PIX bate 200 milhões de transações em um dia e tem recorde

Fonte: G1 – Foto: AGbr

O Banco Central informou que as transações via PIX bateram um novo recorde nesta sexta-feira (5): foram 201,6 milhões de operações em um único dia.

O total de operações desta sexta superou as 178,7 milhões de transações registradas em 6 de março de 2024 – que era o recorde anterior.

O recorde coincidiu com um dia de instabilidade registrada pelos bancos no acesso de clientes à plataforma. O BC, no entanto, disse que o serviço estava funcionando normalmente.

“Os números são mais uma demonstração da forte adesão de pessoas e empresas ao Pix, meio de pagamento lançado pelo Banco Central em novembro de 2020”, avaliou o Banco Central.

  • O PIX é um sistema de pagamentos em tempo real desenvolvido pelo Banco Central e está em funcionamento desde novembro de 2020.
  • Em 2022, o PIX se tornou principal instrumento do mercado, com 29% das transações, superando o cartão de crédito.
  • Em todo o ano de 2023, as transferências de recursos e os pagamentos feitos por meio do PIX, somaram R$ 17,18 trilhões.

O Banco Central prevê lançar uma nova funcionalidade para o PIX em 28 de outubro deste ano: o Pix automático.

Essa modalidade do Pix vai permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas.

O Pix automático poderá ser usado, por exemplo, para pagar:

  • contas de água e luz
  • escolas e faculdades
  • academias, condomínios
  • parcelamento de empréstimos

Esse tipo de pagamento já pode ser feito através do débito automático, mas na avaliação do Banco Central, o Pix automático terá a capacidade de alcançar mais pessoas.

Outra modalidade do Pix, chamada de Pix agendado recorrente, também será obrigatória a partir de outubro de 2024. O Pix agendado poderá ser usado, por exemplo, para:

  • Mesada
  • Doação
  • Aluguel entre pessoas físicas
  • Prestação de serviço por pessoas físicas (como diarista, terapia, educador físico etc)

 

Nova campanha alerta comunidade escolar sobre importância da frequência

AEN – Foto: Lucas Fermin/SEED

Até sexta-feira (12), a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) promove a Semana D – Mobilização Pela Frequência Escolar, ação que tem como objetivo engajar e conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da frequência às aulas na rede de ensino do Estado. Esta é a terceira edição da iniciativa que envolve alunos, professores, colaboradores, núcleos regionais, autoridades e membros da comunidade como fomentadores ativos da educação em todo o Paraná.

Marcada por uma série de medidas que abrange tanto atividades dentro das escolas quanto ações realizadas fora delas, como campanhas de incentivo, distribuição de panfletos e ampla divulgação nas mídias, a Semana D convida entidades públicas e privadas a promoverem o diálogo com a comunidade, reforçando que a assiduidade às aulas não garante apenas o aprendizado acadêmico, mas também o desenvolvimento pessoal, profissional e técnico dos alunos.

“Em 2023, 87% dos alunos matriculados na rede participaram com regularidade das aulas. O número foi três pontos percentuais maior quando comparado ao ano anterior e também é superior a 2019, quando os dados da frequência começaram a ser monitorados. O objetivo é otimizar ainda mais o comparecimento dos alunos à escola e, por isso, o esforço coletivo é tão importante”, afirma o secretário da Educação, Roni Miranda.

Além das atividades presenciais, entre os dias 08 e 11 a Seed-PR promoverá palestras ao vivo, pela internet, voltadas a professores, pedagogos, educadores e colaboradores das escolas, nas quais serão apresentadas noções referentes às boas práticas para a alta frequência em sala de aula.

“A consistência na participação das aulas ajuda os alunos a manterem o ritmo regular de estudos e acompanharem o progresso do currículo de forma contínua. Falhar em comparecer regularmente pode resultar em lacunas no entendimento do material e dificuldades no desenvolvimento acadêmico e profissional no futuro”, diz Miranda.

Os interessados em participar podem procurar as escolas da rede estadual de ensino ou os Núcleos Regionais de Educação para mais informações. Já para assistir às palestras, basta escanear os códigos QR AQUI para o dia 11 às 10h, e neste link para as 15h.

