Um em cada 3 professores de escolas públicas não tem formação adequada

Fonte: AGbr – Foto: AEN

Um em cada três professores de escolas públicas não tem a formação adequada para a disciplina que leciona. Considerando tanto as escolas públicas quanto as privadas, 12,8% dos docentes não possuem sequer graduação. Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica, lançado nesta quarta-feira (13) pela organização Todos Pela Educação, a Fundação Santillana e Editora Moderna.

A publicação reúne dados públicos sobre educação brasileira do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Educação, além de análises das informações.

O anuário aponta que, ao todo, 68% dos professores da rede pública têm formação adequada na disciplina da qual dão aula na educação infantil e no ensino médio. Nos anos iniciais do ensino fundamental, do 5º ao 9º ano, essa porcentagem sobe para 79%. Mas, nos anos finais, do 6º ao 9º ano, cai para 59% dos docentes formados nas áreas em que lecionam.

“Para a gente considerar um professor como tendo a formação adequada para a disciplina que leciona, ele precisa ser licenciado naquela área. Então, vamos pensar um professor de química, por exemplo, no ensino médio, só é considerado adequado o professor que é licenciado em química. Se ele é, por exemplo, licenciado em física e está dando aula de química, não é considerado adequado”, explica o gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Ivan Gontijo.

O levantamento mostra ainda que, no cenário nacional, considerando tanto as escolas públicas quanto as privadas, 12,8% dos docentes não possuem graduação. O percentual é ainda maior na educação infantil, chegando a 20,5% dos professores sem graduação. Na outra ponta, o ensino médio é a etapa com maior proporção de profissionais com algum nível de graduação, chegando a 96%.

Também considerando tanto as redes públicas quanto as privadas, a porcentagem de professores com licenciatura é 84,5%.

Diante desse cenário, Gontijo cita algumas possíveis soluções, entre elas garantir que professores tenham a jornada adequada em uma escola só e estimular que cursem licenciaturas nas áreas em que atuam.

“Tem algumas soluções possíveis. Uma delas é, principalmente, garantir uma alocação de professores que consiga fazer com que deem aula em uma escola só e tenham cargas horárias completas. Isso é muito importante para garantir adequação. E também ofertar segundas licenciaturas para professores que já estão nas redes”, defende.

Salário

Segundo o levantamento, em 2023 o rendimento médio mensal dos profissionais do magistério das redes públicas com ensino superior chegou a R$ 4.942, que representa 86% do rendimento de outros profissionais assalariados com o mesmo nível de escolaridade, que é R$ 5.747.

Esse valor representa um aumento em relação ao que era pago em anos anteriores. Em 2013, os professores ganhavam 71% do rendimento de outros profissionais.

Enquanto o rendimento apresentou melhora, o regime de contratação sofreu precarizações. Segundo a publicação, a modalidade de contratação em formato temporário disparou de 2013 para 2023 na maioria das redes estaduais, que hoje contam com mais da metade de seu corpo docente contratada como temporária.

“Cada vez mais as redes têm contratado professores temporários, inclusive as estaduais hoje têm mais professores temporários que efetivos”, diz Gontijo. “Então, a primeira tendência é um pouco mais positiva, olhando essa questão salarial, e a dos temporários realmente é um efeito bem negativo dos últimos anos”, acrescenta.

Carreira e formação

Outro fator importante para esses profissionais é a existência e a adoção de critérios de um Plano de Cargo e Carreira. Segundo o anuário, 96,3% das redes municipais e 100% das estaduais têm esse instrumento. Entre os municípios, 82,9% preveem expressamente o limite de dois terços da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os estudantes, deixando um terço da carga horária para planejamento de aula e outras atividades docentes, como previsto na Lei do Piso Nacional do Magistério. Entre os estados, 85,2% preveem esse limite.

Em relação à formação, o estudo mostra que o Brasil tem quase dois terços de seus licenciandos se formando a distância, o equivalente a 67%. Em 2023, foi superada a marca de 1,1 milhão de matrículas no ensino superior em cursos voltados à docência nessa modalidade. Em 2013, esse número era menos da metade, 446 mil matrículas.

