Saúde confirma novo caso de febre do oropouche no Paraná

AEN – Foto: Geraldo Bubniak

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou nesta quarta-feira (24) um caso de febre do oropouche em Apucarana, na Região Norte do Estado. O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-PR), por meio de uma unidade sentinela, que faz amostragem de sangue em pacientes. Agora, o Estado investigará a origem do vírus para verificar se o caso é importado ou autóctone, além de outras especificidades.

Outros cinco casos já haviam sido detectados no Paraná neste ano, todos importados. Os registros aconteceram nos municípios de Curitiba, Lupionópolis e Foz do Iguaçu. Pacientes de Manaus e Rio Branco que foram atendidos no Estado também positivaram para a doença.

“O Estado monitora de forma contínua a evolução de casos registrados, a fim de garantir um panorama completo da doença e agir de maneira mais assertiva. É válido considerar que, assim como nos casos de dengue, a febre do oropuche é uma condição evitável, sobretudo com ações de manejo ambiental”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A febre do oropouche é uma enfermidade provocada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, pertencente à família Peribunyaviridae. É transmitida por mosquitos do gênero Culicoides, popularmente conhecidos como “maruim” ou “mosquito pólvora”. Geralmente é encontrado em regiões com alta umidade e presença de matéria orgânica.

SINTOMAS – Similares aos sintomas da dengue, as principais reações provocadas pelo vírus são dor de cabeça, dores musculares, náusea e diarreia. Também pode evoluir para diagnósticos mais graves, como manifestações hemorrágicas. Atualmente, não existe vacina ou tratamento específico para a doença. Pacientes que possuírem os sintomas devem permanecer em repouso, realizando o tratamento sintomático e mantendo acompanhamento médico.

Polícia Militar lança “Operação Angelus” para aumentar segurança em Cianorte

Fonte: Portal da Cidade Cianorte – Foto: PM

Na tarde desta quarta-feira (24), a 5ª Companhia Independente de Polícia Militar de Cianorte lançou a “Operação Angelus” para aumentar a segurança nas ruas de Cianorte e nos municípios da região. A iniciativa tem base nas estatísticas de ocorrências apresentadas no último trimestre na reunião de Gestão de Desempenho Operacional (GDO).

O Comandante da 5ª CIPM, Major Wagner de Araújo, falou a respeito da operação. “Nossa meta é atingir todas as cidades da nossa área, além dos bairros e os distritos de Cianorte, demonstrando a presença policial nos locais, e valorizando as informações que recebemos através do telefone de Emergência 190, já que é por meio dele que dados estatísticos são gerados para demonstrar as demandas do cidadão”.

Ladrões se passam por funcionários de empresa de telefonia para furtar cabos

Fonte: Portal da Cidade Cianorte – Foto: PM

Quatro homens, de 20, 22, 28 e 30 anos, foram presos em flagrante furtando cabos de cobre na Avenida América, em Cianorte, na tarde desta quinta-feira (24). Segundo a Polícia Militar (PM), os suspeitos estavam disfarçados como funcionários de uma empresa de telefonia.

A PM abordou os indivíduos na Avenida América após informações de que estariam furtando cobre. No local, os suspeitos estavam uniformizados e relataram ser funcionários de uma empresa de telefonia.

Ainda conforme a equipe, os suspeitos não conseguiram comprovar o vínculo com a empresa e admitiram estar realizando o furto do cabeamento que fica no subterrâneo. Tinham sido furtados 56 hastes de cobre que totalizaram 146 kg.

Os homens foram presos e encaminhados à delegacia juntamente com as ferramentas e o veículo utilizado no furto.

A cada 8 minutos, uma mulher é vítima de estupro no país

Agência Brasil –  Foto: Freepik

Em 2022, foram registradas 67.626 ocorrências de estupros em mulheres no Brasil. “Isso equivale a, aproximadamente, um estupro a cada 8 minutos no país”, descreve a edição deste ano do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam), lançado hoje (24), em Brasília, pelo Ministério das Mulheres.

