Indústria do Paraná cresce pelo 7º mês consecutivo e recupera patamar pré-pandemia

A produção industrial paranaense cresceu 1,2% em novembro, sétimo resultado positivo consecutivo e nono mês com aumento na atividade em 2020. O índice é da comparação com os meses imediatamente anteriores e está na pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (14).

O resultado mostra que o Paraná superou o patamar pré-coronavírus em 5,9%, no comparativo entre o índice de base fixa de fevereiro e de novembro, e está entre as melhores retomadas do País.

Produção de carnes no Paraná tem ano de recordes em 2020

O ano de 2020 foi marcado por números positivos de produção e exportação na cadeia de carnes e proteínas de origem animal. As projeções da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e os dados já consolidados indicam que foi o melhor ano da história nas indústrias do setor e que houve salto no volume de exportações, com quase 2 milhões de toneladas comercializadas com outros países.

Esse movimento foi impulsionado pelo crescimento orgânico das cooperativas e agroindústrias, mesmo diante das incertezas da pandemia, e da demanda no mercado interno, turbinado pelo auxílio emergencial, e no mercado externo, com a Peste Suína Africana. O setor também foi positivamente impactado por programas estaduais como o Trator Solidário, Seguro Rural, Cartão Comida Boa, Descomplica Rural e o acesso a crédito.

Com as variações positivas, o Paraná se firma, cada vez mais, como maior produtor de frangos, segundo em suínos, ovos e no mercado leiteiro e entre os dez principais produtores de carne bovina, além de um dos maiores exportadores do País. O balanço dos números consolidados foi feito pela Secretaria da Agricultura e pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

“O Paraná é um celeiro de grãos, se mantém forte no mercado de carnes e valoriza a agricultura familiar. O ano foi desafiador em diversos segmentos, mas o agronegócio mais uma vez respondeu com aumento de produção, qualidade sanitária e tecnologia, o que garantiu a segurança alimentar da nossa população e de boa parte do mundo”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Ele destacou que as perspectivas são ainda mais otimistas para 2021 com o reconhecimento, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), de zona livre de febre aftosa sem vacinação, previsto para maio. O selo facilitará a abertura de novos mercados internacionais, impulsionando o setor produtivo interno. O governador também citou a consolidação do Descomplica Rural. Apenas em 2020 foram emitidas 20.021 licenças ambientais, crescimento de 13,5% em relação a 2019.

SETOR EM ALTA – Segundo o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o setor foi fundamental para evitar perdas mais severas da economia durante a pandemia. O agronegócio representa mais de 80% das exportações do Estado e mais de 34% do PIB estadual, além de 13% das exportações do agro nacional. O setor evoluiu 3,98% em negócios em 2020, somando proteínas, grãos e os demais produtos do campo, com resultado de US$ 11,62 bilhões líquidos (superávit comercial).

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 15,66% nos três primeiros trimestres de 2020, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. O resultado tem conexão com o aumento no volume produzido de soja, trigo e carnes, particularmente suínas e de aves, de acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

“O agronegócio gera emprego, renda e dividendos ao Paraná. Especialmente no mercado de carnes, é um setor que investe em tecnologia, sanidade e qualidade, o que é reconhecido tanto nacional quanto internacionalmente”, afirmou Ortigara. “Estamos otimistas com os próximos anos. Haverá novos mercados, empregos e tudo isso com geração mais sustentável. O Paraná dá exemplo de qualidade ao mundo”.

Esse bom momento, explicou o secretário, também foi impulsionado pelas cooperativas, que registraram em 2020 faturamento superior a R$ 100 bilhões pela primeira vez na história. A produção industrial de alimentos, recorte que engloba a proteína animal, cresceu 9,3% no Paraná entre janeiro e novembro, na comparação com o mesmo período de 2019.

“O resultado do agro paranaense tem muito a ver com a diversidade de produção e assistência técnica especializada do setor público e do setor privado, cada vez mais inseridos no processo de produção rural. O Paraná é destaque em produção, produtividade e qualidade”, disse Salatiel Turra, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Segundo o economista Luiz Eliezer, da Faep, o aumento da produção foi uma resposta ao aumento da demanda, tanto nacional, levando em consideração o auxílio emergencial e o confinamento das pessoas, quanto internacional, com queda da produção em outros países, sobretudo na Ásia.

“O auxílio emergencial, por exemplo, levou renda a milhões de pessoas, que a empregaram sobretudo na alimentação, provocando o aumento de demanda por proteína animal. Fatores externos, como o câmbio, também ajudaram. Foi um ano bom para o agronegócio como um todo”, arrematou.

PORCO, FRANGO, OVOS – A maior variação foi na suinocultura, com aumento de 11,56% na produção entre janeiro a setembro de 2019 e o mesmo período de 2020, levando em consideração os dados já disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram 705.089 toneladas, contra 632.014 no ano anterior.

Com esse volume, o Paraná foi o segundo maior produtor do País, atrás apenas de Santa Catarina. O Estado deve alcançar 920 mil toneladas, segundo a Secretaria da Agricultura.

