Governador anuncia pacote de ações de prevenção à violência nas escolas

AEN – Foto: Gilson Abreu/AEN

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (13), o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou uma série de ações focadas na prevenção a casos de violência nas escolas do Paraná. Elas têm foco no aumento da presença das estruturas de segurança pública no ambiente escolar e em uma maior integração entre os órgãos estaduais para evitar que o Estado passe por situações que, infelizmente, têm sido registradas no Brasil recentemente.

“Queremos levar uma mensagem de tranquilidade aos pais neste momento, para que saibam que a escola é o ambiente mais seguro para os seus filhos. Para isso, estamos liberando novos investimentos para o aumento do patrulhamento policial, treinamento dos servidores escolares, videomonitoramento dos colégios, ampliação do suporte psicológico aos alunos e docentes, e repasse direto de R$ 20 milhões em recursos aos diretores, que poderão comprar equipamentos que reforcem a estrutura de segurança”, declarou o governador.

“Este é um esforço que o Estado está fazendo para garantir a segurança em todo o ambiente escolar, mas nós pedimos também a colaboração dos pais, para que atuem acompanhando de perto o que seus filhos veem na internet, o que estão levando para as escolas e que também imponham limites a eles”, acrescentou Ratinho Junior.

Entre as ações anunciadas pelo Estado está a ampliação do programa Escola Segura, que começou a ser implantado no Paraná em 2019 em parceria entre a PMPR e as secretarias da Educação e da Segurança Pública, que passará de 112 para 300 escolas que tenham histórico de violência.

Com isso, o Estado deverá colocar cerca de 5,6 mil policiais militares para atuar nos colégios paranaenses, dos quais em torno de 2 mil são oriundos da contratação mais recente do efetivo da PMPR e que concluíram o treinamento. A partir de agora, todas as viaturas policiais que não estiverem em atendimento de ocorrências ficarão em frente às escolas para reforçar a segurança dos locais.

Outro programa que será intensificado é o dos Colégios Cívico-Militares (CCM), que além da proposta pedagógica com fortalecimento de valores humanos e cívicos, também conta com monitores do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV).

Atualmente, o Paraná conta com 194 CCM, além de 12 unidades do Programa Nacional das Escolas Cívico Militares (PECIM), do Ministério da Educação, somando 206 colégios. A proposta é quase dobrar as escolas neste modelo, que deverão passar para 400 com um investimento adicional de R$ 30 milhões ao ano do Governo do Estado.

MONITORAMENTO – A tecnologia também será utilizada para aumentar o monitoramento com a instalação de novas câmeras do programa Olho Vivo. Lançado em 2022, o projeto é focado no fortalecimento e modernização da estrutura de vigilância eletrônica com a implantação de sistemas de videomonitoramento integrados aos batalhões da PMPR.

Um projeto-piloto do Olho Vivo foi instalado no fim de março no Colégio Cívico-Militar Ermelino de Leão, em Curitiba. No total, o Estado deverá investir mais R$ 8,4 milhões para a implantação de 200 sistemas de monitoramento em escolas consideradas estratégicas. A unidade também recebeu um treinamento de segurança para todos os seus servidores, modelo que também deverá ser levado a outras unidades escolares.

O projeto, chamado de Treinamento em Segurança Escolar Avançado, será aplicado a 2,2 mil profissionais dos 32 Núcleos Regionais de Educação até 5 de maio. A ideia é que estas pessoas atuem como multiplicadores de conhecimento após capacitação, impactando, ao todo, cerca de 100 mil profissionais. Os treinamentos serão incorporados ao calendário escolar em parceria com o Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC) e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

Segundo o governador, o treinamento será iniciado imediatamente com os primeiros funcionários. “O Paraná é o único estado que treina os seus servidores escolares para lidar com situações de crise e agora vamos ampliar a iniciativa para abranger também os treinamentos de segurança pública. Nesta quinta-feira (13), os primeiros 400 profissionais começarão a ser treinados no Batalhão da Polícia Militar no bairro Tarumã, em Curitiba, o que posteriormente será levado para o Estado inteiro”, afirmou Ratinho Junior.

