“Jamais esteve sob análise privatizar o SUS”, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (29) que a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS) jamais esteve sob análise da equipe econômica. Mas, segundo ele, houve, sim, uma intenção da área de parcerias público-privadas (PPP) em utilizar capital privado para finalização de obras de unidades de saúde. Em contrapartida, o governo ofereceria aos usuários um voucher para atendimento médico na rede privada, para suplementar o setor de saúde pública.

Está cheio de capital privado disponível, aí eles vêm e se oferecem ‘vamos fazer PPP, a gente pode terminar as obras, vocês não gastam com a infraestrutura e vocês dão um cheque consulta, como se fosse um voucher saúde’. Aí a pessoa vai ser atendida, é melhor do que não ter [atendimento]”, disse, durante audiência virtual da Comissão Mista do Congresso que acompanha a situação fiscal e a execução orçamentária das medidas relacionadas à pandemia da covid-19.

Na terça-feira (27), por meio de decreto, o governo incluiu a política de fomento ao setor de atenção primária à saúde no seu programa de concessões e privatizações, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que previa a realização de estudos e a avaliação de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Diante das repercussões, ontem (28), a medida foi revogada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Para Guedes, durante essa crise, o SUS mostrou “a decisiva importância de termos um sistema descentralizado de acesso universal à saúde” e que seria um contrassenso a privatização. “Quem é maluco de acabar com acesso universal? A luta é o contrário, como aumentar o acesso universal? Como dar um voucher à saúde, à educação, para que as pessoas possam procurar escolas, porque o setor público sozinho não tem a capacidade financeira de atender todo mundo”, disse.

Guedes explicou que atualmente há mais de 4 mil UBS e 168 unidades de Pronto Atendimento (UPAs) inacabadas em todo o país, por falta de recursos. “Isso no meio de uma epidemia e o governo sem a capacidade de atendimento”, ressaltou, justificando a intenção do decreto da equipe do PPI. Ele disse que a secretária Especial do PPI, Martha Seillier, é uma pessoa “totalmente insuspeita” e uma funcionária pública competente e que já trabalhou para outros governos.

Ontem, em nota, o Ministério da Economia também esclareceu que a eventual concessão da construção e da gestão de UBS à iniciativa privada não afetará a gratuidade do SUS. Para Guedes, entretanto, se a medida não for bem-aceita, “seja por preconceito, por decisão, por incompreensão política, não tem problema, os recursos vão para outro lugar”.

De acordo com o ministro, o governo tem projetos de privatizações e concessões, por exemplo, na área de saneamento, petróleo e setor elétrico. “Não entrou na nossa consideração invadir a área de saúde para privatizar jamais”, ressaltou.

Segunda onda

Guedes falou ainda sobre as condições econômicas do governo caso o país seja atingido por uma segunda onda de infecções da covid-19. De acordo com ele, o governo tem fôlego para seguir até o fim do ano, mantendo os compromissos com as prorrogações do auxílio emergencial e de preservação do emprego. “Dali para frente é um ponto de interrogação. Se não trabalharmos as reformas teremos de novo um enorme desafio ano que vem”, disse.

Para ele, as reformas estruturantes, como tributária, administrativa e o novo pacto federativo, são essenciais para a retomada do crescimento, a criação de emprego e renda para a população e o equilíbrio fiscal. Entretanto, caso seja necessário “daremos uma resposta igualmente decisiva e encontraremos recursos. “Mas não é plano A, o que vemos no momento é a doença descendo e a economia voltando”, explicou.

No caso do pacto federativo, o ministro afirmou que é importante acrescentar uma cláusula sobre condições de calamidades públicas. “O que acontece se amanhã subir o nível do mar? E 80% da população brasileira vive na costa, vamos ver milhares fugindo para as montanhas. Como vai ser isso se houver um desastre ambiental ou uma calamidade, uma covid-26, como vamos enfrentar isso? Temos que ter uma cláusula de calamidade pública, justamente que crie esse sistema de exceção para episódios onde precisamos preservar vida e empregos de brasileiros”, disse.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Marcos Corrêa/PR

Astrazeneca muda data de entrega de vacina para Brasil para janeiro

O governo brasileiro terá uma nova rodada de negociações com a farmacêutica britânica Astrazeneca, que desenvolve uma parceria com a Universidade de Oxford para buscar uma vacina contra o coronavírus, em meados de dezembro. Nesta ocasião é que serão tratados os detalhes da transferência de tecnologia do produto para o Brasil, que será fabricado pela Fiocruz, de acordo com fontes a par das negociações. A transferência do conhecimento tende a ser completa, de acordo com elas.

