Vereadores aprovam nove projetos de lei

Os vereadores de Cianorte realizaram nesta segunda-feira, 21, a 21ª sessão ordinária do ano. Ao todo, foram aprovados, por unanimidade, cinco projetos em primeiro turno e quatro em segundo turno e redação final.

Segundo Turno

O Projeto de Lei 39/2021 – de autoria da Prefeitura – implanta, em convênio com o Ministério da Educação (MEC), o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) em Cianorte, voltado à oferta, de forma gratuita, de cursos de ensino superior e programas na modalidade a distância, mediante a criação e manutenção de Polo de Apoio Presencial, a fim de atender também cidades vizinhas.

Segundo o Executivo, a implantação não irá gerar aumentos de gastos públicos, pois já tem em sua estrutura os recursos humanos e o ambiente para sua regulamentação.

Destaque também ao Projeto de Lei 40/2021-A – de autoria vereador pastor Dejair (PSD) – que institui no calendário oficial de eventos da cidade, a Semana Municipal do Ciclismo, a ser comemorada anualmente no dia 19 de agosto, com várias atividades a serem desenvolvidas.

Já o Projeto de Lei Complementar 18/2021 – de autoria da Prefeitura – altera a Lei Complementar nº 113/2021, que criou o Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal – SIM/POA, a fim de adequar às solicitações da Adapar, que questionou a competência para o exercício da fiscalização, apuração das infrações e competências para julgar e aplicar as sanções. O objetivo, com a mudança, é a adesão ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar e de Pequeno Porte no Estado do Paraná (Susaf-PR).

E o Projeto de Lei Complementar 17/2021 – de autoria da Prefeitura – transforma a Divisão Financeira em Divisão de Planejamento Estratégico e Orçamentário da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o Executivo, a mudança visa concentrar os pagamentos na Secretaria Municipal de Finanças e não irá gerar novos custos, ou seja, aumento de despesa.

Primeiro Turno

Destaque para o Projeto de Lei Complementar 14/2021-B – de autoria dos vereadores Rodrigo Rezende Enfermeiro (PSD) e Thiago Fontes (PSL) – que altera a classificação de zonamento de uso e ocupação do solo da Rua Londrina, trecho compreendido entre a Avenida Rio Branco e Rua Apucarana, de Zona Residencial Dois (ZRE-2) para Zona Comercial e de Serviços Quatro (ZCS-4), conforme parecer favorável do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial.

Já o Projeto de Lei 42/2021 – de autoria da Prefeitura – acrescenta nos benefícios eventuais direcionados às famílias beneficiárias da Política Municipal de Assistência Social, conforme Lei Municipal 5.055/2019, o fornecimento de leite de soja.

Presença

Sessão Ordinária contou com a presença do soldado da Polícia Militar e presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas, Rhay Patrick Farias Cruz, que utilizou a tribuna livre; da secretária municipal de Esporte e Lazer, Pauliane Moreno Guides, e do ex-vereador Victor Hugo Davanço (Rede).

Ausência

O vereador Edvaldo Estância Luana (Patriota) testou positivo para a Covid-19 e se recupera bem em sua residência.

Agenda

Na segunda-feira (28), às 17h, os parlamentares voltam a se reunir, em sessão ordinária, na Câmara Municipal.

FOTO E MATÉRIA: DIEGO FERNANDO LASKA (Ascom/CMC)

 

Auxílio Emergencial: nascidos em abril podem sacar 3ª parcela

A Caixa paga nesta terça-feira (22) a terceira parcela do auxílio emergencial aos trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em abril, inscritos no programa por meio do site e do aplicativo, mas estão fora do Bolsa Família. A quarta parcela está marcada para 1º de agosto.

Os recursos também poderão ser transferidos para uma conta-corrente, sem custos para o usuário. Até agora, o dinheiro apenas podia ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.

