Força-tarefa de vacinação nas escolas é concluída com 292,6 mil doses aplicadas

Fonte: AEN – Foto: SEED-PR 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (18) os resultados da força-tarefa de vacinação nas escolas estaduais e municipais do Paraná, que ocorreu entre 5 de agosto e 16 de setembro. Durante a ação foram aplicadas 292.699 doses de vacinas e avaliadas 495.076 carteirinhas de vacinação em uma ação estratégica para aumentar as taxas de cobertura vacinal em todo Estado.

Após o encerramento da força-tarefa, a imunização continua nas escolas já agendadas. A vacinação foi realizada em 1.805 unidades da rede estadual, o que representa 85,71% das escolas do Paraná. Outras 175 escolas têm a aplicação das doses programada, o que elevará a cobertura para 94% nas instituições estaduais.

Nas escolas municipais, 3.661 unidades (70,59%) já receberam a vacinação, enquanto 388 possuem agendamento, o que permitirá atingir 78% das instituições. Em relação aos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), 1.643 unidades (79,64%) participaram da força-tarefa, incluindo as que já foram atendidas e as que estão com aplicação programada.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, César Neves, a operação foi um sucesso e estratégias como esta devem ser recorrentes no Estado. “Os números impressionantes mostram a eficácia dessa ação do Governo do Paraná. Temos muito a agradecer às famílias paranaenses, especialmente aos pais que confiaram em nosso trabalho e responderam ao chamado para essa importante missão. Isso reforça que estamos no caminho certo e nos dá confiança para futuras ações de saúde no Estado”, declarou.

O secretário de Educação, Roni Miranda, destacou a importância da colaboração entre as secretarias para garantir a proteção nas escolas. “Estamos muito satisfeitos com os resultados da vacinação no Paraná. Essa iniciativa não apenas reforça a saúde de nossas crianças e adolescentes, mas também reafirma nosso compromisso com um ambiente escolar mais seguro e saudável”, afirmou.

O principal objetivo da ação foi aumentar a cobertura vacinal e ampliar a proteção contra doenças passíveis de prevenção, como a gripe.

“A estratégia foi um verdadeiro sucesso. Conseguimos mobilizar as 22 Regionais de Saúde e todos os municípios do Paraná para garantir o aumento da cobertura vacinal. A vacinação nas escolas é uma ação extra-muro que queremos manter de forma contínua, além do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

Entre as vacinas mais aplicadas durante a força-tarefa estão a da influenza, cuja cobertura está em 54,41% nos grupos prioritários, além das vacinas dTpa (65,28%) e febre amarela (78,31%). Os dados são do Vacinômetro Nacional do Ministério da Saúde.

“Tivemos uma adesão importante ao longo de toda a campanha, mas é fundamental continuar reforçando a importância da vacinação. A vacina é a principal forma de prevenir as formas graves de doenças e evitar óbitos. A imunização permanece disponível o ano inteiro nas mais de 1.800 salas de vacinação espalhadas pelo Estado”, enfatizou Maria Goretti.

Procurando estágio? CIEE de Cianorte tem vagas para 8 áreas de atuação

Fonte/Foto: Portal da Cidade Cianorte

O Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE) está com 17 vagas de estágio abertas em Cianorte. Os interessados devem estar matriculados nos ensinos técnico ou superior. As inscrições podem ser feitas pelo site www.cieepr.org.br ou é possível enviar o currículo para cianorte@ciee pr.org.br.

Já para se candidatar às oportunidades de estágio pessoalmente, é necessário que o estudante vá ao CIEE de Cianorte, localizado na Avenida Souza Naves, 50, térreo, com RG e CPF. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h.

As vagas disponíveis são para:

  • Ensino Médio;
  • Administração e Processos Gerenciais;
  • Direito;
  • Análise e Desenvolvimento de Sistemas;
  • Ciências Contábeis;
  • Enfermagem;
  • Educação Física;
  • Marketing.