BOTÃO DO PÂNICO – Os professores também poderão acionar o Botão do Pânico através do Registro de Classe Online (RCO), sistema já utilizado pelos docentes para controle de frequência e notas dos estudantes, além dos planos de aula. O Botão do Pânico está vinculado ao aplicativo 190 PR, da Polícia Militar e, ao ser acionado, gera um atendimento de emergência ao local da vítima, baseado na localização do solicitante.

O intuito é que a ferramenta, que já é amplamente utilizada para prevenção e combate à violência contra as mulheres em todo o Paraná, possa auxiliar também em ambientes escolares mais seguros para alunos, professores e outros funcionários.

De acordo com o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, trata-se de um trabalho preventivo, em que os profissionais serão capacitados para evitar que situações mais graves ocorram. “Um representante de cada escola vai receber o treinamento da Patrulha Escolar e do BOPE, que serão feitos duas vezes ao ano, para atuar na identificação e prevenção de riscos”, comentou.

“Ao mostrar o que o Estado está fazendo queremos garantir a normalidade nas escolas o mais rápido possível. É um trabalho pedagógico gradativo para que possamos começar a ganhar essa consciência e confiança junto aos alunos e pais”, complementou o secretário da Educação.

SUPORTE PSICOLÓGICO – Em uma outra frente de trabalho focada na saúde, o Estado vai contratar novos profissionais e bolsistas da área de psicologia para atuarem no suporte a professores e estudantes, em uma atividade de prevenção e identificação de potenciais riscos.

“Com base no estudo da Secretaria de Educação, faremos a contratação inicial de 40 psicólogos, o que vai garantir a presença de, pelo menos, um para cada Núcleo Regional de Educação (NRE), além de 200 universitários da área dos últimos anos do curso para realizarem visitas periódicas às escolas”, explicou Ratinho Junior.

COMITÊ – Através do decreto estadual 1398, o Estado instituiu o Comitê Intersetorial de Prevenção, Monitoramento e Segurança em Escolas do Paraná. Entre as atribuições do grupo, estão a análise de situações de risco, desenvolvimento de mecanismos de combate à violência, elaboração de estudos em conjunto com as forças de segurança pública, reforço ao trabalho educativo e preventivo e criação de um canal direto de denúncias.

O comitê é formado por representantes da Casa Civil, que presidirá o grupo, das secretarias estaduais da Comunicação, Segurança Pública, Educação, Justiça e Cidadania e Desenvolvimento Social e Família, além da Polícia Militar do Paraná (PMPR) e da Polícia Civil do Paraná (PCPR). O decreto prevê ainda que outras instituições públicas e privadas poderão ser incluídas no comitê.

Estado repassa aos municípios R$ 3,8 bilhões em recursos do ICMS e IPVA

AEN – Foto: Anderson Theodoro

O Governo do Estado repassou cerca de R$ 3,8 bilhões aos municípios de janeiro a março de 2023, primeiros meses da nova gestão. São transferências constitucionais da parcela que cabe às prefeituras nos recursos oriundos do ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços) e do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Também estão incluídos fundo de exportação e royalties do petróleo.

O montante repassado em janeiro (R$ 1,81 bilhão), fevereiro (R$ 953,2 milhões) e março (R$ 1,02 bilhão) é revertido em serviços públicos prestados à população nas áreas da saúde, educação, segurança pública, transporte e infraestrutura.

Do total, R$ 1,91 bilhão é do ICMS. O valor depositado aos municípios corresponde a 25% do arrecadado pelo Estado. Desse montante, 20% são direcionados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O imposto é o mais importante tributo em volume de recursos arrecadados, pois é distribuído de acordo com o Índice de Participação dos Municípios (IPM), cuja transferência é constitucional.

