Comércio funcionará no feriado de Cianorte com folga na segunda

Fonte: Tribuna de Cianorte – Foto: Reprodução

Em razão do feriado da Emancipação Política de Cianorte, celebrado em 26 de julho, que este ano cai numa sexta-feira, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Cianorte (SINDECC) e o Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Cianorte (SINCOVARTE) chegaram a um acordo para flexibilizar o expediente.

As partes pactuaram que os empregados trabalharão no feriado e terão folga no dia 29 de julho, uma segunda-feira, quando o comércio varejista da cidade estará fechado.

De acordo com o acordo, os trabalhadores atuarão no feriado de 26 de julho das 08h às 18h, respeitando o intervalo intrajornada mínimo de uma hora, conforme o artigo 71 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em contrapartida, além de folgar no dia 29 de julho, os empregados terão direito a uma folga adicional de meio período (04 horas), que deverá ser concedida pelo empregador até 31 de agosto de 2024.

O parágrafo segundo do acordo estabelece que, em caso de descumprimento das condições pactuadas, o empregador estará sujeito a uma multa cominatória (astreintes) no valor equivalente ao menor piso salarial da categoria por cada empregado afetado. Metade desse valor será revertido em favor do empregado prejudicado, e a outra metade para o sindicato dos empregados, o SINDECC.

Para assegurar o cumprimento do acordo, a cláusula quinta autoriza a entidade profissional a fiscalizar a execução das condições acordadas, podendo solicitar administrativamente os controles de ponto dos empregados e os comprovantes de pagamento.

Este acordo visa equilibrar as necessidades do comércio local com os direitos dos trabalhadores, garantindo que o funcionamento no feriado não resulte em prejuízo para os empregados, que terão compensação adequada pelo dia trabalhado.

Policiais Militares de Cianorte recebem título de “Destaque do Mês” de junho

Fonte/Foto: Portal da Cidade de Cianorte com 5° CIPM

Na manhã desta quarta-feira (17) , foi realizada na Sede da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) a solenidade mensal para enaltecer os policiais militares “Destaques do Mês” de Junho.

O Comandante da companhia homenageou os militares que se destacaram por feitos relevantes, de forma individual ou coletiva, durante o atendimento de ocorrências policiais, ou por obter destaque no serviço administrativo

Durante a solenidade, quatro policiais foram escolhidos como “Destaques do Mês de Junho de 2024”, sendo eles a Cabo Alicheles, a Cabo Márcia, o Soldado Santos e a Soldado Letícia, todos em decorrência dos relevantes serviços realizados.

Eles foram escolhidos pela abnegação, dedicação e eficiência em todas as missões as quais são incumbidos, atuando de forma minuciosa e extremamente profissional, sendo exemplos a serem seguidos por todo o efetivo.

Combate ao tráfico: apreensões de maconha e cocaína crescem no Paraná no 1º semestre

Fonte: AEN – Foto: SESP-PR

O Paraná registrou aumento no número de apreensões de drogas no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. Dados do Centro de Análise, Planejamento e Estatística, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), indicam crescimento no volume de apreensões de maconha (17%), cocaína (60%) e crack (89%). O número de ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas também registrou aumento no período.

A maconha segue como a droga com maior número de apreensões no Estado. De janeiro a junho de 2024, as forças de segurança retiraram de circulação 221,3 toneladas da droga, 17,27% a mais que as 188,7 toneladas apreendidas no mesmo período de 2023. O montante é pouco mais da metade do total apreendido no ano passado, de 427,7 toneladas. É como se as forças de segurança retirassem de circulação mais de uma tonelada de droga por dia, em média.

Já as apreensões de pé de maconha tiveram uma leve queda de 9,56% na comparação do primeiro semestre de 2023 com o de 2024. Foram 1.722 unidades apreendidas neste ano, contra 1.904 unidades no ano passado.

Em relação ao crack, nos primeiros seis meses deste ano foram apreendidos 1,5 tonelada da droga, contra 835 quilos no mesmo período de 2023, variação de 88,91%. O total apreendido em 2024 é praticamente o mesmo do total apreendido da droga no ano passado, de 1,6 tonelada.

