Concessionárias de pedágio têm 119 quilômetros de obras e 16 intervenções atrasadas no PR

As concessionárias que administram as rodovias pedagiadas do Paraná ainda precisam entregar um total de 119 quilômetros de obras atrasadas nas estradas do estado até novembro do ano que vem, quando se encerra o contrato de concessão com o governo do estado. Também há 16 intervenções estruturais, como a construção de trevos e interseções, em que o prazo determinado em contrato já estourou.

O levantamento foi feito pelo deputado estadual Homero Marchese (PROS) e sua equipe. Durante cinco dias eles percorreram todas as estradas pedagiadas no estado, que pertencem ao chamado Anel de Integração do Paraná, verificando o que estabelecia o contrato com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) e os acordos de leniência firmados com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato.

Governo prorroga medidas anti-Covid-19; toque de recolher e lei seca passam a valer até 28 de dezembro no Paraná

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou decreto que prorroga por mais dez dias as medidas restritivas e de distanciamento social para evitar a propagação do novo coronavírus e conter o aumento das infecções no Paraná. O texto é o mesmo da normativa 6294/2020, que terminaria nesta sexta-feira (18). Assim, a nova peça jurídica começa a valer no sábado (19) e se estenderá até 28 de dezembro, podendo ser prorrogado ou não.

O documento de número 6555/2020 estabelece, entre outras regras, a proibição de confraternizações e eventos presenciais que causem aglomerações com grupos de mais de 10 pessoas, excluídas da contagem crianças de até 14 anos. A exceção são ações sem contato físico, incluindo o modelo drive in. Ou seja, reforça o pedido para que as pessoas passem as celebrações de Natal dentro de seus núcleos familiares, evitando aglomerações.

“É um momento especial, em que precisamos da colaboração de todos para controlar a circulação do vírus. O pedido segue para que as pessoas reforcem os cuidados contra a doença, com máscaras, álcool gel, higiene pessoal e, claro, distanciamento social”, afirmou Ratinho Junior.

A peça jurídica estende também a proibição da comercialização e do consumo em vias e espaços públicos de bebidas alcoólicas das 23 horas às 5 horas. A decisão acompanha o impedimento provisório na circulação de pessoas no mesmo período, medida em vigor no Estado desde a quarta-feira (02).

Apenas serviços considerados essenciais, regidos pelo decreto estadual 4.317/20, como saúde, segurança pública, limpeza pública, produção, distribuição e comercialização de alimentos, ficam liberados da restrição de circulação. As medidas restritivas foram elaboradas em conjunto com as 29 cidades que formam a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec).

“Essas medidas são fundamentais. É claro que o vírus não tem horário, mas cerca de 15% dos nossos leitos de UTI são usados em decorrência de traumas. Em muitos casos por pessoas que bebem, pegam o carro e acabam se acidentando. Isso libera leitos para combater o coronavírus, para dar assistência a quem está contaminado”, ressaltou o governador.

CELEBRAÇÕES – O decreto recupera medidas de duas resoluções da Secretaria de Estado da Saúde. A 734/2020 que autoriza a celebração de cultos religiosos desde que o espaço destinado ao público tenha ocupação máxima de 30%, garantido o afastamento mínimo de 2 metros entre as pessoas.

A medida começa a valer na segunda-feira (07) para dar tempo de as igrejas se organizarem. O texto recomenda que a população realize atos religiosos em casa, de forma individual ou em família.

Outra ação é a retomada da resolução 632/2020, que trata do teletrabalho. O decreto estabelece que esse formato seja adotado para as funções que forem compatíveis no âmbito da administração estadual. As exceções são as secretarias da Saúde, Segurança Pública e Fazenda. Há ainda a orientação para que os demais Poderes, assim como municípios e entes privados acompanhem o regramento.

As novas resoluções da Saúde que estão em vigor são as de número 1433/2020 e 1434/2020.

BOLETIM – O Paraná atingiu um novo recorde de mortes em decorrência da Covid-19 nesta quarta-feira (16). Boletim epidemiológico revelou mais 2.845 diagnósticos da doença e 199 óbitos. O boletim registra também 17.322 casos retroativos do período entre 1º de abril a 14 de dezembro. Destes, 14.227 são de Curitiba contabilizados devido à integração entre o sistema municipal e o sistema próprio do Estado (Notifica Covid-19), que ainda está em andamento. Estes casos já foram divulgados no boletim da Secretaria Municipal de Curitiba.

