas três armas de fogo, maconha, haxixe, cocaína e celulares.
OPERAÇÃO MANUTENTIA II – Na terceira operação, a PCPR e a PMPR estão nas ruas em Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu, no Oeste do Estado, para cumprir sete mandados de busca e apreensão. Os alvos são suspeitos de crimes como tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, posse de arma de fogo e comércio ilegal de arma de fogo. Cerca de 30 policiais participam da ação.