Governo decide não prorrogar a quarentena no Paraná

O governo do Estado não vai prorrogar o decreto de “quarentena restritiva” em vigor desde o dia 1º de julho em 134 municípios do Paraná para conter a pandemia da Covid-19, e depois estendido a mais sete municípios do Litoral. A decisão ocorreu nesta terça-feira (14), no dia em que o Estado bateu recorde de número de mortes pela doença, com 57 óbitos nas últimas 24 horas e 1.775 novos casos. Até então, o dia com mais mortes confirmadas havia sido o dia 10 de julho, com 47 casos. O Paraná soma 44.870 casos e 1.129 óbitos em decorrência da doença.

Com 20 mortes confirmadas nesta terça, Curitiba também teve o dia com mais óbitos desde o início da pandemia — o recorde anterior era de 15, no dia 2 de julho.

“O Governo do Estado informa que as medidas restritivas constantes do decreto 4942/20, válidas para as regionais de Saúde de Londrina, Cascavel, Cornélio Procópio, Toledo, Cianorte, Foz do Iguaçu e Região Metropolitana de Curitiba perdem efeito a partir desta terça-feira (14). A decisão foi tomada por orientação da vigilância epidemiológica. As restrições para a 1ª Regional de Saúde, do Litoral, serão mantidas até o dia 21 de julho.”, informou o governo em nota divulgada no início da noite.

O decreto começou a valer no dia 1º de julho e tinha validade de 14 dias. O “lockdown parcial” continua no Litoral do Paraná até o dia 21 de julho, porque começou mais tarde, em 6 de julho mas, segundo fontes do Bem Paraná, também não deverá ser prorrogado, a não ser que o sistema de saúde seja totalmente colapsado.
Segundo o próprio governo, a situação seria definida pela área de saúde, e de como estaria a situação da pandemia passadas nestas duas semanas. Empresários, prefeitos e políticos, no entanto, nos últimos dias aumentaram a pressão para que a quarentena não fosse estendida.

Uma forte pressão veio dos pré-candidatos a prefeito da base de Ratinho Junior, que estavam sofrendo desgastes em suas bases. Um exemplo foi a saída do vice-líder do governo na Aseembleia Legislativa, Tiago Amaral, pré-candidato a prefeitura de Londrina que criticou o decreto, e gerou a primeira crise grave na base do governo Ratinho na Assembleia.

Medida é criticada por especialistas da saúde: ‘Ainda não era a hora certa para isso’

A decisão do governo do Paraná de não renovar a quarentena restritiva recebeu críticas ainda na noite de terça-feira. Uma delas veio do professor Pedro Hallal reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ele foi responsável pelo maior estudo sobre a Covid-19 no Brasil, “Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional”, financiado pelo Ministério da Saúde, e divulgado na semana passada.

Segundo Hallal, em entrevista ao Jornal Boa Noite Paraná, ainda não era a hora de se flexibilizar medidas de combate à Covid-19. Segundo ele, a flexibilização deve ocorrer apenas quando há queda acentuada dos casos.
O estudo da UFPel trouxe dados de 133 cidades brasileiras, espalhadas pelo território nacional. Embora não tenha o retrato do país, mostrou áreas em suas diferentes etapas de enfrentamento à Covid-19.Hallal lembrou que todas os países ou cidades que não agiram desta forma tiveram a alta de casos nas semanas seguintes.

O exemplo mais importante é o dos Estados Unidos, que depois de se tornar o epicentro da pandemia no mundo, começou a relaxar as restrições e agora vê estados voltarem a ter que tomar medidas mais severas, como a Califórnia, que voltou a proibir a abertura de bares.

São José dos Pinhais vai reabrir comércio a partir desta quarta; Assomec quer ação conjunta

Com o fim do Decreto Estadual, que expirou ontem, em São José dos Pinhais o comércio em geral poderá reabrir a partir de hoje. O anúncio foi feito pelo prefeito Toninho Fenelon em uma live realizada ainda na noite de segunda-feira.