“O ano de 2020 foi bom, os números consolidados devem fechar em alta, com percentual até maior. Houve um aumento da demanda como resultado da pandemia, interna e externa, o que puxou o aumento da produção. Vamos crescer ainda mais neste ano”, destacou Edmar Gervásio, técnico do Deral especializado na suinocultura e na piscicultura. A projeção para 2021 é de alcançar 950 mil toneladas.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção brasileira de carne suína poderá alcançar até 4,3 milhões de toneladas em 2020, número 8% superior ao alcançado em 2019, com 3,983 milhões de toneladas. O Deral estima produção em 4,5 milhões. O consumo per capita acompanhou o crescimento vegetativo da população, estabilizado em 15,3 quilos/ano.

Na cadeia de frangos, na qual o Paraná é protagonista nacional, foram produzidas 3.323.280 toneladas de carne apenas até setembro de 2020, crescimento de 2,86% em relação a 2019, com 3.230.805 toneladas. A rede envolve mais de 20 mil granjas, 43 incubatórios e 45 indústrias de abate. São 69 mil empregos diretos. A projeção da Secretaria da Agricultura indica fechamento em 4,5 milhões de toneladas.

“O Paraná tem uma cadeia muito robusta, com acesso a milho e soja com menos interferência do mercado internacional, o que estabiliza o custo de produção. A alimentação representa mais de 70% desse mercado, e as commodities se valorizaram em 2020. Ou seja, mesmo em um ano complicado, os produtores paranaenses responderam com precisão”, afirmou Roberto Andrade Silva, técnico do Deral responsável pela avicultura.

A variação no mercado de ovos foi similar, de 3,81%, o que significa 269.448 dúzias em 2020 contra 259.554 dúzias no mesmo período de 2019. Em unidades, são 3,2 bilhões de ovos. O crescimento acompanhou uma alta no consumo per capita, que deve atingir 250 unidades por pessoa. A criação de galinhas está espalhada em 342 dos 399 municípios paranaenses.

A produção brasileira de carne de frango poderá alcançar até 13,8 milhões de toneladas em 2020, alta de 4,2% em relação às 13,24 milhões de toneladas produzidas em 2019, segundo a ABPA. A produção de ovos deve alcançar 53,5 bilhões de unidades produzidas em 2020, número 9,1% superior ao registrado em 2019, quando foram produzidas 49 bilhões de unidades.

“O mercado de ovos está animado porque é um produto mais barato, acessível para diversos perfis. Acabou o tabu em relação a essa proteína. O que falta é engrenar o mercado exportador, atualmente apenas cerca de 1% vai para a venda externa”, disse Silva. “Mas as perspectivas são boas, com crescimento de 3% a 6% por ano, estabilizando o consumo de frango em 47 quilos/anos e o de ovos em 250 unidades/ano”.

BOI, PEIXE, LEITE – Na pecuária bovina de corte, o Paraná aumentou em 2,48% a produção entre os dois anos. Foram 269.569 toneladas em 2020 contra 263.048 do ano anterior. O Estado é novo em produção, com o oitavo maior rebanho do País, e deve fechar o ano com 360 mil toneladas.

“Um dos fatores que levou a esse aumento foi a Peste Suína Africana na Ásia, que favoreceu todas as carnes brasileiras. Apenas para a China houve aumento de 88% nas exportações de janeiro a novembro, em volume. O câmbio favorável ajudou”, explicou Fábio Mezzadri, técnico do Deral responsável pelo mercado do boi.

“O Brasil e o Paraná têm a vantagem da pecuária bovina sustentável. Dá para quase dobrar a produção na área já existente, sem ter que avançar sobre reservas de mata. Isso é um grande atrativo internacional”, complementou.

Os dados da piscicultura só serão divulgados em fevereiro no Anuário da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR). O IBGE não faz pesquisa trimestral do setor. Em 2019 o Paraná liderou a produção de tilápias em cativeiro, com 146.212 toneladas – essa espécie representa mais de 80% do mercado estadual.

É um setor que cresce de 20% a 25% ao ano no Paraná e deve chegar em 2020 a R$ 1 bilhão de Valor Bruto da Produção (VBP) pela primeira vez na história, o que deve representar 1% da economia paranaense. O Estado evolui desde 2008 nessa área, com saltos a partir de 2015 em razão de investimentos privados nos municípios do Oeste.

Os dados do mercado leiteiro também não foram fechados, mas a perspectiva para 2020 é de uma produção de 4,4 bilhões de litros, repetindo o resultado de 2019. “A vantagem do Estado é produzir leite de alta qualidade com a base do pasto mais barata que nos outros países. Foi um mercado que também exportou em 2020. Com isso conseguimos encerrar o ano com alta na produção, mesmo com aumento de custos e incertezas”, arrematou Mezzadri.

EXPORTAÇÕES – As exportações paranaenses também cresceram em 2020. Os dados são do período janeiro a novembro e foram extraídos do Agrostat, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O complexo de proteínas animais fechou o ano com 1,84 milhão de toneladas exportadas.