FREQUÊNCIA – Desde que os dados da frequência escolar na rede estadual começaram a ser monitorados, em 2019, os índices de assiduidade às aulas têm aumentado. Em 2019, dos 897.252 alunos matriculados, 83,9% frequentaram as aulas com regularidade. Esse número aumentou para 91,6% em 2020, com um total de 1 milhão de alunos matriculados. Em 2021 e 2022, no período pós-pandêmico, as porcentagens de assiduidade permaneceram altas, alcançando 86,5% e 84,9%, respectivamente. Em 2023 o índice foi de 86,5% entre os 935.550 alunos matriculados.

Solenidade marca lançamento do campus do IFPR em Cianorte

Assessoria

Na manhã desta segunda-feira (08), autoridades e profissionais ligados à educação reuniram-se, no auditório do Paço Municipal Wilson Ferreira Varella, para o Lançamento do Campus do Instituto Federal do Paraná (IFPR) em Cianorte. A solenidade ocorreu quase um mês após o anúncio de que o município estaria entre os 100 contemplados, em todo o país, para receber a unidade educacional, com investimentos na ordem de R$ 25 milhões, entre construção e aquisição de equipamentos.

“O sentimento é de gratidão a todos os envolvidos nessa conquista, que representa a realização de um sonho. O IFPR é uma instituição muito respeitada em nosso estado e, por conta disso, requisitada pelos municípios. Para viabilizar a unidade em nossa cidade, vamos doar um terreno com área de aproximadamente 50 mil metros quadrados e trabalhar duro para que as instalações sejam providenciadas o mais rápido possível”, garantiu o prefeito de Cianorte, Marco Franzato.

“Temos na Amenorte cerca de 170 mil habitantes que serão impactados positivamente pelo IFPR, uma vez que nossos jovens terão na região um ensino de qualidade, gratuito, que os ajudará a se colocar no mercado de trabalho”, completou o prefeito de São Manoel do Paraná e presidente da Amenorte, Agnaldo Trevisan.

O deputado federal, Zeca Dirceu, falou sobre o trabalho político para a obtenção do campus e a sua importância. “O Paraná foi contemplado com cinco unidades, sendo duas delas no Noroeste, o que nos deixa muito orgulhosos. O IFPR possui um alto padrão de qualidade no ensino e sempre desponta entre as melhores instituições do país. Agradeço a confiança da população da Amenorte e reafirmo meu compromisso com a região”, afirmou o parlamentar.

“Vimos em Cianorte uma cidade pujante e promissora. Por isso, lançar um campus do IFPR no município é motivo de muita alegria e satisfação. Estamos nos organizando para que seja rapidamente implantado, possibilitando que os estudantes tenham acesso a cursos que vão desde a educação básica até a pós-graduação”, defendeu o reitor do IFPR, Adriano Willian da Silva Viana Pereira.

A solenidade contou, ainda, com a presença dos prefeitos Roberto Corredato (Rondon), Beto Castiglioni (Guaporema), Ocelio Leite (São Tomé) e Adriana Polizel (Japurá); do presidente do PT de Cianorte, professor Domingos Abel; do chefe do Núcleo Regional de Educação de Cianorte, Emerson Tolentino; da representante dos vereadores presentes, professora Neuza Casassa; do pró-reitor do IFPR, professor José Barbosa Dias Junior; e do representante da UEM, o professor Antonio Marcos Flauzino; além de vereadores da região, secretários municipais e diretores dos demais campi do IFPR.

290 mil vacinas contra a gripe já foram aplicadas no Paraná; Dia D será neste sábado

AEN – Foto: Albari Rosa

Dados do Vacinômetro Nacional do Ministério da Saúde mostram que até esta segunda-feira (8) as cidades do Paraná aplicaram 290.409 vacinas contra a gripe. A campanha de combate à Influenza começou no dia 25 de março. Com isso, a cobertura vacinal alcançou 7,49% da população-alvo. A meta é atingir 90%. O Dia D de mobilização nacional será no próximo sábado (13).

Tradicionalmente, a vacinação contra a Influenza era realizada simultaneamente em todo o País entre os meses de abril e junho, mas este ano, devido as diferenças de sazonalidade da doença, o Ministério da Saúde definiu que a vacinação na região Norte fosse realizada somente no segundo semestre. Dentre os 20 estados que já iniciaram a vacinação, o Paraná está em 8º lugar em quantidade, após Santa Catarina (299.822 doses), Rio de Janeiro (334.393), Pernambuco (372.991), Ceará (398.549), Minas Gerais (587.397), Rio Grande do Sul (589.532) e São Paulo (1.517.984).

