Mobilização dos prefeitos discute repasses aos municípios do Paraná

Fonte: Tribuna de Cianorte – Foto: Assessoria 

Prefeitos da Amenorte se reuniram nesta quarta-feira, 30, para chamar a atenção da sociedade para os sérios problemas financeiros que as prefeituras de todas as regiões do Paraná têm enfrentado.

Sob o lema “Sem repasse justo, não dá!”, os chefes de Executivos estiveram na radio Massa FM para um debate sobre necessidade de recursos adequados para que as prefeituras possam atender às necessidades essenciais da população. A campanha busca conscientizar sobre a urgência de uma solução para esse problema.

O evento também apresentou dados cruciais que reforçam a necessidade dessa mobilização. A crise financeira afeta todas as cidades do estado, impactando negativamente o desenvolvimento local e, consequentemente, a qualidade de vida da população.

O evento também foi uma preparação para o próximo passo da ação: no dia 4 de setembro, os municípios irão apresentar suas reivindicações à bancada federal do Paraná em Curitiba. Além disso, a Diretoria da AMP busca reuniões com o governador do Estado e a Assembleia Legislativa para abordar a pauta estadual.

O presidente da Amenorte e prefeito de São Manoel do Paraná, Agnaldo Trevizan, informou que no segundo quadrimestre do ano, a queda de arrecadação das prefeituras, somando os repasses da União e do Estado, chegou a 20%. Ele esclareceu que o movimento não tem o intuito de fechar as prefeituras, mas sim de sensibilizar a sociedade para a gravidade da situação.

De acordo com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM), 52% dos municípios do Paraná registraram déficit entre suas receitas e despesas no primeiro semestre do ano.

A falta de repasses adequados compromete os serviços básicos que impactam diretamente a vida dos cidadãos, como saúde, educação e infraestrutura. A mobilização visa assegurar a continuidade desses serviços fundamentais para o bem-estar da população paranaense.
A iniciativa também busca fortalecer a cooperação entre as prefeituras e a sociedade civil em prol de um futuro mais justo e sustentável para todos os cidadãos.

“Estamos buscando a reposição da perca do ICMS, exoneração da folha de pagamento aos pequenos municípios. O recurso de repatriação do dinheiro no exterior que pode dar um folego aos municípios. E principalmente a Reforma Tributária, com o Pacto Federativo e um recurso maior aos municípios. É o Município que cuida da saúde, esporte, lazer e garante mais qualidade de vida para a população, por isso estamos tentando conseguir um valor maior nesse repasse”, comentou o prefeito Agnaldo Trevizan.

“O Samu também é uma das pautas. Ele foi criado para ser bancado em 50% pelo Governo Federal, 25% pelo Estado e 25% pelo Município. E hoje é o contrario, com 50% pago pelos municípios. Queremos que o Governo assuma seu compromisso”, completou.