CELEBRAÇÕES – O decreto recupera medidas de duas resoluções da Secretaria de Estado da Saúde. A 734/2020 que autoriza a celebração de cultos religiosos desde que o espaço destinado ao público tenha ocupação máxima de 30%, garantido o afastamento mínimo de 2 metros entre as pessoas.

A medida começa a valer na segunda-feira (07) para dar tempo de as igrejas se organizarem. O texto recomenda que a população realize atos religiosos em casa, de forma individual ou em família.

Outra ação é a retomada da resolução 632/2020, que trata do teletrabalho. O decreto estabelece que esse formato seja adotado para as funções que forem compatíveis no âmbito da administração estadual. As exceções são as secretarias da Saúde, Segurança Pública e Fazenda. Há ainda a orientação para que os demais Poderes, assim como municípios e entes privados acompanhem o regramento.

As novas resoluções da Saúde que estão em vigor são as de número 1433/2020 e 1434/2020.

BOLETIM – O Paraná atingiu um novo recorde de mortes em decorrência da Covid-19 nesta quarta-feira (16). Boletim epidemiológico revelou mais 2.845 diagnósticos da doença e 199 óbitos. O boletim registra também 17.322 casos retroativos do período entre 1º de abril a 14 de dezembro. Destes, 14.227 são de Curitiba contabilizados devido à integração entre o sistema municipal e o sistema próprio do Estado (Notifica Covid-19), que ainda está em andamento. Estes casos já foram divulgados no boletim da Secretaria Municipal de Curitiba.

GUEDES DESCARTA SEGUNDA ONDA DE COVID-19 E REFORÇA FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou que a economia brasileira está sendo retomada com força e num formato em V, quadro que dá amparo ao fim do auxílio emergencial neste mês, descartando ainda que o país esteja sendo atingido por uma segunda onda de Covid-19.

“De agora até o final do ano, 31 de dezembro, a ideia é que voltemos à situação ordinária, então até o fim do ano teremos encerrado essas camadas auxiliares que lançamos para preservar empregos, vidas e a economia”, afirmou o ministro em inglês, em participação gravada para a Conferência de Montreal do International Economic Forum of the Americas, que acontece nesta quarta-feira.

“As pessoas estão voltando ao trabalho, a doença fez um retorno, mas não podemos falar em segunda onda”, acrescentou ele, pontuando ainda que o governo está agora concentrado em prover vacinas à população.

Ecoando previsões que já tinha traçado anteriormente, Guedes afirmou que se o país gerar 200 mil empregos nos últimos dois meses do ano –“o que certamente fará”– haverá zero perda de postos formais em 2021.

“Isso foi devido ao nosso programa de proteção de empregos, que funcionou maravilhosamente”, afirmou.

Na pandemia, foi aberta a possibilidade de redução de salário e jornada ou suspensão do contrato de trabalho no setor privado, com o governo provendo um benefício para os trabalhadores de carteira assinada afetados.

O ministro também disse que a agenda de reformas estruturais volta agora à pauta, após desvio que precisou ser feito para enfrentamento ao surto de coronavírus.

Nesse sentido, ele frisou que o grande desafio em 2021 será transformar a recuperação impulsionada pelo consumo em um crescimento sustentável. Para tanto, o governo irá acelerar privatizações e investimentos privados, disse.

Sem mencionar o Caixa Tem, braço digital da Caixa Econômica Federal, Guedes também afirmou que o governo fará a abertura de capital em bolsa do “maior banco digital do mundo”, criado no bojo da crise para concessão do auxílio emergencial.

Segundo o ministro, os recursos levantados na operação serão empregados na diminuição da relação entre dívida pública e o PIB.

“Estamos relativamente otimistas sobre o futuro, achamos que o Brasil vai se mover mais rápido que a maioria das economias no curto prazo e nós permaneceremos, provavelmente, a mais larga e mais rentável fronteira para investimentos para a próxima década”, disse ele.

 

Plano nacional: ‘são 27 governadores com propósito, o bem comum’, diz Bolsonaro

Em um discurso pacificador no lançamento do plano nacional de vacinação, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 16, que o País se aproxima de uma “alternativa concreta” para o combate à covid-19. Apesar de embates contra governos estaduais desde o início da pandemia, em especial com o paulista João Doria (PSDB), Bolsonaro destacou que todos os governadores estão unidos pelo “bem comum” e minimizou “exageros” ocorridos.

“A grande força que todos nós mostramos agora é união para buscar solução de algo que nos aflige há meses. Se algum de nós extrapolou ou até exagerou foi no afã de buscar solução”, disse. “Nós todos irmanados estamos na iminência de apresentar uma alternativa concreta para nos livrarmos desse mal, que é o plano nacional de operacionalização da vacinação contra a covid-19”, afirmou.