As cidades com maior cobertura vacinal para a Influenza no Paraná são, até o momento, São Pedro do Paraná (31,65%), Kaloré (28,01%), Assaí (27,72%), Pitangueiras (27,10%), Prado Ferreira (27,03%), Rio Bom (25,66%), Quinta do Sol (25,37%), Ourizona (24,15%), Inajá (24,11%) e Douradina (23,10%).

Almirante Tamandaré, Ângulo, Boa Esperança, Boa Esperança do Iguaçu, Campo Magro, Floraí, Leópolis, Nova Cantu, Nova Santa Bárbara, Palmital, Pranchita, São Jerônimo da Serra, Sertanópolis, Tupãssi e Uraí ainda não registraram nenhuma dose aplicada, segundo o sistema nacional.

Os municípios com o maior número de doses em números absolutos são Maringá (19.370 doses), Cascavel (9.589), Ponta Grossa (8.739), São José dos Pinhais (7.063), Apucarana (6.189), Araucária (5.998), Pinhais (5.975), Londrina (5.177), Guarapuava (4.989) e Paranavaí (4.638). As cidades que registraram o menor número de aplicações foram Alvorada do Sul (1 dose), Leópolis (2), Sulina (3), Foz do Iguaçu (4), Mariluz (11), Toledo (14), São Pedro do Iguaçu (24), Tunas do Paraná (25), São Manoel do Paraná (26) e Jundiaí do Sul (26).

Por Macrorregião de Saúde, o Leste, que contempla 93 municípios, lidera o número de vacinas aplicadas, com 101.668 doses, seguido pelo Noroeste, com 77.813, Norte, com 56.486, e Oeste, com 54.442. Pode haver diferença na atualização, que decorre da transmissão de informações dos municípios ao governo federal.

GRUPOS PRIORITÁRIOS – Estão elencados como grupos prioritários 4.574.841 pessoas para receberem a vacina no Paraná. São elas: crianças de seis meses a menores de seis anos; crianças indígenas de seis meses a menores de nove anos; trabalhadores da saúde; gestantes; puérperas; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; pessoas com mais de 60 anos.

Também compõem grupos prioritários pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; profissionais das forças armadas; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); trabalhadores portuários.

Fazem parte, ainda, funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

Cada município define sua estratégia de vacinação, dentro dos grupos prioritários, podendo realizar chamamentos específicos, considerando o número de doses disponíveis. Dentro dos grupos prioritários, os idosos lideram com o maior número de doses aplicadas (168.692 vacinas), seguido por crianças (32.615), comorbidades (23.841), trabalhadores da saúde (14.288), professores (7.508), gestantes (5.394), pessoas com deficiência permanente (2.120), povos indígenas vivendo em terras indígenas (1.175), caminhoneiros (934) e puérperas (770).

MAIS DOSES – Nesta segunda-feira (8), o Paraná recebeu mais 308 mil vacinas da Influenza. Ao todo o Estado já recebeu 1.692.000 vacinas para a campanha de 2024. O primeiro lote recebido pelo governo federal com 440 mil vacinas foi distribuído pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no dia 18 de março, seguido por 944 mil vacinas, enviadas em 26 de março. A nova distribuição começa nesta terça-feira (9) para as 22 Regionais de Saúde do Estado, que posteriormente descentralizam as doses para os municípios.

Moradora de Cianorte ganha R$ 100 mil no sorteio do Nota Paraná

Fonte: Portal da Cidade com AEN – Foto: Geraldo Bubniak

O Nota Paraná e o Paraná Pay sortearam nesta segunda-feira (8) os R$ 5 milhões em prêmios que são distribuídos mensalmente entre contribuintes que colocam CPF nas notas fiscais e entidades assistenciais do estado cadastradas nos programas. Todos os meses, o Nota Paraná distribui entre consumidores prêmios de R$ 50, R$ 10 mil, R$ 50 mil, R$ 100 mil e o valor máximo, de R$ 1 milhão. O sorteio foi transmitido ao vivo nas páginas da Secretaria da Fazenda no Facebook, no Instagram e no Youtube.