“Embora a educação a distância tenha contribuído para a democratização do acesso ao ensino superior, sua eficácia na formação docente ainda é debatida”, diz a análise no relatório, do coordenador-geral do Movimento Profissão Docente, Haroldo Corrêa Rocha.

Leis e políticas públicas

A valorização docente está prevista em lei, no Plano Nacional de Educação (PNE), cuja vigência foi prorrogada até o final de 2025. Entre as metas previstas para serem cumpridas em todo o país está garantir que todos os professores da educação básica tenham formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Além disso, também está previsto na lei que o país deve equiparar o rendimento médio dos professores ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente. Essa meta deveria ter sido cumprida até 2020.

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o governo vai lançar, em novembro, um conjunto de ações para valorizar os professores brasileiros da educação básica. Entre as medidas está o Pé-de-Meia para as licenciaturas, ou seja, bolsas para apoiar estudantes que ingressem na universidade para seguir a carreira docente.

Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024 está disponível na íntegra na internet.

Capag A: Paraná conquista pela primeira vez nota máxima em índice do Tesouro Nacional

Fonte/Foto: AEN

O Paraná é nota A na avaliação sobre a Capacidade de Pagamento dos Estados e Municípios (Capag), métrica da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) que classifica a capacidade dos estados brasileiros de honrar seus compromissos financeiros. O relatório divulgado na noite desta terça-feira (12) confirmou as expectativas e colocou o Paraná pela primeira vez com a nota máxima no índice.

Com isso, o Estado obtém uma nota A+ no sistema integrado da STN, já que também possui uma classificação A no Ranking da Qualidade da Informação Contábil e Fiscal no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi).

O principal objetivo da Capag é verificar se um novo endividamento representa risco de crédito para o Tesouro Nacional. Na prática, a nota funciona como uma espécie de selo de aprovação para estados e municípios na hora de realizar operações de crédito com garantia da União. Uma boa classificação, entre outras vantagens, facilita o acesso a financiamentos com juros mais baixos.

“É uma conquista histórica. Trabalhamos ao longo dos últimos anos com muita responsabilidade com as contas públicas e chegamos na nota A. É possível alinhar investimentos públicos com responsabilidade na gestão do caixa, o que estimula a economia e a geração de empregos”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

De acordo com o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, a melhora da nota é reflexo da saúde fiscal do Estado, ou seja, da boa gestão econômica que o Governo do Paraná vem adotando ao longo dos últimos anos. “Trabalhamos por muito tempo e com muita responsabilidade em busca dessa nota A, que felizmente chegou pela primeira vez na história paranaense”, comemora. “E, mais do que ser motivo de orgulho e reconhecimento pelo trabalho de gestão que estamos fazendo, essa avaliação representa oportunidades e desenvolvimento para os próximos anos”.

Isso porque, além do acesso a juros menores, a Capag A também abre as portas para mais crédito. A partir de sua nota máxima, o Paraná deixa de ter um limite de valor para a obtenção de empréstimos que têm a União como sua garantidora e conta com espaço fiscal para operações de crédito que pode chegar a 12% da Receita Corrente Líquida (RCL). Isso significa um maior acesso a crédito, inclusive internacional, para grandes investimentos, por exemplo.

“Desde 2019 buscamos a sustentabilidade fiscal. Esse período foi atravessado pela pandemia de Covid-19 e eclosão de conflitos armados em importantes países no cenário geopolítico global. Estes eventos mudaram o funcionamento da economia brasileira, o que exigiu cautela e diligência na evolução das despesas. E esse trabalho cauteloso culminou com a nota A”, acrescentou o ex-secretário da Fazenda e diretor de Operações do BRDE, Renê Garcia Junior.

AVANÇOS IMPORTANTES – Para a diretora do Tesouro Estadual, Carin Deda, a melhora da nota do Paraná era algo esperado. O Estado já havia alcançado classificação A nos índices Endividamento e Liquidez na última avaliação da STN, tendo um B somente em Poupança Corrente.