O valor arrecadado em IPVA é dividido em partes iguais (50%) entre o Estado e os municípios, levando em conta cada veículo emplacado nas localidades. No primeiro trimestre a arrecadação inclui a quitação à vista do imposto e os pagamentos parcelados. De janeiro a março de 2023, os repasses somaram R$ 1,92 bilhão. Também foram destinados recursos do fundo de exportação (R$ 20,1 milhões) e royalties do petróleo (R$ 626 mil) arrecadados pelo Estado.

As transferências são liberadas de acordo com os respectivos Índices de Participação dos Municípios (IPM), conforme determina a Constituição Federal. Eles são apurados anualmente para aplicação no exercício seguinte, observando os critérios estabelecidos pelas legislações estaduais.

Confira as cidades que mais receberam repasses no período: 

Curitiba (R$ 639,3 milhões)

Araucária (R$ 157,2 milhões)

Londrina (R$ 155,3 milhões)

Maringá (R$ 145,5 milhões)

São José dos Pinhais (R$ 129,4 milhões)

Cascavel (R$ 113,9 milhões)

Ponta Grossa (R$ 105,4 milhões)

Foz do Iguaçu (R$ 79,7 milhões)

Toledo (R$ 66,6 milhões)

Guarapuava (R$ 58,7 milhões)

As demais prefeituras podem consultar os valores mensais e anuais por município AQUI.

Sábado é “Dia D” de vacinação em Cianorte e distritos

Assessoria – Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Os cianortenses têm um importante compromisso com a prevenção em saúde neste sábado, 15: o Dia D de vacinação contra a influenza (gripe), a Covid-19 e as demais doenças que possuem imunização gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, que inclui os distritos de Vidigal e São Lourenço, vão prestar atendimento das 8h às 17h, sem intervalo para almoço.

Pela manhã, o Zé Gotinha, símbolo da imunização no Brasil, fará o tradicional passeio pela cidade, com o apoio do Corpo de Bombeiros, para chamar a atenção para a campanha. Também como forma de incentivar o comparecimento da população, todos que forem vacinados, a partir deste sábado de mobilização até o dia 28 de abril, concorrerão ao sorteio de uma bicicleta.

“São mais de 20 vacinas disponibilizadas gratuitamente pelo SUS nas salas de vacinação das UBSs, com recomendações e orientações específicas para bebês, crianças, adolescentes, adultos, gestantes e idosos. Por isso, pedimos para que os cianortenses compareçam a unidade mais próxima da residência e coloquem a imunização em dia. Não deixem que doenças preveníveis, algumas já erradicadas no Brasil e com risco de retorno, assolem nossa cidade. A vacinação é um ato coletivo e de amor”, destaca o secretário municipal de Saúde, Neilson Etanio de Sousa.

Notificações de dengue passam de 1,3 mil nos municípios da 13ª RS

Fonte/Foto: Tribuna de Cianorte

O boletim semanal da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA) na ultima terça-feira, 11, indica que na região polarizada por Cianorte e de abrangência da 13ª Regional de Saúde, já foram confirmados 254 casos e 1.311 notificações. Um único óbito, ocorrido em Rondon no mês de março, foi computado na região.

Em 15 dias, os casos apresentam um salto de 52%. No boletim divulgado em 28 de março, os municípios da região apresentavam juntos, 167 casos confirmados. Com as notificações a situação é ainda mais alarmante, o aumento é de 60%, saltando de 819 para 1.311.

Todos os 11 municípios que compõem a área de atendimento da 13ª RS registraram casos confirmados da doença: Cianorte (27) Cidade Gaúcha (03); Guaporema (18); Indianópolis (06); Japurá (01); Jussara (08); Rondon (151); São Manoel do Paraná (04); São Tomé (16); Tapejara (07) e Tuneiras do Oeste (05).

As notificações também foram registradas em todos os municípios: Cianorte (205) Cidade Gaúcha (49); Guaporema (87); Indianópolis (20); Japurá (19); Jussara (61); Rondon (760); São Manoel do Paraná (18); São Tomé (35); Tapejara (48); e Tuneiras do Oeste (09).