Conforme o documento, o Sudeste, região mais populosa do país, teve o maior número de ocorrências de estupro, somando 22.917 casos. Em seguida, ficou a Região Sul, com 14.812 ocorrências. No Nordeste, foram registrados 14.165 estupros; no Norte, 8.060 casos; e no Centro-Oeste, 7.672 episódios desse tipo de violência.

O Raseam faz a compilação de estatísticas de pesquisas e registros administrativos de diferentes fontes. Os dados sobre estupro das mulheres, por exemplo, são do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O relatório também utiliza de informações produzidas do Ministério da Saúde, dos Esportes, da Justiça Eleitoral, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaI (BGE).

Os dados de diferentes fontes podem ter complementariedade. Sobre o estupro, a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua, do IBGE, sugere que a alta ocorrência dessa forma de violência contra as mulheres está refletida na percepção de risco. Uma em cada cinco mulheres entrevistadas em 2021 relatou sentir “risco médio ou alto de ser vítima de agressão sexual.”

O relatório assinala que “a violência contra as mulheres é uma instituição social, que funciona como um mecanismo mantenedor de relações sociais de dominação e exploração.” Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, contabilizados nos atendimentos ambulatoriais e hospitalares, somaram 344.242 registros de violência sexual, doméstica e outras formas de violência. Sete de cada dez desses episódios ocorreram contra as mulheres.

Agressão

As estatísticas da Saúde ainda revelam que o principal local de agressão contra mulheres adultas, de 20 a 59 anos de idade, naquele ano foi a própria residência: 73% dos episódios, contra 14,5% de ocorrências em vias públicas e 3,2% em bares e restaurantes.

Quanto à situação conjugal, 44,7% das mulheres vítimas de violência na mesma faixa etária eram solteiras; 42,4% estavam casadas; e 10,6% eram solteiras. Os homens foram “os principais agressores de mulheres” nos registros do Sinan. “No ano de 2022, em 77,2% dos casos registrados, os agressores eram do sexo masculino”, revela o documento.

Mulheres negras

O Censo Populacional de 2022 verificou que o maior grupo do Brasil, cruzando cor e gênero, é composto por mulheres negras (pardas e pretas), 54,5%. Elas também formam o grupo mais exposto à violência sexual, doméstica e outras formas de violência. Dados da Saúde mostram que, naquele ano, 47,9% das vítimas eram negras e 11,9% eram pretas – um total de 59,8%. Mais de 38% das mulheres agredidas eram brancas e quase 1% delas eram indígenas.

A taxa de mortalidade por assassinato de mulheres em 2022 foi de 3,2 casos por cem mil habitantes. O grupo etário mais exposto a homicídio são mulheres jovens, de 20 a 24 anos – 6,4 mortes por cem mil habitantes. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (Ministério da Saúde), 66,7% das vítimas eram negras – 60,3%, pardas; e 6,4% pretas. O total registrado das mulheres negras foi mais que o dobro das brancas: 32%.

O Relatório Anual Socioeconômico da Mulher traz 270 indicadores em sete eixos temáticos. Além dos dados relativos ao eixo temático “enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres”, o estudo mostra que as mulheres negras enfrentam condições mais adversas que as mulheres brancas e os homens de todas as cores em outras situações, como por exemplo no mercado de trabalho.

Força de trabalho feminina

Quase 54% das mulheres e meninas brancas (14 anos ou mais) participavam do mercado de trabalho em 2022, e entre as mulheres pretas ou pardas a taxa era de 51,3% (dados da Pnad Contínua). A taxa de participação da força de trabalho feminina foi de 52,5%, enquanto a dos homens foi de 71,9%.

A taxa de informalidade foi maior entre mulheres e meninas pretas ou pardas: 42,8% contra 32,6% das mulheres e meninas brancas. Como consequência, o rendimento do trabalho também revela discrepâncias, conforme o relatório do Ministério das Mulheres.