Em agosto, o governo brasileiro e a companhia se encontraram formalmente para firmar um acordo de entrega de vacinas para o País e, no mês seguinte, um contrato foi fechado entre as partes. Na ocasião, ficou acertado que o Brasil receberia o primeiro lote de vacinas já prontas, um total de 15 milhões de doses, diretamente da Astrazeneca entre o fim deste ano e o começo de 2021. “Inicialmente, a previsão era de entregar essa primeira leva até o encerramento do ano, mas temendo não cumprir prazos apertados por causa de logística e de desafios que possam aparecer pelo caminho, a companhia se comprometeu com o fornecimento até janeiro do ano que vem, podendo ser feito até um pouco antes”, explicou a fonte que acompanha o processo.

O acordo fechado com o governo brasileiro é o de entregar 15 milhões de doses por mês até julho, quando deve-se chegar ao total de 100 milhões de unidades encomendadas pelo Ministério da Saúde. Apenas no final de 2021 é que a Fiocruz, responsável pela ponta doméstica de recebimento das doses nesse contrato com a empresa britânica, poderá ter condições de fabricar as vacinas de forma independente. A Astrazeneca e a Fiocruz, em conjunto, é que serão responsáveis pela estratégia inicial de distribuição das vacinas, e registro das mesmas na Anvisa, por exemplo.

O contrato sobre a transferência de conhecimento para a produção local, porém, ainda não foi fechado entre as partes. O Ministério da Saúde, conforme o relato, teve dúvidas no fechamento da primeira parte do acordo – sobre a entrega inicial. Entre elas estava justamente a alteração do prazo de dezembro para janeiro, que já foi definido. Outra foi em relação à transferência de tecnologia. O governo brasileiro queria ter mais detalhes no contrato conversado em agosto e fechado em setembro, mas não foi possível saná-los na ocasião. “Não é assim que funciona. A transferência vai acontecer, mas essa conversa foi adiada para dezembro”, explicou a fonte, lembrando que foi formalizado um prazo de 90 dias após o fechamento do primeiro memorando de entendimentos para uma nova rodada de negociações.

A expectativa é a de que no último mês do ano a própria Astrazeneca tenha mais detalhes sobre o andamento de sua produção e logística. Com acordos firmados com vários governos do mundo, a confecção das doses pela companhia já começou mesmo antes da certificação de que a vacina será eficiente. É por causa dos contratos com os países que a empresa vem tendo condições de iniciar sua produção, que será vendida, inicialmente, a preço de custo. Até o momento, os resultados da pesquisa vêm sendo apontados como “promissores”. Uma das mais recentes comemorações do trabalho da parceira Oxford-Astrazeneca foi a resposta imunológica da aplicação feita em idosos, divulgada esta semana. “Notícias boas estão vindo, mas temos que esperar os resultados finais dos testes”, ponderou a fonte.

A vacina de Oxford é uma das que já estão passando pela etapa 3, ou seja, que está num dos estágios mais avançados do processo de desenvolvimento. Um dos pontos que podem conferir mais celeridade ao processo é o recrutamento de voluntários para experimentos. No caso desta farmacêutica, há 10 mil voluntários no Brasil, 10 mil no Reino Unido, onde está a sede da companhia, e outros espalhados por outros países. Metade das pessoas que participam do projeto recebe a vacina e metade, placebo.

Verifica-se agora quem vai ser infectado pela covid-19 entre os dois grupos. “Se o vírus estiver se movimentando, vamos descobrir isso rapidamente”, considerou a fonte. Apesar de as taxas terem baixado no Brasil recentemente, a avaliação é a de que a circulação do coronavírus no País ainda seja alta o suficiente para fazer a comparação.