Bolsa Família

Também hoje, a Caixa realiza o pagamento da terceira parcela do auxílio para beneficiários do Bolsa Família com o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 4. O pagamento do auxílio é feito da mesma forma e nas mesmas datas do benefício regular do programa.

Para quem recebe por meio da Poupança Social Digital, os recursos podem ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem e na Rede Lotérica de todo o Brasil, ou sacados por meio do Cartão Bolsa Família ou Cartão Cidadão.

Atendimento ao cidadão

A central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h, gratuitamente, e está pronta para atender os beneficiários do Auxílio Emergencial. Além disso, o banco disponibiliza, ainda, o site auxilio.caixa.gov.br.

Pelas regras estabelecidas pela Medida Provisória 1.039/2021, o auxílio será pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo.

É necessário que o beneficiário já tenha sido considerado elegível até o mês de dezembro de 2020, pois não há nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso. O beneficiário recebe o maior valor, seja a parcela paga no programa, seja a do auxílio emergencial.

O valor médio do benefício será de R$ 250, variando de R$ 150 a R$ 375, a depender do perfil do beneficiário e da composição de cada família.

Fonte/Foto: Agência Brasil

Campanha De Domingo a Domingo registra 76,1 mil aplicações no fim de semana

Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde registrou 76.179 aplicações da vacina contra a Covid-19 neste final de semana em 119 municípios do Paraná. As ações de imunização fazem parte da campanha De Domingo a Domingo, do Governo do Estado e das prefeituras municipais.

Esse número foi preponderante para o Paraná alcançar a marca de 5 milhões de doses aplicadas e 3,7 milhões de paranaenses imunizados com a primeira dose – o restante, 1,2 milhão, correndeponde a imunizados com as duas doses.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, reforçou a importância dessas ações para o enfrentamento da pandemia. “Qualquer atitude que possibilite mais pessoas imunizadas contra essa doença deve ser replicada. A vacinação aos finais de semana tem sido fundamental para alcançarmos o maior número de pessoas possível e não deixarmos doses paradas”, afirmou.

“A orientação do governador Ratinho Junior é fazer com que a vacina chegue até o braço dos paranaenses, e com a ajuda dos municípios, iremos cumprir com a expectativa do nosso calendário e aplicar pelo menos a primeira dose em toda a população acima de 18 anos até 30 de setembro”, acrescentou.

O Estado recebeu até essa segunda-feira (21), 6.762.220 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 2.641.000 da CoronaVac, 3.616.950 da AstraZeneca e 504.270 da Pfizer. Segundo o Vacinômetro do governo federal, é o primeiro em eficácia da imunização entre os dez que mais receberam imunizantes: 85,9% do que foi distribuído já foi aplicado.

Confira os dados de vacinação deste final de semana por Regional de Saúde:

1ª – Paranaguá: 4.630 doses / 1 município

2ª – Metropolitana: 21.278 doses / 26 municípios

3ª – Ponta Grossa: 11.295 doses / 6 municípios

4ª – Irati: 4.523 doses / oito municípios

5ª – Guarapuava: 4.369 doses / 7 municípios

6ª – União da Vitória: 310 doses / 1 município

7ª – Pato Branco – 957 doses / 3 municípios

8ª – Francisco Beltrão: 2.150 doses / 10 municípios

9ª – Foz do Iguaçu: 530 doses / 2 municípios

11ª – Campo Mourão: 1.186 doses / 9 municípios

12ª – Umuarama: 104 doses / 1 município

15ª – Maringá: 2.378 doses / 5 municípios

16ª – Apucarana: 49 / 2 municípios

17ª – Londrina: 19.287 doses / 17 municípios

18ª – Cornélio Procópio: 516 doses / 6 municípios

19ª – Jacarezinho: 1.009 doses / 4 municípios

20ª – Toledo: 609 doses / 3 municípios

21ª – Telêmaco Borba: 813 doses / 5 municípios

22ª – Ivaiporã: 186 doses / 3 municípios

Total: 76.179 doses / 119 municípios

Fonte/Foto: AEN

UBS do Cianortinho tem horário de atendimento estendido até as 22h

A partir desta terça-feira (22), Cianorte passa a contar com sua primeira Unidade Básica de Saúde com horário estendido, de segunda a sexta-feira, das 7h30 até as 22h: a UBS Lauro Goerll, localizada na Avenida Europa, 277, no Cianortinho. O objetivo é ampliar o acesso da população aos serviços de Atenção Primária e integrar o projeto do Governo Federal, “Saúde na Hora Certa”, que está em processo de credenciamento, levando a iniciativa a outras unidades da cidade.