O prefeito ressaltou, contudo, que a decisão não é definitiva e que depende do direcionamento do Governo do Estado, do comportamento das pessoas e dos índices de contaminação pelo novo coronavírus na cidade.
“Quero pedir que, uma vez reaberto o comércio, que os nossos comerciantes respeitem as medidas de distanciamento, com a restrição de pessoas no interior das lojas, as medidas de higiene, uso de máscaras e álcool em gel, enfim, todas as medidas que estão em vigência no nosso município”, disse o prefeito na live.

Ontem, os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), se reuniram para debater ações conjuntas neste sentido. Segundo o presidente a Associação, prefeito de Fazenda Rio Grande, Márcio Wozniak, a ideia é que os municípios mantenham ações unificadas no combate à Covid-19.
Mesmo antes do governo decretar a quarentena restritiva, os municípios já vinham conversando sobre medidas em conjunto.

COMO FICA O FUNCIONAMENTO DAS ATIVIDADES EM CURITIBA

Fica suspenso o funcionamento dos seguintes serviços

  • Academias e locais de práticas desportivas
  • Parques
  • Estabelecimentos destinados ao entretenimento, com ou sem música, de forma eventual ou periódica, tais como casas de festas, de eventos ou recepções, circos, teatros, cinemas e atividades correlatas
  • Bares e atividades correlatas
  • Mmissas e cultos religiosos presenciais, com assembleia comunitária de fiéis, para evitar aglomerações. Mas fica assegurada a abertura das igrejas e dos templos religiosos para o funcionamento de assistência religiosa individual e atividades administrativas
  • As medidas previstas neste decreto não impedem a realização de assistência religiosa coletiva por meio da internet e outros meios de tecnologia da informação, bem como missas e cultos drive-inw

Atividades deverão funcionar com até 50% da capacidade

  • Hotéis, inclusive resorts
  • Pousadas
  • Serviços de call center e telemarketing, exceto aqueles vinculados aos serviços de saúde ou executados em home-office, das 9 às 15 horas e das 15 às 21 horas
  • Todos os estabelecimentos em funcionamento no Município deverão cumprir o Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social de Curitiba, bem como as orientações, protocolos e normas da Secretaria Municipal da Saúde para cada segmento de atividade, referentes à prevenção da transmissão e infecção pelo novo
  • Coronavírus (COVID-19), disponíveis na página www.saude.curitiba.pr.gov.br

Podem funcionar com horários restritos

  • Comércio de rua: das 10 às 16 horas, de segunda a sexta-feira, com proibição de abertura aos sábados e domingos
  • Shopping centers: das 12 às 20 horas, de segunda a sexta-feira, com proibição de abertura de aos sábados e domingos
  • Serviços de alimentação localizados no interior dos shopping centers: nos horários e dias de funcionamento dos shopping
  • Galerias e centros comerciais: das 10 às 16 horas, de segunda a sexta-feira, com proibição de abertura aos sábados e domingos
  • Serviços de alimentação localizados no interior de galerias e centros comerciais: nos horários e dias de funcionamento das galerias e centros comerciai
  • Restaurantes e lanchonetes: das 11 às 15 horas e das 19 às 22 horas, podendo funcionar em todos os dias da semana
  • Escritórios em geral, empresas de tecnologia e coworking: 6 horas por dia, exceto para atividades de home-office
  • Os serviços e atividades podem funcionar na modalidade delivery ou drive thru, sem restrição de horário, em todos os dias da semana

Oposição questiona congelamento de salários de servidores no Paraná

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa está questionando a proposta de emenda encaminhada pelo governo do Estado à Casa, na semana passada, que prevê o congelamento de salários dos servidores públicos paranaenses até dezembro de 2021, além da suspensão do pagamento de promoções e progressões de carreira. O Executivo alega que a medida é necessária para compensar a perda de receita motivada pela queda na arrecadação em virtude da redução da atividade econômica provocada pela pandemia do Covid-19. E afirma ainda que a suspensão dos reajustes salariais do funcionalismo é uma exigência da lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que prevê o socorro federal a estados e municípios durante a crise do coronavírus.