As apreensões de cocaína também registraram aumento significativo na comparação entre o primeiro semestre de 2023 e 2024. Foram apreendidos 2,8 toneladas nos primeiros seis meses deste ano, contra 1,7 tonelada apreendida no ano passado, aumento de 60,52% no número de apreensões. É mais que a metade do total apreendido em todo o ano de 2023, de 4,4 toneladas.

Para o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, o aumento no número de apreensões é resultado do trabalho integrado entre as forças de segurança, aliado ao policiamento ostensivo nas cidades. “Somente com a maconha, apreendemos mais de 220 toneladas neste primeiro semestre, o que corresponde a cerca de 1,2 tonelada de maconha retirada por dia das ruas. Isso é fruto do trabalho integrado das forças de segurança, aliado a operações de inteligência não só na fronteira, mas também no Litoral e em todas as nossas rodovias”, ressaltou.

“Estamos seguindo a recomendação do nosso governador, de trabalhar muito com a integração, algo já consolidado entre as polícias. Elas trabalham unidas, respeitando a missão constitucional de cada uma, e uma complementa a outra. Graças a essa integração estamos chegando nesses números bastante significativos”, complementou.

Em relação ao LSD e ecstasy houve queda nas apreensões do primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Em relação ao LSD, foram 5.250 pontos apreendidos neste ano. Também foram 27.287 comprimidos de ecstasy apreendidos.

OCORRÊNCIAS – O Paraná também registrou aumento das ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas no primeiro semestre de 2024. Foram registradas 6.901 ocorrências relacionadas a compra, venda, fornecimento ou produção de entorpecentes no primeiro semestre deste ano, contra 6.237 no mesmo período de 2023, variação de 10,65%.

Em relação a ocorrências sobre drogas para consumo pessoal, o número aumentou em 14,85% na comparação entre o primeiro semestre de 2024 e o mesmo período de 2023. Foram 7.665 atendimentos relacionados neste ano, contra 6.674 registrados no ano passado.

INVESTIMENTOS – O Governo do Estado tem aumentado, ano após ano, os repasses para segurança pública, fortalecendo o combate à criminalidade e oferecendo mais qualidade no trabalho dos servidores, resultando na prestação de um serviço cada vez melhor para a população.

Somente neste ano foram entregues 360 veículos, entre viaturas, lanchas, caminhões e ambulâncias para as forças de segurança pública estaduais, além da destinação de cerca de R$ 117 milhões para compra de helicópteros e blindados para a Polícia Militar.

Os investimentos constantes e os novos equipamentos resultaram em grandes apreensões em 2024. A mais recente, em Cascavel, no Oeste, apreendeu 1,2 tonelada de maconha no dia 9 de julho, primeiro dia da Operação Cidade Segura.

Outra ocorrência, com ares cinematográficos, foi registrada em junho, com a perseguição a um helicóptero carregado de drogas, que começou em Guaíra, no Oeste, e terminou em Jaguapitã, no Norte. A aeronave estava carregada com aproximadamente 243 quilos de cocaína.

Em Maringá, no Noroeste, foi realizada em junho a maior apreensão de maconha na cidade desde 2020, com 5,6 toneladas. O prejuízo estimado ao crime organizado foi de mais de R$ 27 milhões.

O Batalhão de Polícia Rodoviária apreendeu, também em junho, 1,48 tonelada de maconha em Sertaneja, próximo a divisa com São Paulo, após abordar uma van que trafegava em alta velocidade.

O Paraná foi o Estado que mais apreendeu maconha no País no primeiro trimestre, com 51,5 toneladas da droga retiradas de circulação. De janeiro a maio o Estado aparece atrás apenas do Mato Grosso do Sul. Os dados nacionais do semestre ainda estão sendo contabilizados.

Imunossuprimidos: conheça sintomas, cuidados e saiba quem faz parte deste grupo

Fonte: AEN – Foto: Claudio Neves/Portos o Paraná

Você sabe o que caracteriza uma pessoa imunossuprimida? Embora seja relativamente comum na medicina, o termo muitas vezes não é familiar para o público geral. Para compreender melhor as especificidades da imunodeficiência, é preciso entender primeiro como o corpo se defende de infecções.