Serão ofertados os servidos de consultas médicas; coleta de exames preventivos; aplicação de vacinas; realização de curativos; administração de injetáveis; e dispensação de medicações na farmácia local. “Desde a sua abertura, em 2020, essa UBS centralizou os atendimentos dos bairros Cianortinho e Pedro Moreira, aumentando a demanda. Assim, esta é uma estratégia para desafogar o fluxo e melhorar a assistência à população”, destacou a secretária de Saúde, Rebeca Galacci.

Segundo o prefeito, Marco Franzato, a proposta é ampliar a estratégia da Saúde da Família e otimizar outros níveis de atenção. “Este é apenas o primeiro passo para a adequação do atendimento à demanda. Também estamos realizando estudos e em busca de recursos para a instalação de local mais próximo e apropriado para o atendimento exclusivo da comunidade do Pedro Moreira”, anunciou.

Fonte: Assessoria de Comunicação (Débora Fuzimoto)

Somente 13% das indústrias renegociaram planos de saúde na pandemia

A pesquisa qualitativa sobre os impactos da pandemia da covid-19 na gestão de saúde na indústria, realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Serviço Social da Indústria (Sesi), mostrou que apesar da crise econômica causada pela pandemia, somente 13% das empresas consultadas renegociaram contratos com as operadoras de planos de saúde na tentativa de reduzir ou de conter os valores pagos pelos serviços médicos. De acordo com a ANS, o estudo ocorreu em novembro e dezembro de 2020 com 200 gestores de empresas contratantes de planos de saúde, sendo 55% de pequeno porte, 25% médias e 20% grandes indústrias.

A pesquisa buscou mostrar eventuais impactos que a pandemia teve no sistema de saúde suplementar, principalmente na relação entre as empresas e os planos de saúde contratados. O estudo indicou que a telemedicina se tornou uma tendência concreta, com metade das empresas pesquisadas se considerando parte dela. Na área de telessaúde, o levantamento mostrou que os principais serviços disponibilizados são a telemedicina, o atendimento psicológico virtual e, em menor grau, a teleconsulta nutricional.

O diretor-presidente substituto e diretor de Normas e Habilitação de Produtos da ANS, Rogério Scarabel, disse que durante a pandemia 65% das empresas intensificaram as iniciativas para melhorar a saúde mental e combater a depressão nos trabalhadores. Entre as grandes indústrias, o percentual atingiu 93%. “Com o levantamento, percebemos que os cuidados com a saúde mental têm sido uma necessidade reconhecida por, praticamente, todos os gestores ouvidos”, disse.

Para 81% dos gestores, incluindo pequenas e médias empresas, a promoção à saúde dos trabalhadores deve estar cada vez mais presente nas empresas, ainda que 54% não tenham programas específicos. Nesse resultado, 59% são empresas de pequeno porte e 62% de médio porte, que ainda não possuem programas de promoção à saúde disponíveis para os trabalhadores. Nas grandes indústrias, o percentual é de 28%.

A pesquisa constatou também que nas ações de saúde adotadas pelas empresas, 81% revelaram que apostam em campanhas de vacinação, 78% fazem acompanhamento médico a hipertensos, 78% estimulam a atividade física de trabalhadores e 72% acompanham profissionais com diabetes.

Preço

O preço, em 43% das indústrias, e a qualidade do atendimento associada ao tempo de relacionamento com a operadora (21%), são os aspectos entre os modelos de planos de saúde adotados que as empresas mais analisam para a contratação dos serviços.