O maior aumento foi no mercado de peixes. Foram 140% de aumento no peso da exportação entre um ano e outro, diferença de 536.999 quilos contra 223.753 quilos. O resultado de US$ 913.248 foi 53,21% maior do que os US$ 596.095 do ano anterior.

A carne suína também foi destaque na exportação, com aumento de 20,49% no peso e 26,98% no valor agregado. Foram 127 mil quilos em 2020, contra 106 mil em 2019. A variação financeira foi US$ 60 milhões superior. A projeção é de que foram 136,7 mil quilos em 2020.

Os maiores parceiros comerciais nesse mercado foram Hong Kong, Cingapura, Uruguai, Vietnã, Argentina, Angola, Emirados Árabes Unidos e Costa do Marfim. O Japão, um dos maiores compradores do mundo, só aceita a compra com o reconhecimento de área livre de febre aftosa, o que ainda afasta o Paraná dessa negociação.

O maior volume foi na cadeia de frango, com 1,5 milhão de toneladas e US$ 2.141.715.731 de faturamento, contra 1,484 milhão de toneladas e US$ 2.420.140.095 do ano anterior. A diferença no peso foi 1,47% superior. A projeção indica encerramento do ano com 1,66 milhão de toneladas.

Na carne bovina, apesar do aumento nacional na exportação, houve queda de 19,9% no peso dos negócios paranaenses. Foram 25,8 mil quilos em 2020 contra 32,3 mil quilos de 2019.

Assim como em 2019, a crise sanitária de Peste Suína Africana que impactou o rebanho suíno da Ásia, de parte da Europa e da África seguiu impulsionando as exportações brasileiras de aves e de suínos.

O subproduto carne de frango representou 13% das exportações do Paraná em 2020. A carne suína, 1,7%, seguida da carne bovina, com 0,55%, e outras carnes, 0,39%. O Paraná concentrou 39,6% das exportações nacionais de frango, maior índice do País, e 12,9% de suínos (3º).

TENDÊNCIA OTIMISTA – A tendência é otimista para 2021, apesar das incertezas com o fim do auxílio emergencial e as datas da imunização em massa da população, o que garantirá retomada mais vigorosa das atividades econômicas, principalmente aquelas ainda impactadas pelas medidas restritivas, como o turismo.

O Paraná conquistou em 2020 o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e, este ano, receberá a outorga da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Com isso, o Estado vai abrir novos mercados, bucas inovação e modernização e atrair investimentos nas cadeias de suínos, peixe, frango, leite e pecuária bovina de corte.

O status sanitário internacional permitirá ao Paraná praticamente dobrar as exportações de carne suína, por exemplo. Isso pode acontecer em caso de o Estado conquistar apenas 2% do mercado potencial, liderado por Japão, México e Coreia do Sul, que pagam mais pelo produto com reconhecida qualidade sanitária. A Ásia e África também responderão por grande parte do crescimento demográfico.

Outro ativo importante do Estado é o potencial energético. O Governo do Estado e a Copel estão implementando o maior programa de trifaseamento das redes rurais da história, com 2,8 mil de 25 mil quilômetros já concluídos e previsão de alcançar 5 mil quilômetros em 2021. Em paralelo, houve a manutenção do Tarifa Rural Noturna e a criação de um programa de estímulo à produção de energia renovável no campo.

O Paraná também está perto de ter uma dezena de municípios com R$ 1 bilhão de Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP). Em 2019, nove cidades alcançaram esse patamar: Toledo, Castro, Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Guarapuava, Santa Helena, Dois Vizinhos, Assis Chateaubriand e Palotina.

NÚMEROS DA PRODUÇÃO EM 2020 E COMPARATIVO COM 2019 – IBGE

Suínos (toneladas) – 632.014 (2019) – 705.089 – (2020) – 11,56%

Frangos (toneladas) – 3.230.805 (2019) – 3.323.280 (2020) – 2,86%

Bovinos (toneladas) – 263.048 (2019) – 269.569 (2020) – 2,48%

Ovos (mil dúzias) – 259.554 (2019) – 269.448 (2020) – 3,81%

Dados de janeiro a setembro, três primeiros trimestres.
Fonte: Sidra/IBGE
Elaboração: DTE/Sistema FAEP      

ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO EM 2020 E PROJEÇÃO PARA 2021 – SEAB

Suínos (toneladas)

Estimativa de 2020

Brasil: 4,3 milhões

Paraná: 920 mil

Projeção de 2021

Brasil: 4,4 milhões

Paraná: 950 mil

Frangos (toneladas)

Estimativa de 2020

Brasil: 13,8 milhões

Paraná: 4,5 milhões

Projeção de 2021

Brasil: 14,5 milhões

Paraná: 4,75 milhões

Bovinos (toneladas)

Estimativa de 2020

Brasil: 10 milhões

Paraná: 360 mil

Projeção de 2021

Brasil: 10,2 milhões

Paraná: 370 mil

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

DADOS DE EXPORTAÇÃO ENTRE 2019 E 2020

Complexo carnes (peso em toneladas e valor em dólares)