O sistema imunológico é responsável pela proteção do corpo contra vírus, bactérias ou agentes estranhos. Funciona como uma espécie de exército, que protege o organismo de infecções prejudiciais. No entanto, para algumas pessoas esse sistema pode apresentar falhas. É o caso dos imunossuprimidos, condição em que o sistema imunológico apresenta enfraquecimento, seja por doenças, uso de medicamentos ou procedimentos médicos.

No Paraná, entre janeiro e junho deste ano, 948 pessoas foram internadas por complicações resultantes de imunodeficiência. No mesmo período, também ocorreram três óbitos.

De acordo com o Ministério da Saúde, fazem parte do grupo de imunossuprimidos pessoas com HIV/Aids; portadores de imunodeficiência primária grave e doenças autoimunes; transplantados; pacientes em terapia renal substitutiva e pessoas que fazem uso contínuo de imunossupressores (medicamentos que evitam a rejeição do órgão transplantado).

As imunodeficiências são classificadas como primárias ou secundárias e podem ser diagnosticadas através de exames laboratoriais, como os de sangue e testes de pele. As imunodeficiências primárias estão presentes desde o nascimento, causadas por doenças congênitas ou defeitos genéticos no sistema imunológico.

Já as imunodeficiências secundárias se desenvolvem ao longo da vida, podendo ser resultado de doenças crônicas e prolongadas, como diabetes e câncer, ou do uso de medicamentos imunossupressores. Atualmente, mais de 480 doenças relacionadas às imunodeficiências estão catalogadas, como câncer, Síndrome de DiGeorge e diabetes.

SINTOMAS – Embora os sintomas possam variar, pessoas com doenças decorrentes da imunodeficiência tendem a contrair infecções com grande frequência, normalmente do tipo respiratório, como de pulmão ou seios nasais.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, César Neves, em alguns casos, condições imunodeficientes aparecem ainda na infância, por isso é importante que os pais fiquem atentos a sintomas como fortes reações vacinais, principalmente na BCG, que é a primeira vacina administrada para crianças. “Alergias severas, doenças de pele, infecções graves com repetição e até mesmo históricos familiares devem ligar um alerta aos pais”, afirmou.

Ainda uma considerável parte dos portadores de imunodeficiência apresentam infecções bacterianas graves que podem até mesmo evoluir para casos de pneumonia. Outros sintomas comuns são febre, perda de peso e apetite, dores abdominais e diarreias crônicas.

PROTEÇÃO – A vacinação desempenha um papel crucial na proteção das pessoas cujos sistemas imunológicos estão comprometidos, uma vez que esses indivíduos enfrentam um risco maior de contrair doenças graves, pois seus corpos tendem a ter dificuldade em combater infecções.

Para essas pessoas, a imunização não é apenas uma opção, mas uma necessidade vital. As vacinas ajudam a fortalecer sua capacidade de defesa contra vírus e bactérias que poderiam resultar em complicações sérias ou até mesmo fatais. Ao receber vacinas recomendadas, como as contra gripe, pneumocócica, meningocócica e outras, esses indivíduos podem reduzir o risco de contrair doenças potencialmente devastadoras.

“Além de proteger diretamente aqueles com sistemas imunológicos comprometidos, a vacinação também contribui para a imunidade coletiva, reduzindo a propagação de doenças na comunidade em geral”, disse o secretário César Neves. “Isso cria um ambiente mais seguro para todos, especialmente para aqueles que não podem ser vacinados por razões médicas legítimas”.

Regional de Saúde de Cianorte recebe novo enfermeiro temporário

Fonte: Agência Estadual de Notícias – Foto: Sesa

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu 66 novos profissionais selecionados por meio do Processo Seletivo Simplificado (PSS) para integrar temporariamente o quadro de servidores da saúde do Paraná. A assinatura do contrato aconteceu de forma simultânea em 19 Regionais de Saúde do Estado. Eles assumem as funções a partir desta segunda.

Ao todo, são 341 vagas disponíveis para o PSS – com essa nova etapa, o Paraná soma agora 174 novos profissionais selecionados. Na primeira etapa, que ocorreu em maio, outros 108 trabalhadores já foram efetivados. Entre os profissionais efetivados nesta nova etapa está um enfermeiro que prestará serviços na 13° Regional de Saúde de Cianorte.