Segundo o líder do PT na Assembleia, deputado Tadeu Veneri, a lei federal, porém, não pode atingir direitos adquiridos dos servidores, como a reposição da inflação anual e o pagamento de progressões e promoções. De acordo com Veneri, este é também o entendimento da Procuradoria Geral do Estado, expresso no parecer 13/2020, em resposta a uma consulta específica de uma categoria de servidores.

A lei não pode prejudicar o direito adquirido antes da publicação, afirma o deputado, lembrando que vantagens, progressões e reposição de perdas inflacionárias registradas no período anterior não podem ser anuladas. Assim como outras despesas como criação de cargos e empregos em caráter temporário e obrigações de caráter contínuo.
Veneri lembra ainda que a Lei Complementar 173 também está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo PT. Entre os pontos questionados na Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adi 6447) está a violação da autonomia dos estados e municípios e da independência entre os Poderes. A lei deveria ser de iniciativa do Poder Executivo e não de um Senador, como ocorreu.

Para o deputado, ao propor a suspensão da revisão geral salarial com base na Lei Federal, o governo está adotando uma premissa inválida. “Essa fundamentação é derrubada pela própria PGE e não se sustenta”, avalia.

Receita

Em 2019, o governo propôs reajuste de 5,08% para os servidores, parcelado em três vezes. Em janeiro de 2020, foram pagos 2%. Outras duas parcelas de 1,5% estavam previstas para serem pagas em janeiro de 2021 e janeiro de 2022. Caso a nova proposta seja aprovada, a segunda parcela seria suspensa.
Ao encaminhar a mensagem ao Legislativo, o governo alegou que só no primeiro semestre, o Estado teve uma perda de R$ 1,5 bilhão de receita por causa da crise do coronavírus. E que a suspensão dos reajustes é uma exigência da lei que prevê repasse de R$ 1,9 bilhão do governo federal para o Estado.

Fonte: Bem Paraná

(Foto: Luciomar Castilho/Alep)

Funcionária de abatedouro é segundo caso de H1N2 no Paraná; Adapar orienta produtores

A Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) emitiu uma nota técnica nesta segunda-feira (13) sobre os trabalhos realizados no caso de H1N2 identificado em uma mulher de 22 anos, funcionária de um abatedouro de suínos em Ibiporã, no Norte do Estado.

A agência já fez um levantamento nas 34 propriedades que enviaram suínos para o abate no período padrômico da doença e não há sinais clínicos nos animais vistoriados até o momento. Do total de propriedades analisadas, 22 ficam no Paraná e 12 em outros Estados.

A nota técnica também lista várias recomendações para os produtores: se funcionários apresentarem sintomas, devem ser encaminhados às Unidades de Saúde e no caso de aparecimento de sinais clínicos nos animais o produtor deve notificar as unidades da Adapar. A influenza é uma doença respiratória viral aguda que afeta humanos e animais, como os suínos.

 Os sintomas e atendimento médico inicial da funcionária ocorreram em 14 de abril. Em 22 de junho, o exame PCR-RT, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), identificou o vírus influenza A (H1N2)v, uma variação do vírus influenza A H1N2. “Importante destacar que a pessoa infectada pelo vírus teve contato com os animais já abatidos, o que diminui as chances de contaminação”, explica o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias.

Desde então, a Secretaria de Estado da Saúde tem feito o acompanhamento dos familiares e pessoas que tiveram contato com a paciente, que já está totalmente recuperada.

Não há comprovação da transmissão da Influenza A (H1N2) entre humanos. O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, explica que o consumo da carne suína é seguro. “Não há surtos epidemiológicos de doenças de notificação obrigatória, incluindo Influenza A (H1N2), ocorrendo na produção suína do Paraná neste momento”, diz.

“O Estado continua trabalhando no monitoramento e controle desse caso para que os produtores não tenham perdas. As medidas de biosseguridade são fundamentais para o controle de doenças nos rebanhos”, afirma o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A Portaria 265/2018 da Adapar dispõe sobre a biosseguridade mínima para estabelecimentos que produzem suínos para fins comerciais no Paraná.