Brasil

2019 – 7,048 milhões – US$ 16,69 bilhões

2020 – 7,418 milhões – US$ 17,16 bilhões

Paraná

2019 – 1,80 milhão – US$ 3,06 bilhões

2020 – 1,84 milhão – US$ 2,79 bilhões

Frangos (peso em toneladas e valor em dólares)

Brasil

2019 – 4,17 milhões – US$ 6,97 bilhões

2020 – 4,12 milhões – US$ 5,99 bilhões

Paraná

2019 – 1,64 milhão – US$ 2,66 bilhões

2020 – 1,66 milhão – US$ 2,35 bilhões

Suínos (peso em toneladas e valor em dólares)

Brasil

2019 – 745,6 mil – US$ 1,6 bilhão

2020 – 1,010 milhão – US$ 2,25 bilhão

Paraná

2019 – 117,9 mil – US$ 249 milhões

2020 – 136,7 mil – US$ 300,8 milhões

Bovinos (peso em toneladas e valor em dólares)

Brasil

2019 – 1,86 milhão – US$ 7,3 bilhões

2020 – 2,01 milhões – US$ 8,48 bilhões

Paraná

2019 – 34,4 mil – US$ 130,8 milhões

2020 – 28,2 mil – US$ 112,6 milhões

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento

Fonte/Foto: AEN

Japão amplia estado de emergência e cresce oposição a Jogos de Tóquio

O Japão ampliou o estado de emergência na área de Tóquio para mais sete prefeituras nesta quarta-feira (13), em meio a um aumento constante nos casos do novo coronavírus (covid-19), enquanto uma pesquisa da emissora pública NHK mostrou que a maioria das pessoas deseja que a Olimpíada seja cancelada ou adiada.

Os governantes de Osaka, Kyoto e outras prefeituras duramente atingidas pediram ao governo que anunciasse a emergência, o que dá às autoridades locais a base legal para conter a movimentação e os negócios.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, tem sido cauteloso em tomar medidas que prejudiquem a atividade econômica.

“A declaração do estado de emergência é um meio poderoso, baseado na lei, para combater a propagação de infecções, mas também impõe grandes restrições à vida das pessoas”, disse Suga em entrevista coletiva. “Portanto, é necessária uma decisão muito cuidadosa do governo.”

À medida que as infecções atingem níveis recordes, pesquisas de opinião mostram uma oposição cada vez maior à realização dos Jogos Olímpicos. Os casos de coronavírus no Japão chegaram a 300 mil  nesta quarta-feira (13), com o número de mortos de 4.187, disse a NHK.

Em uma pesquisa no fim de semana da NHK, apenas 16% dos entrevistados disseram que os Jogos devem ocorrer – 11 pontos percentuais abaixo da pesquisa anterior no mês passado – enquanto 77% acham que o evento deveria ser cancelado ou adiado.

Os Jogos estão programados para 23 de julho a 8 de agosto. As prefeituras a serem adicionadas ao estado de emergência a partir desta quinta-feira (14)  são Osaka, Kyoto, Hyogo, Fukuoka, Aichi, Gifu e Tochigi.

* Reportagem de Chang-Ran Kim, Elaine Lies, Kiyoshi Takenaka, Mari Saito, Takashi Umekawa, Tetsushi Kajimoto, Ritsuko Ando

Foto: REUTERS

Morto em confronto, sequestrador do irmão de Zezé e Luciano agia em Maringá e região

Condenado a 108 anos de prisão por vários crimes, entres eles o sequestro do cantor gospel Wellington Camargo, irmão da dupla Zezé Di Camargo e Luciano, Ozélio de Oliveira foi identificado como um dos mortos no confronto em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na noite de sexta-feira, 8. A informação foi confirmada ao Portal G1/PR pelo delegado Fábio Machado, nesta quarta-feira, 13.

Cinco suspeitos foram mortos em dois confrontos com policiais da Ronda Ostensivas de Natureza Especial (Rone) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Naquele momento, segundo informou a Banda B, a polícia afirmava que toda a quadrilha seria de São Paulo e veio para a região de Curitiba com o objetivo de assaltar um empresário. Não havia a identificação dos suspeitos mortos.

Relembre o caso

O sequestro de Wellington Camargo durou mais de três meses. Ele foi levado por homens armados de dentro de sua casa em 16 de dezembro de 1998. Na madrugada do dia 13 de março de 1999, Wellington Camargo teve parte da orelha cortada e enviada para uma emissora de TV. Na época, exames confirmaram que a orelha era do músico.

Os criminosos pediram inicialmente US$ 5 milhões de resgate, mas reduziram para US$ 300 mil. O valor foi pago em 20 de março. No dia seguinte, Wellington foi deixado pelos sequestradores dentro de um buraco, a 150 metros de uma estrada, entre Goiânia e Guapó, na Região Metropolitana.

Três dias após o pagamento do resgate, no dia 23 de março de 1999, sete dos acusados de sequestrar Wellington Camargo foram presos em Campo Grande (MS), entre eles, Ozélio de Oliveira. Os outros três integrantes da quadrilha foram presos alguns dias depois.

Ozelio de Oliveira estava foragido desde 2018, quando houve uma fuga em massa da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP). Criminosos fortemente armados explodiram um muro da penitenciária e resgataram os detentos.