Para esta edição de abril, são 67,4 milhões de bilhetes eletrônicos que concorrem às premiações. Além de mais de 3 milhões consumidores, 1.404 entidades sociais registradas no programa concorrem a 40 prêmios de R$ 5 mil cada. Ao todo, foram emitidos 8,13 milhões de bilhetes para as instituições.

De acordo com a coordenação do programa, o prêmio principal, de R$ 1 milhão, saiu para uma consumidora de Curitiba, moradora do bairro Vista Alegre. No total, ela gastou R$ 8.455,15 e concorreu com 32 notas fiscais e 43 bilhetes.

Já o segundo maior prêmio do sorteio, de R$ 100 mil, saiu para uma contribuinte de Cianorte. A moradorado bairro Alfa Clube concorreu com 11 notas fiscais e 15 bilhetes, gastando, no total, R$ 2.824,11.

O prêmio de R$ 50 mil, o terceiro maior do sorteio, será entregue para um morador do distrito de Iguatemi, em Maringá. Ele gastou R$ 7.420,34 e concorreu com 10 notas fiscais e 38 bilhetes.

Como participar

Para se cadastrar no Nota Paraná basta acessar o site www.notaparana.pr.gov.br, clicar na opção “cadastre-se” e preencher os dados pessoais, como CPF, data de nascimento, nome completo, CEP e endereço para criação da senha pessoal.

Para participar dos sorteios do Paraná Pay é necessário se cadastrar no Nota Paraná e concordar com os termos de uso dos créditos e prêmios, o que pode ser feito pelo perfil de usuário no site ou no aplicativo (Android ou iOS). Os valores obtidos pelo Paraná Pay podem ser transferidos para a conta bancária vinculada ao Nota Paraná.

Prazo para regularizar título pela internet termina nesta segunda

Fonte/Foto: Agência Brasil 

Eleitores sem biometria cadastrada podem acessar os serviços eleitorais pela internet, chamados Título Net, somente até esta segunda-feira (8). Depois desse prazo, o eleitor sem as digitais cadastradas precisará ir a um cartório eleitoral até o dia 8 de maio para ser atendido e poder votar nas eleições municipais, marcadas para outubro.  

Segundo a Justiça Eleitoral, os eleitores com a biometria em dia podem continuar utilizando os serviços pela internet. É possível ver qual é a situação cadastral no site do TSE.

O dia 8 de maio é o prazo final para regularizar a situação eleitoral, solicitar transferência de domicílio e atualizar dados cadastrais. Após essa data, esses serviços ficarão indisponíveis, pois a Justiça Eleitoral passará a se dedicar a organização das eleições municipais.

Primeiro título

Quem for tirar o título pela primeira vez precisa ir a um cartório eleitoral para coletar a biometria, que é gratuita. Esse cadastro evita que uma pessoa vote no lugar de outra e permite identificar se um eleitor tem mais de um registro eleitoral.

A Justiça Eleitoral alerta que apenas fazer o pedido pela internet não é garantia da emissão do título ou a regularização eleitoral. É necessário anexar os documentos exigidos.

Homem morre após colidir moto contra poste em Cianorte

Fonte/Foto: Portal da Cidade Cianorte

Um homem, de 36 anos, morreu após se envolver em um acidente de trânsito na noite deste domingo (7), em Cianorte.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem conduzia uma Yamaha Factor na Avenida Volta Redonda, quando perdeu o controle da direção do veículo e colidiu contra um poste.

A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML).

Homem fica ferido após cair de motocicleta na Av. Santos Dumont, em Cianorte

Fonte: Portal da Cidade Cianorte –  Foto: PM

Um homem, de 30 anos, ficou ferido após cair da motocicleta que conduzia na noite deste domingo (7), em Cianorte.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o motociclista trafegava com uma Honda CG 150 na Avenida Santos Dumont, quando caiu do veículo.

A vítima sofreu ferimentos e foi encaminhada para o hospital. Já a motocicleta foi encaminhada ao pátio da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar.

Urna eletrônica terá nova voz para eleitores cegos ou com baixa visão

Fonte/Foto: AGbr

As urnas eletrônicas a serem usadas nas eleições municipais desse ano terão uma nova voz sintetizada para auxiliar pessoas com deficiência visual na hora de votar para prefeito e vereador.

