Formação de novo ciclone no Paraná deixa Defesa Civil em alerta
Uma semana depois de um ciclone extratropical atingir o Sul do País e trazer muitos estragos para o Paraná, o Estado fica novamente em alerta com a previsão de que o mesmo fenômeno se repita entre esta terça-feira (7) e quarta-feira (8). Nos eventos severos da semana passada, 83 municípios do Estado registraram estragos e […]
Uma semana depois de um ciclone extratropical atingir o Sul do País e trazer muitos estragos para o Paraná, o Estado fica novamente em alerta com a previsão de que o mesmo fenômeno se repita entre esta terça-feira (7) e quarta-feira (8). Nos eventos severos da semana passada, 83 municípios do Estado registraram estragos e 1,8 milhão de unidades consumidoras foram alternadamente afetadas pelo corte de energia elétrica — 38% do total de unidades consumidoras atendidas pela Copel. Muitas ficaram dias sem o retorno da energia.
Porém, desta vez os transtornos podem ser menores, já que o ciclone que se forma no Oceano Atlântico, entre o litoral do Rio Grande do Sul e o do Uruguai, é menos intenso, diz o Simepar. “A frente fria atinge principalmente a metade Sul do Estado, desde o Litoral até a Região Oeste. A previsão para o Paraná é de chuvas moderadas nessas regiões, acompanhadas de raios e ventos entre 50 km/h e 60 km/h, talvez algumas rajadas mais fortes, mas sem chegar aos 100 km/h como na semana passada”, explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.
Passado o temporal, a previsão é de mais frio para o Paraná no fim da semana, com possibilidade de geada entre a quinta-feira e a sexta-feira na Região Metropolitana de Curitiba e em outros municípios por onde a frente fria passar.
Os ciclones extratropicais são resultado de um sistema de baixa pressão atmosférica que se forma sobre o oceano e se aprofunda na superfície. O desta semana vem associado de duas frentes: uma fria, que atinge o Estado, e outra quente, que se desloca para o oceano. “Esses fenômenos acontecem todo ano e são mais fortes nesta época”, afirma Kneib.
Estragos
De acordo com a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, o temporal de semana passada afetou aproximadamente 27 mil pessoas em 83 municípios. Uma pessoa morreu e 11 ficaram feridas. Cerca de 5,3 mil casas foram danificadas e 10 destruídas. A queda de árvores e postes na rede de energia também deixou cerca 1,8 milhão de pessoas sem luz, além de afetar o abastecimento de água.
Em Curitiba o balanço da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil apontou que foram registradas 632 solicitações para corte de árvore ou galhos grandes, por toda a cidade, e 77 destelhamentos no ciclone de semana passada. Guardas municipais prestaram o primeiro atendimento, nas mais diversas regiões, e agentes de trânsito ajudaram nas orientações aos motoristas.
Como agir antes, durante e após um temporal
Antes da chuva
- Deve-se manter calhas e bueiros limpos para prevenir o risco de entupimento durante o período da chuva
- Quando for possível, o ideal é adiar a saída de casa, a pé ou de carro, durante o temporal
Durante a chuva
- Quem estiver em casa deve retirar aparelhos elétricos da tomada, para evitar risco de curtos-circuito ou até de um princípio de incêndio
- Enquanto houver descarga elétrica, a orientação é que se evite o uso de aparelhos como telefone celular (principalmente se conectado à tomada), batedeira, chuveiro e secador
- Se a água começar a subir ou entrar dentro de casa, o ideal é colocar os móveis em uma superfície elevada, além de retirar alimentos e documentos das prateleiras mais baixas
- Na rua, os motoristas devem redobrar a atenção: os faróis devem ser ligados e a velocidade diminuída
- Se perder a visibilidade por causa da chuva, o motorista deve parar o carro no acostamento, evitando ficar embaixo de árvores e em postos de gasolina
- Em caso de alagamento deve ser observado o nível da água: o limite é no meio da roda do carro. Se aumentar, a pessoa precisa parar o carro assim que possível
Após a chuva
- Quando a chuva passar, é indicado que o indivíduo faça a limpeza de utensílios, objetos e cômodos que tenham entrado em contato com a água. Assim, evita-se doenças
- A Defesa Civil orienta que pedestres e motoristas não passem por cima de áreas alagadas
- Em uma emergência ou se tiver dúvidas, o cidadão pode ligar para o telefone de emergência 199 da Defesa Civil. Para retirada de árvores da via pública, o contato é a Central 156 de Atendimento ao Cidadão
FONTE: BEM PARANÁ
(Foto: Franklin de Freitas)