“Mesmo quando as mulheres estão ocupadas no mercado de trabalho, as desigualdades aparecem em sua menor remuneração. O rendimento-hora médio das mulheres era de R$ 16 no segundo trimestre de 2022, abaixo do estimado para os homens, de R$ 18. Homens brancos ganhavam em média R$ 23 por hora, e as mulheres brancas, R$ 19. Na comparação entre homens e mulheres de cor preta ou parda, a diferença era um pouco menor, R$ 2 por hora em média.”

A Lei 14.611/2023, estabelece que “a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens para a realização de trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função é obrigatória.” A norma prevê que na hipótese de discriminação por motivo de sexo e raça – assim como etnia, origem ou idade – caberá o pagamento das diferenças salariais devidas à pessoa discriminada, além de indenização por danos morais.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC) ingressaram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a Lei 14.611/2023.

Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, presente ao lançamento do relatório, buscar a igualdade entre homens e mulheres faz parte do “processo civilizatório.”Se queremos democracia em um país civilizado, nós precisamos ter democracia, nós precisamos ter igualdade e nós precisamos ter justiça social”, disse a ministra.

Câmara de Cianorte recebeu visita dos Policiais Rodoviários Mirins

Assessoria

A Câmara de Vereadores de Cianorte recebeu 22 alunos do projeto “Polícia Rodoviária Mirim”, uma parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social de Cianorte e a Polícia Rodoviária Estadual do Paraná. A visita ocorreu na tarde desta terça-feira, 23, e estavam acompanhados da pedagoga Cíntia de Souza Adelino, a artesã Izabel de Souza Bressianini e o motorista Renato Aparecido Alves.

Os alunos foram recepcionados pelo jornalista da Câmara, Fernando Fonseca, que os guiou numa visita pela sede do Poder Legislativo de Cianorte. No plenário, se assentaram na plateia e puderam bater um papo com as vereadoras Márcia Pereira (PL) e Professora Neuza Casassa (Avante).

As vereadoras contaram aos alunos como é o trabalho na Câmara, qual o papel do vereador, as funções que os vereadores exercem no dia a dia, fazendo eles conhecerem mais de perto o trabalho do Legislativo. Os alunos e os profissionais do projeto realizaram perguntas sobre o trabalho dos vereadores, as demandas da população cianortenses e a relação entre os três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

Por fim, os alunos conheceram as dependências da sede da Câmara Municipal de Cianorte e depois retornaram para o distrito de Vidigal, onde residem e é a sede do projeto da Polícia Rodoviária Mirim. Os demais vereadores não se fizeram presentes durante a visita dos alunos, devido a outros compromissos na agenda parlamentar.

Acidentes de trânsito geraram custo de R$ 36 milhões ao SUS apenas entre 2022 e 2023

AEN – Foto: Programas Vida no Trânsito Municipais (PVTs)

Além de impactar a vida de milhares de famílias, os sinistros de trânsito são um desafio para a saúde pública. Nos últimos dois anos, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 6.060 jovens de 20 a 29 anos foram internados por lesões de trânsito em hospitais públicos ou que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 1.119 morreram em decorrência de acidentes no Paraná. As internações hospitalares dessa faixa etária custaram aproximadamente R$ 10,2 milhões no período (2022 e 2023). Os dados de 2023 ainda são preliminares, assim como os de 2024, com 104 jovens já internados.

O levantamento se estende ainda às outras faixas etárias. De acordo com o Sistema de Informação Hospitalares (SIH), em 2022 foram registrados 10.527 internamentos e, em 2023, 10.591. Esses números são referentes a toda a população, desde os recém-nascidos até as pessoas acima dos 60 anos. Homens se acidentam muito mais que mulheres: em 2023 foram 7,9 mil homens e 2,5 mil mulheres. O investimento nesses dois anos chegou a R$ 36 milhões, o que daria pra financiar, por exemplo, três novos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs).

Entre 2022 e 2023 foram 34 internamentos de bebês com menos de um ano, 155 de crianças de 1 a 4 anos e 363 de crianças de 5 a 9 anos. Entre adultos, foram 3.994 internamentos por lesões de trânsito entre 30 e 39 anos e 3.295 entre 40 e 49 anos. Foram, ainda, 2.218 internamentos de idosos com mais de 60 anos.