Os interessados devem acessar o site www.cieepr.org.br para realizar o cadastro e acompanhar as vagas abertas no perfil. Dúvidas podem ser enviadas para cianorte@ciee pr.org.br ou pelo contato (44) 36297235.

Com 300 agentes, PCPR cumpre 143 mandados em três megaoperações contra o crime

Fonte: AEN – Foto: PCPR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta terça-feira (17) para cumprir 143 mandados judiciais contra o crime organizado envolvendo homicídios, tentativas de homicídio, tráfico de drogas e roubo de cargas.

São três operações que contam com a presença de mais de 300 policiais, deflagradas simultaneamente em 22 cidades do Paraná, além dos estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Helicópteros fornecem apoio aéreo e cães policiais atuam na busca por drogas e armas de fogo.

As ações contam com a colaboração da Polícia Militar do Paraná, Polícia Penal do Paraná, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

CORTINA DE FUMAÇA – Em uma das operações, a PCPR e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) têm o objetivo de desmantelar duas organizações criminosas envolvidas em tráfico de drogas e roubo de cargas. A ação se estende por 12 cidades do Paraná e inclui também o estado de São Paulo, contando com a participação de 150 policiais.

Os policiais têm a missão de cumprir 19 mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão em Francisco Beltrão, Marmeleiro, Renascença, Santo Antônio do Sudoeste, Dois Vizinhos, Quedas do Iguaçu, Toledo, Pato Bragado, Cascavel, Ubiratã, Medianeira e Curitiba, além de Mairinque, no estado de São Paulo.

Também foram decretadas medidas patrimoniais de bloqueio de contas bancárias de 23 pessoas físicas e 7 empresas, como parte de uma estratégia para desmantelar financeiramente os grupos criminosos.

Durante as investigações, foi identificada uma organização criminosa que utilizava caminhões de uma empresa de transportes para distribuir entorpecentes do Oeste do Paraná para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. As cargas ilegais eram disfarçadas em mercadorias lícitas com o objetivo de despistar as autoridades.

A organização atuante no tráfico de drogas era chefiada por um empresário do ramo de transportes, que utilizava seus caminhões para o envio dos entorpecentes, transferindo-os temporariamente para nome de terceiros, encobrindo o real proprietário caso houvesse apreensão.

Durante a investigação, cinco grandes carregamentos de drogas foram apreendidos, totalizando mais de seis toneladas de maconha, 65 quilos de crack e quase 240 quilos de skunk, causando um prejuízo estimado em R$ 14 milhões à organização criminosa. Além disso, foi preso um dos líderes da quadrilha, foragido do Rio Grande do Sul e condenado a diversos anos de prisão, que vivia em Francisco Beltrão com identidade falsa.

Além do tráfico de drogas, outra organização criminosa atuante no roubo de cargas ilícitas foi identificada. Utilizando rastreadores clandestinos, os criminosos monitoravam os caminhões para roubar mercadorias.

As autoridades ressaltam que a cooperação entre a PCPR e a PRF foi fundamental para o sucesso da operação, que resultou no desmantelamento de duas grandes organizações criminosas.

CAIM E ABEL – Na segunda operação, a PCPR, em conjunto com a PMPR, Polícia Federal e a Polícia Penal do Paraná, tem a missão de cumprir 49 mandados judiciais contra organizações criminosas envolvidas em homicídios e tentativas de homicídio no Oeste do Estado.

A ação policial envolve a execução de 28 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão. As diligências ocorrem simultaneamente nas cidades de Palotina, Maripá, Terra Roxa, Guaíra, Paranavaí, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guaratuba e Londrina, no Paraná; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; e Volta Redonda, no Rio de Janeiro.

Os indivíduos são investigados por homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A investigação identificou que homicídios e tentativas de homicídios ocorridas em Palotina e região se tratava de uma disputa entre facções criminosas. As diligências revelaram que o líder da facção criminosa, preso no Paraguai, ordenava os homicídios, que eram executados por membros do grupo. Em fevereiro de 2024, durante cumprimento de mandados judiciais em endereço utilizado como base de ações criminosas, foram apreendidas três armas de fogo, maconha, haxixe, cocaína e celulares.