O levantamento indicou ainda que o pré-pagamento, que é a modalidade composta por mensalidades fixas estabelecidas por ano de contrato e faixa etária, é a opção de 71% das indústrias. No pós-pagamento, em que se aplica os valores pagos mensalmente de acordo com o uso, é a modalidade de 27% das empresas. E 2% das contratantes fazem uso das duas modalidades.

O regime de coparticipação dos funcionários no pagamento pelo uso de alguns serviços de saúde é o escolhido por 73% das empresas. Entre os serviços estão consultas e exames. Em média, os beneficiários arcam com 45,9% do valor de cada procedimento. “Entre as principais coberturas dos planos de saúde contratados pela indústria estão consultas e exames (98%), internação hospitalar (97%) e atendimento com obstetra e parto (89%)”, aponta a pesquisa.

A pesquisa também mostrou que o crescimento, nos últimos anos, do mercado alternativo de serviços de saúde, que não se submetem às regras da ANS, como clínicas populares e cartões desconto para serviços de saúde, não atingiu a maior parte das empresas. Conforme o levantamento, 88% dos gestores da indústria entrevistados não têm interesse em contratações de serviços não regulados. “A pesquisa comprova a preocupação dos empregadores em ofertar um cuidado integral dos seus colaboradores”, observou Rogério Scarabel.

Fonte/Foto: Agência Brasil

 

Partidos têm até 30 de junho para prestação de contas anual

Os partidos políticos, em todos os níveis de direção (nacional, estadual e municipal), devem, até o dia 30 de junho, prestar contas à Justiça Eleitoral referentes a 2020. A prestação de contas deve ser elaborada exclusivamente por meio do Sistema de Prestação de Contas Anual (SPCA) da Justiça Eleitoral. Dessa forma, não é necessário o protocolar o processo diretamente no Processo Judicial Eletrônico (PJe) e nem a entrega de documentos ou mídia nos cartórios eleitorais ou no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

O coordenador de Contas Eleitorais e Partidárias do TRE-PR, Paulo Sérgio Esteves, explica que no sistema SPCA devem ser juntados os registros das informações referentes aos responsáveis, receitas, despesas e outros documentos necessários, de acordo com Resolução do TSE de 2019. “Após o fechamento no SPCA, o próprio sistema efetuará automaticamente a autuação no PJe, promovendo a juntada dos comprovantes e demais demonstrativos”, afirma.

Segundo Esteves, caso a prestação de contas não seja apresentada, pode ocorrer a suspensão do repasse de recursos do Fundo Partidário, bem como a possível suspensão do próprio partido. Enquanto a situação não for regularizada, fica impossibilitado o exercício das atividades partidárias, tais como o registro de candidaturas e de filiados.

Trabalho infantil atingiu 1,8 milhão de pessoas em 2019, mostra estudo

Um levantamento feito pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) mostrou que em 2019 havia 1,8 milhão de crianças e adolescentes em trabalho infantil, número 4,8% menor do que no ano de 2018. Desse total, 704 mil (38,4%) exerciam algumas das piores formas de trabalho infantil

Os dados do estudo O Trabalho Infantil no Brasil: Análise dos Microdados da PnadC 2019, divulgados hoje (21) pelo FNPETI, mostram que 1,206 milhão eram meninos e 626 mil, meninas e que 1,202 milhão eram negros e 630 mil, eram brancos.

Em um recorte pela faixa etária, os dados indicam que a maioria tinha 16 e 17 anos, 448 tinham 14 e 15 anos, e 285 tinham de 10 a 13 anos. As regiões do país onde mais havia crianças e adolescentes trabalhando foi o Sudeste, seguido do Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste.

