Produtores retomam plantio de culturas de verão e avaliam impactos após as chuvas

AEN – Foto: Jonathan Campos

A melhora no clima nos últimos dias, com as chuvas dando trégua em todo o Estado, possibilitou a retomada do plantio das culturas de verão, particularmente soja e milho. De outro lado, foi possível evidenciar problemas de produção em arroz, que estava em período de semeadura, e trigo e cevada, já em colheita. As análises constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 3 a 9 de novembro, documento preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

O relatório divulgado registra que a soja está com 73% dos 5,8 milhões de hectares plantados, enquanto o milho atingiu 95% dos 314 mil hectares previstos para a safra. Com o tempo firme, projeta-se avanço consistente sobretudo da soja, que tem um pequeno atraso no Sul do Estado.

No entanto, as áreas que já estavam plantadas apresentaram piora nas condições. No caso da soja, 92% das lavouras estavam boas e baixou para 89%, enquanto as áreas em situação média subiram de 7% para 9%. No milho houve redução de 83% para 78% para as lavouras consideradas boas, e aumentou de 15% para 19% as medianas.

ARROZ – O boletim do Deral aponta que o cereal também foi bastante prejudicado pelas chuvas. A estimativa de outubro para o arroz irrigado era de que 81% da área de 18 mil hectares estava plantada e as lavouras desenvolviam-se bem. No entanto, houve mudança significativa.

As chuvas atingiram as cabeceiras do Rio Ivaí e seus afluentes, causando inundações nas margens. Ali estão oito dos 10 municípios que mais produzem arroz, concentrando 80% da área destinada ao produto. Estima-se que mais de 10 mil hectares ficaram submersos ao menos um dia, o que pode acarretar perda significativa, ainda que haja possibilidade de replantio.

TRIGO E CEVADA – Para essas duas culturas de inverno, que estavam em colheita, o período pós-chuva permitiu confirmar os problemas já previstos. O trigo tem ainda 8% da área de 1,4 milhão de hectares a ser colhida. Nesta semana apenas 23% foram classificados como boas, ante 42% da semana anterior. Nas últimas áreas colhidas havia muitos grãos germinados na espiga.

No caso da cevada, a colheita avançou 16 pontos porcentuais e chegou a 70% da área de 87,3 mil hectares, com grande parte da produção desclassificada para uso na indústria cervejeira. Na fração de 30% a colher, apenas 28% estão em boas condições, ante 37% da semana anterior.

FEIJÃO – O feijão também teve reflexos das últimas tempestades. A área plantada chegou a 86% dos 111,4 mil hectares previstos, avançando apenas 3 pontos percentuais desde a semana anterior. No campo, as áreas em condições boas diminuíram 11 pontos percentuais e estão em 62%, enquanto 34% estão medianas e 4%, ruins.

COCO – O boletim agropecuário discorre também sobre o coco. Na fruticultura nacional é cultivado em 189,5 mil hectares. Ceará, Pará e Bahia estão à frente. No Paraná, o coco se desenvolve no Norte e Noroeste. Em 2022, a colheita rendeu 1,5 mil toneladas em 213 hectares, com Valor Bruto de Produção de R$ 3,9 milhões.

Nas Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasas) foram transacionadas 6,6 mil toneladas do produto no ano passado, com giro de R$ 24,3 milhões, a um preço médio de R$ 3,65 o quilo. A fruta chegou principalmente da Bahia (21,6%), do Espírito Santo (18,9%) e do Rio Grande do Norte (14,4%).

CARNE BOVINA E PERU – Após iniciar novembro com altas, o preço da arroba bovina acumula queda e foi comercializada a R$ 228,50 nesta semana. A proximidade do final do ano, com a entrada do 13º salário, tende a aumentar a demanda no curto prazo, pois historicamente a carne bovina é a preferida dos brasileiros.

O boletim registra ainda que a exportação de carne de peru pelo Brasil chegou a 53,6 mil toneladas nos três trimestres de 2023, de acordo com o Agrostat Brasil/Mapa. Isso resultou em receitas de US$ 158,7 milhões. O Paraná é o terceiro principal produtor e exportador (US$ 33,137 milhões e 12.550 toneladas), atrás do Rio Grande do Sul (US$ 70,402 milhões e 20.620 toneladas) e Santa Catarina (US$ 55,183 milhões e 20.490 toneladas) .

OVOS – A produção nacional de ovos deve atingir 55,5 bilhões de unidades em 2023, pelas projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), citada pelo documento do Deral. Um pequeno aumento em relação às 52 bilhões de unidades do ano passado.

Também está previsto crescimento, ainda que reduzido, no consumo per capita no Brasil, de 241 unidades em 2022 para 242 unidades por pessoa este ano. Já as exportações estão em ascensão, com estimativas de embarque de 32,5 mil toneladas este ano, contra 9,47 mil toneladas no ano passado.

Estação do Ofício celebra a formatura de 322 alunos

Assessoria

A noite da última quarta-feira (08) foi de muita alegria e satisfação para os concluintes dos cursos oferecidos pela Escola de Qualificação Profissional Básica da Prefeitura de Cianorte, mais conhecida como Estação do Ofício, junto com o SENAI e SENAC. Autoridades, professores, alunos e seus familiares reuniram-se no auditório da Unipar, em uma solenidade seguida por coquetel.

Ao todo, 17 capacitações foram oferecidas, divididas nas áreas de Aperfeiçoamento em Confecção de Bolsas de Tecido, Costura Industrial, Gestão de Processos Administrativos, Manutenção de Motores de Motocicletas, Noções de Mecânica de Motocicletas, Panificação Básica, Informática Básica, Básico em Corte de Cabelo Masculino, Aperfeiçoamento de Corte Masculino, Básico em Depilação, Básico em Manicure e Pedicure, Design de Sobrancelhas, Maquiagem Básica, Panificação Básica, Preparo e Decoração de Bolos, Doces e Salgados para Festas Infantis e Técnicas de Serviços de Supermercado.