OPERAÇÃO MANUTENTIA II – Na terceira operação, a PCPR e a PMPR estão nas ruas em Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu, no Oeste do Estado, para cumprir sete mandados de busca e apreensão. Os alvos são suspeitos de crimes como tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, posse de arma de fogo e comércio ilegal de arma de fogo. Cerca de 30 policiais participam da ação.

Emprego e propostas de desenvolvimento rendem votos para prefeituras

Fonte/Foto: AGbr

Se Odorico Paraguaçu fosse candidato a prefeito de Sucupira nas próximas eleições municipais, em 6 de outubro, teria dificuldade de se eleger. Para chegar lá, o personagem deveria abandonar o discurso populista e a prática de trocar favores por votos e adotar uma plataforma política com proposta efetivas para saúde, educação, cuidado e zeladoria da cidade, segurança pública, saneamento, infraestrutura e emprego, temas recorrentes em pesquisas eleitorais.

“Eu acho que prefeitos como Odorico Paraguaçu felizmente estão em extinção. Ele não é mais um tipo paradigmático”, avalia o economista Jorge Jatobá, professor titular aposentado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ex-secretário nacional de Política de Emprego e Salário (1995-1998).

Segundo o economista, em vez do perfil clientelista como o do personagem criado pelo dramaturgo Dias Gomes (1922-1999) para o teatro, e posteriormente visto na televisão, rendem voto nas eleições locais “discursos consistentes” e propostas que possam gerar empregos. “Os prefeitos têm que ser desenvolvimentistas, no sentido de promover oportunidades de negócio e investimento em seus municípios. Emprego é resultado de crescimento econômico.”

Para isso, os candidatos a novos prefeitos precisam “manter a visão voltada para o crescimento da economia local” e, se eleitos, atrair empreendimento, “melhorando a infraestrutura do município, o acesso à cidade e a qualificação da força de trabalho.”

Conforme o Jatobá, isso exige aptidões para articular e envolver a sociedade civil, forças produtivas locais, como empresários rurais e comerciantes. Também conta positivamente mobilizar o governo estadual e até o governo federal em torno da pauta municipal. “Assim se cria um círculo virtuoso em que quanto maior o crescimento, maior a geração de renda, maior o investimento, maior a capacidade produtiva.”

“Quanto mais bem gerido é o município, mais atraente ele fica para novas empresas. E quanto mais bem gerido, mais as empresas que já estão no local se sentem bem para tocar seus projetos e contratar pessoas”, confirma o economista Cláudio Hamilton Matos dos Santos, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para ele, “o crescimento econômico, em geral, é a combinação de esforço público e privado na mesma direção.”

Na opinião do advogado Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), “a empregabilidade, por si só, é tema recorrente para a avaliação positiva ou negativa do gestor. Mas, além disso, pesa a qualidade do serviço público prestado e a indução no sentido de que a iniciativa privada assuma também o seu papel.”

Grupo focal

“O que vai diferenciar bom prefeito ou mau prefeito é a capacidade de induzir o desenvolvimento”, concorda a cientista política Karina Duailibi, especialista em pesquisas de opinião qualitativas, como as análises de grupo focal no qual os eleitores explicam por que votam ou não em determinado candidato. Ela considera que “emprego hoje faz parte da cesta de demandas da prefeitura”, e a pauta está em ascensão desde a segunda década do século.

Desde então, assiste-se no Brasil a desconcentração de empregos em grandes áreas metropolitanas em favor de cidades de porte médio (100 mil a 500 mil habitantes), motivada pelo agronegócio, pela abertura de novas unidades de saúde e pela interiorização da formação profissional em novos campi das universidades federais e estaduais (cursos superiores) ou dos institutos federais (cursos técnicos).