Pelo governo, as tratativas foram encabeçadas com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, o número 2 da Pasta. Antes das negociações para o fechamento de um acordo entre as partes, o ministro Eduardo Pazuello teve conversas iniciais sobre o tema com representantes da Astrazeneca e do governo britânico. Também participaram dessa rodada de aproximação, em maio, técnicos do Ministério da Economia e do Itamaraty.

Foto: DIVULGAÇÃO

Confira funcionamento dos órgãos estaduais no feriado

Os órgãos estaduais que já retomaram o atendimento ao público terão um funcionamento diferenciado não apenas no Dia de Finados, celebrado na segunda-feira (2), como também na terça-feira (3). O Governo do Estado divulgou uma circular que transfere para a data as comemorações do Dia do Servidor Público, celebrado em 28 de outubro, declarando ponto facultativo para os servidores. Serviços essenciais, que não permitem paralisação, funcionam normalmente.

Confira abaixo o horário de funcionamento de órgãos públicos estaduais:

HOSPITAIS DO ESTADO – Funcionarão normalmente todos os dias.

HEMEPAR – A coleta e os ambulatórios da Hemorrede não funcionarão na segunda-feira. Na terça-feira, estarão fechadas as sedes de Paranaguá e Toledo.

O endereço, telefone e horário de atendimento de todas as unidades da Hemorrede podem ser conferidos no site do Hemepar: www.hemepar.pr.gov.br/#section-section4

FARMÁCIAS DO PARANÁ – Todas as unidades da Farmácia do Paraná fecham na segunda-feira. Na terça-feira, apesar do ponto facultativo, algumas farmácias abrirão por já terem um bom volume de pacientes agendados.
Abrem na terça as farmácias das seguintes Regionais de Saúde: 2a RS (Curitiba); 3a RS (Ponta Grossa); 5a RS (Guarapuava); 6a RS (União da Vitória); 7a RS (Pato Branco); 9a RS (Foz do Iguaçu); 10a RS (Cascavel); 14a RS (Paranavaí); 15a RS (Maringá); 17a RS (Londrina); 18a RS (Cornélio Procópio); 19a RS (Jacarezinho); 20a RS (Toledo); 22a RS (Ivaiporã) e a farmácia do Centro Psiquiátrico Metropolitano (CPM).

Nas unidades das seguintes regionais, que não abrem no dia 3 de novembro, os pacientes estão sendo reagendados para atendimento: 1a RS (Paranaguá); 4a RS (Irati); 8a RS (Francisco Beltrão); 11a RS (Campo Mourão); 12a RS (Umuarama); 13a RS (Cianorte); 16a RS (Apucarana) e 21a RS (Telêmaco Borba).

DETRAN – Todas as Ciretrans, que são os órgãos do Detran no interior do Estado, fecham na segunda-feira e na terça-feira. Os usuários podem realizar consultas e serviços de habilitação e veículo no site www.detran.pr.gov.br.

POLÍCIA CIVIL – As delegacias vão atender normalmente, em regime de plantão 24 horas, exceto as de área administrativa.

RECEITA ESTADUAL – Não terá expediente em todas as agências na segunda-feira e terça-feira.

PROCON – O Procon retomou o atendimento presencial com horário agendado, mas não estará aberto no feriado. Os consumidores podem acessar o serviço pelas plataformas online, como os sites consumidor.gov.br ou www.procon.pr.gov.br.

CEASA – A Ceasa de Londrina funcionará na segunda-feira com horário especial, com o mercado atacadista abrindo das 3h às 9h. As demais unidades – em Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá e Cascavel – fecham na data. Na terça-feira, todos os mercados atacadistas das Ceasas atendem normalmente.
COPEL – As agências e postos de atendimento da Copel em todo o Estado estarão fechadas na segunda-feira e terça-feira. Em casos de falta de energia ou emergência, os consumidores podem ligar para 0800 51 00 116.

SANEPAR – As agências da Sanepar de todo o Estado ficarão fechadas na segunda-feira, mas abrem na terça-feira. Em caso de vazamento de água ou esgoto, a Sanepar atende 24 horas pelo 0800 200 0115.

ESPAÇOS CULTURAIS – A maior parte dos equipamentos culturais do Estado continuam fechados para o público por causa da pandemia, mas muitos mantêm programações online. O Museu Oscar Niemeyer (MON) já voltou a funcionar, mas ainda disponibiliza em seu site e redes sociais diversos conteúdos, como oficinas, mediações, quizzes e lives.

