Investigação sobre caso de racismo envolvendo Calazans segue sem novidades

Por Blog do Martins Neto Quase 50 dias após receber a denúncia de que um torcedor do Cianorte FC teria cometido ofensas racistas contra o atacante do time, Marcos Calazans, a Polícia Civil ainda não tem novidades em relação ao caso. O acusado já foi identificado, mas ainda não recebeu a intimação para prestar depoimento. Em […]

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Por Blog do Martins Neto

Quase 50 dias após receber a denúncia de que um torcedor do Cianorte FC teria cometido ofensas racistas contra o atacante do time, Marcos Calazans, a Polícia Civil ainda não tem novidades em relação ao caso. O acusado já foi identificado, mas ainda não recebeu a intimação para prestar depoimento.

Em seu depoimento à PC, registrado na manhã do dia 20 de junho, dia seguinte ao ocorrido, o atleta afirmou que um torcedor, que estava no alambrado do setor descoberto, o chamou de ‘macaquinho filho da p…’, enquanto ele se dirigia ao vestiário. Segundo a polícia, Calazans afirmou que identificou o suspeito através do Instagram.

DEMORA

Após expirar os primeiros 30 dias do inquérito policial para investigação do caso, a Polícia Civil pediu mais prazo junto ao Ministério Público. Um dos motivos do atraso é que o inquérito estava com uma escrivã que pediu exoneração do cargo. Com isso, o caso voltou ao chefe de cartório para ser redistribuído. Além disso, o caso não tem tramitação prioritária.

“Temos cerca de 1.500 inquéritos em andamento, boa parte deles com prioridade legal (envolvem criança, adolescente, idoso, homicídio, réu preso, etc.). Como este é um caso que não se encaixa nessas situações, temos que priorizar o que manda a lei. O restante acaba atrasando, mesmo. Sem contar a falta de efetivo, completamente insuficiente para dar vazão à demanda”, explicou o delegado da 21ª Subdivisão de Polícia Civil de Cianorte, Carlos Stecca, responsável pelo caso.

RELEMBRE O CASO

Ao término da partida entre Cianorte e São Bernardo-SP,pelo Brasileirão Série D, no dia 19 de junho, no Albino Turbay, torcedores insatisfeitos com mais uma derrota do Leão do Vale foram ao alambrado para direcionar críticas aos jogadores que deixavam o gramado em direção ao vestiário.

O atacante Calazans, revoltado com os xingamentos, se desentendeu com um torcedor que estava na grade e investiu contra o mesmo, dando início a uma grande confusão no estádio. O atleta foi contido por companheiros e equipe e funcionários do clube.

A Polícia Militar chegou a divulgar, na manhã do dia 20 (dia seguinte ao ocorrido), um boletim destinado à imprensa com detalhes do ocorrido. No documento, a PM informou que, após a atitude do atleta, os torcedores reagiram com pontapés na grade de proteção que separa o setor descoberto do corredor de acesso ao vestiário do time. A confusão foi grande.

Os militares precisaram intervir, organizando uma Célula de Choque, sendo necessário o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, como granadas de efeito moral, lacrimogêneo, spray de pimenta, e munição de impacto controlado para dispersar os envolvidos. Ainda, durante a ação, diversos torcedores investiram contra os policiais, arremessando pedras e madeiras. Ninguém foi detido.

Horas depois de divulgar o boletim, a PM informou à imprensa que havia sido informada que o jogador teria sido insultado com “algumas ofensas racistas”. O jogador foi orientado a lavrar um boletim de ocorrência, medida registrada na manhã de segunda-feira, 20/06.

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