E, embora essas classificações tenham se mantido em 2024, o valor de cada índice pesou a favor de uma melhora na nota geral do Estado. Exemplo disso foi a redução do Endividamento, de 58,29% para 49,07%, e a melhora no indicador de Liquidez, que passou a considerar a relação entre o Caixa e a RCL, para 23,68%, significativamente acima da condição para obtenção da nota A neste indicador, que é de 5%.

“O histórico da capacidade de pagamento do Paraná reflete a boa gestão do Estado”, aponta Carin. “O indicador de Liquidez é prova disso, demonstrando o compromisso com a sustentabilidade fiscal. O Paraná formou um colchão capaz de fazer frente a situações adversas para as finanças estaduais”.

O índice de Liquidez mensura justamente a capacidade do Estado de cumprir suas obrigações financeiras e de pagamento. Ele leva em conta seus recursos ativos e as dívidas e despesas. No caso, a relação entre essas duas medidas revela que o Paraná é capaz de honrar com seus compromissos com relativa folga.

Além disso, a diretora do Tesouro Estadual destaca também como a quitação da dívida histórica com o Banco Itaú e a revisão de valores referentes ao parcelamento do PASEP ajudaram a melhorar o índice Endividamento com uma redução de quase R$ 5 bilhões no saldo devedor, o que impactou bastante a nota final.

DE OLHO EM 2025 – A Capag tem como base os dados do ano anterior à sua divulgação. Por isso mesmo, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) já está de olho na Capag 2025 com base nos avanços que o Estado conquistou neste ano de 2024.

Para o diretor-adjunto da Diretoria do Tesouro Estadual, João Carlos Marques, a estimativa é que o Paraná mantenha o recém-conquistado A, já que os avanços conquistados se mantiveram e se consolidaram ao longo de 2024. “Tanto os indicadores de Endividamento quanto de Liquidez Relativa têm margens confortáveis para o próximo ano, refletindo o controle eficaz da dívida pública e a robustez do caixa estadual”, explica.

Em relação à Poupança Corrente, o Governo do Estado e a Sefa seguem adotando medidas de contenção de despesas correntes para manter o índice sob controle. Exemplo disso, é o Decreto Estadual nº 5.919/2024, que estabelece limite com base na variação da RCL para o acréscimo anual dessas despesas.

Sala de casa, móveis e eletrônicos são destruídos após incêndio em Cianorte

Fonte: Portal da Cidade Cianorte – Foto: Reprodução

A Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros atenderam um incêndio residencial na tarde desta segunda-feira (11), em Cianorte. A sala da casa, móveis e eletrônicos foram destruídos.

De acordo com a PM, o caso foi registrado na rua Belo Horizonte e o fogo iniciou na sala, possivelmente por pane elétrica, sendo controlado pela equipe dos bombeiros.

Ainda conforme a PM, a proprietária da residência estava fora da cidade no momento e não houve vítimas.

Com maior evolução do País em setembro, comércio do Paraná acumula alta de 7,2% no ano

Fonte/Foto: AEN

O setor de comércio do Paraná teve de longe o maior crescimento do País no volume de vendas em setembro, com um aumento de 20,5% em relação a agosto, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho fez com que o setor acumulasse uma alta de 7,2% nos nove primeiros meses de 2024, acima da média nacional, que foi de 4,5% entre janeiro e setembro deste ano.

Para se ter noção do feito alcançado pelo comércio paranaense, o aumento das vendas do chamado comércio ampliado – que inclui todos os segmentos varejistas, acrescidos da construção civil e do setor automotivo – entre agosto e setembro no Paraná ficou 14,5 pontos percentuais acima do segundo colocado, o Espírito Santo, cujo comércio cresceu 6% no período. Em todo o Brasil, a variação foi de 1,8% entre os dois meses.

No comparativo com setembro de 2023, o Paraná teve um aumento de 20,4% no volume de vendas mensal em setembro deste ano, 16,5 pontos percentuais a mais do que a média nacional, que foi de 3,9%. Neste recorte, o segundo melhor colocado foi o Amapá, com variação de 17,7%. Os dados dizem respeito ao chamado comércio ampliado.