“Somos muito felizes por promover uma mudança de vida tão positiva e significativa para mais 322 pessoas. Agradeçemos a todos que tornam esse trabalho possível, em especial, nossos parceiros. Parabéns a todos os concluintes, que enfrentaram os seus desafios pessoais, não desistiram da profissionalização e, hoje, iniciam uma nova etapa em suas carreiras”, comentou a diretora da Estação do Ofício, Rosângela Ricci Roque.

“O trabalho desta escola faz a diferença na vida das pessoas e, consequentemente, no desenvolvimento social e econômico de nosso município. Estes cursos, além de apresentarem novas perspectivas de trabalho e geração de renda, também elevam a autoestima dos alunos, que podem realizar o sonho de construir uma carreira digna e próspera”, garantiu a secretária municipal de Assistência Social, Andressa Belo Safira.

“Uma das nossas preocupações é a geração de emprego e renda para a comunidade, por isso estamos investindo na qualificação profissional. Hoje entregamos esses certificados com muita alegria, porque sabemos que essas pessoas estão aptas a buscar a realização de seus sonhos. O conhecimento é uma chave que abre muitas portas e possibilidades para quem quer se recolocar no mercado de trabalho ou até mesmo empreender”, destacou o prefeito, Marco Franzato.

Na ocasião, a bailarina Larissa Bartmanovicz, do Centro Artístico Thays Pires, apresentou um solo. O evento contou, ainda, com a presença do presidente da Câmara de Vereadores, Wilson Pedrão; da representante do Escritório Regional da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Rosa Maria Rodrigues de Souza; do gerente-executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Reginaldo Inácio Coelho; e do orientador pedagógico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Bruno Henrique Pereira Peternella.

Estudo alerta para necessidade de doses de reforço contra covid-19

Agência Brasil – Foto: Rovena Rosa

Um estudo sobre a efetividade da vacina monovalente original contra a covid-19 comprovou uma recomendação já divulgada e defendida por especialistas em imunizações e pelo Ministério da Saúde, mas ainda não seguida por parte dos residentes no Brasil: a dose de reforço é essencial para se proteger contra a doença. A estimativa é que 84% da população no país ainda não recebeu uma dose de reforço da vacina monovalente ou bivalente contra a covid-19.

Para os pesquisadores, apesar de relevante, a proteção de duas doses de vacina monovalente original da Pfizer/BioNTech é de curta duração contra a covid-19 sintomática causada pela variante Ômicron. Conforme o estudo, a efetividade da vacina monovalente original da Pfizer/BionNTech contra infecção sintomática pela variante é de 54%. A potencial proteção das duas doses contra as variantes Ômicron BA.1 e BA.2 alcança 58% e 51%, respectivamente.

A pesquisa foi realizada na cidade de Toledo, no Paraná, entre 3 de novembro de 2021 e 20 de junho de 2022, pelo Hospital Moinhos de Vento, com apoio da farmacêutica Pfizer Brasil, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, a Inova Research e a Secretaria Municipal de Saúde. Foi  analisado o comportamento da covid-19 em um cenário em que a cobertura de imunização contra a doença havia sido de 90% nas 4.574 pessoas acima de 12 anos que participaram da amostra.

O estudo destacou ainda que a maior proteção foi notada no período após o recebimento das duas doses, com queda da capacidade de proteção contra infecção sintomática com o passar do tempo. Para os pesquisadores, isso seria um indicativo da necessidade das doses de reforço, e também das formulações adaptadas para assegurar cobertura às mais recentes variantes de Ômicron em circulação.

O médico epidemiologista do Hospital Moinhos de Vento e coinvestigador principal do estudo, Maicon Falavigna, contou que a efetividade foi alta após a vacinação inicial, mas diminuiu substancialmente de três a quatro meses após a segunda dose. Na visão do pesquisador, a queda na proteção da vacina monovalente original pode ter relação com a mudança do perfil epidemiológico verificado na circulação das variantes. Além disso, pode refletir uma limitação no controle da doença à medida que novas variantes evoluem e a maioria das populações ainda não atingiu a cobertura necessária com as doses de reforço. “Contudo, isso não significa necessariamente que a vacina perdeu efeito contra formas graves da doença”, assegurou.

O médico acrescentou que uma evidência da manutenção da elevada proteção da vacina contra as formas graves de covid-19 é a baixa ocorrência de hospitalizações e mortes associadas à doença na população do estudo.

O estudo defende a importância da aplicação das doses de reforço da vacina contra o SarsCoV-2 e a manutenção da vigilância em relação ao comportamento da doença na população e da evolução do vírus. Além disso, os pesquisadores reforçam a necessidade de adoção de vacinas adaptadas com componentes da variante Ômicron.

De acordo com o pesquisador principal do estudo e médico do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, Regis Goulart Rosa, as informações coincidem com os dados de pesquisas de mundo real conduzidas em outros países, como Estados Unidos e Inglaterra. Na avaliação do médico, o Brasil precisa ter uma alta cobertura vacinal com as doses de reforço.

“Quanto mais pessoas com a imunização completa, menor será a circulação do vírus e menores serão as chances e a velocidade do surgimento de novas variantes, o que aumenta a proteção da população como um todo, principalmente das pessoas mais vulneráveis”, destacou Regis Goulart Rosa.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu, em julho deste ano, o registro definitivo da vacina bivalente baseada na plataforma tecnológica de mRNA da Pfizer/BioNTech, que contém o componente contra a variante Ômicron na sua formulação. O registro definitivo garante a aplicação deste imunizante, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), como dose de reforço para pessoas a partir de 5 anos de idade.

