Governo decide não prorrogar a quarentena no Paraná

O governo do Estado não vai prorrogar o decreto de “quarentena restritiva” em vigor desde o dia 1º de julho em 134 municípios do Paraná para conter a pandemia da Covid-19, e depois estendido a mais sete municípios do Litoral. A decisão ocorreu nesta terça-feira (14), no dia em que o Estado bateu recorde de […]

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O governo do Estado não vai prorrogar o decreto de “quarentena restritiva” em vigor desde o dia 1º de julho em 134 municípios do Paraná para conter a pandemia da Covid-19, e depois estendido a mais sete municípios do Litoral. A decisão ocorreu nesta terça-feira (14), no dia em que o Estado bateu recorde de número de mortes pela doença, com 57 óbitos nas últimas 24 horas e 1.775 novos casos. Até então, o dia com mais mortes confirmadas havia sido o dia 10 de julho, com 47 casos. O Paraná soma 44.870 casos e 1.129 óbitos em decorrência da doença.

Com 20 mortes confirmadas nesta terça, Curitiba também teve o dia com mais óbitos desde o início da pandemia — o recorde anterior era de 15, no dia 2 de julho.

“O Governo do Estado informa que as medidas restritivas constantes do decreto 4942/20, válidas para as regionais de Saúde de Londrina, Cascavel, Cornélio Procópio, Toledo, Cianorte, Foz do Iguaçu e Região Metropolitana de Curitiba perdem efeito a partir desta terça-feira (14). A decisão foi tomada por orientação da vigilância epidemiológica. As restrições para a 1ª Regional de Saúde, do Litoral, serão mantidas até o dia 21 de julho.”, informou o governo em nota divulgada no início da noite.

O decreto começou a valer no dia 1º de julho e tinha validade de 14 dias. O “lockdown parcial” continua no Litoral do Paraná até o dia 21 de julho, porque começou mais tarde, em 6 de julho mas, segundo fontes do Bem Paraná, também não deverá ser prorrogado, a não ser que o sistema de saúde seja totalmente colapsado.
Segundo o próprio governo, a situação seria definida pela área de saúde, e de como estaria a situação da pandemia passadas nestas duas semanas. Empresários, prefeitos e políticos, no entanto, nos últimos dias aumentaram a pressão para que a quarentena não fosse estendida.

Uma forte pressão veio dos pré-candidatos a prefeito da base de Ratinho Junior, que estavam sofrendo desgastes em suas bases. Um exemplo foi a saída do vice-líder do governo na Aseembleia Legislativa, Tiago Amaral, pré-candidato a prefeitura de Londrina que criticou o decreto, e gerou a primeira crise grave na base do governo Ratinho na Assembleia.

Medida é criticada por especialistas da saúde: ‘Ainda não era a hora certa para isso’

A decisão do governo do Paraná de não renovar a quarentena restritiva recebeu críticas ainda na noite de terça-feira. Uma delas veio do professor Pedro Hallal reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ele foi responsável pelo maior estudo sobre a Covid-19 no Brasil, “Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional”, financiado pelo Ministério da Saúde, e divulgado na semana passada.

Segundo Hallal, em entrevista ao Jornal Boa Noite Paraná, ainda não era a hora de se flexibilizar medidas de combate à Covid-19. Segundo ele, a flexibilização deve ocorrer apenas quando há queda acentuada dos casos.
O estudo da UFPel trouxe dados de 133 cidades brasileiras, espalhadas pelo território nacional. Embora não tenha o retrato do país, mostrou áreas em suas diferentes etapas de enfrentamento à Covid-19.Hallal lembrou que todas os países ou cidades que não agiram desta forma tiveram a alta de casos nas semanas seguintes.

O exemplo mais importante é o dos Estados Unidos, que depois de se tornar o epicentro da pandemia no mundo, começou a relaxar as restrições e agora vê estados voltarem a ter que tomar medidas mais severas, como a Califórnia, que voltou a proibir a abertura de bares.