Bolsonaro ressaltou que o País conta com “27 governadores com um só propósito: o bem comum e a volta à normalidade”. O chefe do Executivo voltou a repetir que o governo irá adquirir imunizantes de empresas que se encaixarem “nos critérios de segurança e efetividade” da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para isso, citou a promessa já anunciada de editar medida provisória de crédito especial de R$ 20 bilhões.

O presidente ressaltou ainda que a Anvisa é uma agência “referência” e de “participação fundamental na decisão de qual vacina deve ser apresentada de forma gratuita e voluntária para todos os brasileiros”. “Peço a Deus que estejamos certos. A solução está por vir”, reforçou. Ele afirmou ainda que espera “brevemente” o retorno do País à normalidade.

Em seu discurso, o presidente também agradeceu e elogiou a atuação do presidente da Anvisa, Antônio Barra, e a coordenação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Em mais um sinal de paz, Bolsonaro disse que deputados e senadores foram “excepcionais” no apoio ao governo para o combate à pandemia e o socorro de Estados e municípios.

(Foto: AEN)

Governador sanciona lei que assegura reajuste do mínimo regional

O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou na última segunda-feira (14) a lei que normatiza o reajuste do salário mínimo regional. A definição será pelo mesmo índice aplicado ao salário mínimo nacional para 2021, acrescido de 0,55%. Este percentual representa 50% do PIB de 2019. Dessa maneira, o Paraná garante aumento real a trabalhadores de diversas categorias profissionais.

A lei é a etapa formal que antecede a definição do valor para quatro grandes grupos de empregados, que envolvem técnicos e professores com Ensino Médio, desenhistas, artistas de artes populares, atletas profissionais, trabalhadores de serviços administrativos, recepcionistas, operadores de telefonia e telemarketing, guias de turismo, garçons, porteiros, produtores agrícolas, montadores de máquinas, e vários outros.

A definição dos valores ainda depende de aprovação do Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (Ceter) e de uma discussão colegiada com os representantes dos trabalhadores. O órgão é composto de forma tripartite (Governo, empregadores e trabalhadores) e paritária e reúne as maiores centrais sindicais patronais e dos funcionários.

“O salário mínimo regional é uma referência para a negociação das categorias sindicalizadas e uma garantia para as categorias que não têm sindicato. E é um cálculo que depende da atualização nacional”, afirmou o secretário de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost. “O que dá para adiantar é que a lei garante um novo reajuste e que novamente o valor ficará acima do salário mínimo nacional”.

EQUILIBRIO – Os cálculos finais dos pisos dos grupos que compõem o piso regional serão definidos com base no índice de reajuste do salário mínimo nacional, que só deve ser confirmado em janeiro, quando o governo federal terá os dados consolidados da inflação de 2020.

“O valor sempre é um balanço das demandas de todos os setores da sociedade. Estabelecemos juntos, o que ajuda o Estado a ser cada vez mais protagonista na geração de emprego, mesmo em momentos de crise”, complementou Suelen Glinski, chefe do Departamento do Trabalho da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho.

Pela lei, os novos pisos regionais serão aplicados para o período de 1° de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2021. A legislação não se aplica aos empregados que têm piso salarial definido em Lei Federal, Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho e aos servidores públicos.

A nova lei também define que a política de valorização dos pisos salariais a serem fixados a partir de 2022 será objeto de negociação tripartite, envolvendo as centrais sindicais e federações patronais, com a participação do Governo do Estado, e acompanhamento do Ministério Público do Trabalho e da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego.

HISTÓRICO – Desde 2006, ano da criação, o salário mínimo regional do Paraná sempre foi estabelecido em patamares superiores aos do salário mínimo nacional. O piso é reajustado pelo mesmo percentual aplicado para o reajuste do salário mínimo nacional, baseado na variação do INPC do ano anterior, com aplicação adicional, a título de ganho real, da variação real do PIB nacional observada dois anos antes.

O governo federal mudou a política de cálculo e decidiu reajustar o salário mínimo apenas pela inflação, mas a proposta não foi adotada em âmbito regional.