A venda de veículos, motocicletas e peças automotivas, aliás, tem sido o grande destaque de 2024 no Paraná, com uma alta acumulado de 26,1% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se da segundo maior variação positiva para este setor no ano, atrás apenas de Goiás, que acumula 29,3% de crescimento.

Com 15,3% de aumento de vendas em 2024, os móveis e eletrodomésticos tiveram o segundo melhor desempenho em nível estadual nos nove primeiros meses do ano. Depois, aparecem os materiais de construção, com alta de 13,9%, outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,8%), hipermercados e supermercados (5,8%), equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (5,1%), tecidos vestuários e calçados (1,6%).

Apenas três setores registraram quedas no volume total de vendas entre janeiro e setembro: livros, jornais, revistas e papelaria, com redução de 10,3%, combustíveis e lubrificantes (-8,2%) e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,6%).

SOBRE A PESQUISA – A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Os dados completos podem ser consultados no Sidra, o banco de dados do IBGE.

Nota de Falecimento – vice-prefeito, João Alexandre Teixeira

Assessoria

É com profundo pesar que a Prefeitura de Cianorte comunica o falecimento do vice-prefeito, João Alexandre Teixeira, que veio a óbito na noite desta segunda-feira, 11 de novembro, deixando esposa e três filhos. João estava internado em Maringá, onde lutava bravamente pela vida, após complicações cardíacas.

Com 51 anos, João Alexandre era bastante querido pelos cianortenses. Foi vereador por três mandatos, vice-prefeito e, nas últimas eleições, foi reconduzido à Câmara Municipal para a gestão 2025-2028.

Fora da política, João Alexandre tornou-se conhecido como radialista/locutor. Também era muito ativo na Igreja Católica, sendo, inclusive, ministro da Eucaristia.

Por conta da perda inestimável, o prefeito, Marco Franzato, decretou Luto Oficial de três dias no Município de Cianorte e ponto facultativo nas repartições públicas municipais, na data de hoje (12).

O velório é realizado na Paróquia Sagrada Família, desde as 6 horas. Haverá missas às 12h e às 15h. O sepultamento aconteceu no Cemitério Municipal, no final do dia.

Nossos sentimentos aos familiares e amigos.

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,53 bilhões de valores a receber

Fonte/Foto: AGbr

Até o fim de setembro, os brasileiros não tinham sacado R$ 8,53 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, divulgou nessa quinta-feira (7) o Banco Central (BC). Segundo a atualização mais recente, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 8,35 bilhões, de um total de R$ 16,88 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

Em 16 de outubro, os recursos esquecidos foram transferidos para o Tesouro Nacional e aguardam a publicação de um edital com as novas regras para o saque. Caso o dinheiro não seja requerido nos próximos 25 anos, será incorporado definitivamente ao patrimônio da União.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Os dados de outubro, último mês antes do repasse do dinheiro ao Tesouro, só serão apresentados em 6 de dezembro.

Em relação ao número de beneficiários, até o fim de setembro, 24.674.462 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 24 milhões, isso representa apenas 35,3% do total de 69.918.333 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que retiraram valores até o fim de setembro, 22.773.593 são pessoas físicas e 1.900.869 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.593.288 são pessoas físicas e 3.650.583 são pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,52% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,67% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,98% dos clientes. Só 1,83% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em setembro, foram retirados R$ 395 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 255 milhões.

O aumento ocorreu após a aprovação da lei que estabeleceu a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro Nacional para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. Os cerca de R$ 8,5 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício.

Melhorias

Apesar da suspensão dos saques, o SVR continua a funcionar para consultas. A fase atual do sistema teve expansões importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no Whatsapp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também há uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vidas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pede o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguia ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde setembro, o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não podia ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

Em 2023, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes de 2022. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado: contas-correntes ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos, mesmo com a interrupção dos saques. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.