Para quem quiser aproveitar para visitar as exposições, pode conferir as mostras Tony Cragg – Espécies Raras; O Mundo Mágico dos Ningyos; África, Mãe de Todos Nós; Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses; Luz = Matéria; Museu em Construção; Cones; Espaço Niemeyer e o Pátios das Esculturas. Além disso, o acervo do Museu de Arte Contemporânea (MAC) está nas dependências do MON. O espaço não abre na segunda-feira e funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.
O Centro Cultural Teatro Guaíra também conta com uma programação online, só acessar o link #guairaemcasa no site da instituição. Também é possível acompanhar os conteúdos publicados pela Biblioteca Pública do Paraná em suas redes sociais.

PARQUE ESTADUAIS – A maioria dos parques estaduais também voltou a receber o público. Estarão abertos no feriado o Parque Estadual do Palmito, Parque Estadual Rio da Onça, Parque Estadual do Cerrado, Parque Estadual do Guartelá, Parque Estadual do Lago Azul, Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo, Parque Estadual de São Camilo, Parque Estadual Cabeça do Cachorro, Parque Estadual Rio Guarani, Monumento Natural Salto São João, Parque Estadual João Paulo II, Parque Estadual Vitório Piassa, Parque Vila Velha e Ilha do Mel.
Os que continuam fechados são a Serra da Baitaca, Pico Paraná, Marumbi, Ibicatu, Mata dos Godoy, Parque do Monge e o Jardim Botânico de Londrina.

Fonte/Foto: AEN

 

TSE detecta 3,7 mil desempregados que fizeram doações de campanha a candidatos

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou cerca de R$ 25 milhões pagos a fornecedores ou doados a candidatos às eleições municipais deste ano com alguns indícios de irregularidade. São quase sete mil indicativos de problemas, tanto no pagamento a prestadores de serviços quanto no recebimento de doações.

O levantamento faz parte de uma parceria do Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, que envolve, além do TSE, outros seis órgãos federais – Receita Federal, Coaf, Ministério Público Eleitoral, Defensoria Pública Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério da Cidadania.

Essa foi a primeira rodada de identificação de indícios de irregularidades encontrados pela Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE e que demonstra a atuação da Justiça Eleitoral na fiscalização do financiamento durante o curso da campanha. O levantamento foi feito logo após a entrega das prestações de contas parciais, que terminou no último domingo (25), e vai permitir que a Justiça Eleitoral utilize os indícios de irregularidades como informação de inteligência para o exame e julgamento das prestações de contas.

Dessa forma, a partir dos indícios de irregularidades, os juízes eleitorais podem determinar diligências para comprovar a procedência do indício e utilizar essas informações para fins de exame e julgamento da prestação de contas de campanha eleitoral. Por sua vez, os indícios de irregularidades também foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República para compartilhamento dessas informações com as promotorias estaduais para fins de apuração dos indícios.

O indício que apresenta maior quantidade de itens aparentemente irregulares é o relativo aos doadores potencialmente desempregados. São 3.793 casos de doação, totalizando R$ 15,9 milhões. Na sequência, estão os doadores cuja renda é incompatível com o valor doado – são 782 casos, que totalizam R$ 6,4 milhões.

Já os 775 fornecedores sem registro ativo na Junta Comercial ou mesmo na Receita Federal receberam R$ 1,3 milhão por serviços prestados a candidatos às eleições deste ano. Há, ainda, 217 empresas que receberam um total de R$ 471,3 mil e têm relação de parentesco com algum candidato.

O relatório do TSE traz ainda informações de cinco pessoas que doaram juntas R$ 6,8 mil e que constam do Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi), responsável por coletar informações de óbitos dos cartórios de registro civil de pessoas naturais no país.

O resultado da primeira rodada de identificação de indícios de irregularidades em relação às prestações de contas feitas pelos candidatos foi informado aos órgãos que compõem o Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral para atuação em suas respectivas áreas de competência.

SESA CONFIRMA 1.349 NOVOS CASOS DE COVID-19 E 18 ÓBITOS NO PARANÁ

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (28) mais 1.349 novos casos de covid-19 e 18 óbitos causadas pelas doença no Paraná. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o estado soma 208.683 casos confirmados desde o início da pandemia do novo coronavírus e 5.098 mortes.