No entendimento dos pesquisadores, o ponto forte do estudo é ser “um dos únicos feitos de maneira prospectiva, acompanhando em torno de 3,5% da população da cidade de Toledo após uma intensa campanha de vacinação que resultou em coberturas vacinais maiores de 90%. Além disso, todos os casos identificados foram acompanhados clinicamente por pelo menos 1 ano, com objetivo de se avaliar potenciais impactos a longo prazo da covid-19 ”. Esses dados permanecem em análise.

A diretora médica para Vacinas de Covid-19 da Pfizer para Região de Mercados Emergentes, Júlia Spinardi, disse que a farmacêutica considera extremamente relevante fortalecer a pesquisa nacional e entender os efeitos da imunização contra covid-19 na população brasileira.

“Estudos que avaliam a utilização da vacina na vida real vêm sendo feitos em todo mundo e são fundamentais para o entendimento das estratégias vacinais e medidas de controle da pandemia. É muito importante colocar o Brasil nesta rota e ter dados do próprio país que apontam a necessidade das doses de reforço”, pontuou.

O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Ricardo Marcelo Fonseca, comemorou o fato de a instituição ser pioneira no estudo científico e de saúde pública realizado em parceria com a Pfizer em Toledo. “Este trabalho é único em sua abordagem, monitorando toda a população após uma campanha de vacinação bem-sucedida, também com auxílio da UFPR. Os dados levantados nesta pesquisa impulsionarão avanços significativos em estudos científicos futuros”, observou.

Vacinação

A imunização em Toledo começou em janeiro de 2021 destinada a públicos prioritários. Sete meses depois, em agosto de 2021, foi realizada uma campanha de vacinação em massa usando a vacina monovalente original da Pfizer/BioNTech, em esquema de duas doses administradas com 21 dias de intervalo. Fornecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) à Secretaria Municipal de Saúde, essa vacina foi aplicada em todos os indivíduos acima de 12 anos não imunizados. O município foi responsável por vacinar os habitantes e fazer a manutenção do sistema de vigilância.

A secretária municipal de Saúde, Gabriela Kucharski, considerou um marco Toledo ter sido, à época, a única cidade brasileira a vacinar toda a sua população elegível contra a doença. “A parceria com as demais entidades referendou um trabalho muito organizado que tínhamos em relação à administração das doses que recebíamos. A vacinação em massa demonstrou que estávamos no caminho certo”, pontuou.

Para a pesquisa, a pasta recebeu uma remessa de 35.173 doses do imunizante para completar a aplicação da primeira dose tanto na população adulta, acima de 18 anos, como em adolescentes de 12 a 17 anos. A resposta ao imunizante foi avaliada num grupo heterogêneo de pessoas, com diferentes condições de saúde, idade e status socioeconômico.

Modelo do estudo

Segundo os pesquisadores, o município de Toledo, que tem 144 mil habitantes, foi escolhido a partir de critérios como “região geográfica favorável, epidemiologia demonstrando estabilidade do número de casos e circulação de variantes, estrutura física para realizar a vacinação e capacidade do sistema de vigilância estabelecido na cidade”.

Os pacientes foram classificados pelos pesquisadores entre os que testaram positivo para a infecção (grupo casos) e os negativos (grupo controle). A média de idade dos participantes do estudo ficou em 27,7 anos. Entre eles, 53,8% eram mulheres. Nenhuma hospitalização ou morte foi registrada no período analisado.

A população acima de 12 anos de idade e na faixa entre 5 e 11 anos de idades foi acompanhada. Também foi avaliada a evolução clínica dos grupos ao longo do tempo após terem apresentado a doença. De acordo com o estudo, os dados também serão avaliados na expectativa de identificar e escrever potenciais impactos da covid-19 a longo prazo.

O resultado do estudo brasileiro foi publicado recentemente no jornal internacional Vaccine, considerado periódico de ciência da mais alta qualidade nas disciplinas relevantes para o campo da vacinologia. “Espera-se que os novos resultados sejam submetidos a periódicos internacionais especializados até o final do ano”, indicou o texto do estudo.

Um estudo sobre a efetividade da vacina monovalente original contra a covid-19 comprovou uma recomendação já divulgada e defendida por especialistas em imunizações e pelo Ministério da Saúde, mas ainda não seguida por parte dos residentes no Brasil: a dose de reforço é essencial para se proteger contra a doença. A estimativa é que 84% da população no país ainda não recebeu uma dose de reforço da vacina monovalente ou bivalente contra a covid-19.

Para os pesquisadores, apesar de relevante, a proteção de duas doses de vacina monovalente original da Pfizer/BioNTech é de curta duração contra a covid-19 sintomática causada pela variante Ômicron. Conforme o estudo, a efetividade da vacina monovalente original da Pfizer/BionNTech contra infecção sintomática pela variante é de 54%. A potencial proteção das duas doses contra as variantes Ômicron BA.1 e BA.2 alcança 58% e 51%, respectivamente.

A pesquisa foi realizada na cidade de Toledo, no Paraná, entre 3 de novembro de 2021 e 20 de junho de 2022, pelo Hospital Moinhos de Vento, com apoio da farmacêutica Pfizer Brasil, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, a Inova Research e a Secretaria Municipal de Saúde. Foi  analisado o comportamento da covid-19 em um cenário em que a cobertura de imunização contra a doença havia sido de 90% nas 4.574 pessoas acima de 12 anos que participaram da amostra.

O estudo destacou ainda que a maior proteção foi notada no período após o recebimento das duas doses, com queda da capacidade de proteção contra infecção sintomática com o passar do tempo. Para os pesquisadores, isso seria um indicativo da necessidade das doses de reforço, e também das formulações adaptadas para assegurar cobertura às mais recentes variantes de Ômicron em circulação.