Do total de crianças e adolescentes em trabalho infantil em 2019, 866 mil não eram remunerados ou trabalhavam para consumo próprio. Entre as principais ocupações (o que é feito no trabalho) aparecem os balconistas (6%), trabalhadores rurais (4,9%), escriturários (4,9%), cuidadores de crianças (3,8%), trabalhadores qualificados da agricultura (3,5%) e demais ocupações (76,7%). A maioria (734 mil) era empregada sem carteira assinada.

Com relação à atividade do estabelecimento onde trabalham 5,5% são comércios de alimentos, bebidas e fumo, 5,2% são restaurantes, 5,1% serviços domésticos, 4,9% criação de bovinos, 4,6% manufaturamento e reparo de veículos e 74,8% em demais atividades. Segundo o levantamento, 807 mil eram empregados em estabelecimentos de serviços e 507 mil em estabelecimentos de agricultura.

“Se esse problema não for resolvido, o Brasil não vai ser considerado um país desenvolvido. Como a causa principal do trabalho infantil é a pobreza e o Brasil é um país de extrema desigualdade, com muitas pessoas pobres, significa que existe um alto contingente populacional em situação vulnerável economicamente, socialmente, culturalmente e educacionalmente. Também quer dizer que o Estado brasileiro não consegue cumprir todas as suas obrigações como estão estipuladas na Constituição”, disse o economista Claudio Fernandes.

Na avaliação dele, se o país não cuida das crianças, elas se transformarão em adultos que não conseguirão cuidar de si nem do país. Fernandes ressaltou ainda que essa situação mostra desintegração do núcleo primário da sociedade: a família. “A família necessita que suas crianças trabalhem em alguns casos. Em outros, as crianças resolvem sair para conseguir sua independência porque participam de uma situação de vulnerabilidade, de violência, abuso. Em outras famílias elas são parte do processo de trabalho por conta da necessidade da família em aferir maior renda”.

Fernandes disse anda que o trabalho infantil está atrelado a um problema estrutural do país, a pobreza, para o qual há certa leniência e normalização por parte da sociedade com relação à extrema desigualdade. “Isso passa pelo aspecto político que é muito forte, e o privilégio de determinadas classes e setores econômicos. Quando se privilegia alguns, automaticamente se desprivilegia outros e aumenta essa desigualdade no país. A pobreza no Brasil é muito oriunda desses privilégios da classe mais abastada e de maior poder econômico”.

Afazeres e cuidados domésticos

Segundo o estudo, do total de crianças e adolescentes brasileiros, que em 2019 era cerca de 38 milhões na faixa etária de 5 a 17 anos, pelo menos 51,8% (19,8 milhões) exerciam afazeres e cuidados domésticos. Em média 7,7 horas da semana eram ocupadas pelos cuidados domésticos. Aquelas em trabalho infantil doméstico dedicaram 18,3 horas por semana a esse tipo de ocupação. Em ambas as atividades o total foi de 27,2 horas semanais. Isso significa que as crianças e adolescentes trabalhadoras podem ter quase 50% do dia comprometido com trabalho e afazeres

“Qualquer atividade que seja imputada às crianças e adolescentes nesse estágio vai concorrer com as outras atividades, principalmente com aquelas dedicadas à formação. Esses trabalhos também oferecem uma série de riscos, tanto de doenças e acidentes, quanto trazem dificuldades adicionais à formação. Para poder ir à escola é preciso se deslocar e isso leva tempo, por isso um dos maiores agravantes é o quanto se gasta com essas atividades, que podem comprometer até 50% do seu dia”, analisou o economista coordenador da pesquisa, Guilherme Silva Araújo.

Combate

Em entrevista à Agência Brasil por ocasião do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho, o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente Mauricio Cunha disse que o Brasil assumiu o compromisso na ONU de erradicar o trabalho infantil até 2025. Para cumprir essa meta, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) tem atuado no fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos como conselhos tutelares e na capacitação dos profissionais que atuam nessa área como professores, assistentes sociais e gestores públicos e de organizações sociais.