Com mais de 20 anos de experiência em pesquisa em diversas cidades do Brasil, Karina percebe que se tornou recorrente a avaliação positiva de prefeitos quando são identificados com a transformação urbana, a chegada de empresas e oportunidades. Eleitores participantes de grupos focais avaliam que o “prefeito ideal” tem capacidade de induzir desenvolvimento. “Hoje, isso faz parte das expectativas.”

O sociólogo Jorge Alexandre Neves, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor do Centro Internacional de Gestão Pública e Desenvolvimento, atesta que a pauta de emprego “é tema fundamental e costuma estar sempre entre os mais relevantes nas pesquisas de opinião.”

Ele alerta que a falta de propostas para a geração de emprego e a desatenção ao assunto por parte dos candidatos podem gerar reveses, especialmente se o postulante é um prefeito que busca a reeleição. “Isso pode contaminar negativamente a campanha se um município vizinho consegue muitos investimentos que trazem bons empregos e a cidade do eleitor não atrai recursos.”

“Entre os eleitores existe uma crença geral que as prefeituras cobram muito imposto, por isso as empresas não vão para o município”, acrescenta o engenheiro e administrador Gérson Engrácia Garcia, dono de um instituto de pesquisa de mercado e opinião com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista.

Indutor ou empregador

A cientista política Karina Duailibi pondera que as perspectivas dos eleitores mudam conforme o porte da cidade. Em municípios menores, a maior esperança é que o emprego seja criado na prefeitura. “Quanto menor o município, mais a população é dependente da máquina municipal.” Nesses casos, “o prefeito não é um indutor de crescimento e ofertas de trabalho, mas o próprio empregador.”

Cidades pequenas não podem prescindir do repasse constitucional de verbas dos estados e da União e do pagamento de benefícios sociais, aposentadorias e pensões. “Quanto mais o município é dependente disso, mais forte é a prefeitura como empregadora”, ressalta.

Cláudio Hamilton Matos dos Santos, do Ipea, destaca que as transferências da União e dos estados resultam da descentralização de políticas públicas. “Os municípios têm tido cada vez mais atribuições e cada vez mais recursos para trocar essas atribuições”. Por isso, “o emprego municipal tem crescido muito fortemente ao longo das duas últimas décadas deste século.”

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirma que os municípios têm a maior parcela de servidores públicos do Brasil, empregados na provisão de serviços essenciais à população. Dados de 2022, repassados à Agência Brasil pela entidade, contabilizavam que as prefeituras tinham 2,3 milhões de profissionais da educação. Na saúde, eram 1,3 milhão de profissionais atuando em atenção básica e outros atendimentos. Na área administrativa, as prefeituras empregavam mais de 1,2 milhão de servidores e técnicos. E nos serviços gerais, como limpeza e alimentação, 940 mil servidores municipais.

A CNM calcula que a remuneração média dos servidores municipais naquele ano era de R$ 3.604. Os salários pagos variam conforme o cargo que o servidor ocupa. Assim, a média da remuneração de médicos era de R$ 11 mil. Os funcionários dos serviços de limpeza e alimentação tinham remuneração média de R$ 1,8 mil.

Subemprego

De acordo com o Censo Demográfico 2022 (IBGE), sete de cada dez municípios brasileiros (total de 3.935 cidades) são considerados de pequeno porte, têm até 20 mil habitantes. Nessas cidades, os salários são menores e a empregabilidade também é mais reduzida.

“As pessoas nas cidades menores não têm muitas oportunidades de trabalho. Ou trabalham na prefeitura ou no comércio local – esse não paga nem o salário mínimo e não faz registro em carteira de trabalho. Essas pessoas vivem do subemprego”, diz Gérson Engrácia Garcia.

De acordo com ele, o perfil mais exposto ao subemprego e até ao desemprego é o de pessoas com mais de 40 anos sem ofício, mães que querem voltar ao mercado de trabalho e jovens que se terminam o ensino médio, “não tem o que fazer”.

Nessas circunstâncias, as alternativas são o êxodo para municípios mais atrativos ou tentar o subemprego na própria cidade. “Então, um trabalha de mototáxi, o outro faz pequenos consertos, presta determinado serviço, ou vende bugigangas. As mulheres vendem peças íntimas, perfumes e cosméticos”, relata o pesquisador.