“Esse PSS é de grande importância para que possamos agregar efetivamente um maior número de profissionais, proporcionando para a população um atendimento cada vez mais acolhedor e ajudando a fortalecer ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS) do nosso Estado”, disse o secretário estadual de Saúde, Cesar Neves.

Dos 66 novos colaboradores, 27 vão atuar em Curitiba e Região Metropolitana e outros 39 no Interior do Estado. Os cargos estão distribuídos entre analistas de sistemas (2), arquiteto (1), assistente social (1), biólogo (2), farmacêuticos (24), enfermeiros (13), engenheiro eletricista (1), engenheiro civil (2), médicos (14), técnico de enfermagem (3), técnico de segurança do trabalho (1) e técnico de laboratório (2).

PSS

O PSS ocorre com objetivo de contratar profissionais para atuar de forma temporária nas unidades pertencentes à Secretaria da Saúde (Sesa). O início do processo se deu em fevereiro por meio da publicação de Edital.

Houve 18.682 inscritos, sendo 294 vagas para nível superior e 47 de nível médio. As demais serão ocupadas a partir de novas convocações que devem ser anunciadas nos próximos dias. Os salários variam entre 4.231,60 (nível médio) e R$ 7.616,88 (nível superior), além de Gratificação de Atividade de Saúde (GAS) de R$ 971,45.

O PSS tem duração inicial de um ano, podendo ser prorrogado conforme a necessidade da secretaria. É possível verificar atualizações sobre novos chamamentos e mais detalhes na aba Processo Seletivo Simplificado, neste LINK.

Confira a distribuição dos profissionais por regionais:

  • 1ª RS de Paranaguá – 1 farmacêutico, 1 médico
  • 2ª RS de Curitiba – 2 técnicos de laboratório, 2 analistas de sistemas, 1 arquiteto, 1 assistente social, 2 enfermeiros, 2 engenheiros civil, 11 farmacêuticos, 4 médicos, 2 psicólogos
  • 3ª RS de Ponta Grossa – 1 farmacêutico
  • 5ª RS de Guarapuava – 1 técnico de segurança do trabalho, 1 médico
  • 6ª RS de União da Vitória – 1 farmacêutico, 1 enfermeiro
  • 7ª RS de Pato Branco – 1 enfermeiro
  • 8ª RS de Francisco Beltrão – 1 farmacêutico, 1 enfermeiro
  • 9ª RS de Foz do Iguaçu – 2 farmacêuticos, 1 técnico de enfermagem
  • 10ª RS de Cascavel – 2 enfermeiros, 1 farmacêutico, 1 médico
  • 11ª RS de Campo Mourão – 1 médico
  • 12ª RS de Umuarama – 2 técnicos em enfermagem, 1 enfermeiro, 1 médico
  • 13ª RS de Cianorte – 1 enfermeiro
  • 14ª RS de Paranavaí – 2 médicos, 1 biólogo
  • 15ª RS de Maringá – 2 médicos, 1 enfermeiro
  • 17ª RS de Londrina – 2 farmacêuticos, 1 enfermeiro, 1 engenheiro eletricista
  • 18ª RS de Cornélio Procópio – 2 enfermeiros
  • 20ª RS de Toledo – 1 médico
  • 21ª RS de Telêmaco Borba – 1 biólogo
  • 22ª RS de Ivaiporã – 2 farmacêuticos

Adolescente é apreendido com 302 kg de maconha na PR-323, em Cianorte

Fonte: Portal da Cidade Cianorte – Foto: PM

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) apreendeu um adolescente, de 17 anos, em um veículo carregado com maconha na PR-323, em Cianorte. A apreensão foi na manhã desta terça-feira (16), após o jovem sofrer um acidente na rodovia.

Conforme explica a PRE, o adolescente conduzia o veículo no sentido de Umuarama a Cianorte quando perdeu o controle da direção. O carro invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente contra o veículo que seguia no sentido oposto.

Ainda segundo a polícia, foi constatado que o veículo estava carregado com 389 tabletes de maconha, que juntos totalizaram 302 kg. O jovem teria tentado fugir e foi contido por motoristas que estavam no local.

O adolescente foi encaminhado à delegacia juntamente com a droga e o veículo apreendidos. Ninguém se feriu.

