Paraná tenta acelerar vacinação contra Covid-19, mas sofre com falta de doses
O Paraná conseguiu acelerar ao longo do mês de abril o ritmo da vacinação contra a Covid-19. Até ontem, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa-PR), 1.698.462 paranaenses haviam sido vacinados contra o novo coronavírus, sendo que apenas no mês de abril 719.744 pessoas tomaram a primeira dose do imunizante, valor 5,69% superior ao […]
O Paraná conseguiu acelerar ao longo do mês de abril o ritmo da vacinação contra a Covid-19. Até ontem, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa-PR), 1.698.462 paranaenses haviam sido vacinados contra o novo coronavírus, sendo que apenas no mês de abril 719.744 pessoas tomaram a primeira dose do imunizante, valor 5,69% superior ao total de vacinados (1ª dose) ao longo de todo o mês de março.
Mesmo vacinando mais, no entanto, o estado ainda está longe, mas muito longe do ritmo ideal ou mesmo de sua capacidade máxima de vacinação.
Em entrevista recente ao Bem Paraná, por exemplo, o secretário da Saúde, Beto Preto, comentou que o estado tem condições de vacinar até 200 mil pessoas por dia. “Tendo vacina na mão, o Paraná tem condições de vacinar 150 mil, 200 mil pessoas por dia. Se tivermos vacina, a capacidade de vacinação é enorme. Chegando mais cargas, a orientação é que os municípios façam acontecer, vacinem sábado, domingo… Cada vacinação feita é a chance de tirar uma pessoa da possibilidade de ficar doente”, destacou na ocasião o secretário.
Desde o início da vacinação, no final de janeiro, porém, foram imunizadas apenas 17.730 pessoas diariamente (considerando aqueles que tomaram a primeira dose do imunizante). Em abril, com o programa de imunização em ritmo um pouco mais acelerado, foram 25.705 indivíduos vacinados a cada dia. Ainda longe, contudo, da capacidade máxima do sistema de saúde paranaense.
Para piorar, até esta quarta-feira (28) já haviam sido aplicadas no estado 93,2% das primeiras doses disponibilizadas aos municípios, restando ainda 123.914 doses de imunizante para serem utilizadas em indivíduos que ainda não foram parcialmente imunizados. Isso significa que, para acelerar ainda mais o ritmo da vacinação, o Paraná depende do repasse de mais fármacos por parte do Ministério da Saúde. E aí está o problema.
Para o mês de maio, o governo federal prevê a entrega 32 milhões de doses aos estados, 30% a menos do que a previsão inicial, de 46 milhões. Para abril, o cronograma da pasta chegou a prever a distribuição de 47 milhões de imunizantes, mas o número de doses entregues não deve superar os 27 milhões.
Diante deste cenário, a solução tem sido empurrar para frente as previsões. A estimativa inicial do governo federal era de que até maio o Brasil já teria vacinado os grupos prioritários com, pelo menos, a primeira dose dos imunizantes. No Paraná, isso representaria quase 4,1 milhões de pessoas protegidas contra a Covid até o quinto mês do ano. Na última semana, porém, o Ministério já mudou a estimativa, prevendo que as pessoas que se encaixam nos critérios de prioridade devem receber a primeira dose até a 1ª quinzena de julho e as duas doses até o final de setembro.
Estado espera mais 309,2 mil imunizantes
O Paraná receberá nos próximos dias o 15° lote de vacinas contra o coronavírus enviado pelo Ministério da Saúde. No total, serão 309.200 doses de imunizantes: 6.200 doses da Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan/Sinovac, e 303.000 da Covishield, da Universidade de Oxford/Astrazeneca/Fiocruz. Porém, o dia certo para a chegada do lote depende do Ministério da Saúde.
Todas as vacinas são destinadas à primeira dose de grupos prioritários cuja imunização já está em andamento: pessoas de 60 a 64 anos e profissionais da segurança pública e salvamento.
Hoje está prevista a chegada do primeiro lote da vacina da Pfizer. No total, 1 milhão de doses serão transportadas em voo que chegará ao Aeroporto de Viracopos, com aterrissagem prevista para as 19h.
As doses serão distribuídas para os 26 estados e o Distrito Federal. Segundo o Ministério da Saúde, a orientação é que sejam priorizadas as capitais devido às condições de armazenamento da vacina, que demanda temperaturas muito baixas.
Testagem — O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ontemque o governo federal lançará um programa de testagem da população para Covid-19. Ainda não há data para início do programa. A testagem em massa vai ajudar o País a controlar melhor as medidas de quarentena.
Fonte: Bem Paraná
(Foto: Franklin de Freitas)