 

 

Policial de folga salva recém-nascido engasgado com leite em Cianorte

Fonte/Foto: Portal da Cidade Cianorte 

Um policial militar de folga salvou um bebê, de apenas 8 dias, que estava engasgado com leite, em Cianorte, nesta segunda-feira (16).

A Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 23h para comparecer à rua Esmeralda, pois havia um bebê engasgado. Quando a equipe chegou ao local, o policial Davi da Silva Leite, que é vizinho da vítima e estava de folga, estava conduzindo o salvamento até a chegada do Samu.

Ainda conforme a PM, o recém-nascido voltou a respirar e foi levado ao Hospital São Paulo.

Mudanças climáticas agravam insegurança alimentar, diz pesquisadora

Fonte: AGbr 

A relação direta entre a fome e as mudanças climáticas foi debatida por pesquisadores que se reuniram na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) nesta semana, no 6º Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, que termina nesta sexta-feira (13). Coordenadora do evento e professora do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da UERJ, Rosana Salles da Costa explica que a insegurança hídrica, por exemplo, pode ser uma consequência das mudanças climáticas que também reduz o acesso à alimentação saudável.

“A segurança alimentar se relaciona a diversas questões. Podemos colocar como uma delas as mudanças climáticas com, por exemplo, o prejuízo no acesso à água em quantidade e qualidade”, explicou à Agência Brasil. “Estamos debatendo no país a questão da segurança hídrica, que, com as mudanças climáticas e as queimadas que estão acontecendo, acaba prejudicando várias áreas de plantio de alimentos produzidos para o consumo nacional”.

A professora ressalta também ser importante observar o aumento do preço dos alimentos, resultado de uma sequência de acontecimentos que dificultam o acesso à alimentação. “Uma vez que você prejudica o plantio e o cultivo de alimentos destinados ao consumo da nossa população, infelizmente, o preço também é afetado. A partir daí, temos que pensar em políticas públicas e em como reverter os efeitos das mudanças climáticas, porque elas estão presentes e temos que pensar agora em como vamos enfrentar as dificuldades relacionadas à segurança alimentar, articulando com os Governos Federal, Estaduais e Municipais medidas de redução da fome e promoção da alimentação saudável.”

Realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), o encontro trouxe como tema “Pesquisa e políticas públicas em soberania e segurança alimentar e nutricional no enfrentamento das desigualdades, da fome e das mudanças climáticas”, reunindo pesquisadores nacionais e internacionais, alunos de graduação e de pós-graduação para debaterem as influências das mudanças climáticas no acesso à alimentação adequada pela população.

Segurança alimentar

Rosana Salles da Costa esclarece que segurança alimentar se relaciona ao acesso à alimentação adequada para todas as pessoas de uma família, refletindo o direito humano à alimentação adequada. Por outro lado, a insegurança alimentar se faz presente quando uma das questões relacionadas à alimentação, seja em quantidade ou qualidade, não é garantida. No Brasil, a insegurança alimentar é avaliada a partir da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). “Os níveis de insegurança alimentar são três: insegurança alimentar leve, moderada e grave. A insegurança alimentar grave reflete a fome na nossa população, ou seja, famílias que passam o dia todo sem comer ou que fazem uma única refeição ao dia”.

No país, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, referentes ao último trimestre de 2023, 10,8% dos lares comandados por mulheres convivem com a insegurança alimentar moderada ou grave. Considerando os lares chefiados por homens, essa porcentagem passa para 7,8%, revelando uma diferença de três pontos percentuais. Com relação à cor ou raça, 74,6% dos domicílios que enfrentam a insegurança alimentar grave são chefiados por pessoas pretas e pardas.

“Infelizmente, temos o grupo classicamente mais afetado que são os lares chefiados por mulheres, especialmente as mulheres negras”, analisa a professora. “Esse também é um tema de debate de alguns dos painéis e de vários trabalhos do 6º EPISSAN. O encontro não debate apenas resultados, mas também é muito propositivo. Os pesquisadores presentes analisam e fazem propostas de políticas que, principalmente para os lares chefiadas por mulheres negras, são urgentes”, complementa.