RECOMENDAÇÕES – Entre as recomendações da Adapar aos profissionais do setor estão a limpeza e desinfecção das instalações antes da entrada de novos lotes; o vazio sanitário que, somado à desinfecção, permite a destruição dos patógenos não eliminados na higienização; um sistema de desinfecção para a introdução de materiais e equipamentos na granja; métodos de pulverização ou arcos de desinfecção, com uso de desinfetantes; troca de calçados e roupas para as pessoas que precisarem entrar na granja e, se possível, banho; adotar o “cinturão verde”, formado por espécies de árvores plantadas em determinadas áreas ao redor da granja para diminuir ou eliminar correntes de ventos, evitando a condução de microrganismos patogênicos.

SAÚDE – De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, esse é o segundo caso identificado no Paraná. O primeiro ocorreu em 2015, em Castro, na região dos Campos Gerais. A Secretaria realiza a investigação epidemiológica e laboratorial na área para verificação de ocorrência de mais casos envolvendo os vários municípios da região, onde os trabalhadores residem, e a do frigorífico.

Os vírus da gripe dos porcos normalmente não infectam seres humanos. No entanto, ocorrem infecções humanas esporádicas. Quando isso acontece, esses vírus são chamados de “vírus variantes”, como o Influenza A (H1N2)v, mas que, na maioria dos casos, não demonstraram a capacidade de se espalhar de maneira fácil e sustentável de pessoa para pessoa.

Fonte: AEN

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Nota Paraná sorteia R$ 10 milhões em prêmios nesta terça

Com o retorno dos sorteios da Loteria Federal, suspensos desde março devido à pandemia de Covid-19, a Secretaria de Estado da Fazenda promove nesta terça-feira (14), em Maringá, os sorteios do Nota Paraná referentes aos meses de abril e maio. Como a cada mês são distribuídos R$ 5 milhões (R$ 2,8 milhões para cidadãos e R$ 2,2 milhões para entidades assistenciais), desta vez serão liberados R$ 10 milhões em um único dia.

Para os consumidores que colocaram o CPF na nota, são 40.103 prêmios individuais mensais que variam de R$ 10 a até R$ 1 milhão (primeiro prêmio). Portanto, nesta terça-feira haverá dois novos milionários no Paraná.

Para as entidades, são vinte mil prêmios de R$ 100 e dez prêmios de R$ 20 mil a cada mês.

O sorteio dos prêmios do Nota Paraná se baseia nos números da Loteria Federal. De acordo com o item 12 da Resolução nº 626/2015, a apuração dos contemplados será realizada de forma eletrônica e, para garantir a segurança do processo, será aplicado, sobre o conjunto de bilhetes concorrentes, algoritmo matemático que terá por base os números sorteados em extração da Loteria Federal.

“Pedir a nota fiscal em todas as compras é exercer a cidadania. Além de ajudar na arrecadação do Estado, os sorteios são um grande estímulo, pois o contribuinte também concorre a ótimos prêmios em dinheiro”, destaca o secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior.

A coordenadora estadual do Nota Paraná, Marta Gambini, lembra que os sorteados serão notificados após a homologação do resultado e orientados sobre a entrega dos prêmios.

REPASSES – Além do sorteio, o programa Nota Paraná devolve valores aos contribuintes que colocam seu CPF na nota ao fazer compras, ou para as entidades sociais cadastradas no programa e indicadas pelo cidadão.

Em julho foram pagos R$ 8 milhões em créditos, sendo R$ 7,17 milhões para consumidores com CPF identificado e R$ 874,7 mil para entidades sem fins lucrativos.

No total, 5 milhões de contribuintes pediram CPF na nota em abril e poderão fazer o resgate com depósito em conta-corrente ou optar por deixar o valor acumular para pagar o IPVA, no início de 2021.

Também 1.284 entidades de todas as regiões do Estado que receberam a doação de notas fiscais por parte dos contribuintes serão beneficiadas este mês.

