Funcionária de abatedouro é segundo caso de H1N2 no Paraná; Adapar orienta produtores

A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) emitiu uma nota técnica nesta segunda-feira (13) sobre os trabalhos realizados no caso de H1N2 identificado em uma mulher de 22 anos, funcionária de um abatedouro de suínos em Ibiporã, no Norte do Estado. A agência já fez um levantamento nas 34 propriedades que enviaram suínos para […]

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Imagem Funcionária de abatedouro é segundo caso de H1N2 no Paraná; Adapar orienta produtores

A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) emitiu uma nota técnica nesta segunda-feira (13) sobre os trabalhos realizados no caso de H1N2 identificado em uma mulher de 22 anos, funcionária de um abatedouro de suínos em Ibiporã, no Norte do Estado.

A agência já fez um levantamento nas 34 propriedades que enviaram suínos para o abate no período padrômico da doença e não há sinais clínicos nos animais vistoriados até o momento. Do total de propriedades analisadas, 22 ficam no Paraná e 12 em outros Estados.

A nota técnica também lista várias recomendações para os produtores: se funcionários apresentarem sintomas, devem ser encaminhados às Unidades de Saúde e no caso de aparecimento de sinais clínicos nos animais o produtor deve notificar as unidades da Adapar. A influenza é uma doença respiratória viral aguda que afeta humanos e animais, como os suínos.

 Os sintomas e atendimento médico inicial da funcionária ocorreram em 14 de abril. Em 22 de junho, o exame PCR-RT, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), identificou o vírus influenza A (H1N2)v, uma variação do vírus influenza A H1N2. “Importante destacar que a pessoa infectada pelo vírus teve contato com os animais já abatidos, o que diminui as chances de contaminação”, explica o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias.

Desde então, a Secretaria de Estado da Saúde tem feito o acompanhamento dos familiares e pessoas que tiveram contato com a paciente, que já está totalmente recuperada.

Não há comprovação da transmissão da Influenza A (H1N2) entre humanos. O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, explica que o consumo da carne suína é seguro. “Não há surtos epidemiológicos de doenças de notificação obrigatória, incluindo Influenza A (H1N2), ocorrendo na produção suína do Paraná neste momento”, diz.

“O Estado continua trabalhando no monitoramento e controle desse caso para que os produtores não tenham perdas. As medidas de biosseguridade são fundamentais para o controle de doenças nos rebanhos”, afirma o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A Portaria 265/2018 da Adapar dispõe sobre a biosseguridade mínima para estabelecimentos que produzem suínos para fins comerciais no Paraná.

RECOMENDAÇÕES – Entre as recomendações da Adapar aos profissionais do setor estão a limpeza e desinfecção das instalações antes da entrada de novos lotes; o vazio sanitário que, somado à desinfecção, permite a destruição dos patógenos não eliminados na higienização; um sistema de desinfecção para a introdução de materiais e equipamentos na granja; métodos de pulverização ou arcos de desinfecção, com uso de desinfetantes; troca de calçados e roupas para as pessoas que precisarem entrar na granja e, se possível, banho; adotar o “cinturão verde”, formado por espécies de árvores plantadas em determinadas áreas ao redor da granja para diminuir ou eliminar correntes de ventos, evitando a condução de microrganismos patogênicos.

SAÚDE – De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, esse é o segundo caso identificado no Paraná. O primeiro ocorreu em 2015, em Castro, na região dos Campos Gerais. A Secretaria realiza a investigação epidemiológica e laboratorial na área para verificação de ocorrência de mais casos envolvendo os vários municípios da região, onde os trabalhadores residem, e a do frigorífico.

Os vírus da gripe dos porcos normalmente não infectam seres humanos. No entanto, ocorrem infecções humanas esporádicas. Quando isso acontece, esses vírus são chamados de “vírus variantes”, como o Influenza A (H1N2)v, mas que, na maioria dos casos, não demonstraram a capacidade de se espalhar de maneira fácil e sustentável de pessoa para pessoa.

Fonte: AEN

Foto: Geraldo Bubniak/AEN
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