Encontro

Além dos debates realizados, foram apresentados durante o evento dados preliminares sobre pesquisas conduzidas no país pela Rede Penssan e com apoio do App VIGISAN, aplicativo desenvolvido pela própria instituição para auxiliar na abordagem aos pesquisados que compõem, muitas vezes, grupos sociais vulnerabilizados. No encontro, também foi apresentada a plataforma FomeS, elaborada com financiamento do Ministério da Saúde (MS) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A ferramenta agrega dados nacionais sobre mudança climática, insegurança alimentar, insegurança hídrica, saúde e estado nutricional de crianças.

O encontro contou com patrocínio do Ministério da Saúde (MS), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Comércio varejista cresce 5,4% de janeiro a julho no Paraná, acima da média nacional

Fonte/Foto: AEN

O volume de vendas no comércio varejista ampliado cresceu 5,4% no Paraná nos primeiros sete meses do ano, acima da média nacional, de 4,7%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento leva em conta todos os segmentos comerciais, incluindo venda de materiais de construção, veículos e autopeças.

As vendas no setor aumentaram 12% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, e 0,2% em relação ao mês anterior, ambos acima da média brasileira, que cresceu 7,2% e 0,1%, respectivamente. Já no acumulado de 12 meses, entre agosto de 2023 e julho de 2024, o avanço paranaense foi de 3,2%.

O Estado também destacou nas vendas no atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, com aumento de 15,6% em julho em relação a junho deste ano, segundo melhor resultado do País no período, atrás apenas do Distrito Federal (19,2%). Em todo o Brasil, o crescimento foi de 0,6% nesse segmento.

As vendas de materiais de construção também tiveram avanço relevante em julho. Na comparação com julho de 2023, o crescimento foi de 19,2%, 8,2 pontos percentuais acima da média nacional e também o segundo melhor resultado do País. A alta no acumulado do ano chegou a 13,3%, quase quatro vezes mais a média nacional (3,4%) e também o segundo maior volume do País, atrás da Bahia (20,9%). E no acumulado de 12 meses, as vendas paranaenses subiram 8,7%, contra 1,9% da média nacional.

O comércio de veículos, motocicletas, partes e peças foi outro destaque no Estado, com crescimento de 29% em julho em comparação ao mesmo mês do ano passado. Nos primeiros sete meses, o avanço foi de 18% e, no acumulado do ano, 13,9%. As vendas paranaenses nesse segmento tiveram desempenho superior às nacionais em todos os períodos analisados pelo IBGE.

Já na análise do varejo, excluindo os segmentos citados acima, o Paraná avançou 0,5% em comparação a junho, 2,6% em relação a julho do ano passado, 3,8% entre janeiro e julho em relação a igual período do ano anterior e 2,8% no acumulado de 12 meses.

SETORES – O setor que puxou as vendas nos primeiros sete meses de 2024 no Paraná foi o de eletrodomésticos, com crescimento de 16,8%. Na sequência estão móveis e eletrodomésticos (15,3%), móveis (14,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,9%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,3%), hipermercados e supermercados (6,5%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,7%) e tecidos, vestuários e calçados (1,4%).

Já o comércio de livros, jornais, revistas e papelaria teve queda de 10,7% no período e o de combustíveis e lubrificantes reduziu 9,1%.

Os mesmos segmentos se destacaram na comparação com julho do ano passado, com a venda de móveis e eletrodomésticos subindo 22,9% no período, móveis e eletrodomésticos avançaram 22,4%, móveis 21,4%, tecidos, vestuários e calçados 13,1%, outros artigos de uso pessoal e doméstico 12,4%, equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação 4,6%, hipermercados e supermercados 3,2%, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 3% e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 2,9%.