A Sesa informa que em Cianorte são 27casos, já o boletim da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado nesta quarta-feira, 12, contabiliza 24 casos e outras 339 notificações e 211 em investigação.

PARANÁ

O Paraná registra mais 3.660 casos de dengue, segundo dados do boletim semanal divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na terça-feira, 11. O Estado apresenta o total de 17.692 casos confirmados da doença, 26% a mais que o boletim anterior, que trazia como total 14.032 confirmações.

Todas as 22 Regionais de Saúde possuem casos confirmados. No total, 242 municípios registraram pessoas com a doença, o que representa 60% dos municípios paranaenses.
Até o momento, o Estado possui 12 mortes por dengue. Não houve confirmação de novos óbitos neste último informe.

Norma obriga redes sociais a retirar conteúdo de apologia à violência

Agência Brasil –  Foto: Getty Images

Em meio ao ambiente de pânico envolvendo ameaças e casos de violência no ambiente escolar, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou a edição de uma nova portaria com uma série de obrigações para as plataformas de redes sociais. De acordo com o ministro Flávio Dino, a norma assinada por ele traz “medidas práticas e concretas” de regulação do serviço prestado pelo setor, com foco específico na prevenção de violência contra escolas. Nas últimas semanas, ocorreram dois atentados desse tipo e ameaças de ataques têm se propagado no país inteiro.

“Pela primeira vez temos um regramento claro de como combater condutas a partir da responsabilização das empresas, que, durante anos, disseram que elas eram neutras e que, portanto, elas não eram responsáveis. E são. O que a portaria afirma é que são responsáveis politicamente, socialmente e juridicamente. Porque essas empresas são prestadoras de serviços, eles selecionam conteúdo que nós visualizamos, eles impulsionam conteúdos, eles influenciam, portanto, no conteúdo que circula na internet”, afirmou em coletiva de imprensa para anunciar a medida.

A portaria prevê, por exemplo, que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, instaure processos administrativos para apuração de responsabilidade de cada empresa em relação à eventual violação do que o ministro chamou de “dever de segurança e de cuidado” das plataformas em relação a conteúdos violentos contra comunidades escolares. É no âmbito desses processos que as plataformas deverão atender a diversas requisições da pasta prevista na norma, como, por exemplo, a obrigação de apresentar relatórios de avaliação de riscos sistêmicos sobre propagação de conteúdos ilícitos, informações sobre risco de acesso de crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados para idade, além de conteúdos considerados ilegais, nocivos e danosos, segundo a portaria.

A Senacon também poderá requerer informações sobre risco de propagação e viralização de conteúdos e perfis que exibam extremismo violento, incentivem ataques ao ambiente escolar ou façam apologia e incitação a esses crimes ou a seus perpetradores.

O descumprimento das medidas, segundo o ministro Flávio Dino, poderá acarretar aplicação de multas que podem chegar a R$ 12 milhões ou, nos casos mais graves, até mesmo na suspensão administrativa dos serviços das redes sociais no país.

“O que desejamos é a adequação desses serviços. Mas, o processo administrativo estará instaurado e, claro, se não houver o atendimento dessa normatividade ditada sobre violência contra escolas, o processo administrativo vai adiante para que haja aplicação dessas sanções, que vão desde multas até, eventualmente, a suspensão das atividades”, ressaltou Dino. Apesar de ser editada em contexto de crise, a portaria tem prazo indeterminado.

Identificação de autores

Outra determinação da portaria exige o compartilhamento, entre as plataformas de redes sociais e as autoridades policiais, de dados que permitam a identificação do usuário ou do terminal da conexão com a internet que o usuário disponibilizou o conteúdo considerado violento contra escolas. Este trabalho ficará sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), também vinculada ao MJSP.