A voz batizada como Letícia é da cantora Sara Bentes, de Volta Redonda (RJ), que nasceu com deficiência visual. Todos os modelos de urna eletrônicas utilizados nos dias 6 (data do primeiro turno) e 27 de outubro (segundo turno) estarão equipados com a inovação.

A voz dará as instruções básicas, o início do uso da urna pelos eleitores, e informará o cargo que está em votação a cada momento, os números digitados e o nome da candidato escolhido.

De acordo com nota do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “ao entrar na seção eleitoral e se identificar, a pessoa deve comunicar a deficiência visual à equipe de mesárias e mesários, que habilitará a urna e entregará fones de ouvido para uso durante a permanência na cabine eleitoral.”

O TSE afirma que a voz tem “um toque mais humano”, “natural” e “inteligível”, e vai melhorar a compreensão dos eleitores. A corte eleitoral acredita que a inovação tecnológica será um “avanço” na comparação com as urnas utilizadas de 2000 a 2018 – “que comunicavam o cargo em votação e os números das candidaturas, mas ainda não informavam o nome dos concorrentes.”

A melhoria da urna eletrônica atende à sugestão da Organização Nacional de Cegos do Brasil, feita em outubro de 2022 à Seção de Voto Informatizado do TSE.

Sem fraude

A urna eletrônica é um equipamento de processamento de dados que com o seu software (programas) permite a coleta de votos em uma eleição e posteriormente a sua transmissão. A tecnologia que é nacional começou a ser implementada no Brasil em 1996.

Em quase 30 anos de uso e servindo para recolher os votos de todos pleitos – presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital, prefeito e vereador – a urna eletrônica nunca apresentou falhas ou vulnerabilidades a fraudes, conforme as dezenas de testes públicos de segurança, auditorias e verificações de resultados feitos diretamente por eleitores, partidos políticos, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, Controladoria-Geral da União, Polícia Federa, Sociedade Brasileira de Computação, Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, além dos departamentos de Tecnologia da Informação de universidades.

Venda de álcool líquido volta a ser proibida a partir do dia 29

 

 Agência Brasil – Foto: Juca Varella

“Fica calmo que vamos sair dessa e tudo vai passar”. Foi essa a frase escutada por Pedro Ernesto Martinez quando tinha apenas 17 anos e acordava de uma dolorosa cirurgia de raspagem de pele após ter diversas partes de seu corpo queimadas por álcool. O líquido era usado para acender o carvão durante um churrasco com família.

O autor da frase foi uma outra vítima de queimadura. “A situação dele era pior do que a minha. Ele estava com o corpo todo coberto de curativos, deixando à vista apenas um de seus olhos. Mesmo assim, tentava me passar uma mensagem de otimismo. Foi marcante”, lembra Pedro Ernesto.

Acidentes do tipo fazem milhares de vítimas a cada ano no país. Diante dessa situação alarmante, o Poder Público proibiu, desde 2002, a venda de álcool líquido com percentual igual ou superior a 54 GL em estabelecimentos comerciais como supermercados e farmácias.

A medida, no entanto, foi temporariamente revogada, em 2020, durante a pandemia de covid-19, uma vez que, na época, o álcool usado para a higienização de mãos e objetos ajudava a evitar a disseminação do vírus.

O prazo final previsto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para a comercialização de álcool líquido é o dia 29 de abril. “A partir daí, a disponibilidade será apenas em outras formas físicas, como gel, lenço impregnado, aerossol”, explica a Anvisa.

Churrasqueiras e fogueiras

De acordo com o Ministério da Saúde, são registradas cerca de 150 mil internações por ano, em decorrência de queimaduras. Com base em levantamentos e consultas com participação da sociedade, a  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explica que, em geral, a situação mais perigosa envolvendo queimaduras está relacionadas ao uso do álcool no momento em que as pessoas acendem churrasqueiras e fogueiras.

“No gerenciamento de risco são considerados vários fatores para se avaliar o potencial perigo de um produto para o ser humano. No caso do álcool, um desses fatores é a facilidade de espalhamento do produto antes e durante a combustão quando em estado líquido, o que é inversamente proporcional quando com viscosidade. Assim, quando há acidente com o álcool na forma física líquida, a extensão e o dano à pele são grandes”, informou a agência.