O médico epidemiologista do Hospital Moinhos de Vento e coinvestigador principal do estudo, Maicon Falavigna, contou que a efetividade foi alta após a vacinação inicial, mas diminuiu substancialmente de três a quatro meses após a segunda dose. Na visão do pesquisador, a queda na proteção da vacina monovalente original pode ter relação com a mudança do perfil epidemiológico verificado na circulação das variantes. Além disso, pode refletir uma limitação no controle da doença à medida que novas variantes evoluem e a maioria das populações ainda não atingiu a cobertura necessária com as doses de reforço. “Contudo, isso não significa necessariamente que a vacina perdeu efeito contra formas graves da doença”, assegurou.

O médico acrescentou que uma evidência da manutenção da elevada proteção da vacina contra as formas graves de covid-19 é a baixa ocorrência de hospitalizações e mortes associadas à doença na população do estudo.

O estudo defende a importância da aplicação das doses de reforço da vacina contra o SarsCoV-2 e a manutenção da vigilância em relação ao comportamento da doença na população e da evolução do vírus. Além disso, os pesquisadores reforçam a necessidade de adoção de vacinas adaptadas com componentes da variante Ômicron.

De acordo com o pesquisador principal do estudo e médico do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, Regis Goulart Rosa, as informações coincidem com os dados de pesquisas de mundo real conduzidas em outros países, como Estados Unidos e Inglaterra. Na avaliação do médico, o Brasil precisa ter uma alta cobertura vacinal com as doses de reforço.

“Quanto mais pessoas com a imunização completa, menor será a circulação do vírus e menores serão as chances e a velocidade do surgimento de novas variantes, o que aumenta a proteção da população como um todo, principalmente das pessoas mais vulneráveis”, destacou Regis Goulart Rosa.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu, em julho deste ano, o registro definitivo da vacina bivalente baseada na plataforma tecnológica de mRNA da Pfizer/BioNTech, que contém o componente contra a variante Ômicron na sua formulação. O registro definitivo garante a aplicação deste imunizante, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), como dose de reforço para pessoas a partir de 5 anos de idade.

No entendimento dos pesquisadores, o ponto forte do estudo é ser “um dos únicos feitos de maneira prospectiva, acompanhando em torno de 3,5% da população da cidade de Toledo após uma intensa campanha de vacinação que resultou em coberturas vacinais maiores de 90%. Além disso, todos os casos identificados foram acompanhados clinicamente por pelo menos 1 ano, com objetivo de se avaliar potenciais impactos a longo prazo da covid-19 ”. Esses dados permanecem em análise.

A diretora médica para Vacinas de Covid-19 da Pfizer para Região de Mercados Emergentes, Júlia Spinardi, disse que a farmacêutica considera extremamente relevante fortalecer a pesquisa nacional e entender os efeitos da imunização contra covid-19 na população brasileira.

“Estudos que avaliam a utilização da vacina na vida real vêm sendo feitos em todo mundo e são fundamentais para o entendimento das estratégias vacinais e medidas de controle da pandemia. É muito importante colocar o Brasil nesta rota e ter dados do próprio país que apontam a necessidade das doses de reforço”, pontuou.

O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Ricardo Marcelo Fonseca, comemorou o fato de a instituição ser pioneira no estudo científico e de saúde pública realizado em parceria com a Pfizer em Toledo. “Este trabalho é único em sua abordagem, monitorando toda a população após uma campanha de vacinação bem-sucedida, também com auxílio da UFPR. Os dados levantados nesta pesquisa impulsionarão avanços significativos em estudos científicos futuros”, observou.

Vacinação

A imunização em Toledo começou em janeiro de 2021 destinada a públicos prioritários. Sete meses depois, em agosto de 2021, foi realizada uma campanha de vacinação em massa usando a vacina monovalente original da Pfizer/BioNTech, em esquema de duas doses administradas com 21 dias de intervalo. Fornecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) à Secretaria Municipal de Saúde, essa vacina foi aplicada em todos os indivíduos acima de 12 anos não imunizados. O município foi responsável por vacinar os habitantes e fazer a manutenção do sistema de vigilância.

A secretária municipal de Saúde, Gabriela Kucharski, considerou um marco Toledo ter sido, à época, a única cidade brasileira a vacinar toda a sua população elegível contra a doença. “A parceria com as demais entidades referendou um trabalho muito organizado que tínhamos em relação à administração das doses que recebíamos. A vacinação em massa demonstrou que estávamos no caminho certo”, pontuou.

Para a pesquisa, a pasta recebeu uma remessa de 35.173 doses do imunizante para completar a aplicação da primeira dose tanto na população adulta, acima de 18 anos, como em adolescentes de 12 a 17 anos. A resposta ao imunizante foi avaliada num grupo heterogêneo de pessoas, com diferentes condições de saúde, idade e status socioeconômico.

Modelo do estudo

Segundo os pesquisadores, o município de Toledo, que tem 144 mil habitantes, foi escolhido a partir de critérios como “região geográfica favorável, epidemiologia demonstrando estabilidade do número de casos e circulação de variantes, estrutura física para realizar a vacinação e capacidade do sistema de vigilância estabelecido na cidade”.

Os pacientes foram classificados pelos pesquisadores entre os que testaram positivo para a infecção (grupo casos) e os negativos (grupo controle). A média de idade dos participantes do estudo ficou em 27,7 anos. Entre eles, 53,8% eram mulheres. Nenhuma hospitalização ou morte foi registrada no período analisado.

A população acima de 12 anos de idade e na faixa entre 5 e 11 anos de idades foi acompanhada. Também foi avaliada a evolução clínica dos grupos ao longo do tempo após terem apresentado a doença. De acordo com o estudo, os dados também serão avaliados na expectativa de identificar e escrever potenciais impactos da covid-19 a longo prazo.

O resultado do estudo brasileiro foi publicado recentemente no jornal internacional Vaccine, considerado periódico de ciência da mais alta qualidade nas disciplinas relevantes para o campo da vacinologia. “Espera-se que os novos resultados sejam submetidos a periódicos internacionais especializados até o final do ano”, indicou o texto do estudo.