HR produz pelo SUS próteses faciais que recuperam autoestima dos pacientes

Fonte: AEN – Foto: Geraldo Bubniak

O Hospital de Reabilitação (HR), em Curitiba, realiza diagnósticos, produções e manutenções de próteses faciais para pacientes de todo o Paraná por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da parte estética, as próteses recuperam a autoestima e qualidade de vida das pessoas. O hospital faz parte das unidades próprias do Governo do Estado e integra o Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT).

O objetivo do serviço é atender toda a demanda de pacientes mutilados faciais do Paraná que necessitem de próteses como auricular, nasal, óculo-palpebral, oculares, obturadoras de palato e para grandes perdas dos maxilares, com atendimento multi e interprofissional, envolvendo cirurgiões-dentistas, protesistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, cirurgiões-plásticos reparadores e oftalmologistas.

O diretor-geral do CHT, Guilherme Graziani, explicou que esse é um serviço pioneiro implantado pelo Governo do Estado em 2020. “É realizado por cirurgiões dentistas do hospital e nestes quatro anos já reabilitamos e mudamos a vida de centenas de pacientes oncológicos e vítimas de trauma”, afirmou.

Em funcionamento desde 2020, o Ambulatório de Próteses Faciais Reconstrutivas do HR foi o primeiro serviço qualificado do Brasil a oferecer esse atendimento pelo SUS e já entregou 127 peças personalizadas. As próteses são indicadas para pacientes que possuem algum tipo de anomalia craniofacial ou mutilações que não podem ser reconstruídas cirurgicamente, como por exemplo casos de microtia, perda de rosto por acidentes, queimaduras ou doenças como câncer de pele.

Helena Machado Siatkowski, de 71 anos, mora em Mallet, Centro-Sul do Estado. Ela perdeu o olho direito em 2019 devido a um tumor e foi uma das primeiras pacientes a serem atendidas no ambulatório do HR, com uma prótese ocular. “O médico que me atendeu me encaminhou para o ambulatório e desde então faço esse acompanhamento. É um trabalho muito bom, muita gente não sabe que eu tenho a prótese porque não percebe, ficou perfeito”, disse ela.

As próteses atuam na recuperação de funcionalidades como mastigação, fonação e muitas vezes na respiração, e são divididas em dois grupos: intra e extraorais (faciais). As intraorais são para pacientes que tiveram mutilações nos ossos maxilares por tratamentos oncológicos, e receberão próteses obturadoras de palato. A prótese facial pode ser nasal (de nariz), ocular, óculo-palpebral, auricular e para grandes perdas faciais. Ao todo, desde 2020, foram confeccionadas e entregues 72 próteses oculares, 23 obturadoras, 10 nasais, oito auriculares, sete faciais, seis maxilares e uma intraoral.

AMBULATÓRIO – O atendimento é feito semanalmente no HR, todas às quintas-feiras, pelas cirurgiãs-dentistas Roberta Targa Stramandinoli Zanicotti e Camila Paloma. Em média, oito pacientes passam por estes atendimentos toda semana. O serviço inclui desde a triagem até a criação e manutenção das próteses.

“Nossa missão é devolver para esses pacientes a qualidade de vida, função, autoestima e principalmente a convivência em sociedade. Essas próteses duram em média de dois a três anos e fazemos um acompanhamento com todos os pacientes duas vezes ao ano para ajustes”, disse Roberta.

Os pacientes que necessitam de reabilitação com próteses faciais, oculares e para grandes perdas dos maxilares são encaminhados via unidades de saúde do SUS para o HR. Em casos de dúvidas sobre o encaminhamento, o profissional de saúde pode entrar em contato com o HR pelo telefone (41) 3281-2600 e solicitar instruções com o Ambulatório do hospital.

“O paciente precisa buscar atendimento em uma unidade de saúde mais próxima e a Secretaria Municipal de Saúde irá encaminhar esse paciente para o nosso fluxo de atendimento”, explicou Camila.

PRODUÇÃO –  Após a fase inicial de triagem, inicia-se o processo de produção das próteses. Essa etapa inclui a digitalização e modelagem das próteses no computador, o molde impresso em ácido polilático com a utilização de impressoras 3D e a finalização com a moldagem em silicone – realizada manualmente pelas profissionais de maneira personalizada de acordo com a necessidade do paciente.