Conforme a Sesa, todos os pacientes que evoluíram para óbito estavam internados e faleceram entre os dias 31 de agosto e 28 de outubro. São sete mulheres e 11 homens com idades que variam de 47 a 91 anos.

Os pacientes que morreram residiam em:

  • três em Foz do Iguaçu
  • três em Londrina
  • três em Maringá
  • dois em Curitiba
  • um em Antonina
  • um em Paranaguá
  • um em Paranavaí
  • um em Piraí do Sul
  • um em Ponta Grossa
  • um em Salto do Lontra
  • um em São José da Boa Vista

INTERNADOS

Nesta quarta-feira, 621 pacientes permanecem internados com diagnóstico confirmado de covid-19. Destes, 508 ocupam leitos SUS (257 em UTI e 251 clínicos) e 113 leitos da rede particular (37 em UTI e 76 clínicos).

Há outros 879 pacientes internados, 423 em leitos UTI e 456 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

Fonte: RIC MAIS

Foto: Pixabay

 

SEGUNDA ONDA DA COVID-19 AVANÇA RÁPIDO NA EUROPA: “PIOR DO QUE A PRIMEIRA”

segunda onda da Covid-19 preocupa os líderes europeus, principalmente pela velocidade que o vírus avança. Após franceses, italianos e ingleses relaxarem as medidas de restrição, nas últimas semanas os casos dispararam novamente e os países voltaram a bater recordes. Na França, no último domingo (25), pela primeira vez foi registrado mais de 50 mil casos diários.

Entretanto, não é apenas a Europa que deve se preocupar com o avanço da segunda onda da covid-19. No Brasil, os hospitais de Manaus já vivem novamente o colapso do sistema de saúde, com macas acumuladas pelos corredores e acompanhante dormindo embaixo de macas.

Segunda onda da Covid-19 na Europa

Os países da Europa voltaram a adotar medidas severas de prevenção contra o coronavírus. Após a primeira onda, que deixou hospitais lotados em várias cidades do velho continente, governos temem ter que adotar o lockdown outra vez e bloquear a economia. Na França, o toque de recolher já está de volta.

“O vírus está circulando com mais rapidez […] a segunda onda da pandemia começou em agosto”, contou o infectologista Arnaud Fontanet ao canal BFM TV. O médico ainda contou que uma frente fria em setembro fez com que os indicadores crescessem no continente, pois o vírus se espalha com maior facilidade em ambientes fechados.

Na Alemanha a expectativa é que até o final de semana o número de novos infectados diários ultrapasse 20 mil. “Teremos meses muito, muito difíceis pela frente”, declarou a chanceler alemã, Angela Merkel.

Espanha e Itália, que foram os países mais afetados na chegada do vírus a Europa já estão com medidas ativas. Em cidades italianas bares e restaurantes só podem funcionar até às 18h, cinemas e academias estão fechados e em alguns locais existe toque de recolher. Já na Espanha, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, falou que o país vive um novo estado de emergência.

O Brasil será atingido pela segunda onda?

Com medidas de prevenção diferentes em várias cidades, o Brasil carrega por muitos meses os efeitos da possível primeira onda ainda. Porém, com os números voltando a crescer na Europa, a preocupação é que os brasileiros possam voltar a ver o colapso do sistema de saúde em diversas cidades.

Em Manaus, que foi um dos locais mais atingidos no início da pandemia, a covid-19 já dá indícios que chegou a segunda onda. A maioria dos hospitais da capital amazonense estão lotados e a busca por leitos voltou a preocupar autoridades.

Apesar dos índices nacionais estarem em queda há algumas semanas, a situação é de alerta.

Ric Mais com Reuters

(FOTO: JUAN MEDINA/ REUTERS)

Para 31% dos professores, o maior desafio no retorno às salas de aula será lidar com as emoções

Para 31% dos professores o maior desafio na retomada das aulas presenciais será lidar com as emoções.  Esse foi o resultado de um pesquisa realizada pela empresa Mind Lab, líder mundial em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias educacionais inovadoras para o aprimoramento de habilidades e competências cognitivas, sociais, emocionais e éticas. No estudo foram ouvidos 1.444 professores de redes públicas e privadas das regiões Sul e Sudeste do país, entre os meses de julho e agosto de 2020.

