Paraná e Rússia pretendem apresentar protocolo de vacina contra Covid-19 à Anvisa em 30 dias

O Paraná e a Rússia assinaram na tarde desta quarta (12) um protocolo de intenções para desenvolvimento de vacina contra a Covid-19. O protocolo abre a oportunidade de o governo do Paraná, através do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), participar dos testes e da produção da vacina Sputnik V no Brasil. O  acordo foi firmado durante […]

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O Paraná e a Rússia assinaram na tarde desta quarta (12) um protocolo de intenções para desenvolvimento de vacina contra a Covid-19. O protocolo abre a oportunidade de o governo do Paraná, através do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), participar dos testes e da produção da vacina Sputnik V no Brasil. O  acordo foi firmado durante reunião por videoconferência com o governador Ratinho Júnior (PSD), representantes do governo do Paraná,  Tecpar, Ministério da Saúde, Anvisa e embaixada da Rússia.  “É um memorando de entendimento bastante objetivo que versa sobre troca de tecnologia. Ele não gera obrigações, mas uma nova construção, um entendimento de que podemos trabalhar juntos. Vamos criar um grupo de trabalho para a formação de um protocolo que vai ser submetido às autoridades brasileiras”, afirmou Jorge Callado, diretor-presidente do Tecpar. “Nesse momento a prioridade é a validação da vacina no País. Dependemos dessa aprovação para os outros encaminhamentos”.

O próximo passo é a formação de uma força-tarefa com integrantes do Governo do Estado e do governo russo para acompanhar a validação da vacina em território brasileiro. A etapa para montar o protocolo da vacina, que será apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvia) à Comissão Nacional de Ética e Pesquisa, deverá demorar pelo menos 30 dias. O prazo para iniciar os testes da fase 3 no Paraná ainda depende da aprovação dos órgãos regulatórios, mas Callado antecipou que a vacina deverá ser testada em profissionais da Saúde e portadores de comorbidades. O convênio permite ainda que o Estado saia na frente em eventual campanha de vacinação.

Se tudo der certo, a vacina deve começar a ser produzida no Estado no segundo semestre de 2021 no Paraná, mas para isso, de acordo com o presidente do Tecpar,  será preciso investir cerca de R$ 80 milhões na planta do laboratório paranaense: “Temos uma pré-estrutura muito boa, mas precisaremos adaptar a planta para a produção da vacina, mas isso todos no Brasil terão que fazer. Essa verba certamente virá dos parceiros e vamos buscar também ajuda no governo federal”. Claro que é expectativa é que antes disso a vacina possa ser importada para o Brasil, mas de qualquer forma teremos que ter a nossa produção”, explicou ele.

A Sputnik V foi anunciada como a primeira vacina contra a Covid-19 registrada no mundo pelo o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira (11).

SINOPHARM – O Governo do Estado também já assinou um termo de cooperação técnica e científica com a China para iniciar a testagem e a produção de vacina da Sinopharm. O acordo garante ao Paraná acesso ao resultado das duas primeiras fases de testagem. Segundo o laboratório, os processos iniciais, já encerrados, tiveram 100% de positivação e nenhuma reação adversa grave.

PRESENÇAS – Participaram do encontro o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil Guto Silva; o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto; o chefe do Escritório de Representação do Paraná em Brasília, Rubens Bueno II; o vice-presidente do Fundo de Investimento Direto da Rússia, Tagir Sitdekov; Luis Paulo Gomes Mascarenhas, da diretoria de Relações Internacionais da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Acef Said, cônsul honorário da Rússia no Paraná; Marcos Schettino, presidente da sociedade do corpo consular do Paraná; Flávio Werneck, assessor especial para Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde; Ana Paula Barreto, representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde; Priscila Souza, coordenadora-geral de Ações Estratégicas em Pesquisa Clínica do Ministério da Saúde; Max Nóbrega de Menezes, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, do Ministério da Saúde; Pedro Terra, diretor do departamento de Rússia e Ásia Central do Ministério de Relações Exteriores; e o diretor do Departamento de Programas de Desenvolvimento Científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Fábio Donato Larotonda.

Fonte: Bem Paraná

(Foto: Rodrigo Félix Leal)
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