Editais selecionam projetos culturais para receberem recursos

Assessoria

A Secretaria Municipal de Cultura publicou, na última quarta-feira (06), quatro editais para a seleção de projetos para receberem recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB – Lei Federal Nº 14.399/2022). Somados, os investimentos em projetos de fomento e premiações são de R$ 388.358,75. Para participar, é necessário se inscrever on-line até o dia 13 de novembro, pela Plataforma SisGed, com acesso pelo site do Município (www.cianorte.pr.gov.br/cultura).

Dois dos editais são abertos para participação de qualquer agente cultural: artistas, músicos, escritores, cineastas, dançarinos, artesãos, curadores, produtores culturais, gestores de espaços culturais, entre outros, desde que maior de 18 anos e residente em Cianorte há, pelo menos, 18 meses, e, em caso de pessoa jurídica, com sede no Município também há, pelo menos, 18 meses.

Os dois demais são Editais Cultura Viva, direcionados a Pontos de Cultura (coletivos e entidades de natureza ou finalidade cultural que desenvolvam e articulam atividades culturais em suas comunidades e em redes) e Pontões de Cultura (entidades culturais ou instituições públicas de ensino, que articulam um conjunto de outros pontos ou iniciativas culturais, desenvolvendo ações de mobilização, formação, mediação e articulação de uma determinada rede de pontos de cultura e demais iniciativas culturais, com o mínimo de três anos de atuação).

Saiba mais sobre os editais:

Chamamento Público nº 01/2024 – Com o valor total de R$ 210 mil, sendo R$ 180 mil destinados a projetos culturais que se enquadrem na categoria Fomento a Ações Continuadas, e R$ 30 mil para a categoria Fomento a Ações Continuadas com Foco na Preservação e Promoção do Patrimônio Histórico-Cultural e Artístico. Serão selecionados 14 projetos, no valor máximo de R$ 15 mil, que deverão ser executados até 31 de Outubro de 2025.

Chamamento Público nº 02/2024 – O valor total deste edital é de R$ 30 mil. Por meio dele, será realizada a premiação de agentes culturais que tenham prestado relevante contribuição ao desenvolvimento artístico ou cultural do município de Cianorte. Trata-se, portanto, de reconhecimento pela contribuição já realizada. Serão selecionados 15 agentes culturais, nas categorias: Personalidades Negras (5); Personalidades das Culturas Populares (5); e Trajetórias Culturais (5).

Chamamento Público nº 03/2024 – O valor total é de R$ 100 mil, para a seleção de cinco projetos, no valor de R$ 20 mil cada. Tem por objeto a seleção de projetos que promovam o acesso da população aos bens e aos serviços culturais nos territórios e comunidades onde atuam. Poderão participar Pontos e Pontões de Cultura, bem como Organizações da Sociedade Civil sem fins lucrativos que desenvolvam e articulem atividades culturais e ainda não estejam certificadas como Ponto ou Pontão de Cultura, desde que cumpram os requisitos para a certificação.

Chamamento Público nº 04/2024 – O valor é de R$ 48.358,75, destinado à premiação de oito entidades e/ou coletivos, no valor de R$ 6.044,84 cada prêmio. Tem por objeto o reconhecimento pela contribuição já realizada de projetos, iniciativas, atividades ou ações de Pontos e Pontões de Cultura, além de entidades e coletivos informais que ainda não são certificadas como Pontos ou Pontões de Cultura, mas que têm características para a certificação.

Todos os editais têm cotas étnico-raciais nas proporções de 25% para pessoas negras, 10% para pessoas indígenas e de 10% para pessoas com deficiência. Os documentos estão disponíveis na íntegra no Órgão Oficial, Edição Nº 2961/2024 (https://cianorte.oxy.elotech.com.br/ged-api/api/file/get-file-content?key=oxy_diario_oficial/diario-oficial-ordinaria-2961_signed).

