Após conversa com militares, Bolsonaro muda o tom e fala em “maior desafio da nossa geração”

O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), realizou na noite desta terça-feira (30 de março) seu quarto pronunciamento em rede nacional para falar sobre a crise do novo coronavírus. E desta vez, mudou o tom. Deixou de lado termos como “resfriado” ou “gripezinha” para falar sobre a Covid-19 e pediu um pacto nacional para o enfrentamento da pandemia. Segundo ele, “estamos diante do maior desafio de nossa geração”.

“O vírus é uma realidade. Ainda não existe vacina contra ele ou remédio com eficiência cientificamente comprovada, apesar de a hidroxicloroquina parecer bastante eficaz. O coronavírus veio e, um dia, irá embora. Infelizmente, teremos perdas no caminho. Eu mesmo já perdi entes queridos no passado, e sei o quanto é doloroso. Todos nós temos que evitar, ao máximo, qualquer perda de vida humana.”

Na sua última aparição em TV, Bolsonaro havia criticado prefeitos e governadores pelas medidas de isolamento social e também culpou a mídia por espalhar pânico entre a população. Desta vez, porém, foi orientado pela ala militar do governo e, após conversa com o ex-comandante do Exército general Villas Bôas e ministros militares e da área jurídica, parece ter sido convencido de mudar a forma como se refere à crise que se instala.

Foram quase oito minutos de fala do presidente, nos quais Bolsonaro sopesou mais a questão entre saúde pública e economia, falando em preservar “vidas e empregos”.

“Na última reunião do G-20, nós, os chefes de Estado e de governo, nos comprometemos a proteger vidas e a preservar empregos. Assim o farei”, declarou o presidente. “Minha preocupação sempre foi salvar vidas. Tanto as que perderemos pela pandemia como aquelas que serão atingidas pelo desemprego, violência e fome.”

Bolsonaro recorreu novamente à fala do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, mas desta vez não usou, ao menos de forma explícita e direta, uma interpretação equivocada e editada de seu discurso para criticar frontalmente isolamento social.

“Não me valho dessas palavras para negar a importância das medidas de prevenção e controle da pandemia, mas para mostrar que, da mesma forma, precisamos pensar nos mais vulneráveis. Essa tem sido a minha preocupação desde o princípio. O que será do camelô, do ambulante, do vendedor de churrasquinho, da diarista, do ajudante de pedreiro, do caminhoneiro e dos outros autônomos, com quem venho mantendo contato durante toda minha vida pública?”

O presidente também destacou uma série de medidas tomadas pelo governo, como o congelamento dos preços de remédios por 60 anos, que ele próprio anunciou nesta terça, e já próximo do fim do discurso agradeceu e se solidarizou com os profissionais de saúde pelo “empenho e sacrifício pessoal”, além do pessoal “da área de segurança, caminhoneiros e todos os trabalhadores de serviços considerados essenciais (…), bem como aos homens e mulheres do campo, que produzem nossos alimentos.”

“Com esse mesmo espírito, agradeço e reafirmo a importância da colaboração e a necessária união de todos num grande pacto para preservação da vida e dos empregos. Parlamento, Judiciário, governadores, prefeitos e sociedade. Deus abençoe o nosso amado Brasil.”

Fonte: Bem Paraná

Procon-PR notifica comércio e fabricantes de laticínios

O Procon-PR notificou nesta terça-feira (31) estabelecimentos comerciais e indústrias de laticínios para que apresentem justificativa para o aumento do preço do leite, conforme denúncias de consumidores e consultas ao aplicativo Menor Preço do programa Nota Paraná.

“O trabalho do Procon consiste em várias frentes, como notificação do comércio local e estadual para apuração de eventual abusividade no preço de produtos, ações de fiscalização realizadas por iniciativa do órgão e a partir de denúncias de consumidores sobre falta de produto, aumento e ausência de preços, por exemplo”, explica o secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost”.

Ele esclarece que os aumentos abusivos serão verificados a partir da comparação do preço de compra e venda dos produtos em meses anteriores e o preço o praticado nas últimas semanas. Ele afirma as empresas estão sujeitas a multas que variam de R$ 600 a R$ 8 milhões.

Nesta primeira etapa foram notificadas as fabricantes dos leites Líder, Santa Clara, Piracanjuba, Tirol, Batavo, Frimesa, Polly e Colônia Holandesa.

O Procon-PR diponibiliza uma plataforma online ao consumidor para que faça denúncias sem sair de casa. Acesse AQUI.

Fonte/Foto: AEN

Paraná confirma 25 novos casos em 24 horas e total vai a 185

Dados do boletim do coronavírus da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmam 25 novos casos da doença no Paraná. 14 mulheres e 11 homens com idades entre 28 e 72 anos tiveram resultado positivo para Covid-19 nesta terça-feira (31).

Os novos pacientes residem em Curitiba (10), Cascavel (2), Lapa (1), Vere (1), Quatro Barras (1), Telêmaco Borba (1), Campo Mourão (1), Maringá (1), Pinhais (1), São José dos Pinhais (2), Londrina (2), Francisco Beltrão (1) e Niterói (1) – fora do Estado.

O Estado tem agora 185 casos confirmados – destes, três óbitos –, 2.960 descartados e 521 em investigação.

Fonte: Sesa-PR

(Foto: Josué Damacena/IOC Fiocruz)