Banco do Brasil tem lucro recorde de R$ 26,1 bi de janeiro a setembro

Agência Brasil – Foto: Reprodução 

O Banco do Brasil (BB) bateu recorde de lucro nos nove primeiros meses do ano. De janeiro a setembro, a instituição financeira teve lucro líquido ajustado de R$ 26,1 bilhões, crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em nota, o BB informou que a melhoria dos lucros decorreu do crescimento da margem financeira bruta (+30,1%), decorrente do bom desempenho da carteira de crédito e dos investimentos em títulos. O banco também cita a diversificação das receitas (principalmente de serviços) e o controle dos gastos.

Apenas no terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 8,8 bilhões, resultado 4,5% acima do mesmo trimestre de 2022 e 12,8% acima do trimestre anterior. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) chegou a 21,3%, o que, segundo o BB, representa um índice semelhante ao dos bancos privados.

De acordo com o BB, parte da melhoria decorre do crescimento do crédito. A carteira de crédito ampliada encerrou setembro em R$ 1,07 trilhão, 10% acima do registrado em setembro de 2022 e 2% acima do observado no fim do segundo trimestre.

O índice de inadimplência, que considera atrasos de mais de 90 dias, subiu de 2,73% em junho para 2,81% em setembro, refletindo a alta nos juros, mas, segundo o BB, está abaixo da média de 3,5% registrada no sistema financeiro nacional.

Segmentos

Na distribuição por segmentos de crédito, a carteira pessoa física ampliada cresceu 7,9% em relação a setembro do ano passado e 0,7% em relação a junho deste ano. O destaque foi o crédito consignado (+2% no trimestre e +8,9% em 12 meses).

Em relação ao crédito para empresas, a carteira pessoa jurídica ampliada expandiu-se 4,7% em 12 meses. O melhor desempenho foi registrado na carteira para micro, pequenas e médias empresas (+4,2% no trimestre e +14,2% em 12 meses).

O crédito para o agronegócio encerrou setembro com alta de 5,7% no trimestre e de 18,2% sobre setembro do ano passado. Somente na atual safra 2023/2024, foram emprestados R$ 68,8 bilhões, alta de 8,2% em relação à safra anterior. Os destaques no crédito para o agronegócio foram operações de custeio (+14,2% no trimestre e +18,9% em 12 meses), de investimento (+4,8% no trimestre e +37,1% em 12 meses) e comercialização (+8,7% no trimestre e +64,9% em 12 meses).

As operações de crédito sustentáveis, que respeitam parâmetros sociais e ambientais, atingiram R$ 338,8 bilhões no fim do terceiro trimestre, com alta de 5,5% em 12 meses. O crédito sustentável corresponde a 32% da carteira de crédito ampliada do banco.

Receitas e despesas

As receitas de prestação de serviços nos nove primeiros meses do ano cresceram 5% em 12 meses. As despesas administrativas subiram 8% na mesma comparação, segundo o BB por causa de investimentos em tecnologia.

Projeções

O Banco do Brasil manteve as projeções para 2023. A estimativa de lucro ajustado para o ano está entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões. A previsão de crescimento do volume de crédito neste ano está entre 9% e 13%. As receitas com serviços crescerão de 4% a 8%. A previsão para as despesas administrativas foi mantida, com alta de 7% a 11% neste ano.

Brasil registra recorde da temperatura média pelo quarto mês seguido

Agência Brasil – Foto: José Cruz

A temperatura média no Brasil atingiu nível recorde pelo quarto mês seguido em outubro. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre julho e outubro, a diferença entre o valor registrado e a média histórica – variação que é tecnicamente chamada de “desvio” – foi superior a 1 grau Celsius (°C).

De acordo com o levantamento do Inmet, no mês passado, a temperatura média observada no Brasil ficou em 26,4°C. O resultado foi 1,2°C acima da média histórica para o mês (25,2°C).

“Dentre os quatro meses consecutivos mais quentes deste ano, setembro apresentou o maior desvio desde 1961, com 1,6ºC acima da climatologia de 1991/2020 (média histórica)”, informou o Inmet. Naquele mês, a temperatura média registrada ficou em 25,8°C, enquanto a média histórica estava em 24,2°C.

Em agosto deste ano, a temperatura média ficou em 24,3°C – resultado 1,4°C acima da média histórica (22,9°C) e, em julho, a média observada (23°C) estava mais de 1°C acima da média histórica (21,9°C).

O Inmet acrescenta que esses meses “foram marcados por calor extremo em grande parte do país e eventos de onda de calor, reflexo dos impactos do fenômeno El Niño [aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial], que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta”.

O aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos também contribui para eventos cada vez mais extremos.

“O cenário indica que o ano de 2023 será o mais quente desde a década de 60. Estes resultados corroboram com as perspectivas encontradas por outros órgãos de meteorologia internacional, pois, segundo pesquisadores do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, é improvável que os dois últimos meses deste ano revertam este recorde, tendo em vista que a tendência é de altas temperaturas em todo o mundo até novembro”, acrescentou o Inmet.

Alerta de calor

O calor deve continuar nos próximos dias. Diante da situação, o Inmet emitiu um alerta no qual prevê uma nova “onda de calor” que atingirá especialmente o interior do Brasil.

“O aviso meteorológico especial de nível amarelo (perigo potencial) de onda de calor abrange áreas do Centro-Oeste e Sudeste do País e é válido até, pelo menos, a próxima sexta-feira (10)”, detalhou, em nota, o instituto ao explicar que o nível amarelo “é emitido quando a previsão indica que as temperaturas devem ficar 5ºC acima da média pelo período de dois a três dias consecutivos”.

O Inmet acrescenta que a expectativa é que o “forte calor” continue, pelo menos, até meados da próxima semana. Contudo, a área de abrangência do fenômeno deve sofrer alterações.