São José dos Pinhais vai reabrir comércio a partir desta quarta; Assomec quer ação conjunta

Com o fim do Decreto Estadual, que expirou ontem, em São José dos Pinhais o comércio em geral poderá reabrir a partir de hoje. O anúncio foi feito pelo prefeito Toninho Fenelon em uma live realizada ainda na noite de segunda-feira.

O prefeito ressaltou, contudo, que a decisão não é definitiva e que depende do direcionamento do Governo do Estado, do comportamento das pessoas e dos índices de contaminação pelo novo coronavírus na cidade.
“Quero pedir que, uma vez reaberto o comércio, que os nossos comerciantes respeitem as medidas de distanciamento, com a restrição de pessoas no interior das lojas, as medidas de higiene, uso de máscaras e álcool em gel, enfim, todas as medidas que estão em vigência no nosso município”, disse o prefeito na live.

Ontem, os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), se reuniram para debater ações conjuntas neste sentido. Segundo o presidente a Associação, prefeito de Fazenda Rio Grande, Márcio Wozniak, a ideia é que os municípios mantenham ações unificadas no combate à Covid-19.
Mesmo antes do governo decretar a quarentena restritiva, os municípios já vinham conversando sobre medidas em conjunto.

COMO FICA O FUNCIONAMENTO DAS ATIVIDADES EM CURITIBA

Fica suspenso o funcionamento dos seguintes serviços

  • Academias e locais de práticas desportivas
  • Parques
  • Estabelecimentos destinados ao entretenimento, com ou sem música, de forma eventual ou periódica, tais como casas de festas, de eventos ou recepções, circos, teatros, cinemas e atividades correlatas
  • Bares e atividades correlatas
  • Mmissas e cultos religiosos presenciais, com assembleia comunitária de fiéis, para evitar aglomerações. Mas fica assegurada a abertura das igrejas e dos templos religiosos para o funcionamento de assistência religiosa individual e atividades administrativas
  • As medidas previstas neste decreto não impedem a realização de assistência religiosa coletiva por meio da internet e outros meios de tecnologia da informação, bem como missas e cultos drive-inw

Atividades deverão funcionar com até 50% da capacidade

  • Hotéis, inclusive resorts
  • Pousadas
  • Serviços de call center e telemarketing, exceto aqueles vinculados aos serviços de saúde ou executados em home-office, das 9 às 15 horas e das 15 às 21 horas
  • Todos os estabelecimentos em funcionamento no Município deverão cumprir o Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social de Curitiba, bem como as orientações, protocolos e normas da Secretaria Municipal da Saúde para cada segmento de atividade, referentes à prevenção da transmissão e infecção pelo novo
  • Coronavírus (COVID-19), disponíveis na página www.saude.curitiba.pr.gov.br

Podem funcionar com horários restritos

  • Comércio de rua: das 10 às 16 horas, de segunda a sexta-feira, com proibição de abertura aos sábados e domingos
  • Shopping centers: das 12 às 20 horas, de segunda a sexta-feira, com proibição de abertura de aos sábados e domingos
  • Serviços de alimentação localizados no interior dos shopping centers: nos horários e dias de funcionamento dos shopping
  • Galerias e centros comerciais: das 10 às 16 horas, de segunda a sexta-feira, com proibição de abertura aos sábados e domingos
  • Serviços de alimentação localizados no interior de galerias e centros comerciais: nos horários e dias de funcionamento das galerias e centros comerciai
  • Restaurantes e lanchonetes: das 11 às 15 horas e das 19 às 22 horas, podendo funcionar em todos os dias da semana
  • Escritórios em geral, empresas de tecnologia e coworking: 6 horas por dia, exceto para atividades de home-office
  • Os serviços e atividades podem funcionar na modalidade delivery ou drive thru, sem restrição de horário, em todos os dias da semana
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