Também segundo a portaria, a Senasp poderá determinar às plataformas que impeçam a criação de novos perfis a partir dos endereços de protocolo de internet (endereço IP) em que já foram detectadas atividades ilegais, danosas e perigosas.

Ainda de acordo com a portaria, a Senasp vai instituir um banco de dados de conteúdos ilegais, contendo links, imagens, vídeos, entre outros, com o objetivo de facilitar a identificação pelos sistemas automatizados das plataformas, para que sejam rapidamente removidos.

A portaria não determine prazos específicos de remoção, mas o ministro da Justiça disse que deverá adotar como padrão o prazo máximo de duas horas, o mesmo usado pela Justiça Eleitoral, durante as eleições de 2022, para a retirada de conteúdos ilegais nas redes sociais.

Preocupação

A decisão de regular redes sociais por meio de uma portaria ministerial, e não uma lei, levantou preocupações de especialistas e entidades da sociedade civil, apesar da situação de emergência envolvendo atos e ameaças de violência nas escolas. A própria regulação ampla das redes sociais está em discussão atualmente no Congresso Nacional, e é defendida pelo atual governo, que apresentou sugestões ao Projeto de Lei 2.630/2020 ainda no mês passado.

“O Estado deve sim olhar para essa questão das escolas com a urgência que ela merece, mas me parece preocupante que, em meio a esse processo de discussão regulatória no Congresso, uma única pasta do governo federal adote uma portaria que prevê medidas muito duras, como a possibilidade de sanções com bloqueio do serviço”, aponta a jornalista e pesquisadora Bia Barbosa, representante do terceiro setor no Comitê Gestor da Internet (CGI.br) e integrante do coletivo DiraCom – Direito à Comunicação e Democracia.

Para Bia Barbosa, o maior problema é a escolha do instrumento legal de regulação. “Hoje temos um governo comprometido com a democracia, mas se a gente muda de contexto, um governo autoritário poderia usar esse tipo de instrumento com sérias ameaças à democracia”, pondera. Segundo a pesquisadora, o ideal teria sido o envolvimento de outros órgãos, incluindo o próprio Poder Judiciário, a quem deveria caber ordens de remoção. “Acho que essa seria uma tarefa para a Procuradoria de Defesa do Estado Democrático de Direito, da Advocacia Geral da União, que poderia acionar a Justiça para dar ordens de remoção num curtíssimo prazo, sem ser um ato administrativo unilateral e sem prazo determinado”.

A pesquisadora defende ainda que o Brasil crie, assim como a União Europeia – citada por Flávio Dino como referência regulatória -, um órgão com atribuição legal para orientar as plataformas no âmbito da moderação de conteúdos. “Em um contexto de crise como este, um órgão regulador poderia adotar medidas excepcionais de definição moderação de conteúdo, num determinado contexto e intervalo de tempo, mas não o governo de plantão. Os padrões internacionais restringem esse tipo de atuação por parte de governantes do Poder Executivo por entender que isso causa um risco excessivo ao exercício da liberdade de expressão”, observa.

A proposta de regulação das plataformas de redes sociais apresentada pelo governo prevê a criação de uma autoridade supervisora independente, nos moldes de outras experiências internacionais.

Rondas escolares

Nesta terça-feira (11), o ministro Flávio Dino assinou um edital de chamamento público para ampliar o programa de segurança nas escolas. Ao todo, serão investidos R$ 150 milhões com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). As secretarias de segurança de estados e municípios, ou equivalentes, poderão apresentar projetos em seis diferentes áreas temáticas.

Canais

Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Acesse o site para fazer uma denúncia.

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

Prefeitura compra vagas para suprir demanda na Educação Infantil

Assessoria

A Secretaria Municipal de Educação ampliou 57 vagas na Educação Infantil, com a contratação da Associação De Proteção a Maternidade e a Infância de Cianorte (APMI). Com isso, a entidade, tradicional em ações voltadas à promoção social da família, especialmente nas áreas assistencial, de saúde e educação, passa a atender crianças de três anos, para a escolarização no Maternal II, por meio do Centro de Educação Infantil (CEI) Benedita Rodrigues de Oliveira.