Ações em Maringá e região

Ozélio de Oliveira fazia parte de uma família que já foi considerada “lenda do crime” no Paraná. Uma reportagem do jornal Folha de Londrina veiculada em 1999 detalhou a trajetória dos irmãos Oliveira principalmente em Maringá e em cidades da região, onde cometeram os primeiros crimes.

De acordo com a publicação, os irmãos nasceram em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, mas foram criados em Munhoz de Melo (a 48 quilômetros de Maringá). As notícias dos primeiros crimes cometidos pela família são de 1976.

Em 1991, os Oliveira sequestraram o empresário Samuel Tolardo, de Maringá. À época, a quadrilha pediu US$ 2 milhões para o resgate, valor que depois foi reduzido para US$ 1,5 milhão.

Ainda segundo o jornal, enquanto tentavam fugir após o sequestro do empresário, os suspeitos abordaram um ônibus com estudantes e ficaram mais de 20 horas com os reféns. Houve troca de tiros com a polícia e morreram um refém, uma pessoa que acompanhava o sequestro e um dos envolvidos, o irmão Osmar Francisco de Oliveira.

Um delegado ouvido pela Folha de Londrina chegou a perseguir os Oliveira por aproximadamente três anos na década de 1990. Ele classificou os irmãos como “bárbaros”.

Com informações do portal Banda B e do jornal Folha de Londrina.

Foto: Reprodução/Banda B

Paraná está pronto para iniciar vacinação contra a Covid-19, diz Ratinho Junior

O governador Carlos Massa Ratinho Junior vistoriou nesta quarta-feira (12) o estoque dos chamados insumos secos que o Paraná já tem disponível para iniciar o processo de vacinação contra a Covid-19. São agulhas, seringas, máscaras, luvas, aventais e algodão, entre outros itens, que estão centralizados em dois pontos principais em Curitiba: o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) e o Ginásio de Esportes do Tarumã.

Apenas entre agulhas e seringas, o Estado conta atualmente com 11 milhões de unidades em estoque, quantidade que vai saltar para 27 milhões nos próximos dias com a compra de mais 16 milhões, em fase final de aquisição pela Secretaria de Estado da Saúde. O material garante as duas doses de vacinação de toda a população do Estado.

“Estamos prontos. Temos agulhas, seringas, mais de 1.800 pontos de vacinação e uma logística pronta para os imunizantes chegarem nos municípios. A ideia desta visita foi justamente para dar início à distribuição deste material aos 399 municípios do Paraná”, afirmou o governador. “É um planejamento que está sendo construído há dias para que possamos começar a imunizar os paranaenses assim que a Anvisa garantir a qualidade técnica de uma vacina”, acrescentou.

A primeira parte da visita foi às instalações do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba. É lá que está armazenada a maioria dos insumos. O Ginásio do Tarumã, cedido pela Paraná Esporte, funciona como ponto de apoio. Ratinho Junior destacou que a distribuição deste conjunto de material para as 22 Regionais de Saúde do Estado vai começar imediatamente. O transporte será feito por meio de quatro caminhões com baús refrigerados e monitorados por satélite e, se necessário, também por três aviões da Casa Militar do Estado.

“Hoje nós temos a capacidade de aplicar a primeira dose em toda a população do Paraná no mesmo dia. Foi tudo pensado e planejado para que o paranaense possa ser assistido de maneira rápida e perto da sua casa”, ressaltou o governador.

VACINAÇÃO – Ele lembrou que o Paraná vai seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI) elaborado pelo Governo Federal. O Ministério da Saúde espera começar ainda neste mês as imunizações dos grupos considerados de risco. A estimativa é que o Estado receba 100 mil dos 2 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo Laboratório AstraZeneca. As vacinas serão importadas do Instituto Serum, um dos centros da AstraZeneca para a produção da vacina na Índia, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No Paraná, de acordo com a Secretaria de Saúde, o grupo prioritário é formado por cerca de 90 mil profissionais da linha de frente do combate à Covid-19, 10 mil índios acima de 18 anos mapeados em comunidades isoladas de 30 municípios do Estado e 10 mil idosos que vivem em asilos e casas de repouso. “Conforme forem chegando as vacinas, vamos imunizando mais pessoas. Depende da aprovação da Anvisa. Ocorrendo isso, o Paraná começa automaticamente a vacinar”, disse o governador.

ESTRUTURA – A estrutura paranaense para a vacinação contra o coronavírus conta ainda com 21 câmaras frias já adquiridas e outras 180 em processo de aquisição. Mais 31 câmaras frias para armazenamento serão compradas em parceria com o governo federal. O Estado dispõe também de freezers para produção de gelo, equipamentos de ar-condicionado, contêineres refrigerados de 40 pés para armazenamento de 100 mil doses de vacinas, caminhões refrigerados para distribuição de imunizantes e a perspectiva de implantação de câmaras modulares para armazenamento de frios nas 22 Regionais de Saúde.