“A partir do sábado (11), se a situação persistir, o aviso de onda calor será atualizado e poderá se expandir ou até mesmo ter o seu nível de severidade alterado. Em alguns municípios, principalmente dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas devem superar os 42°C nos próximos dias”, complementou o instituto.

Atletas de Cianorte recebem kits do Geração Olímpica e Paralímpica

Assessoria

Na tarde da última terça-feira (07), os oito cianortenses bolsistas do programa Geração Olímpica e Paralímpica, do Governo do Estado do Paraná, receberam kits contendo mochila, camiseta, boné, garrafa de água e outros itens personalizados. A entrega foi realizada no Paço Municipal e contemplou os atletas Lukas Gabriel de Sousa, Amanda Miranda da Silva, Juliany Francisca da Costa, Ana Laura Ribeiro Pinto, Nicolle Monteiro Costa e Igor Silvestre de Lima de Jesus, na modalidade atletismo; Bianca Torres Silva, no ciclismo; e João Vitor Scramim do Lago, no tênis.

Segundo o chefe do Escritório Regional da Paraná Esporte, Adalberto Carlos Rigobello, “o Geração Olímpica e Paralímpica é o maior programa em nível estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta e visa impulsionar o desenvolvimento dos talentos esportivos do Estado, com patrocínio exclusivo da Copel, desde as categorias de base até o alto rendimento. Um dos nossos objetivos quanto programa é fazer com que os bolsistas sejam identificados como talentos esportivos do Paraná e o kit tem esse papel”, disse.

O prefeito, Marco Franzato, acompanhado do secretário municipal de Esporte e Lazer, Lucas Meira, e da chefe de Gabinete, Daniele Simão, enalteceu a iniciativa, “que faz a diferença na vida dos jovens paranaenses e contribui para trilhar um futuro exitoso. Cianorte se orgulha de contar com atletas tão dedicados, que levam o nome da nossa cidade e Estado às mais diversas competições nacionais e internacionais”, afirmou.

População paranaense com 100 anos ou mais cresceu 39% em 12 anos

AEN  – Foto: Vó Antonia/Arquivo pessoal

A população paranaense com 100 anos ou mais cresceu 39% em 12 anos. Enquanto no Censo anterior do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, o Paraná tinha 933 habitantes centenários, no de 2022 o número subiu para 1.299 pessoas.

O Paraná ocupa a 11ª colocação entre os estados com mais pessoas centenárias, sendo a Bahia o líder com 5.336. Na Região Sul, o Paraná fica atrás apenas do Rio Grande do Sul, que tem 1.536 pessoas que alcançaram um século de vida. Assim como nas outras faixas etárias de pessoas idosas, as mulheres são maioria entre a população centenária no Paraná, totalizando 71%.

Curitiba é o município paranaense que abriga o maior número de idosos com 100 anos ou mais, com 237 pessoas. A seguir, vem Londrina, com 65 idosos centenários, Maringá com 47, Cascavel com 31 e Ponta Grossa com 30.

De acordo o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, o aumento da população de pessoas com 100 anos ou mais no Paraná confirma o resultado das políticas públicas para pessoas idosas no Estado. “Além da efetividade das estruturas públicas dedicadas ao tratamento dos idosos, o Estado avançou muito em questões relacionadas à prevenção e à promoção da saúde”, avalia.

A secretária estadual da Mulher, Igualdade e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, afirma que o Paraná vem adotando uma abordagem para tornar a sociedade ideal para todas as idades, dentro do conceito de Estado Amigo da Pessoa Idosa. “O Paraná está se preparando para o aumento da população idosa por meio de diversas ações e políticas públicas. Uma das principais estratégias é a construção coletiva e intersetorial, envolvendo o Estado e as políticas públicas para garantir os direitos deste público”, afirma.

SEGREDOS PARA SE CHEGAR AOS 100 – Moradora de Pato Branco, no Sudoeste, Maria Antonia Vaz faz parte do clube dos paranaenses com 100 anos desde 2011. No próximo dia 5 de dezembro, ela completa 112 anos e a festa já está programada pela família, formada por 7 filhos, 34 netos, 109 bisnetos e 112 trinetos, totalizando 262 descendentes diretos.

“O segredo dos 100 anos é boa saúde, amor pelos outros e a companhia da família. A maior riqueza é a família, estar sempre junto”, afirma dona Maria, torcedora fanática do Palmeiras. “Não perco um jogo. Ninguém torce mais pelo Palmeiras do que eu”, ressalta a senhora centenária que tem duas camisas autografadas por ídolos do clube.

Dos gostos que teve na vida, dona Maria enaltece a realização do sonho de voar. Quando completou 103 anos, ela voou pela primeira vez, ao ganhar uma carona no avião de um empresário da cidade até Santa Catarina. De lá para cá, voou pelo menos uma vez por ano, inclusive de helicóptero. “Quando era criança, a gente via avião e tinha medo, corria para debaixo da mesa. Agora, voar é a melhor coisa do mundo. Bem melhor que andar de carro”, compara.

Outra centenária paranaense é a curitibana Liamir Santos Hauer, que em fevereiro chegou aos 100 anos “naturalmente”, como gosta de ressaltar. “Cheguei aos 100 anos sem nenhuma doença de velho. Fui abençoada por Deus porque nunca me aconteceu nada de ruim”, afirma a idosa que não toma nenhuma medicação de uso contínuo e se casou três vezes. “Tive muita sorte. Tive um marido melhor do que o outro e só encontrei gente boa na minha vida. E olha que conheci muita gente nesses 100 anos”, afirma ela, que escreveu cinco livros a partir dos 77 anos.

Ex-primeira-dama de Curitiba – no primeiro matrimônio, foi casada com o prefeito Ernani Santiago de Oliveira, que administrou a Capital nos anos 1950 –, dona Liamir diz que um dos segredos que a ajudou a chegar bem aos 100 anos é a vaidade. “Sempre fui vaidosa, desde jovem. Sempre tive muito gosto em me vestir bem, em mandar fazer minhas próprias roupas, em usar joias”, conta.