“Como nossos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) trabalham com a capacidade máxima e ainda temos fila de espera, realizamos um chamamento público para a aquisição de vagas de entidades privadas. Dessa forma, conseguimos ampliar a oferta imediatamente, ou seja, ao concluir o processo de contratação da APMI, convocamos os cadastrados na Central Única de Vagas e, já nesta semana, iniciamos a fase de adaptação das crianças”, explicou a secretária municipal de Educação, Jakeline Plácido Marcon.

Até o momento, a iniciativa beneficia 55 alunos, sendo 41 em período integral (duas turmas) e 24 em parcial (uma turma pela manhã e outra à tarde). O contrato tem validade de 12 meses e o investimento total será de R$ 673.661,10. As aulas seguirão as datas previstas no Calendário Escolar do Município e contarão com plantão ou colônia de férias, por no mínimo 15 dias consecutivos, em janeiro e durante o recesso escolar de julho.

“É importante ressaltar que, para atender os requisitos necessários em uma unidade escolar, a APMI realizou obras no seu espaço, adquiriu materiais pedagógicos, brinquedos, instalou parquinho e contratou profissionais”, explicou a diretora de Planejamento Estratégico e Políticas Públicas Educacionais, Juliana Turetti Peruci. A solenidade de inauguração está marcada para este sábado (15), às 9h30.

“Esta é uma conquista a ser comemorada. Demos um grande passo na garantia de que toda criança tenha vaga e acesso ao estudo e a educação, proporcionando conhecimento aos pequenos e mais qualidade de vida aos pais, uma vez que, possuindo um local adequado para levar seus filhos, poderão trabalhar e melhorar a renda familiar”, defendeu o prefeito, Marco Franzato.

Programa Crianças no Teatro traz para Cianorte o espetáculo “Encontro de gigantes”

Assessoria – Foto: Valéria Felix

A Prefeitura, por meio das secretarias municipais de Educação e de Cultura, em parceria com o Governo do Estado, traz para Cianorte o programa Crianças no Teatro, que proporciona o acesso do público de seis a 12 anos à apresentações artísticas e teatrais de forma gratuita. A iniciativa tem como objetivos descentralizar as ações culturais e trabalhar propostas pedagógicas de mediação cultural para que crianças tenham alcance à arte por meio de outras possibilidades sensoriais estimuladas.

O espetáculo “Encontro de gigantes” é livre para todos os públicos e será apresentado em nove sessões na cidade. A primeira é no dia 16/04, na Praça Raposo Tavares, às 17h, e é aberto a toda comunidade. Já entre os dias 17 e 20/04, as apresentações serão exclusivas para os estudantes das redes municipal e estadual de ensino.

“O espetáculo tem a proposta de compartilhamento da prática da perna de pau, com o objetivo de possibilitar um momento lúdico para os estudantes e que eles descubram-se gigantes por meio da brincadeira. Agradecemos ao Governo Estadual por propiciar esta oportunidade as crianças e aos munícipes”, destaca a secretária municipal de Educação, Jakeline Plácido Marcon.

SINOPSE: Duas figuras excêntricas e divertidas aguardam com curiosidade a realização do tão esperado “Encontro de gigantes” na companhia do público. Enquanto nada acontece, os mais divertidos e mirabolantes questionamentos são levantados. Cansados da espera, a dupla decide ir embora, quando a surpresa surge: uma figura fantástica traz as respostas e todos são convidados a conhecer a história desse elemento que atravessa épocas, permeando diversas culturas e transformando a dimensão do humano: como num passe de mágica, todos podemos ser gigantes!