Os acidentes com motocicletas foram as principais causas dos internamentos e óbitos. Foram 60.044 de 2010 até 2023, com piora nos dados no decorrer dos anos, sendo o recorde justamente em 2023, com 5.927. Os ocupantes de veículos sofreram 18.330 acidentes com internação desde 2010. Nesse caso, no entanto, há uma tendência de diminuição. Em 2010 foram 1.602 e em 2023, 1.326. Foram, ainda, 18.521 acidentes com pedestres e 9.351 com ciclistas no mesmo período.

Em relação aos óbitos, apenas em 2022 foram 485 pedestres, 148 ciclistas, 785 motociclistas, 947 ocupantes de automóveis e caminhonetes e 113 motoristas ou passageiros de veículos pesados. Mesmo com os números altos, há tendência de queda desde 2012, quando houve um pico de 3.624 óbitos. O número reduziu para 3.148 em 2013, 3.045 em 2014, 2.722 em 2015, 2.547 em 2017 e 2.427 em 2019. Logo em seguida as mortes voltaram a subir e chegaram a 2.721 em 2022.

Segundo o secretário da Saúde, Beto Preto, os dados ajudam a desenhar um panorama do impacto da violência do trânsito no Sistema Único de Saúde, que abrange custos assistenciais, sobrecarga de serviços em momentos específicos e mortalidade prematura. Além do aspecto financeiro, os sinistros de trânsito podem gerar incapacidades, impactando na qualidade de vida das pessoas envolvidas.

“Os dados das internações no SUS por lesões de trânsito são muito preocupantes, mas ainda não são um ponto final, porque os acidentes resultam em inúmeros outros problemas. Infelizmente os jovens são as principais vítimas. A vigilância e a educação devem ser permanentes”, disse o secretário. “Estamos a uma semana do Maio Amarelo, mês de conscientização para a redução de acidentes. A prevenção e alerta ainda são o melhor caminho para se evitar essas estatísticas”.

“O Detran-PR está atualmente concentrando seus esforços de educação no trânsito nos motociclistas, que representam os principais envolvidos em sinistros e são especialmente vulneráveis. Nosso foco é na educação e conscientização dos agentes que compõe o trânsito”, complementou o diretor-presidente do órgão, Adriano Furtado.

PREVENÇÃO – O Detran-PR e outros órgãos do Estado, com apoio da Sesa, trabalham dentro das premissas da Promoção da Saúde e Prevenção das Violências e Acidentes no Paraná, baseando-se na perspectiva da Cultura de Paz, que engloba a garantia de direitos, estratégias de não violência, promoção da saúde e respeito à vida e ao meio ambiente. No sentido da prevenção, para 2024 o Conselho Nacional de Trânsito estabeleceu como tema para as campanhas educativas de trânsito a mensagem “Paz no trânsito começa por você”.

O Projeto Nacional Vida no Trânsito (PVT), coordenado pelo Ministério da Saúde juntamente com a Organização Pan-Americana de Saúde e apoiado por parceiros nacionais e internacionais, é outra iniciativa voltada para a vigilância e prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde, em resposta aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU). A coordenação da Comissão Estadual é compartilhada entre a Sesa e o Detran-PR.

Catorze municípios aderiram e executam o PVT: Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo e Umuarama. Eles precisam montar comissões intersetoriais e nomear um grupo de trabalho de gestão e integração de dados, o que ajuda a mapear o cenário local.

Segundo a coordenadora de Promoção da Saúde da Sesa, Elaine Cristina Vieira de Oliveira, o Paraná trabalha para a redução da morbimortalidade por violências e acidentes, tendo metas pactuadas no Plano Estadual de Ações Estratégicas para Enfrentamento de Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis 2023 – 2030 do Paraná (Plano de Dant). “Trabalhamos a fim de reduzir em 50% a taxa de mortalidade por lesões de trânsito no Paraná até 2030, prevendo várias ações no âmbito do Paraná”, afirmou.

