Paraná bate recorde de mortes relacionadas a transtornos mentais, diz Ministério da Saúde
O número de mortes relacionadas a transtornos mentais e comportamentais bateu recorde no Paraná. Segundo dados preliminares do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2018, último ano com dados disponíveis, 910 pessoas faleceram no Paraná em decorrência de problemas como depressão e transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas (como […]
O número de mortes relacionadas a transtornos mentais e comportamentais bateu recorde no Paraná. Segundo dados preliminares do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2018, último ano com dados disponíveis, 910 pessoas faleceram no Paraná em decorrência de problemas como depressão e transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas (como o álcool, fumo, alucinógenos e canabinóides, entre outros).
O número aponta para um recorde da série histórica do Sistema, iniciada em 1979. Na comparação com 2017, nota-se um aumento de 21% no número de registros de óbitos, que saltaram de 752 para 910. Os números de 2018, contudo, são preliminares, o que significa que ainda há casos que podem não ter sido registrados no sistema, o que elevaria ainda mais a estatística.
Importante destacar, porém, que o número de mortes relacionadas à questões de saúde mental é provavelmente maior do que mostram as estatísticas oficiais, uma vez que é comum, no atestado de óbito, a doença mental não aparecer como causa associada de morte.
De toda forma, com o intuito de alertar sobre a questão, o primeiro mês do ano foi batizado de Janeiro Branco, uma campanha dedicada a colocar os temas da Saúde Mental em evidência, tendo como foco a prevenção ao adoecimento emocional da humanidade.
Além disso, conforme relatam os criadores da iniciativa, a ideia é também convidar as pessoas a pensarem sobre suas vidas, o sentido e o seu propósito, a qualidade dos seus relacionamentos e o quanto elas conhecem sobre si mesmas, suas emoções, seus pensamentos e sobre seus comportamentos.
“Precisamos falar sobre Saúde Mental e sobre absolutamente tudo o que diz respeito às múltiplas dimensões da Saúde Mental dos indivíduos e das instituições sociais. Precisamos falar sobre Saúde Mental e ensinar os indivíduos a pensarem sobre as condições pessoais, sociais, materiais, culturais, subjetivas e objetivas nas quais vivem, nas quais se relacionam e nas quais reproduzem as suas existências. Todo ser humano precisa aprender a cuidar da sua Saúde Mental e da Saúde Mental das pessoas com quem convive e com quem se relaciona no dia-a-dia”, escrevem os criadores da Campanha Janeiro Branco, lançada em 2014.
Opção pelo mês de janeiro é estratégica
A escolha do mês de janeiro para realizar a campanha de conscientização sobre saúde mental não é por acaso. É que o início de um novo ano pode gerar ansiedade pelo desejo de cumprir as metas dos próximos 12 meses, aliao ainda à frustração de não ter cumprido com todos os objetivos para o ano anterior.
Assim, a campanha Janeiro Branco serve como um alerta sobre o início do novo ciclo e também como uim convite àqueles que querem viver de forma sadia, tanto emocional quanto psicologicamente. E o primeiro passo para tornar isso possível pode ser fazer terapia com um psicólogo qualificado.
Mortes relacionadas a transtornos mentais e comportamentais
Paraná
2018 | 910 |
2017 | 752 |
2016 | 821 |
2015 | 791 |
2014 | 787 |
TOTAL | 4.061 |
Brasil
2018 | 13.713 |
2017 | 12.858 |
2016 | 821 |
2015 | 12.674 |
2014 | 12.558 |
TOTAL | 64.283 |
Fonte:
Foto: Reprodução