Mais de 40% dos brasileiros estarão obesos até 2035

Bem Paraná – Foto: Valente Romero / Divulgação

O Atlas Mundial da Obesidade de 2023, divulgado nesta semana, pela Federação Internacional de Obesidade, aponta que mais de 50% da população mundial estará com sobrepeso ou obesidade em 2035. O número é preocupante e pode gerar um impacto econômico de US$4,32 trilhões ao ano se não houver mudanças significativas na prevenção e no tratamento.

No Brasil, a estimativa é que até 41% dos adultos estejam com obesidade no mesmo período. Esse aumento pode gerar um impacto econômico de mais de 75 milhões de dólares ao país, sendo 19 milhões de dólares apenas com assistência médica em saúde, na próxima década.

A estimativa leva em conta não só o excesso de peso, mas o custo de consequências como a hipertensão, diabetes e outras comorbidades.

Para o presidente do Capítulo do Paraná da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Dr. José Alfredo Sadowski, é fundamental que as pessoas entendam que a obesidade é uma doença crônica multifatorial e que traz consequências e, como tal, precisa ser tratada com cuidado e acompanhamento multidisciplinar.

“A cirurgia bariátrica pode ser uma opção para quem não consegue emagrecer com dietas e exercícios, mas é importante lembrar que ela não é uma solução mágica. O paciente precisa continuar com acompanhamento nutricional, psicológico e médico para manter o peso e evitar complicações”, afirma.

A hepatologista Dra. Cláudia Ivantes, que atua no CIGHEP, explica que a gordura no fígado causada pela obesidade é a principal causa de cirrose e outras lesões no órgão. Estima-se que 25% da população adulta com excesso de peso apresente algum nível da doença, que se agrava conforme o Índice de Massa Corporal (IMC) aumenta.

“Observamos ainda depois de cinco anos de cirurgia bariátrica uma resolução e regressão da fibrose que é um componente de prognóstico importante da esteatohepatite não alcoólica. Pacientes com esteatohepatite não tratada podem evoluir para cirrose hepática e câncer de fígado, o hepatocarcinoma. Então a cirurgia bariátrica também traz grandes benefícios do ponto de vista da saúde do fígado”, explica a hepatologista.

O médico endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Dr. André Vianna, também reforça a relação da obesidade com o diabetes tipo 2.

“Entre todos os casos de diabetes no mundo, 90% são do tipo 2, o qual pode surgir como consequência do acúmulo de gordura abdominal. O tratamento da obesidade é tão importante para o controle do diabetes, que hoje a perda de peso é a primeira recomendação no tratamento do diabetes descontrolado”, diz. Ele ainda alerta que a obesidade está relacionada a outras doenças, como hipertensão e dislipidemia.

Critérios para indicação da cirurgia bariátrica

No Brasil, a cirurgia bariátrica pode ser indicada quando os pacientes atendem a critérios de peso, idade e/ou doenças associadas. Estão aptos os pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 kg/m², independentemente da presença de comorbidades; IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades como pressão alta, diabetes tipo 2, dislipidemia grave, apneia do sono, problemas articulares ou hérnia de disco por exemplo.

A idade também é fator a ser analisado. Pacientes entre 18 e 65 anos não têm restrição. Acima de 65 anos, o paciente pode ser operado, porém deve passar por uma avaliação individual . Em pacientes entre 16 e o 18 anos, o Consenso Bariátrico recomenda que a operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação. Em menores de 16 anos apenas em situações bastante específicas.

“O principal objetivo da cirurgia bariátrica, além de promover a perda de peso, é combater e controlar as doenças associadas e promover qualidade de vida aos pacientes. Além da saúde física, a cirurgia apresenta bons resultados também na saúde mental. Pessoas com obesidade enfrentam graves problemas sociais, dificuldade de acesso ao mercado de trabalho, e outros diversos tipos de estigmas devido ao preconceito pelo excesso de peso”, explica o cirurgião, Dr. José Alfredo Sadowski.