Médicos e enfermeiros participam de capacitação do Projeto Gestar e Amar

Assessoria

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Projeto Gestar e Amar, vem proporcionando o aprimoramento dos profissionais que atuam no atendimento às gestantes e toda a família, promovendo constantes capacitações. Na tarde desta terça-feira (23), foi a vez de enfermeiros e médicos que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) participarem do treinamento, realizado no auditório do Paço Municipal.

O tema abordado foi a assistência ao pré-natal, sob a perspectiva da linha guia de cuidado materno infantil do Paraná. Entre os assuntos abordados pelo médico obstetra, dr. Luis Guilherme Nicolau, estavam como deve ser um pré-natal, ações a serem realizadas e algumas doenças que interferem na gestação, como sífilis, toxoplasmose e infecção urinária.

“O treinamento foi maravilhoso, bem dinâmico. Conforme o dr. Luís apresentava os assuntos e alguns estudos de caso, os demais interagiam. A troca de experiências foi muito valiosa”, comentou a coordenadora do projeto, Sabrina Garcia Moro. Para não prejudicar o atendimento ao cidadão, os profissionais foram divididos em dois grupos, sendo o primeiro na terça-feira (23), e o segundo na quinta-feira (25).

Anvisa publica resolução que proíbe cigarro eletrônico no Brasil

Fonte: Agência Brasil – Foto: Joédson Alves

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quarta-feira (24) resolução que proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como cigarro eletrônico.

O texto define os dispositivos eletrônicos para fumar como “produto fumígeno cuja geração de emissões é feita com auxílio de um sistema alimentado por eletricidade, bateria ou outra fonte não combustível, que mimetiza o ato de fumar”. Estão incluídos na categoria e, portanto, proibidos:

– produtos descartáveis ou reutilizáveis;

– produtos que utilizem matriz sólida, líquida ou outras, dependendo de sua construção e design;

– produtos compostos por unidade que aquece uma ou mais matrizes: líquida (com ou sem nicotina); sólida (usualmente composta por extrato ou folhas de tabaco – trituradas, migadas, moídas, cortadas ou inteiras, ou outras plantas); composta por substâncias sintéticas que reproduzam componentes do tabaco, de extratos de outras plantas; por óleos essenciais; por complexos vitamínicos, ou outras substâncias;

– produtos conhecidos como e-cigs, electronic nicotine delivery systems (ENDS), electronic non-nicotine delivery systems (ENNDS), e-pod, pen-drive, pod, vapes, produto de tabaco aquecido, heated tobacco product (HTP), heat not burn e vaporizadores, entre outros.

A publicação proíbe ainda o ingresso no país de produto trazido por viajantes por qualquer forma de importação, incluindo a modalidade de bagagem acompanhada ou bagagem de mão. “O não cumprimento desta resolução constitui infração sanitária”, destacou a Anvisa no texto.

Entenda

Na última sexta-feira (19), a diretoria colegiada da Anvisa decidiu por manter a proibição de cigarros eletrônicos no Brasil. Os cinco diretores da agência votaram para que a vedação, em vigor desde 2009, continue no país. Com a decisão, qualquer modalidade de importação desses produtos fica proibida, inclusive para uso próprio.

Em seu voto, o diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, além de posicionamentos dos ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda. Ele citou ainda consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano sobre o tema.

Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia e em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele lembrou que, esta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos, comprarem cigarros.

A representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, apontou que o país é reconhecido internacionalmente por sua política interna de controle do tabaco desde o século passado. “Essa medida protege, salva vidas, promove efetivamente a saúde pública e é um passo crucial para um ambiente mais saudável e seguro para todas as pessoas”.

Também foram apresentados argumentos pedindo a regulamentação do consumo e da venda dos produtos pela Anvisa, apontando a redução de danos aos fumantes de cigarro comum e o combate à venda ilegal de produtos irregulares, sem controle toxicológico e de origem desconhecida.

