Toque de recolher: secretário de Segurança do Paraná orienta que famílias façam ceia de Natal antes das 23h

O secretário estadual de Segurança Pública, coronel Romulo Marinho Soares, orientou nesta terça (22), em entrevista ao telejornal Bom Dia, da RPC, que as famílias paranaenses façam a ceia de Natal antes das 23 horas. “A orientação é que a população possa fazer a ceia de natal antes das 23h, porque até as 5h nós […]

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Imagem Toque de recolher: secretário de Segurança do Paraná orienta que famílias façam ceia de Natal antes das 23h

O secretário estadual de Segurança Pública, coronel Romulo Marinho Soares, orientou nesta terça (22), em entrevista ao telejornal Bom Dia, da RPC, que as famílias paranaenses façam a ceia de Natal antes das 23 horas. “A orientação é que a população possa fazer a ceia de natal antes das 23h, porque até as 5h nós temos um decreto que está em vigor. Quem fizer a festa em casa deve reunir no máximo dez pessoas para evitar aglomerações”, afirmou o secretário.

O decreto estadual com medidas contra o coronavírus vale até pelo menos o dia 28 de dezembro. Na entrevista, ele garantiu que haverá reforço na fiscalização e pediu para que a população denuncie caso note a organização de festas clandestinas com aglomeração.

‘Fazer teste não anula risco de contaminação por Covid-19’, diz médico sobre festas de fim de ano

Para tentar passar o Natal e Ano Novo com a família mesmo durante a pandemia de Covid-19 e contra todas as recomendações das autoridades de saúde, muitas famílias têm optado pela realização de exames para verificar a presença do vírus ou não e assim estarem ‘liberadas’ para as festas. De olho no crescimento desta tendência, o Hospital de Clínicas do Paraná (HC) fez um alerta nesta segunda (21) de que os testes não anulam a possibilidade de propagação do coronavírus entres as famílias, porque dependendo do estágio da infecção, falsos negativos são muito comuns.

Em entrevista ao Bem Paraná, o médico infectologista do Hospital de Clínicas, Bernardo Montesanti Machado de Assis, o teste ajuda a identificar o transmissor, mas não pode dar 100% de certeza de que os familiares não estão infectados. “Se a pessoa estiver com vírus incubado no momento do teste, o resultado dará negativo. Outro fator perigoso é o tempo do teste. Se a pessoa faz o teste hoje e vai encontrar a família daqui a quatro ou cinco dias, pode falhar. Ou seja o teste não substitui os cuidados, o distanciamento, o álcool gel o uso de máscara”, afirmou o médico. O mais próximo do ideal e da segurança para passar as festas juntos seria todos os convidados ficarem 14 dias isolados e mesmo assim haveria o risco de contaminação durante o transporte de um lugar para outro, explicou ele. “O ideal é só passem juntos as festas aqueles que convivem no mesmo núcleo familiar, vivem juntos. O mínimo de pessoas. E se por acaso alguém de fora participar tem que ser com distância, principalmente na hora da ceia, e por pouco tempo, mas não é recomendável”, disse Assis.

A preocupação das autoridades de saúde e do HC também é que as festas de fim de ano aumentem o número de casos, de doentes, internações e pressionem ainda mais o sistema de saúde, que já está próximo do colapso. “Nós não entramos em colapso total porque as secretarias de saúde estão aumentando os leitos artificialmente. No HC, a margem tem sido de 95% de ocupação. Se aumentar a demanda com as festas, não será possível aumentar a capacidade física e de pessoal dos hospitais. Será o caos”, alertou o médico. “Claro que entendemos o desejo das famílias passarem as festas juntas, mas não é momento, aliás é o momento mais perigoso para isso”, completou.

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta segunda-feira (21) mais 844 casos confirmados e 19 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus.  A Sesa registra também 1.429 casos confirmados retroativos do período entre 14 de julho a 19 de dezembro. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 375.335 casos e 7.271 mortos em decorrência da doença.  A secretaria estadual informa a morte de mais 19 pacientes. São 8 mulheres e 11 homens, com idades que variam de 26 a 88 anos. Os óbitos ocorreram entre 22 de novembro a 21 de dezembro.   Os pacientes que foram a óbito residiam em: Cianorte (3), Cascavel (2), Palmas (2). A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Anahy, Foz do Iguaçu, Ibema, Ivaiporã, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Pato Branco, Prudentópolis, Santa Helena, Santa Tereza do Oeste, São Jorge D’Oeste e Terra Roxa.

(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)
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