Inscrições para eleição do Conselho Tutelar seguem até 02 de maio

Assessoria – Foto: Reprodução

O Conselho Tutelar é responsável por preservar a integridade e os direitos de crianças e adolescentes, baseado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A busca pelo bem-estar desses indivíduos consiste na conscientização e aplicação de políticas públicas voltadas a proteção integral. Em Cianorte, o órgão é composto por cinco membros efetivos e um suplente para cada, eleitos pela população, com mandato de quatro anos, permitida a recondução por novo processo de escolha (Lei nº 13.824/2019). Os trâmites para a gestão 2024/2027 já começaram.

“O conselheiro tutelar tem como atribuições o atendimento a crianças e adolescentes, aconselhamento a seus familiares, solicitação de serviços públicos necessários e o encaminhamento às autoridades responsáveis, de qualquer infração contra os direitos das crianças ou dos adolescentes. Além disso, o Conselho Tutelar é essencial para garantir o cumprimento das leis e influenciar de maneira direta ou indireta o comportamento familiar, contribuindo para um melhor convívio”, destaca a secretária municipal de Assistência Social, Aline Rosa Kist.

Para concorrer as vagas, é preciso ter idade superior a 21 anos; ser residente do município há, pelo menos, dois anos; ter reconhecida idoneidade moral por certidões negativas; estar em dia com as atribuições eleitorais e militares; apresentar certificado de ensino superior atestado pelo MEC; carteira de habilitação, no mínimo, categoria B; comprovação de experiência profissional mínima de um ano na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente; não exercer mandato eletivo, cargo em comissão ou função gratificada na administração direta ou indireta, em qualquer esfera, durante todo o Processo de Escolha; entre outros.

A remuneração mensal é de R$ 4.900,00. A jornada de trabalho é conforme funcionamento do órgão: de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h30, sendo que, no período noturno, finais de semanas e feriados há escala em regime de sobreaviso; além de 24 horas ininterruptamente por meio de telefone de emergência.

Quer ser um conselheiro tutelar? Então, procure a Secretaria Municipal de Assistência Social – Sala dos Conselhos, localizada na Praça Olímpica Marcos Danilo Padilha, nº 236, Zona 04, até o dia 02 de maio. Após a validação da inscrição, os candidatos passarão por avaliação documental, exame de conhecimentos específicos, avaliação psicológica e médica, eleição e curso de formação inicial. Todas as etapas têm caráter eliminatório.

A eleição acontece no primeiro domingo de outubro, por voto facultativo e secreto dos cianortenses em dia com seus direitos eleitorais. O resultado será publicado no Órgão Oficial no dia 02 de outubro e a posse deve ocorrer em 10 de janeiro de 2024. O edital completo está disponível no link: (https://cianorte.pr.gov.br/diario-oficial/), edição nº 2531.

Prainhas do noroeste reaparecem após cheia do Rio Paraná de quase 6 m de altura

Por g1 PR e RPC Noroeste –  Foto: Ricardo Paiva/ colaboração

As famosas prainhas do noroeste do estado voltaram a aparecer após a cheia do Rio Paraná, que atingiu quase seis metros de altura devido à abertura das comportas das usinas de São Paulo e Mato Grosso do Sul no começo do ano.

As comportas foram fechadas no começo deste mês, depois de três meses abertas por determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para controlar o nível da água.

Os vertedouros foram abertos em janeiro. Em março, a vazão chegou a mais de 16 milhões de litros por segundo.

A quantidade de água fez o rio encher e desaparecer com as prainhas do noroeste, além de atingir casas dos ribeirinhos.

A Prefeitura de Porto Rico informou que o nível da água está normal, e os banhistas podem acessar as prainhas da região.

Para ir até a prainha de Santa Rosa é necessário pegar um barco na barranca principal.

Praia de Porto São José — Foto: Ricardo Paiva/ colaboração

Praia de Porto São José — Foto: Ricardo Paiva/ colaboração

Prainha de Santa Rosa em Porto Rico — Foto: Reprodução/RPC

Prainha de Santa Rosa em Porto Rico — Foto: Reprodução/RPC