Escolas de Cianorte e região iniciam ano letivo com nova lei que proíbe celular
Fonte: Portal da Cidade Cianorte – Foto: Reprodução/SEE-MG. De acordo com o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Cianorte, cerca de 18 mil alunos de Cianorte e região começaram o ano letivo de 2025 sob uma nova regra federal: a proibição do uso de celulares em sala de aula, intervalos e atividades extracurriculares. A medida foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula […]

Fonte: Portal da Cidade Cianorte – Foto: Reprodução/SEE-MG.
De acordo com o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Cianorte, cerca de 18 mil alunos de Cianorte e região começaram o ano letivo de 2025 sob uma nova regra federal: a proibição do uso de celulares em sala de aula, intervalos e atividades extracurriculares.
A medida foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 15 de janeiro e se aplica a toda a educação básica, tanto pública quanto particular.
A decisão do Ministério da Educação (MEC) busca melhorar a concentração dos estudantes, reduzir o uso excessivo de telas, incentivar a interação social e minimizar impactos negativos na saúde mental.
Estudos apontam que o uso prolongado de celulares prejudica o desempenho acadêmico, com alunos que passam mais de cinco horas por dia conectados tendo, em média, 49 pontos a menos em matemática no exame internacional PISA.
Como funciona a nova lei?
A regra proíbe os alunos de utilizarem celulares durante as aulas, recreios e demais atividades escolares. No entanto, há algumas exceções, como:
✔ Fins pedagógicos, quando o professor solicitar o uso em atividades planejadas;
✔ Acessibilidade, para estudantes com deficiência que dependam da tecnologia;
✔ Condições de saúde, em casos de emergência ou necessidades médicas.
Além disso, cada escola decidirá onde os celulares deverão ser armazenados, podendo ser nas mochilas dos alunos ou em caixas coletivas sob responsabilidade dos professores.
Adaptação e desafios nas escolas da região
A transição para a nova regra pode gerar resistência entre os alunos, como destacou Anita Stefani, diretora de Apoio à Gestão Educacional do MEC.
“No começo, pode ser difícil, mas, assim como o cinto de segurança se tornou obrigatório e aceito, os alunos também vão se acostumar”, disse.
Outro ponto de atenção é a adaptação dos professores, que precisarão desenvolver estratégias para utilizar a tecnologia de forma produtiva, sem abrir espaço para distrações.
Além disso, especialistas alertam para o impacto da “abstinência digital” em crianças e adolescentes, algo que as escolas precisarão acompanhar com escuta e acolhimento.
O MEC ainda regulamentará alguns detalhes da lei, incluindo sanções para alunos que descumprirem as regras. No entanto, a orientação principal é que as escolas eduquem os estudantes sobre o uso consciente da tecnologia, em vez de focar apenas em punições.
A expectativa é que a medida melhore o rendimento escolar e fortaleça a interação social entre os alunos, tornando o ambiente educacional mais produtivo e saudável.