As respostas foram coletadas após a realização do curso on-line “Mediação e Aprendizagem” ofertado pela empresa, que também mapeou as dificuldades encontradas para lecionar de forma remota. Acompanhe abaixo os principais resultados da pesquisa que foi divulgada nesta semana.

1.       Qual foi a maior dificuldade encontrada ao lecionar de forma remota nos últimos meses? 
32% dos professores alegam ter enfrentado dificuldade com as plataformas e ferramentas de ensino remoto. Alguns exemplos: falta de recursos tecnológicos, problemas para gravar os vídeos em casa e carência de locais adequados para ministrar as aulas.

12% dos professores acreditam que a maior dificuldade foi a falta de contato físico com os alunos.

10% dos professores mencionaram o fato de muitos alunos não terem acesso à internet como o maior desafio.

Apenas 6% dos professores disseram não ter tido nenhum contato com o ensino remoto.

Outros desafios que surgiram: 7% planejamento, 6% problemas com a internet e 6% avaliação da aprendizagem.

2.       Você se sente preparado(a) para retornar às aulas presenciais? 
72% dos professores mencionaram não estarem preparados para retornar para as atividades presenciais. Entre os argumentos estão: pertencerem ao grupo de risco, falta de estrutura da escola e medo do contágio.

18% dos professores responderam sim e afirmam estar preparados para o retorno.

6% dos professores disseram estar parcialmente preparados, já que se sentem pedagogicamente prontos, mas ainda tem muito receio de serem contaminados.

4% não tem uma opinião formada.

3.       Após uma pandemia, qual você acredita que será o principal desafio dos professores ao retornarem às salas de aulas?  
31% dos professores acreditam que o maior desafio ao retornarem às salas de aula será lidar com as emoções tanto pessoais como dos alunos. Muitos deles falam da importância do acolhimento, principalmente em um cenário em que cada um vivenciou a pandemia de forma diferente. Além disso, mencionam o desafio de ensinar as crianças e os pais a lidarem com a ansiedade e recuperaram a confiança nos professores.

25% dos professores mencionaram as dificuldades em seguir e garantir que os protocolos sanitários sejam cumpridos, tanto pela escola como pelos alunos.

18% dos professores falaram que o desafio será se adaptar de uma forma geral a nova realidade. Readaptar o jeito de ensinar, de estar no ambiente escolar e de proporcionar situações de aprendizagem seguras, pensando em diferentes estratégias e no desenvolvimento de atividades seguindo os protocolos necessários.

12% dos professores disseram que o planejamento de conteúdos será a principal dificuldade, uma vez que será preciso entender o nível de aprendizado de cada aluno durante o ensino remoto, para conseguir dar seguimento as propostas pedagógicas de forma individualizada. Também citaram a necessidade de descobrir novas estratégias de ministrar aulas presenciais, principalmente para crianças pequenas, que não dependam do contato físico.

8% dos professores responderam que o desafio será superar os medos e inseguranças, devido à falta da vacina e a probabilidade de contágio.

(Foto: Divulgação)

UEPG e UEL encerram inscrições para o vestibular nesta semana

Termina nesta semana o período de inscrições para os vestibulares das universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG) e de Londrina (UEL). Juntas, as instituições ofertam 4,5 mil vagas em 91 cursos de graduação.

Na UEPG, os candidatos têm até quinta-feira (29) para se inscrever no processo seletivo pelo link http://cps.uepg.br/vestibular. Em virtude da pandemia da Covid-19, as provas que estavam previstas para 6 e 7 de dezembro serão realizadas em 7 e 8 de março de 2021.

O coordenador da Coordenadoria de Processos de Seleção (CPS) da UEPG, Edson Luis Marchinski, destacou que o vestibular foi alterado para que haja maior democratização do acesso. “Tivemos que nos reinventar, buscando formas para manter o acesso à universidade o mais universal possível”. O resultado será divulgado em 31 de março de 2021. São ofertadas 1.433 vagas em 39 cursos de graduação.

Na UEL, os estudantes têm até sexta-feira (30) para fazer a inscrição no site da Coordenadoria de Processo Seletivos (Cops) mediante preenchimento do formulário, upload de foto 3X4 e do documento de identidade.