Desde que foi lançado, em 2015, o Nota Paraná já repassou R$ 1,8 bilhão a contribuintes e instituições.

Fonte/Foto: AEN

Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 44 milhões na terça-feira

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do Concurso 2.278 da Mega-Sena sorteadas neste sábado (11), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo. Com isso, o prêmio para o próximo concurso, que ocorrerá, excepcionalmente, na terça-feira (14), está estimado em R$ 44 milhões.

Os números sorteados foram 08, 17, 34, 37, 43 e 45.

Já a quina teve 98 apostas vencedoras que vão receber, cada uma, R$ 35.640. A quadra teve 6.533 apostas vencedoras e paga prêmio de R$ 763 a cada.

Tradicionalmente, a Mega-Sena tem dois sorteios semanais, aos sábados e quartas-feiras. Em julho, no entanto, a Caixa promove a mega semana das férias, com três concursos na próxima semana, que ocorrerão na terça-feira, quinta-feira (16) e sábado (18).

As apostas para o próximo concurso da Mega-Sena podem ser feitas até as 19h de terça-feira. Um jogo simples, de seis números, custa R$ 4,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do país.

Fonte/Foto: Agência Brasil

No Paraná, Covid-19 mata duas vezes mais que acidentes de trânsito

O número de mortes causadas pela Covid-19 no Paraná é mais que o dobro do total de óbitos registrados em ocorrências de acidente de trânsito no estado desde o dia 24 de março, quando o governo paranaense decretou estado de calamidade pública por conta da pandemia de coronavírus.

O levantamento foi feito com base nos dados do Informe Epidemiológico do Coronavírus, divulgado diariamente pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa); e com base também nas informações do Sistema Digital de Dados Operacionais do Corpo de Bombeiros do Paraná (SYSBM-CCB), que traz atualização em tempo real de ocorrências atendidas pelo Siate.

Em todo o Paraná, desde o final de março até ontem foram registradas 384 mortes em acidentes de trânsito, o que representa uma queda de 4% na comparação com o ano anterior, quando o Estado havia registrado 397 óbitos em ocorrências desse tipo. Um dos fatores que pode estar relacionado a essa redução, inclusive, é a menor circulação de pessoas em decorrência da necessidade de isolamento social.

O novo coronavírus, por sua vez, havia causado, até o boletim de ontem, 1.028 mortes no estado, número 167% superior ao de óbitos em acidentes de trânsito no período analisado. Somente no mês de junho foram 446 vítimas da Covid-19.

Já em Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde havia confirmado, também até ontem, 253 mortes pelo novo coronavírus, sendo 102 óbitos apenas em junho. Os bombeiros, por sua vez, registraram 147 mortes em acidentes de trânsito desde o dia 24 de março. Ou seja, o novo coronavírus matou, em Curitiba, 72% a mais do que os acidentes de trânsito.

Homicídios dolosos
Outro dado mostra o quão letal é a Covid-19. Neste fim de semana, o total de casos em Curitiba ultrapassou os casos de homicídios dolosos registrados em todo o ano passado. No boletim da Secretaria Municipal de Saúde de ontem, eram 253 mortes confirmadas pela Covid-19. O total de casos de homicídios dolosos em 2019 foi de 245, segundo os dados no relatório de 2019 do Centro de Análise, Planejamento e Estatística da Secretaria de Segurança Pública.

No Estado, foram 1.780 homicídios dolosos em 2019, número ainda acima dos 1.028 casos de óbitos pela Covid-19 até o momento. Mas, na atual evolução, a doença tem muitas chances de superar esse número no Paraná.

Coronavírus já é uma das principais causas de morte

Entre os anos de 2014 ee 2018, último ano com dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, o Paraná registrou uma média de 199 mortes por dia. As principais causas são neoplasias malignas (diversos tipos de câncer, com 38 casos por dia), seguido pelas doenças cerebrovasculares e as doenças isquêmicas do coração, cada uma com aproximadamente 17 casos por dia, segundo o estudo.