Demais informações podem ser obtidas pelo e-mail suporte@sisged.app.br e telefones (31) 97191-4200 / (31) 97210-4200 / (31) 98300-9747. Conforme o secretário da pasta, Evandro de Castro, nesta sexta-feira (08), às 18h, a Secretaria Municipal de Cultura fará uma Live – Workshop de inscrições PNAB Cianorte, no canal da Prefeitura no Youtube (@prefeituradecianorte). Haverá, ainda, plantões de suporte para os interessados, na segunda e terça-feira (11 e 12), das 14h às 19h, na própria Secretaria, localizada no segundo piso do Paço Municipal.

Em Cianorte, IAT disponibiliza totem para descarte de medicamentos vencidos

Fonte/Foto: AEN 

O escritório regional do Instituto Água e Terra (IAT) de Cianorte, no Noroeste do Paraná, começou a recolher nesta quinta-feira (7) medicamentos vencidos ou em desuso pela população. Um totem, projetado especialmente para a função, foi instalado no local.

O equipamento possui também um painel que contabiliza a quantidade de litros de água que deixa de ser contaminada a partir do descarte correto – estudos da Brasil Health Service (BHS), especializada no gerenciamento de resíduos e na logística reversa de serviços de saúde, aponta que um quilo de medicamento lançado no esgoto pode contaminar até 450 mil litros de água.

Chefe regional do IAT em Cianorte, Marcelo Aparecido Marques explica que a ação é uma parceria entre o órgão e a BioAcces, empresa voltada para a coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos classificados como perigosos. O objetivo, diz ele, é aliar educação ambiental à preservação do meio ambiente a partir da tecnologia. O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

“O totem faz a contagem e quantifica o resíduo coletado, indicando o volume de água preservado em cada ação. É uma forma de protegermos o meio ambiente, uma iniciativa que sensibiliza a população sobre a importância do descarte adequado do medicamento e promove o que a gente entende como verdadeiramente uma educação ambiental eficiente”, destaca.

Ele alerta ainda para outros impactos decorrentes do descarte irregular. O despejo desses medicamentos em sistemas de esgoto causa a presença de resíduos farmacêuticos em corpos d’água.

A contaminação pode ampliar a resistência de cepas bacterianas geradas por resíduos de antibióticos em solos e águas, com impacto em animais, plantas e seres humanos. “Diante desse cenário, o que o IAT busca é promover o conhecimento técnico e científico sobre questões ambientais, incentivando a população a adotar práticas que minimizem os impactos negativos no meio ambiente”, afirma.

A proposta vai contar também com o desenvolvimento de campanhas educativas para a população, com palestras, panfletos informativos e materiais didáticos com explicações sobre os riscos do descarte inadequado de medicamentos.

A intenção, a partir do sucesso da iniciativa em Cianorte, é ampliar o projeto para as outras 21 regionais do Instituto Água e Terra no Paraná.

Serviço:

Escritório regional do IAT em Cianorte

Endereço: Rua 19 de Dezembro, n° 214, Zona 1

Funcionamento: de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h

Suspeito de homicídio em Cianorte é preso em Palotina

Fonte: Polícia Civil – Foto: Fábio Dias

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu preventivamente um homem, de 37 anos, suspeito do homicídio de Reinaldo Garozi, ocorrido em setembro de 2023 em Cianorte. A captura aconteceu nesta quarta-feira (6), em Palotina, no Oeste do Estado.

As investigações apontaram que o indivíduo estava foragido do sistema penitenciário desde março de 2023, onde cumpria pena por crimes de roubo, incluindo um assalto de grande repercussão internacional em abril de 2017, no Paraguai, com um roubo estimado de 40 milhões de dólares.

De acordo com o delegado da PCPR Alexandre Macorin, o homem era conhecido por ser um membro de alta relevância de um grupo criminoso no Paraná.

“Na ocasião, um confronto armado com a equipe da Polícia Militar do Paraná (PMPR) resultou na morte da vítima e de outros dois suspeitos, além de uma prisão e duas fugas, sendo o suspeito em questão um dos que escaparam”, explica o delegado.

O preso foi encaminhado ao sistema penitenciário.