Os protótipos e moldes faciais são produzidas a partir de imagens de tomografias computadorizadas, e os modelos são impressos com tecnologia 3D, produzidos por pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), envolvendo os cursos de Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Design e Odontologia.

Alberto Alves, de 80 anos, mora em Curitiba e passou por amputação de orelha após ser diagnosticado com câncer de pele. Há três anos ele recebe atendimento pelo HR, e já recebeu uma prótese. Nesta semana, ele foi conferir os ajustes finais da próxima peça que irá usar. Neste processo é realizada uma verificação da cor da prótese para que seja idêntica ao tom de pele do paciente. “Fui encaminhado do hospital pra cá e aqui foi feita minha prótese. Eu uso todos os dias, é ótima, eu gostei”, disse.

HOSPITAL – O Hospital de Reabilitação atende pacientes com doenças neuromusculares, lesões encefálicas adquiridas, lesões medulares, malformações congênitas, mielomeningocele, sequelas físicas causadas pela hanseníase, paralisia cerebral, amputações de membros, Síndrome Pós-Poliomielite, Parkinson e também pacientes com sequelas para reabilitação.

Nesta unidade são atendidas as especialidades de neurologia, neurocirurgia, ortopedia, urologia, clínica médica, fisiatria, pediatria, otorrinolaringologia e cardiologia.

No serviço de reabilitação, oferece fisioterapia, hidroterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, serviço social, enfermagem e nutrição, e também a disponibilização de Órteses, Próteses e Materiais de Auxílio à Locomoção (OPMAL).

Além do início do Ambulatório de Próteses, desde 2019 a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) implantou os primeiros 20 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 45 leitos de enfermaria, aumentou de três para cinco salas cirúrgicas e implantou um laboratório de neurocirurgia e posto de coleta laboratorial 24 horas. Durante a pandemia da Covid-19, o hospital atuou como retaguarda, disponibilizando leitos exclusivos para esse atendimento. Atualmente o hospital conta com 20 leitos de UTI e 51 leitos de enfermaria, que integram a Rede Hospitalar Estadual.

Somente no ano passado, o HR registrou 82.442 atendimentos, sendo 53.349 terapias, 24.589 consultas e 4.504 exames. O número é 68% maior do que o registrado em 2021, quando o hospital realizou 48.914 atendimentos no total.  A Sesa repassa anualmente cerca de R$ 31 milhões para custeio da unidade.

Internações de bebês com problemas respiratórios são recorde em 2023

Fonte/Foto: AGbr

As internações de bebês menores de 1 ano por pneumonia, bronquite e bronquiolite em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) cresceram 24% em 2023 na comparação com o ano anterior. De acordo com levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) foram 153 mil internações no ano passado, o que representou um recorde, com uma média de 419 por dia.

“É o maior número registrado nos últimos 15 anos”, destacou a Fiocruz em nota publicada no seu site.

O estudo mostrou ainda que o SUS aplicou R$ 154 milhões em 2023 no tratamento dos bebês internados. O valor é cerca de R$ 53 milhões a mais que o do ano de 2019, período pré-pandemia de covid-19.

Na análise das taxas de internação por região, o Observa Infância constatou uma tendência de queda até 2016. Conforme a região, os dados variaram para mais ou menos no período de 2016 a 2019. Já no primeiro ano da pandemia, em 2020, as internações tiveram uma queda média de 340%. Nos anos seguintes, no entanto, houve aumentos constantes, até atingir o recorde da série histórica, em 2023.

As regiões que apresentaram as maiores taxas de internação no último ano foram a Sul e a Centro-Oeste. “O frio intenso e as queimadas associadas ao clima seco, respectivamente, contribuem para deixar o sistema respiratório das crianças mais vulneráveis”, informou a Fiocruz.

O coordenador do Observa Infância, Cristiano Boccolini, apontou as mudanças climáticas e a baixa cobertura vacinal infantil como as principais possibilidades para o avanço no número de internações.

“A redução na vacinação contra doenças respiratórias, possivelmente devido à pandemia de covid-19, e as condições climáticas extremas podem ter contribuído para a vulnerabilidade dos bebês a infecções respiratórias graves”, analisou o pesquisador na nota.