O diretor da British American Tobacco no Brasil, Lauro Anhezini Júnior, afirmou que consumidores estão sendo tratados como cidadãos de segunda classe. O representante da indústria de cigarros pediu que as decisões sejam tomadas com base na ciência. “Não é a ciência apenas da indústria, é a ciência independente desse país que também comprova que se tratam de produtos de redução de riscos. Cigarros eletrônicos são menos arriscados à saúde do que continuar fumando cigarro comum”.

O diretor de Comunicação da multinacional Philip Morris Brasil, Fabio Sabba, defendeu que a atual proibição tem se mostrado ineficaz frente ao crescente mercado ilícito e de contrabando no país. “Ao decidir pela manutenção da simples proibição no momento que o mercado está crescendo descontroladamente, a Anvisa deixa de cumprir o seu papel de assegurar que esses 4 milhões de brasileiros ou mais consumam um produto enquadrado em critérios regulatórios definidos. É ignorar que o próprio mercado está pedindo regras de qualidade de consumo”.

Os dispositivos

Os dispositivos eletrônicos para fumar são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, eles podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.
Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças: produtos descartáveis ou de uso único; produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém, em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; produtos de tabaco aquecido, que possuem dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, entre outros.

A maioria dos cigarros eletrônicos usa bateria recarregável com refis. Esses equipamentos geram o aquecimento de um líquido para criar aerossóis (popularmente chamados de vapor) e o usuário inala o vapor.

Os líquidos (e-liquids ou juice) podem conter ou não nicotina em diferentes concentrações, além de aditivos, sabores e produtos químicos tóxicos à saúde – em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes.

No site da Anvisa, é possível ter mais informações sobre os cigarros eletrônicos.

Operação em Cianorte prende suspeito de cometer crimes sexuais contra menores

Fonte/Foto: Portal da Cidade Cianorte

Um homem, suspeito de cometer crimes sexuais contra crianças e adolescentes, foi preso nesta quarta-feira (24) em uma operação conjunta do Ministério Público do Paraná, da Polícia Militar (PM) e da Polícia Federal (PF). A prisão aconteceu em Cianorte.

A Operação Predador cumpriu dois mandados de busca e apreensão na casa e na empresa do suspeito, além de um mandado de prisão preventiva. Foram apreendidos notebooks, HDs, pen drives, dentre outros itens.

De acordo com a polícia, o homem é suspeito de cometer crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Ele também já responde por outros crimes, duas vezes por estupro de vulnerável e uma por importunação sexual.

O suspeito foi encaminhado à Cadeia Pública de Cianorte.

Cianorte estreia na Série D do Brasileirão contra o Hercílio Luz no sábado (27)

Fonte: Portal da Cidade Cianorte – Foto: André Thiago

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta segunda-feira (22), a tabela com os jogos do Campeonato Brasileiro 2024. O Cianorte FC está entre os 64 clubes a disputar a Série D. Apenas os quatro classificados para as semifinais garantem acesso à Série C no ano seguinte.

O Leão do Vale fará a estreia já neste sábado (27), contra o Hercílio Luz, de Santa Catarina. A partida será em casa, no Estádio Albino Turbay, o que deve levantar o ânimo da torcida e dos jogadores após enfrentarem uma trajetória significativa de derrotas desde o Campeonato Paranaense.

Uma das novidades para esta temporada é a contratação de três novos jogadores que integram o Leão do Vale. São eles o goleiro Caio, que fez parte do Joinville na Série C, o atacante Mikael, com experiências em times como Altos e Potyguar e o Zagueiro Darlan, do Londrina.

Jerson Testoni, treinador do Leão do Vale, falou a respeito da preparação do time para a estreia na competição, que já segue uma rotina intensa de treinos. “Nós verificamos uma evolução muito grande e agora nos preparamos para a última semana de treinos, uma semana de ajuste, para potencializarmos o que já fizemos até agora. Esperamos uma estreia equilibrada e consistente para alcançarmos o resultado”.