DENÚNCIAS

A PCPR solicita a colaboração da população com informações que auxiliem em investigações contra homicídios. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos números 197, da PCPR ou 181, do Disque-Denúncia.

Indústrias de suínos do Paraná geraram mais de 4 mil novos empregos no ano passado

Fonte/Foto: AEN

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o Paraná registrou em 2023 o maior aumento absoluto do Brasil no número de empregos formais em frigoríficos que abatem suínos, quando comparado ao ano anterior. Os dados estão no Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 1º a 7 de novembro.

Em 31 de dezembro de 2023, o Estado contabilizou um acréscimo de 4.060 vínculos empregatícios nas indústrias da suinocultura, um crescimento de 17% em comparação com a mesma data de 2022. Na comparação anual o numero de empregos passou de 23.683 registros 2022 parta 27.743 em 2023. Isso representou 67% do total de vagas geradas no País nesse segmento no período. Em seguida, destacaram-se o Rio Grande do Sul, com aumento de 671 empregos (11% do total nacional), e Santa Catarina, com 570 novos postos (9% do total).

A nível nacional, o crescimento em 2023 foi de 5,4%, o que equivale a 6.072 novos postos de trabalho, somando 119.555 empregos formais na categoria.

Em termos de volume de produção, Santa Catarina, maior produtor nacional de carne suína, liderou o total de postos de trabalho, com 33.657 vínculos ativos, representando 28% do total nacional. O Paraná ficou em segundo lugar, com 27.743 vínculos ativos (23% do total), seguido pelo Rio Grande do Sul com 18.092 (15%), Minas Gerais com 12.415 (10%) e Mato Grosso do Sul com 7.768 (6%).

Por outro lado, o setor nacional de criação de suínos, que abrange a criação para produção de carne, banha e sêmen, apresentou uma redução de 3,6% no número de vínculos formais em 2023 (1.285 empregos). O Paraná ocupou a segunda posição no número total de empregos formais nas granjas de produção, com 5.278 postos de trabalho (15% do total), ultrapassado apenas por Minas Gerais, com 9.020 postos preenchidos, representando 26% do total nacional.

“Esses dados refletem a dinâmica do mercado de trabalho no setor de suínos em 2023. Enquanto o crescimento da industrialização da carne gerou um aumento nas vagas de emprego nos frigoríficos, a elevação dos custos de produção pode ter dificultado a manutenção de empregos formais nas granjas de suínos”, analisou a veterinária do Deral Priscila Cavalheiro Marcenovicz.

SOJA – A produção nacional de soja para a safra 2024/25, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 166 milhões de toneladas, 12,7% maior que a safra anterior. No Paraná, o plantio já superou os 84% dos 5,8 milhões de hectares esperados para a safra. A previsão é que sejam colhidas 22,4 milhões de toneladas, se as condições continuarem favoráveis.

FEIJÃO – O boletim indica que o preço da saca de feijão para os produtores paranaenses caiu 13%, passando de R$ 306,88 em setembro para R$ 267,79. No mercado atacadista, a redução foi de 2%, com o fardo de 30kg diminuindo de R$ 182,33 para R$ 179,12. Já no varejo, houve aumento de 4%, com o pacote de 1kg subindo de R$ 7,38 para R$ 7,68.

LEITE – Dados da pesquisa trimestral do leite do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que dos mais de 12 bilhões de litros adquiridos pela indústria brasileira no primeiro semestre do ano, 14,7% foram produzidos no Paraná. O Estado segue como segundo maior produtor do país, sendo superado por Minas Gerais, com 25% da produção.

OVOS – O boletim também mostra que a produção total de ovos para consumo (“in natura”, industrializadas ou para exportação) no Brasil atingiu 1,8 bilhão de dúzias no primeiro semestre de 2024, representando um crescimento de 10% sobre o período do ano anterior, cujo volume produzido foi de 1,6 bilhão de dúzias. O Paraná produziu 99 milhões de dúzias (correspondendo a 5,4% do total nacional), um volume 6,5% maior que a produção do ano anterior (93,8 milhões de dúzias), ocupando o oitavo lugar no ranking nacional.