Por causa dessa situação, o coordenador do Observa Infância afirmou que é fundamental manter atualizada a caderneta de vacinação de bebês e crianças. O pesquisador ressaltou ainda que também é importante que as gestantes estejam com as vacinas em dia, já que as mães garantem os anticorpos dos bebês nos primeiros meses de vida. Cristiano Boccolini defendeu a inclusão da vacina VSR (vírus sincicial respiratório), já aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no calendário do SUS.

Os dados de internação que constam do levantamento fazem parte do Sistema de Internações Hospitalares do SUS e as informações sobre nascimento estão no Sistema Nacional de Nascidos Vivos entre os anos de 2008 e 2023.

Observa Infância

O Observatório de Saúde na Infância foi criado para divulgar à sociedade os dados científicos e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos. “O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto aos sistemas nacionais de informação”, disse a Fiocruz.

Conforme a Fiocruz, as evidências científicas analisadas resultaram de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores Patricia e Cristiano Boccolini no âmbito do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.

Número de motoristas com problema de visão cresce quase 80% em 10 anos

Fonte: AGbr – Foto: Reprodução

O número de brasileiros com restrições na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por conta de problemas de visão aumentou quase 80% ao longo dos últimos dez anos. Em 2014, 14,4 milhões de motoristas só podiam conduzir veículos com o uso obrigatório de óculos ou lentes de grau. O grupo inclui ainda pessoas com restrição para dirigir após o pôr do sol e aquelas com visão monocular (visão igual ou inferior a 20% em um dos olhos). Em 2024, esse total já alcança 25,4 milhões – um aumento de 77%.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (15) pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), com base em informações da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). De acordo com o levantamento, atualmente, as restrições visuais respondem por 91% de todas as anotações aplicadas a um total de 27,9 milhões de CNHs emitidas no Brasil. Para a entidade, os números mostram a relevância da saúde ocular para a população e reforçam a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce de doenças oculares.

Na avaliação do conselho, diversos fatores contribuem para a crescente demanda por cuidados oculares entre motoristas brasileiros, incluindo o envelhecimento da população; a exposição prolongada às telas de celulares e computadores; e o aumento da incidência de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e estresse, além de hábitos que levam à alimentação inadequada, ao sedentarismo e à obesidade.

O mapeamento indica que o Rio Grande do Norte, a Paraíba e o Rio de Janeiro apresentam, atualmente, a maior proporção de CNHs com restrições em relação ao total de condutores. Nesses estados, os números são, respectivamente: 390 mil (42% dos condutores); 371,8 mil (38%); e 2,1 milhões (34%). Já o Acre, que concentra 56,4 mil registros, tem o menor percentual no panorama nacional, com 20% dos condutores apresentando alguma restrição visual para conduzir veículos.

Quando comparados os dados de 2014 com os de 2024, entretanto, o cenário muda. Os estados onde o aumento percentual de condutores com restrições foi mais significativo são: Goiás (129%); Tocantins (128%); Roraima (125%); Mato Grosso (120%); Acre (119%); Amazonas (110%); Rondônia (103%); Alagoas (103%); Maranhão (102%); e Piauí (100%). No extremo oposto, surge o Distrito Federal, com aumento de 40%.

O CBO elencou ainda os principais tipos de anotações relacionadas à visão presentes nas CNHs dos brasileiros. Entre as mais frequentes estão a obrigatoriedade do uso de lentes corretivas, com cerca de 25 milhões de motoristas; e as restrições associadas à visão monocular, com 351 mil casos. Em terceiro lugar, com 152,1 mil casos, estão os condutores impedidos de dirigir após o pôr do sol.

Entenda

O pedido de inclusão de anotações na CNH é feito pelo médico do tráfego ao final da avaliação prévia exigida para a concessão ou renovação da CNH. Durante o exame, o profissional analisa as condições do candidato de conduzir um veículo sem oferecer perigo para outros motoristas, passageiros e pedestres.

Entre as aptidões analisadas, estão acuidade visual; campo de visão; capacidade do candidato de enxergar à noite e reagir prontamente – com resposta rápida e segura – ao ofuscamento provocado pelos faróis dos demais veículos; e capacidade de reconhecer as luzes e sua posição nos semáforos.