O coronavírus, por sua vez, fez uma média de 7,9 vítimas por dia no Paraná desde o dia 27 de março, quando o estado confirmou os dois primeiros óbitos por Covid-19. Em junho, essa média foi ainda maior, alcançando a marca de 14,87 mortes por dia, enquanto em julho o valor já saltou para 33,5.

Subnotificação — Segundo pesquisa divulgada no dia 7 de julho pela Associação Paulista de Medicina, 21,5% dos médicos dizem acreditar que o número de mortes provocadas pelo novo coronavírus é maior do que as estatísticas oficiais nacionais. Para 45,4%, o volume de casos é superior ao informado pelo Ministério da Saúde. A desconfiança é um pouco menor em relação aos dados das secretarias estaduais de saúde: 18,5% veem subnotificação dos óbitos e 37% da quantidade de casos. Os dados foram divulgados pela Agência Brasil.

O estudo ouviu 1.984 médicos em 23 estados do país. Entre os que participaram do estudo, 60% estão atendendo em hospitais ou prontos-socorros que recebem pacientes com covid-19. Desses, 38,5% atuam em serviços públicos, 33% em privados e 28,5% em ambos.

Em um mês, 8 mil paranaenses deixam de ter plano de saúde

Os planos de saúde no Paraná perderam mais de 8 mil clientes em um mês, mostra balanço divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na semana passada. A redução no número de clientes, que reflete o aumento do desemprego e a queda na renda da população, acontece em meio à pandemia do coronavírus.

Em abril, 2,857 milhões de paranaenses eram beneficiários de algum plano que garantia assistência médica na rede provada. Desde janeiro, inclusive, o número de pessoas com plano de saúde vinha apresentando tendência de alta no estado, após quedas consecutivas que vinham sendo registradas desde a crise econômica iniciada em 2014. Em maio, porém, o número de beneficiários já caiu para 2,849 milhões, pior resultado desde outubro do ano passado.
Isso também significa que, atualmente, apenas 24,9% dos paranaenses (praticamente uma em cada quatro pessoas) possui assistência médica por plano de saúde.

Comparação

Mortes pela doença no País equivale à população de dois municípios da RMC
O Brasil superou, neste domingo (12), a marca de 72 mil mortes pelo novo coronavírus. Até este domingo, eram 72.100 óbitos pela doença, segundo o Ministío da Saúde. Isso equilave às populações somadas de Campina Grande do Sul e Campo Magro, cidades da Região Metropolitana de Curitiba. Campina Grande do Sul tem aproximadamente 42,8 mil habitantes e Campo Magro conta com 28,9 mil habitantes; juntas, somam 71,7 mil pessoas.

Fonte: Bem Paraná

Foto: Divulgação/PRF

Provopar de Cianorte e CRAS de Japurá recebem alimentos da Banda Apoteose

Um show de solidariedade. Assim pode ser definida a live realizada pela Banda Apoteose, na tarde do último domingo (05). Isto porque, a transmissão, que teve caráter beneficente e três horas de duração, conseguiu arrecadar 2.500 kg de alimentos não perecíveis, em prol do Provopar de Cianorte e do CRAS de Japurá. O repasse dos donativos à entidade cianortense foi realizada nessa quinta-feira (09).

Para o representante da banda, Claudinei Testa, a live solidária foi um sucesso. “Há mais de três meses sem poder trabalhar, por conta das restrições sociais impostas pelo enfrentamento ao novo coronavírus, esta foi uma forma de conseguirmos nos apresentar ao público e, consequentemente, promover o bem através da nossa arte. Agradecemos a todos os que contribuíram para a realização: os patrocinadores, apoiadores e colaboradores, além daqueles que prestigiaram a transmissão”, afirmou.

Segundo a coordenadora do Provopar, Neide Ferreira, os alimentos vão reforçar as ações que já são realizadas em assistência social que, em virtude da pandemia, tiveram que ser ampliadas. “Muitas famílias cianortenses tiveram alterações em suas rendas e algumas estão passando dificuldades neste momento, em que o mundo todo enfrenta a Covid-19. Por isso, essas doações fazem a diferença em seus lares. Nosso muito obrigada à Banda Apoteose por nos honrar”, disse.