“Estamos preparados. Temos seringas, agulhas, algodão, álcool, equipamentos de proteção individual (EPIs). A rede está montada. Tão logo a vacina chegue ao Paraná, vamos colocá-la rapidamente, em 48 a 72 horas, em todas as Regionais de Saúde”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

POSTOS – Outro ponto destacado pelo secretário é que o Paraná conta atualmente com 1.850 salas de vacinação aptas para serem usadas, em estratégia com os municípios. Rede que pode ser ampliada, se necessário, com a adoção da chamada estratégia extramuros. “Quem vai vacinar efetivamente são os municípios, mas todos serão atendidos. Pensamos no Paraná imunizado como um todo”, ressaltou Beto Preto.

Diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Maria Goretti David Lopes destacou também que as 27 milhões seringas e agulhas adquiridas neste momento serão para uso exclusivo de vacinas contra a Covid-19. “São as melhores que temos no mercado. Agulha de altíssima qualidade, que garante a segurança do profissional da saúde, facilitando o descarte e evitando a contaminação de quem for aplicar”, disse.

De acordo com a diretora, em média, por ano, a Secretaria de Estado da Saúde utiliza na rotina de vacinação 16 milhões de seringas e agulhas. Esta quantidade se refere à rotina de imunização permanente (sarampo, influenza, polio, entre outras) e não inclui a vacina contra o novo coranavírus na conta.

COMPARATIVO – Os números reforçam a capacidade e estrutura do sistema de saúde paranaense quando comparados com outras localidades. Em relação às seringas/agulhas, por exemplo, o Paraná tem o terceiro estoque do País em números absolutos: são 27 milhões de unidades, sendo 11 milhões em estoque e outros 16 em aquisição. Apenas São Paulo com 111 milhões e Minas Gerais com 50 milhões têm mais material à disposição.

Levando em consideração a proporcionalidade em relação ao tamanho da população, o Paraná também é o terceiro, com 2,34 seringas/agulhas por habitante. Ou seja, número superior ao necessário para aplicar as duas doses em todos os moradores do Estado – de acordo com a mais recente estimativa do IBGE o Paraná tem 11.516.840 de habitantes.

Novamente São Paulo (2,40) e Minas (2,35) lideram. Em relação aos vizinhos da Região Sul, Santa Catarina com 16,8 milhões de seringas tem média de 2,33 e o Rio Grande do Sul (14,5 milhões no total) de 1,27. “O Paraná é exemplo para o Brasil na compra desses insumos. Temos estoque e sem pagar preços fora da realidade. É uma demonstração da organização desta equipe da Saúde”, ressaltou Ratinho Junior.

CALENDÁRIO – O governador reforçou que a campanha seguirá os critérios adotados pelo Ministério da Saúde por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, respeitando as doses que ingressarem no Programa Nacional de Imunização.

Segundo o planejamento federal, a previsão é que a vacinação dos grupos prioritários seja concluída no primeiro semestre de 2021. São eles: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena, na primeira fase; pessoas de 60 a 74 anos, na segunda fase; e pessoas com comorbidades (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras), na terceira fase.

Outros grupos populacionais também considerados prioritários, como professores, trabalhadores dos serviços essenciais (forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema de privação de liberdade), populações quilombolas, população privada de liberdade, pessoas em situação de rua e outros grupos serão contemplados na continuidade das fases, conforme aprovação, disponibilidade e cronograma de entregas das doses a serem adquiridas.

A estimativa do Ministério da Saúde é que sejam necessários 12 meses após o fim da etapa inicial para imunizar a população em geral.

Fonte/Foto: AEN

EFICÁCIA GERAL DA CORONAVAC FICA EM 50,38% E SUPERA POR POUCO MÍNIMO EXIGIDO POR ANVISA

SÃO PAULO (Reuters) – A CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, tem uma eficácia geral de 50,38% apontada em estudos clínicos de Fase 3, disse nesta terça-feira o Instituto Butantan, ao apresentar um número bem abaixo da eficácia clínica de 78% informada anteriormente e que supera por pouco o mínimo recomendado para que uma vacina seja considerada eficaz.

O número da eficácia geral confirma que a vacina está acima dos 50% requeridos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para considerarem um imunizante viável.

O dado, no entanto, é significativamente menor ao anunciado na semana passada pelo Butantan, que disse em entrevista coletiva na quinta-feira que a eficácia da CoronaVac era de 78%. Na ocasião, a falta da divulgação de dados sobre o estudo clínico provocou um forte questionamento da comunidade científica.

Nesta semana, o instituto esclareceu que aquele dado se referia à eficácia clínica da vacina, não à sua eficácia geral, que considera toda a população do estudo clínico, incluindo casos muito leves, que não precisaram de ajuda clínica.

A pressão gerada pela falta de dados levou o Butantan a realizar uma nova entrevista coletiva nesta quinta para detalhar os dados do estudo e divulgar a eficácia geral da vacina, que há meses vem sendo parte da disputa envolvendo o governador de São Paulo, João Doria, e o presidente Jair Bolsonaro, que são desafetos políticos.