Foi exatamente o que aconteceu com Pedro Ernesto. “Tudo aconteceu muito rápido. Foram 10 ou 15 segundos que mudaram minha vida, inclusive prejudicando meus estudos, porque isso aconteceu no ano em que eu deveria me preparar para os exames visando a entrada na universidade”, disse, referindo-se ao acidente ocorrido no dia 2 de fevereiro de 2014.

“Eu estava jogando sinuca. Ao ver meu tio usando álcool para acender o carvão, fui na direção dele para avisar que isso era perigoso. Não deu outra. Ao virar a garrafa para tentar reativar o fogo quase apagado, a chama subiu pelo fio de álcool e explodiu, espalhando o fogo por todos os lados”, lembra Pedro Ernesto.

O acidente aconteceu quando ele estava a meio metro da churrasqueira. “Lembro de ter usado as mãos para proteger meu rosto. Após alguns segundos, senti minha perna queimando. Meu calção estava em chamas. Jogaram então água para apagar o fogo. Foi quando olhei para minhas mãos e vi a pele toda retorcida. Foram segundos de total desespero”, acrescentou o jovem, que sofreu queimaduras de terceiro grau nas mãos, nos antebraços e nas coxas; e de segundo grau na barriga.

Após um mês de internação, Pedro foi para casa, onde foram necessários outros dois meses de tratamento dolorido e caro, uma vez que cada placa de metal utilizada para cobrir a pele custava mais de R$ 1,5 mil.

“São feridas que demoram muito a cicatrizar. Muita dor mesmo, porque era necessário machucar com raspagens para sarar. Eu chorava pedindo mais morfina para aliviar a dor, principalmente nos momentos posteriores às quatro cirurgias que fiz”, descreveu o jovem de 27 anos, que trabalha atualmente como bartender, especialista em preparar drinks alcoólicos e não alcoólicos, no restaurante Capincho, em Porto Alegre.

Supermercados querem vender

A retirada de álcool líquido das prateleiras de supermercados foi criticada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A entidade reivindica, junto à Anvisa, que a medida seja revista, sob o argumento de que “o consumidor já se acostumou a comprar [o produto] não só em farmácias, mas em supermercados de todo o Brasil”.

Segundo a Abras, “a proibição da comercialização retirará do consumidor o acesso ao produto de melhor relação custo-benefício, comprovadamente eficaz nos cuidados com a saúde, na sanitização de ambientes e na proteção contra doenças, incluindo a covid-19”.

Em nota, o vice presidente da entidade, Marcio Milan, argumenta que “os consumidores se adaptaram e adotaram a prática comum de compra do álcool líquido 70% para higienização de ambientes em casa e no trabalho, pois o setor supermercadista fez uma campanha bem-sucedida de orientação e esclarecimentos que proporcionaram um comportamento sensato e seguro destes sanitizantes, sem o registro de contingência ou acidentes desde a liberação da comercialização pela Agência em 2022”.

A Abras acrescenta que, desde a autorização da Anvisa em 2022, mais de 64 milhões de unidades de álcool líquido 70% foram comercializadas pelos supermercados. “O setor tem observado que o consumidor mantém a preferência pelo álcool 70% na forma líquida por não deixar resíduos em móveis e objetos”.

Quem sentiu literalmente na pele o problema de liberar a comercialização de álcool líquido tem posição bem diferente da manifestada pela Abras. “Sou 100% favorável à proibição da venda, na forma como é feita. É um produto extremamente perigoso que não pode ser tão acessível, mesmo que sejam feitas campanhas de conscientização sobre seu correto manuseio”, alerta Pedro Ernesto, que hoje carrega umas poucas manchas e alguns vazios de pelos na perna.

Superação

“Foi uma experiência muito ruim, mas me trouxe muitos aprendizados sobre como encarar a vida. Hoje estou sempre na busca por coisas que me fazem feliz. Passei a enxergar melhor o que é a felicidade. E, nos momentos em que estou mal, sinto mais facilidade de encarar os problemas. Nessas horas, lembro que já encarei muita coisa pior. E lembro novamente daquele cara coberto de ataduras dizendo que tudo vai passar”, completou

Mágoa com o tio que causou o acidente? “Nenhuma. Muito pelo contrário. Hoje estamos muito mais próximos e amigos. Foi um acidente, mas foi também ponto de partida para muitos aprendizados.”