Ao longo dos últimos anos essa política permitiu aos trabalhadores paranaenses a possibilidade de alcançar pisos salariais que figuram entre os mais elevados no País, quando consideradas as unidades de federação que mantêm uma política de salário mínimo regionalizada, como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Fonte/Foto: AEN

Em documento ao Congresso, governo prevê salário mínimo em R$ 1.088 em 2021

O governo prevê que o salário mínimo ficará em R$ 1.088 em 2021. A nova estimativa consta em ofício encaminhado ao Congresso Nacional para revisar as metas e projeções fiscais para o ano que vem. Em 15 de abril, quando encaminhou a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o governo previa que o piso nacional fosse reajustado dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.079 no início de 2021. No fim de agosto, quando enviou o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), esse valor foi revisto para menos: R$ 1.067.

Agora, o aumento na projeção se deve à aceleração da inflação. O salário mínimo não tem tido aumento real, mas o indicador que baliza sua correção, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), tem registrado fortes altas nos últimos meses, na esteira da inflação de alimentos.

Petrobras reajustará gasolina em 3% e diesel em 4% a partir desta quarta

A Petrobras vai aumentar a gasolina em 3% e o diesel em 4% a partir da quarta-feira, 16, nas suas refinarias, seguindo a alta dos preços do petróleo no mercado internacional. O diesel marítimo (bunker) será ajustado em 4,1%, informou a estatal.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina terá acréscimo de R$ 0,0518 e o diesel de R$ 0,0749, o que ainda deixa impraticável a importação desses produtos.

O petróleo tem subido no mercado internacional impulsionado pelo início da vacinação em alguns países, mas tem oscilado à medida que mais casos de covid-19 são anunciados.

Nesta terça, a commodity operava em torno de US$ 50 o barril, depois de ter chegado a cair a US$ 20 no auge da pandemia, em abril.

(Foto: Franklin de Freitas/Arquivo Bem Paraná)

Aulas presenciais retornarão em 18 de fevereiro nos colégios estaduais do Paraná em sistema híbrido

O governo do Paraná anunciou nesta terça (15) que o próximo ano letivo na rede estadual de ensino vai começar no dia 18 de fevereiro de 2021 em sistema híbrido com aulas ao vivo por causa da pandemia de Covid-19. O retorno às aulas presenciais nas 21 mil salas de aulas, no entanto, não será obrigatório. O anúncio foi feito em entrevista coletiva online do governador Carlos Massa Ratinho Jr, o secretário de Estado de Educação e Esportes (SEED), Renato Féder e o ministro da Educação, Milton Ribeiro.

De acordo com Feder, os alunos sem acesso à tecnologia terão prioridade nas aulas presenciais. “O limite será de 1,5 metro de distância entre cada aluno nas salas de aula, o que dará uma média de 8 ou 10 alunos por sala. Os professores darão aulas para quem está na sala de aula e ao vivo para quem está em casa, interagindo com  todos os grupos. A ideia é o aluno assista uma semana de aula na escola e outra em casa, alternando  os dois grupos. Mas os pais que não quiserem enviar os filhos para as aulas não serão obrigados”, afirmou o secretário de Educação.

A transmissão de aulas online exigirá um investimento de R$ 70 milhões do governo do Estado, que estão em fase de licitação: “Estamos terminando a especificação do material que será necessário e inclui televisões, cãmeras, computador”, disse Feder.  O retorno às aulas presenciais ainda que híbridas também vai exigir todo um protocolo de segurança, que exigirá aferição de temperatura, uso de máscara, além de uso de macacões e botas por parte de funcionários.

“Quando fechamos as escolas em meados de março, fechamos a pedido dos pais, porque ninguém sabia quase nada e todos tinham medo, era algo desconhecido e precisávamos preservar os alunos e professores. Agora, entramos em uma nova fase, um novo modelo, até porque muitos alunos estão com problemas por estarem distantes escolar. A vigiLância será mantida de agora até fevereiro e quando as aulas retornarem, porque dependemos do comportamento do vírus para determinar as nossas ações. Neste momento, as aulas vão sim começar dia 18 de fevereiro em modelo híbrido, até porque temos todo uma logística de preparação”, afirmou o governador.

Educação Financeira

Ratinho Jr e Feder anunciaram três outras novidades na rede estadual de ensino para 2021: aulas de Educação Financeira para o Ensino Médio, curso de Programação de Computadores para 150 mil alunos e a abertura de 100 vagas para intercâmbio na Nova Zelândia. “Os alunos aprenderão sobre o endividamento, emprego, como controlar despesas da família, calcular juros, porcentual”, explicou o secretário de Educação.

Fonte: Bem Paraná

(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Autorização para vacina poderá ser dada em até 10 dias, diz Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estima que poderá avaliar e conceder autorização emergencial de vacinas contra a covid-19 em até 10 dias para empresas que cumpram os requisitos fixados. Esta modalidade de permissão foi estabelecida pelo órgão para permitir uma análise mais rápida em condições especiais de imunização diante do cenário de pandemia.