Durante a entrevista coletiva desta terça, o diretor médico de pesquisa clínica do Butantan, Ricardo Palácios, reiterou que a CoronaVac mostrou ter 78% de eficácia contra casos leves que precisaram de alguma assistência clínica por causa da Covid-19 e 100% contra casos graves e moderados da doença, o que significa que nenhum voluntário do estudo que recebeu a vacina desenvolveu este tipo de quadro mesmo quando infectado e que nenhum precisou de internação hospitalar.

Mas, quando considerados também os voluntários que se infectaram e desenvolveram a doença, inclusive os classificados como muito leves e que não precisaram de assistência clínica, a eficácia global ficou em 50,38%.

“Precisamos de melhores comunicadores”, disse à Reuters o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Gonzalo Vecina Neto, indagado sobre a diferença de divulgação de quinta e desta terça.

Para a bióloga e diretora do Instituto Questão de Ciência, Natalia Pasternak, que participou da entrevista coletiva desta terça-feira, a CoronaVac “não é a melhor vacina do mundo”, mas uma “boa vacina”, que precisa ser rapidamente aplicada no maior número de pessoas.

“Como todo resultado de um estudo clínico, esse resultado tem os seus sucessos e as suas limitações. E tanto os sucessos quanto as limitações têm que ser comunicados de uma forma clara”, disse ela ao parabenizar o Butantan por ter atendido o pedido dos cientistas por maior clareza nos dados.

“Nós temos uma boa vacina, não é a melhor vacina do mundo, não é a vacina ideal. É uma boa vacina, que tem a sua eficácia dentro dos limites do aceitável pela comunidade científica, pela Organização Mundial de Saúde, por parâmetros internacionais”, acrescentou.

“A gente não precisa dizer que essa é a melhor vacina do mundo. A gente tem que dizer que essa é a nossa vacina, é a vacina possível, é uma boa vacina e é uma vacina que certamente vai iniciar o processo de nós sairmos da pandemia.”

A eficácia de 50,38% da CoronaVac ficou bem abaixo dos 78% anunciados na semana passada, e também foi bastante inferior aos dados anunciados por fabricantes de vacinas como Pfizer para seu imunizante contra a Covid-19. Ao contrário da vacina da farmacêutica norte-americana, no entanto, a CoronaVac pode ser armazenada em temperatura de geladeira comum, o que facilita a logística de distribuição.

Mas, quando considerados também os voluntários que se infectaram e desenvolveram a doença, inclusive os classificados como muito leves e que não precisaram de assistência clínica, a eficácia global ficou em 50,38%.

“Precisamos de melhores comunicadores”, disse à Reuters o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Gonzalo Vecina Neto, indagado sobre a diferença de divulgação de quinta e desta terça.

Para a bióloga e diretora do Instituto Questão de Ciência, Natalia Pasternak, que participou da entrevista coletiva desta terça-feira, a CoronaVac “não é a melhor vacina do mundo”, mas uma “boa vacina”, que precisa ser rapidamente aplicada no maior número de pessoas.

“Como todo resultado de um estudo clínico, esse resultado tem os seus sucessos e as suas limitações. E tanto os sucessos quanto as limitações têm que ser comunicados de uma forma clara”, disse ela ao parabenizar o Butantan por ter atendido o pedido dos cientistas por maior clareza nos dados.

“Nós temos uma boa vacina, não é a melhor vacina do mundo, não é a vacina ideal. É uma boa vacina, que tem a sua eficácia dentro dos limites do aceitável pela comunidade científica, pela Organização Mundial de Saúde, por parâmetros internacionais”, acrescentou.

“A gente não precisa dizer que essa é a melhor vacina do mundo. A gente tem que dizer que essa é a nossa vacina, é a vacina possível, é uma boa vacina e é uma vacina que certamente vai iniciar o processo de nós sairmos da pandemia.”

A eficácia de 50,38% da CoronaVac ficou bem abaixo dos 78% anunciados na semana passada, e também foi bastante inferior aos dados anunciados por fabricantes de vacinas como Pfizer para seu imunizante contra a Covid-19. Ao contrário da vacina da farmacêutica norte-americana, no entanto, a CoronaVac pode ser armazenada em temperatura de geladeira comum, o que facilita a logística de distribuição.

Além disso, pelos dados apresentados, 38 voluntários contraíram a forma leve da doença, e precisaram de algum atendimento, sendo 31 que tomaram placebo e 7 que tomaram a vacina, o que levou à eficácia de 77,96% contra casos leves da doença. Sete voluntários tiveram quadros graves e moderados de Covid-19, todos do grupo placebo.

O Butantan, que está envasando doses da CoronaVac em suas instalações, já tem 10,8 milhões de doses da vacina no Brasil e deu entrada com um pedido de autorização para uso emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O instituto também fechou acordo para vender 46 milhões de doses do imunizante ao Ministério da Saúde, com a opção de mais 54 milhões de doses, para serem incluídas no Programa Nacional de Imunização.