ESTADO AMIGO DA PESSOA IDOSA – O Paraná é o Estado com o maior número de cidades consideradas Amigas das Pessoas Idosas. Dos 29 municípios brasileiros com a certificação internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS), 23 são paranaenses. Além disso, o próprio Estado, cuja população idosa é de 1,7 milhão de pessoas, foi o primeiro a receber o status de Amigo da Pessoa Idosa.

O Paraná também é o único estado com Conselhos Municipais de Direitos do Idoso em todos os municípios, ou seja, em suas 399 cidades. Tem 389 fundos municipais e 369 Planos Municipais de Direitos do Idoso já aprovados e vigentes.

SAÚDE – Só em 2022, o Paraná fez 6,4 milhões de atendimentos individuais a pessoas idosas na Atenção Primária à Saúde (APS), a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, 74,9% dos idosos paranaenses utilizam o SUS.

Das recentes ações para esse público no Paraná, duas se destacam. A primeira é a Caderneta da Saúde da Pessoa Idosa, em que são registrados dados como uso de medicamentos, hospitalizações, cuidados com a saúde bucal, quedas, além de detalhes da convivência social e familiar do idoso.

Outra ação é o Manual de Prevenção de Quedas dos Idosos. Feito em parceria entre a Secretaria da Saúde e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), o guia aborda os riscos de quedas e mostra medidas preventivas essenciais para evitar esse tipo de acidente nessa faixa etária.

Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, a estimativa entre os idosos com 80 anos ou mais é de que 40% sofram quedas todos os anos. Dos que moram em instituições de longa permanência, asilos ou casas de repouso, a frequência de quedas é ainda maior: 50%.

VIVER MAIS PARANÁ – O Paraná também conta com a maior iniciativa de habitação popular do país voltada para pessoas idosas. O programa Viver Mais Paraná entregou, desde 2019, quatro condomínios exclusivos para moradores idosos: em Jaguariaíva (Campos Gerais), Foz do Iguaçu (Oeste), Prudentópolis (Centro-Sul) e Cornélio Procópio (Norte). Uma quinta unidade está em construção em Cascavel (Oeste).

O Viver Mais Paraná atende pessoas acima dos 60 anos sem casa própria, com renda familiar de um a seis salários mínimos. A prioridade de atendimento é para aqueles com menor poder aquisitivo. O público selecionado pela equipe social da Cohapar pode residir nas casas por tempo indeterminado ao custo mensal de apenas 15% do salário mínimo.

Todos os condomínios seguem um modelo construtivo parecido. São conjuntos compostos de 40 moradias cada, com amplos espaços de uso comum para atendimentos na área de saúde e assistência social, além de áreas de lazer e convivência. O acompanhamento dos moradores é feito por técnicos das áreas de saúde, educação física e assistência social do município e, de maneira complementar, podem contar com a participação de estudantes universitários

INCLUSÃO DIGITAL – O Paraná também tem uma ação para que idosos aprendam a utilizar smartphones, internet e redes sociais, o Programa Inclusão Digital e Social da Pessoa Idosa da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). Os cursos abordam o básico: ligar o dispositivo, configurar wifi, acessar um editor de texto, o navegador, os cuidados que devem ser tomados no ambiente digital e noções de redes sociais.

A cada mudança nos dispositivos ou em suas aplicações, são feitas atualizações no conteúdo dos cursos, que ganham novas edições todos os anos. Em dez anos, mais de 15 mil idosos passaram pelas aulas do programa.

Rally das Estufas leva assistência técnica a produtores rurais

Assessoria

Na tarde da última terça-feira (07), os produtores rurais contemplados pelo Programa de Modernização da Cadeia Produtiva da Horticultura, que desde 2021 já promoveu a instalação de estufas para o cultivo de hortaliças e flores em 42 propriedades de Cianorte, participaram do Rally das Estufas. O evento visitou duas unidades exemplares, com o objetivo de promover entre os participantes a troca de conhecimentos e a assistência técnica, reduzindo perdas de produção e produtividade, diminuindo a necessidade de utilização de agrotóxicos e, consequentemente, proporcionando alimentos mais saudáveis.

A primeira delas está localizada na Estrada Cristalina, pertence a Roseli e Gilmar Ribeiro, cultiva tomates. Já a segunda, na Estrada Quilombo, propriedade de Vicente Marcussi, produz pepinos. “A ideia é levar informações para que produtores se organizem pensando na próxima safra, entendendo os detalhes do cultivo. A horticultura se destaca como uma atividade economicamente viável, socialmente justa e, quando bem manejada, ambientalmente correta, que promove renda mensal e contribui para a melhoria das condições de vida das famílias rurais e para a permanência no campo”, destacou o secretário municipal de Agricultura, Anizio Menarim Filho.

Durante o Rally também foram abordados os canais de comercialização dos produtos, com destaque para os benefícios do cooperativismo. “A Cooperativa dos Agricultores Familiares dos Municípios da Amenorte (Cooanorte) já é uma realidade e recentemente se credenciou para fornecer alimentos às entidades assistenciais dos 11 municípios da região. Trata-se de um contrato de R$ 700 mil, por meio do Compra Direta, do Governo Estadual, que garantirá a venda da produção dos cooperados”, comentou Anízio. O secretário relatou que também será realizada uma excursão para que os agricultores conhecerem a Ceasa, em Maringá, ainda neste ano.

SAIBA MAIS SOBRE O PROGRAMA – O Programa de Modernização da Cadeia Produtiva da Horticultura pretende contemplar 60 agricultores, no prazo de até quatro anos, com a instalação de uma estufa de 480 m² para cada, somando mais de R$ 1 milhão em investimento. A iniciativa tem como executores a Secretaria Municipal de Agricultura, agentes de crédito, Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato Patronal Rural/Senar, IDR – Paraná, e Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. A estrutura tem várias funções, como proteção dos raios ultravioletas, é antigotas, tem menor acúmulo de poeira, abaixa a temperatura e cria o efeito de fotoconversão, que é a mudança da luz que penetra a estufa. Tudo isso permite que o cultivo não dependa tanto de fatores climáticos, que dificultam a produção.