Fonte: Assessoria de Comunicação

FPF solicita à Câmara Municipal de Curitiba o retorno do Paranaense no dia 18

A Federação Paranaense de Futebol (FPF) pediu autorização à Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para a volta do Campeonato Paranaense a partir do dia 18 de julho. O pedido foi entregue pelo assessor da presidência da FPF, Robson Seerig, ao presidente da CMC, Sabino Picolo, em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (09).

 O calendário proposto pela FPF prevê as quartas de final do Campeonato Paranaense nos dias 18 e 19 (jogos de ida) e 22 e 23 (jogos da volta). As semifinais seriam realizadas nos dias 26 e 29 de julho. Já as finais aconteceriam em 02 e 05 de agosto. A ideia é terminar o estadual antes do início do Brasileirão.

No documento enviado para a CMC, o presidente da FPF, Hélio Cury, disse que “os clubes profissionais estão realizando normalmente suas atividades, com todo respeito ao Protocolo de Contingência da CBF/FPF, com rígidos controles sendo realizados conforme preconiza nossas responsabilidades assumidas”. Ele ainda ressaltou que “apenas Londrina e Rio Branco postergaram o início dos trabalhos físicos em campo, mas mantém sistema de treinamento a distância, individualizado e monitorado”.

Sabino Picolo informou que tratará a solicitação da FPF em reunião com o secretário municipal do governo, Luiz Fernando Jamur. A data da reunião ainda será agendada.

Confira a tabela proposta pela FPF:

QUARTAS DE FINAL

19/07/20 – Jogo de ida
Paraná Clube x Coritiba – Estádio Durival Britto e Silva
23/07/20 – Jogo de volta
Coritiba x Paraná Clube – Estádio Major Antonio Couto Pereira

18/07/20 – Jogo de ida
Rio Branco x Cascavel – Estádio Nelson Meldrado Dias
22/07/20 – Jogo de volta
Cascavel x Rio Branco – Estádio Olímpico Regional Arnaldo Busatto

19/07/20 – Jogo de ida
Londrina x Athletico Paranaense – Estádio Municipal Jacy Scaff
23/07/20 – Jogo de volta
Athletico Paranaense x Londrina – Estádio Arena da Baixada

18/07/20 – Jogo de ida
Cianorte x Operário – Estádio Municipal Albino Turbay
22/07/20 – Jogo de volta
Operário x Cianorte – Estádio Germano Krüger

Fonte/Foto: Banda B

 

Paraná não tem novos casos de sarampo há quase 80 dias

A Secretaria da Saúde do Paraná divulgou nesta quinta-feira (9) mais um boletim com dados do sarampo. Por mais uma semana, o Estado segue sem novos casos confirmados, chegando dessa forma a quase 80 dias sem novos diagnósticos. Para encerrar a situação de surto em que o Paraná se encontra desde agosto, são necessários 90 dias sem registro de novos casos.

O Informe de número 40 apresenta o total de 1.837 confirmações, são cinco a mais que a semana anterior. Porém, a coordenação de Vigilância Epidemiológica explica que os diagnósticos são de casos de meses anteriores e foram analisados por outro método. Há também 240 casos em investigação e 1.290 que tiveram resultado negativo para sarampo.

VACINAÇÃO – A campanha de vacinação contra o sarampo teve o prazo estendido e segue até o dia 31 de agosto, dirigida a adultos na faixa etária de 20 a 49 anos.

O secretário da Saúde, Beto Preto, reforça a necessidade da vacinação. “Embora estejamos na pandemia pelo novo coronarívus, precisamos nos cuidar de outros vírus também. Os que ainda não tomaram a dose da vacina que protege contra o sarampo, devem procurar a unidade mais próxima da sua casa. Somente assim todos vão ficar protegidos dessa doença”.

Fonte/Foto: AEN