O formato da prova também foi alterado, com a aplicação do Vestibular 2021 em um único dia. Serão duas provas: uma de Conhecimentos, com 50 questões e a outra de Redação, com tema único.

A primeira será dividida em Conhecimentos Gerais (36 questões), Língua Portuguesa e Literatura (10 questões) e Língua Estrangeira (4 questões), que, conforme escolha do candidato no momento da inscrição, poderá ser Inglês, Espanhol ou Francês.

A UEL oferecerá 2.564 vagas, em 52 cursos de graduação. Outras 581 vagas serão ofertadas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), totalizando 3.145 vagas em 2021. O resultado será divulgado em 30 de abril de 2021, no site da Cops, com a lista dos aprovados em 1ª convocação.

Fonte/Foto: AEN

AULAS PRESENCIAIS PODEM VOLTAR EM NOVEMBRO NO PARANÁ, DIZ GOVERNADOR RATINHO JUNIOR

O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) disse, nesta segunda-feira (26), que as aulas presenciais da rede estadual de ensino do Paraná podem voltar a partir da segunda quinzena de novembro.

Por causa da pandemia, as aulas presenciais no Paraná foram suspensas em 20 de março. Neste mês, 54 escolas estaduais retomaram as atividades extracurriculares presenciais.

“Começamos há 10 dias o retorno das aulas extracurriculares e também do reforço escolar. Isso está sendo ampliado pela Secretaria de Educação para outras escolas. Até o momento, tem sido bem organizado. Nenhum tipo de problema – tanto de segurança para os professores como alunos”, disse o governador.

Segundo o Ratinho Junior, se esse ritmo continuar e a contaminação do novo coronavírus continuar caindo no Paraná, a ideia é de que na 2ª quinzena de novembro volte-se “próximo da normalidade para as aulas com os alunos de forma gradativa”.

Fonte: Ric Mais com AEN

Foto: Divulgação/AEN

‘Entendo que vacina não é questão de Justiça, é questão de saúde’, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro condicionou a compra de uma vacina contra covid-19 pelo Brasil à comprovação científica e sem “correria”. Ao conversar com apoiadores nesta segunda-feira, 26, o chefe do Planalto afirmou que o Judiciário não pode obrigar a população a se vacinar, em um recado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O Supremo vai discutir a vacinação após partidos políticos acionarem a Corte para julgar as controvérsias em torno do tema. Uma das ações quer impedir o governo de prejudicar o andamento de qualquer pesquisa de imunizante no Brasil. Outras duas discutem a legalidade de impor a vacinação obrigatória à população.

“Eu entendo que isso não é uma questão de Justiça, isso é questão de saúde acima de tudo. Não pode um juiz decidir se você vai ou não tomar a vacina, isso não existe”, afirmou Bolsonaro a apoiadores no Palácio da Alvorada. “Nós queremos é buscar solução para o caso. Pelo que tudo indica, todo mundo diz que a vacina que menos demorou até hoje foram quatro anos, não sei por que correr em cima dela.”

Na semana passada, Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e afirmou que o País não compraria uma vacina produzida por laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Nesta segunda-feira, o presidente deve conversar com o chefe da pasta sobre o assunto.

Nesta segunda, a farmacêutica AstraZeneca anunciou que a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford produz resposta imunológica similar em adultos mais velhos e mais jovens e tem reações adversas menores entre os idosos. Bolsonaro declarou que quer aguardar a comprovação, inclusive com publicação em revista científica, para decidir sobre a questão.

“O que a gente tem que fazer é não querer correr, é não querer atropelar. Não querer comprar desta ou daquela sem nenhuma comprovação ainda”, declarou o mandatário ao fazer referência ao anúncio sobre a vacina de Oxford.

Citando medicamentos sem comprovação científica, o presidente da República questionou se não seria melhor investir na cura da covid-19 antes da vacinação. Bolsonaro foi um dos brasileiros que enfrentou a doença e diz ter sido curado por remédios que não tiveram a eficácia contra a covid comprovada pela ciência. No domingo, 25, o Brasil superou a marca de 157 mil mortes pelo novo coronavírus.

Foto: Divulgação