No início do mês, a Anvisa divulgou o guia de critérios e procedimentos para a aprovação de autorizações emergenciais para vacinas em caráter experimental contra a covid-19.

A permissão especial poderá ser fornecida para vacinas que estejam em estudo no Brasil na chamada Fase 3, em que a eficácia e a segurança são analisadas. Nesse caso, as vacinas serão destinadas a programas de governo, não podendo ser comercializadas pelas empresas que obtiveram a permissão.

Apenas as empresas que estão desenvolvendo as vacinas poderão solicitar a autorização na Anvisa. Deve ser comprovada a capacidade de fabricar ou de importar a substância. As companhias interessadas em tal alternativa deverão fazer antes uma reunião com a equipe da Anvisa, que é chamada de “pré-submissão”. Será preciso também já ter aprovado na Anvisa um dossiê de desenvolvimento clínico.

Autorização por outros países

Em comunicado sobre o novo prazo de até 10 dias, a Anvisa abordou também o procedimento de autorização emergencial a partir da aprovação do uso do imunizante por órgãos reguladores de outros países. O mecanismo está previsto em lei.

O texto menciona a permissão da agência de saúde dos Estados Unidos (Food and Drug Administration, FDA) à vacina da Pfizer, argumentando que ainda que o processo em curso nos Estados Unidos seja semelhante, ainda seria necessário ter uma avaliação própria da agência brasileira.

“Ainda assim, parte dos dados, bem como compromissos e planos de monitoramento que precisam compor o pedido de uso emergencial [em outro país a outro órgão regulador], referem-se exclusivamente a realidades nacionais e, por isso, a importância da análise da vacina a ser usada no Brasil ser realizada pela Anvisa”, diz a nota.

Entre os aspectos que deverão ser considerados na avaliação que a agência – que deve ser realizada em até 10 dias – estão:

  • Se a vacina que será disponibilizada para a população brasileira é a mesma avaliada nos estudos clínicos;
  • Se a população-alvo a ser vacinada no Brasil é a mesma que será imunizada no país da autorização original;
  • Quais as estratégias de monitoramento da aplicação das vacinas e de eventuais efeitos adversos nos indivíduos.

O comunicado da Anvisa pondera a replicação da autorização pela autoridade reguladora chinesa da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa SinoVac em parceria com o Instituto Butantan.

A nota afirma que os critérios empregados no país para a autorização “não são transparentes” e não há ”informações disponíveis” sobre eles. “Caso venha a ser autorizada a replicação automática da autorização de uso emergencial estrangeira no Brasil, sem a devida submissão de dados à Anvisa, são esperados o enfraquecimento e a retardação na condução do estudo clínico no Brasil, além de se expor a população brasileira a riscos que não serão monitorados pela empresa desenvolvedora da vacina”, informa o documento.

A nota da Anvisa pode ser lida na íntegra no site da agência.

Foto: Ilustrativa/Pixabay/Domínio público

No Paraná, mortes no trânsito superam os homicídios em 31,9%

Um comparativo entre as indenizações pagas pelo Seguro DPVAT e os dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, mostra que, em 2019, dez estados somaram 23.757 pagamentos do Seguro DPVAT por acidentes fatais no trânsito. No mesmo período, os óbitos relacionados aos homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte totalizaram 16.666 mortes.

O Paraná aparece em terceiro lugar nesta estatística. Com números de 2019, o Dpvat encontrou 1.992 homicídios, contra 2.629 pagamentos de indenizaçãopor mortes no trânsito, 31,9% a mais que as mortes por causas violentas.

Além disso, estima-se que os acidentes de trânsito em geral consumam cerca de R$ 220 bilhões em custo por ano ao País.

Protesto

Nesta segunda-feira (14), motoboys fizeram um grande protesto em frente do Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, e da Assembleia Legislativa, no Centro Cívico, em Curitiba. A categoria ficou indignada com a morte do motoboy Matheus Gerchevski Carneiro dos Santos, 24 anos, na madrugada de sábado. Ele morreu após ser atingido por um carro que furou o sinal vermelho em alta velocidade na Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, esquina com a Rua Ângelo Nabosne, no Campo Comprido. Mais tarde, o teste do bafômetro mostrou que o motorista estava embrigado.

Os manifestantes estavam indignados com a possibilidade do motorista ser indiciado por homicídio culposo, onde o autor não teria a intenção de matar.

Fonte: Bem Paraná

(Foto: Franklin de Freitas)