Prefeitura adota medidas para enfrentar aumento de pessoas em situação de rua

Tribuna de Cianorte – Foto: Bruna Batista  Cianorte enfrenta um grande desafio: o aumento do número de pessoas em situação de rua. Essa é uma realidade que está presente em muitas cidades do Brasil e é resultado de diferentes fatores sociais, econômicos e políticos. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2022, o […]

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Tribuna de Cianorte – Foto: Bruna Batista 

Cianorte enfrenta um grande desafio: o aumento do número de pessoas em situação de rua. Essa é uma realidade que está presente em muitas cidades do Brasil e é resultado de diferentes fatores sociais, econômicos e políticos. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2022, o país registrou mais de 281 mil pessoas nessa condição, o que representa um aumento de 38% em relação a 2019. A pandemia da Covid-19 agravou ainda mais essa situação, colocando mais pessoas em vulnerabilidade.

No início de 2023, a Prefeitura fez um levantamento que identificou 24 pessoas em situação de rua que são moradoras da cidade. Além disso, outras 22 pessoas que estavam nas ruas atualmente estão domiciliadas, mas continuam sendo acompanhadas pela equipe de atendimento especializado vinculado ao CREAS. Essas pessoas ainda utilizam espaços públicos como forma de subsistência, por isso é necessário um monitoramento e intervenções específicas da equipe. No entanto, a maior parte da população em situação de rua são pessoas em trânsito, conhecidas como “trecheiros”. Entre abril de 2022 e abril de 2023, em média 130 pessoas foram atendidas mensalmente pela equipe de Abordagem Social.

Diante da preocupação expressada pelos moradores, principalmente em relação aos acampamentos montados em praças centrais da cidade, a Prefeitura informou que está ciente da situação e tem adotado medidas e estratégias em parceria com entidades da sociedade civil para lidar com esse problema.

Entre as parcerias existentes, destaca-se o Serviço de Abordagem Social vinculado ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), que desempenha um papel fundamental no atendimento direto aos moradores de rua. Além disso, há o CAPER/Associação Davi Muller, que oferece a Casa de Passagem, com 32 vagas diárias disponíveis todos os dias, 24 horas por dia. Nesse local, as pessoas podem permanecer durante todo o dia, tomar banho, fazer refeições e receber atendimento de psicólogos, assistentes sociais, além de participar de diversas atividades para promover a inclusão social. A Casa da Sopa Alan Kardec também é uma parceria importante, oferecendo atendimento, com 50 vagas/dia para acesso a banho, almoço e atendimento socioassistencial.

Além dessas parcerias, a Prefeitura mantém colaboração com as comunidades terapêuticas: Comunidade Sou Vivo não uso Drogas (13 vagas), Comunidade Bethania (08 vagas) e Casa Ester (06 vagas) destinada a mulheres.

É importante ressaltar que, embora exista abordagens, atendimentos e diferentes modalidades de assistência a essa população, não é possível acolher ou remover essas pessoas de espaços públicos sem o consentimento delas. É necessário respeitar o direito de ir, vir e permanecer, pois a coação por parte de agentes públicos configura uma violação dos direitos humanos.

Quanto a situações em que qualquer pessoa, seja ela moradora de rua ou não, esteja incomodando as outras pessoas, desrespeitando direitos ou infringindo leis, é importante comunicar imediatamente às autoridades policiais.

A conscientização e a mobilização da comunidade são essenciais para auxiliar no combate ao problema dos moradores de rua. A Prefeitura tem divulgado os serviços disponíveis para essa população, tanto por meio de placas informativas em pontos estratégicos da cidade quanto nas mídias sociais. Além disso, são realizadas campanhas com atividades que visam promover a reflexão sobre a realidade dessas pessoas e combater estigmas.

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