“Ao identificar a existência ou sintoma de deficiência de visão, o médico do tráfego orienta a busca por uma avaliação especializada, que será feita por um oftalmologista, para que seja feito o diagnóstico exato do problema e a respectiva prescrição do tratamento”, destacou o conselho.

Samu atendeu 15 mil paranaenses a mais no primeiro semestre deste ano

Fonte: AEN – Foto:Samu/SESA-PR

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu 15.738 paranaenses a mais no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2023. Foram regisdros 610.174 atendimentos frente aos 594.436 no ano passado. Os números incluem os atendimentos realizados por 282 ambulâncias e seis aeronaves coordenadas por 12 regulações descentralizadas. Essas regulações garantem a cobertura integral de todo o Paraná pelo serviço.

O secretário de Estado da Saúde, César Neves, relembrou que em 2019 o Estado possuía apenas 68% de cobertura, realidade que mudou com investimentos do Governo do Estado. “Graças a um trabalho árduo das nossas equipes de Urgência e Emergência, atingimos 100% do território paranaense coberto pelo Samu em 2022. Esses atendimentos são fundamentais para garantir uma assistência rápida e eficaz na missão de salvar vidas no Estado”, disse.

Além dos acionamentos de rotina pelo telefone 192, também houve aumento no número de transferências de urgência. No primeiro semestre de 2023 foram realizadas 86.609 transferências terrestres com ambulâncias do Samu e 378 com a aeronave da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Este ano o número saltou para 100.095 terrestres (+15,5%) e 434 aéreas (+14,8%).

MEDICAMENTO – Desde 2020, a Sesa adquire, com recursos próprios, a medicação Tenecteplase usada para tratamento de ataque cardíaco. O Paraná é o único estado do País que utiliza esse trombolítico já no Atendimento Pré-Hospitalar (APH) de pacientes infartados, por meio do Samu, antes de encaminhá-los ao hospital.

O medicamento atua na desobstrução da artéria bloqueada, restaurando o fluxo sanguíneo e minimizando o dano ao músculo cardíaco. Melhora a dor no peito e a falta de ar, reduzindo as chances de complicações como insuficiência cardíaca, arritmias e até mesmo morte. Após receber esse medicamento, o paciente tende a ter o quadro estabilizado, garantindo melhores condições clínicas até chegar a um hospital.

Cada ampola do medicamento custa R$ 7.320,00 e é disponibilizada em 59 ambulâncias de suporte avançado do Samu e em seis aeronaves que atendem urgência no Estado. Somente este ano foram utilizadas 224 ampolas e, nestes quase cinco anos de uso, o Estado soma mil pacientes atendidos, num investimento de mais de R$ 7,3 milhões do Tesouro do Estado.

AEROMÉDICO – O atendimento aeromédico é operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência e suas centrais. O serviço do Paraná é referência nacional e cada base de helicóptero é responsável por uma área de atendimento de até 250 quilômetros do seu ponto de origem, com voos de até duas horas de duração para possibilitar ida e volta sem a necessidade de reabastecimento.

Atualmente, todo o Paraná é coberto por cinco bases aeromédicas, que atuam de forma coordenada e complementar. Em Curitiba ficam alocados dois helicópteros, um da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e um do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas do Paraná (BPMOA), além de um avião da Sesa. Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa contam com um helicóptero cada, contratados pela Sesa junto à empresa Helisul, via licitação.

Dados da Sesa mostram que este ano o serviço aeromédico do Estado já registrou 1.565 atendimentos. No mesmo período no ano passado foram 1.601. Os números incluem as remoções de trauma e atendimentos relacionados ao transporte de órgãos para transplante. Em 2023 o serviço bateu recorde histórico em atendimentos, com mais de 4 mil ocorrências.

Todos os serviços aeromédicos do Paraná são financiados com recursos do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde. Anualmente, o contrato dos helicópteros de Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa e do avião alocado em Curitiba, prevê um investimento de até R$ 85,5 milhões, dependendo do uso durante o período.

A pasta também repassou, somente no ano passado, R$ 13,5 milhões por meio do Fundo Estadual de Saúde para o Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), além de custear as equipes médicas do Samu, que prestam os atendimentos aeromédicos, num montante de R$ 4,3 milhões em 2023.