Duelos de ida das semifinais da Copa Amenorte são adiados

Fonte; Blog do Martins Neto – Foto: Assessoria/Tuneiras do Oeste

Primeiramente agendados para o próximo domingo, 12, os duelos de ida da Copa Amenorte de Futebol Amador 2023 foram adiados. Através de uma nota oficial divulgada na manhã desta quarta-feira, 08, a organização informou que as partidas foram marcadas para o próximo dia 19.

O motivo do adiamento, segundo informações, foi por conta de um conflito de agenda de duas das equipes envolvidas na disputa. Em comum acordo entre organização, dirigentes e prefeituras, ficou definido o reagendamento dos jogos.

Portanto, no próximo dia 19, também num domingo, as 15h45, a bola rola pelos confrontos de ida das semis. No Estádio Acir Ferreira Mendes, o C.A Rondon, atual campeão do certame, recebe o Cianorte Futebol Amador, time de melhor campanha até aqui. Enquanto isso, no Estádio Zé do Foguete, o São Manoel Futebol Clube encara a A.E Tuneirense, atual vice-campeã.

A data dos confrontos de volta ainda não foi divulgada oficialmente, mas devem ocorrer já no domingo seguinte, dia 26, visto que o calendário encontra-se apertado.

Ensino superior do Paraná alcança resultados de excelência em exame nacional

AEN – Foto: UEPG

O Paraná é o quinto estado com o maior percentual de cursos de graduação mais bem avaliados do Brasil no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). São 216 cursos classificados nas faixas de conceito 4 e 5, que correspondem a 28,1% dos 770 cursos avaliados no Estado. Esse resultado posiciona o Paraná à frente de estados como Rio de Janeiro (8º) e São Paulo (15º).

Em todo o Brasil, os cursos que alcançaram a nota máxima no Enade somam apenas 5,5% entre os 9.896 avaliados. As instituições estaduais de ensino superior do Paraná alcançaram uma taxa de 18,6% no Conceito 5, percentual três vezes superior à média nacional.

Considerando a nota bruta obtida no Enade, as universidades estaduais de Londrina (UEL) e de Maringá (UEM) estão na terceira e oitava posição nacional na área de Psicologia, entre 746 cursos avaliados. A UEM figura em 2º lugar entre os 34 cursos de Secretariado Executivo avaliados de todo o Brasil. A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) está em destaque com os cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda classificados como 11º e 20º melhores do país, entre 286 e 345 cursos avaliados, respectivamente.

Dos 75 cursos avaliados das universidades estaduais do Paraná, 48 estão com nota acima da média nacional, sendo 14 classificados com Conceito 5, nota máxima da avaliação.

ESTUDANTES – Nesta edição, com dados referentes ao exame aplicado em novembro do ano passado, foram avaliados estudantes de 26 áreas, entre cursos de bacharelados e tecnológicos.

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) alcançou o maior número de cursos avaliados com Conceito 5: Administração em Foz do Iguaçu, Serviço Social em Toledo, e Direito nos câmpus de Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Marechal Cândido Rondon. A UEM conquistou Conceito 5 nos cursos de Direito, Psicologia e Secretariado Executivo, todos do câmpus-sede.

Na Unicentro, a nota máxima foi alcançada pelos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, do câmpus Santa Cruz, em Guarapuava, e Psicologia, do câmpus de Irati. As universidades estaduais de Londrina (UEL), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar) figuram, cada uma, com um curso entre os mais bem avaliados: Psicologia, Direito (Jacarezinho) e Serviço Social (Apucarana), respectivamente.

Outros 34 cursos das instituições de ensino superior ligadas ao Governo do Estado também estão avaliados acima da média com Conceito 4, sendo cinco da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e cinco da Unicentro, nove da Unioeste, seis da UEL e seis da Unespar, além de três da UEM. Na média nacional, com Conceito 3, as universidades estaduais somam 22 cursos.

O pró-reitor de Graduação da Unioeste, Eurides Küster, ressalta a importância das ações de ensino desenvolvidas pelas universidades públicas. “A universidade pública é importante para a formação de novos profissionais que se tornam agentes de transformação e inovação da sociedade, potencializando as condições para o desenvolvimento econômico, ambiental, social e cultural”, afirma.

ÁREAS – O Enade 2022 avaliou os cursos de bacharelado em Administração; Administração Pública; Ciências Contábeis; Ciências Econômicas; Jornalismo; Publicidade e Propaganda; Direito; Psicologia; Relações Internacionais; Secretariado Executivo; Teologia; e Turismo. O Exame também avaliou cursos superiores de tecnologia em Comércio Exterior; Design Gráfico, Design de Interiores; Design de Moda; Gastronomia; Gestão Comercial; Gestão de Qualidade; Gestão Pública; Recursos Humanos; Gestão Financeira; Logística; Marketing; e Processos Gerenciais.

EXAME – O Enade é um componente curricular obrigatório dos cursos de graduação e é constituído por um questionário sobre o perfil socioeconômico e acadêmico do estudante e uma prova com itens de formação geral comuns a todas as áreas e itens específicos. A prova é aplicada anualmente e avalia, em cada edição, um grupo de cursos, possibilitando conhecer a qualidade dos cursos de graduação e a aptidão dos profissionais formados, além de servir como indicador para escolher universidades para ingressar no ensino superior.

O próximo exame, o Enade 2023, será no dia 26 de novembro para estudantes dos cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Agrárias, Ciências da Saúde e áreas afins; cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Engenharias e Arquitetura e Urbanismo; e cursos superiores de tecnologia nas áreas de Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Militar e Segurança.