A queda, por sua vez, foi liderada pelos combustíveis e lubrificantes, com baixa de 10,4%, e de livros, jornais, revistas e papelaria, cujas vendas diminuíram 0,5% no período.

Trio é preso porte ilegal de arma de fogo em Cianorte

Fonte: Portal da Cidade Cianorte – Foto: PM

Três homens, de 30, 37 e 40 anos, foram presos na madrugada desta quinta-feira (12), em Cianorte, por porte ilegal de arma de fogo.

A Polícia Militar (PM) recebeu denúncias que três pessoas em um Onix branco estavam em via pública disparando tiros. Em patrulhamento, a PM encontrou os suspeitos perto do veículo, que ao perceberem a aproximação da viatura, entraram no carro.

Durante a abordagem policial, nada de ilícito fora localizado na busca pessoal. No entanto, após varredura no perímetro, foram localizados 12 estojos deflagrados de munição calibre 9 mm.

“Ao serem questionados, os cidadãos confessaram que estavam realizando disparos de arma de fogo em via pública e que a arma utilizada estavadentro do porta-luvas. A pistola, calibre .380 de fabricação argentina, com um carregador vazio, foi apreendida”, descreve o boletim da PM.

O trio foi conduzido à delegacia.

A Polícia Civil e Científica foram acionadas e investigam a situação. Até a publicação desta notícia, o órgão pericial ainda não tinha concluído os laudos acerca da causa da morte e da identidade da pessoa.

Fonte: AGbr – Foto: Marcelo Camargo

O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, ao longo de 2023, 11.502 internações relacionadas a lesões em que houve intenção deliberada de infligir dano a si mesmo, o que dá uma média diária de 31 casos. O total representa um aumento de mais de 25% em relação aos 9.173 casos registrados quase dez anos antes, em 2014. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede).

Em nota, a entidade lembrou que, nesse tipo de circunstância, médicos de emergência são, geralmente, os primeiros a prestar atendimento ao paciente. Para a associação, o aumento de internações por tentativas de suicídio e autolesões reforça a importância de capacitar esses profissionais para atender aos casos com rapidez e eficiência, além de promover acolhimento adequado em situações de grande fragilidade emocional.

Segundo a Abramed, os números, já altos, podem ser ainda maiores, em função de possíveis subnotificações, registros inconsistentes e limitações no acesso ao atendimento em algumas regiões do país. Os dados mostram que, em 2016, houve uma oscilação nas notificações de internação por tentativas de suicídio, com leve queda em relação aos dois anos anteriores. O índice voltou a subir em 2018, com um total de 9.438 casos, e alcançou o pico em 2023.

Estados e regiões

A análise regional das internações por lesões autoprovocadas revela variações entre os estados brasileiros. Para a associação, em alguns deles, foi registrado “um crescimento alarmante”. Alagoas, por exemplo, teve o maior aumento percentual de 2022 para 2023 – um salto de 89% nas internações. Em números absolutos, os casos passaram de 18 para 34 no período.

A Paraíba e o Rio de Janeiro, de acordo com a entidade, também chamam a atenção, com aumentos de 71% e 43%, respectivamente. Por outro lado, estados como São Paulo e Minas Gerais, apesar de registrarem números absolutos elevados – 3.872 e 1.702 internações, respectivamente, em 2023 –, registraram aumentos percentuais menores, de 5% e 2%, respectivamente.

Num movimento contrário, alguns estados apresentaram reduções expressivas no número de internações por tentativas de suicídio e autolesões no ano passado. Amapá lidera a lista, com uma queda de 48%, seguido pelo Tocantins (27%) e Acre (26%).

A Abramed destaca que a Região Sul como um todo enfrenta “tendência preocupante” de aumento desse tipo der internação. Santa Catarina apresentou crescimento de 22% de 2022 para 2023, enquanto o Paraná identificou aumento de 16%. O Rio Grande do Sul ficou no topo da lista, com aumento de 33%.