 

Justiça Federal nega pedido de adiamento do Enem 2020 e mantém datas das provas

Sem leitos de UTI para Covid-19, Prefeitura e Comitê emitem alerta vermelho

Na tarde dessa terça-feira (12), a Prefeitura de Cianorte e o Comitê Técnico de Enfrentamento ao Coronavírus e Ética Médica emitiram o alerta vermelho sobre as condições do município para a assistência em saúde dos casos de Covid-19. A categoria leva em consideração o fato de todos os seis leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do SUS estarem ocupados, a quantidade de pessoas infectadas pela doença, a taxa de contágio, os atendimentos ambulatoriais e os óbitos.

“São situações preocupantes, levantadas pela análise técnica dos médicos que estão à frente da equipe Covid-19, que incluem tanto a rede pública quanto a privada, e nas quais é importante ressaltar que Cianorte é referência para outros dez municípios, que totalizam uma população regional de aproximadamente 160 mil habitantes. Assim, com todos os leitos ocupados, caso mais alguém precise de uma vaga de UTI, teremos que recorrer à Central de Regulação de Leitos do Estado do Paraná para internação em outra região”, destacou a secretária municipal de Saúde, Rebeca Galacci.

A Categorização Epidemiológica Municipal está disposta na Resolução Nº 01/2021, que complementa o Decreto Nº 01/2021 de consolidação das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus, e foi criada para otimizar o mapeamento de riscos, orientar a tomada de decisões e informar a população sobre a situação da pandemia na cidade. “São três categorias, identificadas por cores, de acordo com a gravidade, sendo que a amarela indica situação de alerta; a laranja risco médio e a vermelha alto risco; ou seja, no momento, estamos em um contexto perigoso”, salientou a secretária.

Segundo o Executivo, a flexibilização do decreto ocorrerá conforme a amenização dos riscos, ou seja, com a mudança do alerta para as demais cores. “O poder público está empenhando todos seus recursos para a contenção da Covid-19, no entanto, as pessoas precisam ter corresponsabilidade, uma vez que dependemos que cada uma siga as regras de segurança e higiene. Neste momento, por exemplo, em que muitas estão regressando de viagem, o isolamento social é o nosso maior aliado. Orientamos que, ao retornar, se mantenham em isolamento voluntário por dez dias e que, para que isso seja possível, os empregadores disponibilizem o trabalho home office”, aconselhou Rebeca, de acordo com a resolução, disponível para consulta pelo link <https://cianorte.pr.gov.br/upload///publicacoes-oficiais/1924/1924.pdf>.

Fonte: Assessoria de Comunicação

Sancionada lei que permite alterações de competições em pandemia

De olho na preparação para os Jogos Olímpicos, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou nesta segunda-feira (11) que a Seleção Feminina participará da sexta edição do Torneio She Belives. A competição será um quadrangular, com times classificados à Olimpíada, Japão, Canadá, Estados Unidos e o Brasil.

Os jogos serão entre os dias 15 a 24 de fevereiro, em Orlando (EUA). A estreia brasileira será diante do Japão, no dia 18 de fevereiro, às 18h (Horário de Brasília). Na segunda rodada, o Brasil  enfrentará a os Estados Unidos, das atuais campeãs mundiais, no dia 21 de fevereiro, às 17h (Horário de Brasília). O time Canarinho fechará a participação no torneio diante do Canadá, no dia 24 de fevereiro, com partida agendada para às 18h (Horário de Brasília). Todos os jogos serão disputados no Exploria Stadium, em Orlando (EUA).

Desde 5 de janeiro, a Seleção Feminina está reunida em Viamão (RS) para um período de treinamentos. As atividades, que iniciam o ano de 2021, fazem parte do ciclo de observações da comissão técnica de olho nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A concentração acontece em um período que não corresponde à Data FIFA, e finalizará no dia 20 deste mês.

Fonte: Por Juliano Justo – Repórter da Tv Brasil e da Rádio Nacional – São Paulo

Foto: CBF

FORD FECHA FÁBRICAS NO BRASIL

A Ford anunciou nesta segunda-feira que vai fechar suas três fábricas restantes no Brasil neste ano e assumir encargos antes de impostos de cerca de 4,1 bilhões de dólares, como parte de uma reestruturação que a empresa afirma ser global e que já havia atingido em 2019 a histórica unidade da companhia em São Bernardo do Campo (SP).

A produção cessará imediatamente nas fábricas da Ford em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), com a produção de alguns produtos sendo ainda mantida por alguns meses para sustentar os estoques para vendas de reposição. A unidade que monta o utilitário Troller em Horizonte (CE), continuará operando até o quarto trimestre.

A maior das três fábricas da empresa fica no polo de Camaçari (BA), onde a empresa emprega cerca de 10 mil funcionários e fabrica os modelos Ecosport e Ka, afirmou o diretor do sindicato local.

A empresa estava convocando dirigentes das fábricas para uma reunião “de emergência” nesta tarde, segundo as entidades.

Em Taubaté, a montadora norte-americana emprega cerca de 800 funcionários, informou o sindicato local. A fábrica produz motores e transmissões.

“Como resultado, a companhia vai parar as vendas do EcoSport, Ka e do T4 assim que os estoques forem vendidos. As operações de manufatura na Argentina e no Uruguai e as vendas em outros países sul-americanos não serão afetadas”, informou a Ford em comunicado à imprensa.

Reuters

Foto: Divulgação