Rebaixado à Série D, Paraná encara dívida de R$ 141 milhões e cenário de incertezas

O Paraná Clube está rebaixado à quarta divisão do Campeonato Brasileiro. A queda ocorreu no sábado, com a vitória do São José sobre o Oeste, em Barueri, na partida iniciada às 11 horas da manhã. À noite, o time entrou em campo já rebaixado, para ‘cumprir tabela’ contra o Novorizontino. A queda mergulha o Paraná […]

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Imagem Rebaixado à Série D, Paraná encara dívida de R$ 141 milhões e cenário de incertezas

O Paraná Clube está rebaixado à quarta divisão do Campeonato Brasileiro. A queda ocorreu no sábado, com a vitória do São José sobre o Oeste, em Barueri, na partida iniciada às 11 horas da manhã. À noite, o time entrou em campo já rebaixado, para ‘cumprir tabela’ contra o Novorizontino.

A queda mergulha o Paraná em cenário de incertezas. A partida de despedida da Série C está marcada para 25 de setembro, na Vila Capanema, contra o Oeste. Depois disso, o time só volta a jogar pelo Campeonato Paranaense, em fevereiro. Serão quatro meses sem jogos.

Sem jogos no calendário, a arrecadação normalmente tem queda brusca. O número de sócios tende a reduzir, é mais difícil atrair patrocinadores e não há contrato de transmissão com nenhuma emissora ou streaming.

O último contrato de TV do Paranaense rendeu cerca de R$ 370 mil por clube. O valor pagaria apenas um mês de salários no Paraná em 2021. Ainda não há previsão de contrato de transmissão para a Série D de 2022. E é pouco provável que renda valores expressivos.

O cenário também dificulta outra fonte de receita: a venda de jogadores. Com poucas competições importantes, os ‘produtos’ ficam fora das principais ‘vitrines’ do mercado.

Sem previsão de receita, o Paraná ainda precisa lidar com uma dívida de R$ 141 milhões, valor divulgado no balanço contábil de 2020. Desse valor, são R$ 55 milhões de dívida cível, R$ 38,6 milhões de dívida trabalista e R$ 8,9 milhões de dívida fiscal (impostos).

Logo após o rebaixamento, o novo presidente do Paraná Clube, Rubens Ferreira Silva, o Rubão, publicou no sábado à tarde uma carta aberta à torcida. “Caros torcedores, estamos em momento de dor, tristeza e revolta. Precisamos enxugar as lagrimas e erguer a cabeça. Somos iguais à Fênix. Vamos renascer das cinzas sem que ninguém possa esperar. E voltaremos a campo para novas batalhas. Renascer faz parte, vamos insistir na nossa busca, gostamos do improvável e seremos movidos a desafios”, escreveu o dirigente, que assumiu o comando do clube na última terça-feira.

“Façamos da derrota o combustível para sermos melhores. Assim somos, essa mistura de força, simplicidade, e uma grande porção de Fé. Somos coração, somos destemidos, não desistimos da guerra, lutamos o bom combate e por isso acreditamos em novas vitórias. Convoco todos os Paranistas para me ajudarem e rapidamente voltarmos ao nosso lugar de destaque no cenário esportivo nacional. Temos garra e somos guerreiros”, afirmou Rubão.

Já rebaixado, Paraná joga com meio time de pratas-da-casa e perde para o líder

O Paraná Clube perdeu por 1 a 0 para o Novorizontino, no sábado (dia 18) à tarde, em Novo Horizonte, pela 17ª (e penúltima) rodada do Grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro. O time paranaense entrou em campo já rebaixado à quarta divisão do Brasileiro. A queda foi matematicamente confirmada no jogo em Barueri, iniciado às 11 horas da manhã, com a vitória do São José (RS) sobre o laterna Oeste.

Na Série C, os dois últimos colocados (9º e 10º) de cada grupo são rebaixados à quarta divisão. O Paraná é o 9º lugar, com 13 pontos. O São José chegou a 22 pontos e está livre do rebaixamento.

O Novorizontino segue na liderança e invicto no seu estádio. O time paulista ainda não perdeu como mandante na temporada 2021 e não sofreu gols em casa na Série C.

O técnico Jorge Ferreira não tinha os volantes Luan e Moisés Gaúcho, que levaram cartão vermelho na última partida e estão suspensos. Outro suspenso é o lateral-esquerdo Bryan, por acúmulo de três cartões amarelos. O volante Janderson rescindiu contrato com o clube durante a semana e era outra carta fora do baralho. O treinador escalou cinco pratas-da-casa: Paranhos, Pettenon, Lacerda, Kriguer e Castanha. O esquema tático foi o 4-2-3-1 de sempre, com Castanha (direita), Gustavo França (esquerda) e Sillas (centro) na linha de três.

Os primeiros 20 minutos tiveram domínio absoluto do Novorizontino. O Paraná ficou recuado e sofreu. Léo Pettenon cometeu pênalti aos 8. Guilherme Queiroz cobrou e converteu: 1 a 0. O time paulista criou mais duas boas jogadas ofensivas e esteve perto de ampliar o placar. Depois disso, o Paraná conseguiu avançar as linhas e, aos poucos, foi equilibrando a disputa. E também chegou a levar perigo em dois momentos. Aos 42, após belo passe de Sillas, Ebere saiu na cara do gol e chutou nas pernas do goleiro, desperdiçando chance incrível.

No intervalo, o ponta Vinicius Moura entrou no lugar de Castanha. O jogo recomeçou com o Novorizontino no ataque, pressionando. Aos 18, saiu Danilo e entrou o meia Gabriel Pires, que voltou a jogar após lesão muscular. Aos 25, entraram o meia Gabriel Correia e o atacante Gustavinho. O jogo seguiu com o time paulista atacando mais, mas sem criar chances reais. Aos 36, o centroavante Reis entrou no lugar de Gustavo França.

Fonte: Bem Paraná

Foto: Divulgação/Guilherme Videira/Novorizontino

 

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