Perfil

De acordo com a associação, o perfil de pacientes internados por lesões autoprovocadas revela uma diferença significativa entre os sexos. Entre 2014 e 2023, o número de internações de mulheres aumentou de 3.390 para 5.854. Já entre os homens, o total de internações caiu, ao passar de 5.783 em 2014 para 5.648 em 2023.

Em relação à faixa etária, o grupo de 20 a 29 anos foi o mais afetado em 2023, com 2.954 internações, seguido pelo grupo de 15 a 19 anos, que registrou 1.310 casos. “Os números ressaltam a vulnerabilidade dos jovens adultos e adolescentes, que, juntos, representam uma parcela significativa das tentativas de suicídio”, avaliou a entidade.

Já as internações por lesões autoprovocadas entre pessoas com 60 anos ou mais somaram 963 casos em 2023. Outro dado relevante é o aumento das internações entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos – em 2023, foram 601 registros, quase o dobro do observado em 2011 (315 internações).

Para a Abramede, embora o atendimento inicial desses casos necessite de “foco técnico”, é importante que a abordagem inclua também a identificação de sinais de vulnerabilidade emocional, com o objetivo de oferecer suporte integrado. A entidade avalia que uma resposta rápida e humanizada pode fazer a diferença no prognóstico desses pacientes, além de ajudar na prevenção de novos episódios.

Setembro Amarelo

No Brasil, uma das principais campanhas de combate ao estigma na temática da saúde mental é o Setembro Amarelo que, este ano, tem como lema Se Precisar, Peça Ajuda. Definido por diversas autoridades sanitárias como um problema de saúde pública, o suicídio, no país, responde por cerca de 14 mil registros todos os anos. Isso significa que, a cada dia, em média, 38 pessoas tiram a própria vida.

Na avaliação do psicólogo e especialista em trauma e urgências subjetivas Héder Bello, transtornos mentais representam fatores de vulnerabilidade em meio à temática do suicídio – mas não são os únicos. Ele cita ainda ser uma pessoa LGBT, estar em situação de precariedade financeira ou social, ser refugiado político ou enfrentar ameaças, abuso ou violência. “Esses e outros fatores contribuem para processos de ideação ou até de tentativa de suicídio.”

“Políticas públicas que possam, de alguma maneira, falar sobre esse assunto, sem tabu, são importantes. Instrumentos nas áreas de educação e saúde também podem ser amplamente divulgados – justamente pra que a gente possa mostrar que existem possibilidades e recursos amplos para lidar com determinadas situações que são realmente muito estressantes e de muita vulnerabilidade.”

Cenário global

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, todos os anos, mais de 700 mil pessoas em todo o mundo tiram a própria vida. A entidade alerta para a necessidade de reduzir o estigma e encorajar o diálogo aberto sobre o tema. A proposta é romper com a cultura do silêncio e do estigma, dando lugar à abertura ao diálogo, à compreensão e ao apoio.

Números da entidade mostram que o suicídio figura, atualmente, como a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. A OMS cita consequências sociais, emocionais e econômicas de longo alcance provocadas pelo suicídio e que afetam profundamente indivíduos e comunidades como um todo.

Reduzir a taxa global de suicídio em pelo menos um terço até 2030 é uma das metas dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Os desafios que levam uma pessoa a tirar a própria vida são complexos e associam-se a fatores sociais, econômicos, culturais e psicológicos, incluindo a negação de direitos humanos básicos e acesso a recursos”, destacou a OMS.

Corpo em decomposição é encontrado à margem da PR-323, em Terra Boa

Fonte: Portal da Cidade Cianorte – Foto: PM

A Polícia Militar (PM) foi acionada na tarde desta segunda-feira (9), em Terra Boa (a 25 quilômetros de Cianorte), para verificar um possível achado de cadáver.

Por volta das 13h30, à margem da PR-323, a equipe localizou um homem morto. Segundo o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o corpo em decomposição deveria estar no local de 4 a 5 dias.

A Polícia Civil e Científica foram acionadas e investigam a situação. Até a publicação desta notícia, o órgão pericial ainda não tinha concluído os laudos acerca da causa da morte e da identidade da pessoa.