Denúncias

Qualquer pessoa pode denunciar vítimas do abuso infantil pelo Disque 100 que conta agora com números no WhatsApp e Telegram (basta apenas digitar “Direitoshumanosbrasilbot” no aplicativo). Além desses canais, até o fim do mês de julho, um novo aplicativo, com linguagem voltada especificamente para as crianças deverá ser lançado.

Fonte/Foto: Agência Brasil

Paraná está entre os primeiros estados no ranking da transparência sobre a pandemia

A transparência do Paraná com relação ao enfrentamento da Covid-19 recebeu novo conceito alto da Open Knowledge Brasil, organização da sociedade civil que tem acompanhado a disponibilização de informações pelos estados. O ranking divulgado nesta quinta-feira (17) é o terceiro elaborado pela entidade e considerou outras variáveis, ausentes nas duas versões anteriores do Índice de Transparência da Covid-19 (ITC).

Desde a primeira avaliação o Paraná tem ficado entre os primeiros lugares, com transparência alta e pontuação acima de 80. “O resultado é fruto do trabalho conjunto entre os órgãos que detêm a informação e a Controladoria-Geral do Estado, que administra a apresentação dos números. Nosso objetivo é melhorar cada vez mais a qualidade dos dados disponíveis e atender a população”, afirmou Raul Siqueira, controlador-geral do Estado.

Os dados sobre o enfrentamento da pandemia estão disponíveis no site www.coronavirus.pr.gov.br, alimentado pelas secretarias estaduais da Saúde, Comunicação Social e Cultura, Celepar e outros órgãos.

Nesse cenário, a CGE atua na coordenação para solicitar informações e colocá-las à disposição da sociedade.

Nesta terceira avaliação da Open Knowledge, o Paraná figura em 6º lugar, com 80 pontos, superado apenas por Espírito Santo (93 pontos), Distrito Federal (91), Rio Grande do Sul (88), Minas Gerais (86) e Acre (81).

CRITÉRIOS – A maioria dos critérios em que o Paraná não pontuou bem dependem de informações dos municípios ou do governo federal. A versão 3.0 do ITC avalia os microdados de casos e de vacinados, que são colhidos pelos órgãos municipais de saúde. Esses dados incluem idade, sexo, raça, existência de comorbidade, entre outros fatores.

Também passaram a integrar o rol de critérios identificar casos de Covid-19 por bairro ou distrito, cobertura da vacinação por grupo prioritário e quantidade enviada de seringas e agulhas aos municípios. “Eram informações que não constavam nas exigências da entidade, mas estamos cruzando bancos de dados para extraí-las e apresentá-las no site”, explicou Matheus Gruber, coordenador de Transparência e Controle Social, da CGE.

UNIÃO – O controlador-geral afirmou que mantém uma agenda de reuniões com a Secretaria de Estado da Saúde e com o Tribunal de Contas do Estado, que tem a prerrogativa de cobrar dados dos municípios. “Trabalhamos para disponibilizar essas informações, que dependem de alimentação dos municípios. Estamos avaliando a relação custo-benefício para apresentar todos dados sugeridos pela Open Knowledge”, disse Siqueira.

Para Matheus Gruber, a classificação de transparência feita por entidades externas ao governo é uma das formas de controle da sociedade sobre a administração pública. “É importante percebermos nossa evolução perante outras unidades da Federação. Todos os apontamentos são levados em consideração para que ofereçamos informação de qualidade para população”, disse Gruber.

De acordo com o site da Open Knowledge os rankings são feitos para avaliar a qualidade dos dados e informações relativos à pandemia, publicados em sites oficiais. “Para superarmos este momento tão desafiador para gestores públicos e população, acreditamos que nenhuma ferramenta é mais poderosa que a colaboração, e a informação é parte fundamental desse processo”, destaca o texto publicado no site.

Fonte/Foto: AEN

Transmissão de doenças respiratórias está elevada em quase todo o país

A taxa de transmissão comunitária de vírus respiratórios no país está “extremamente” alta em 83 das 118 macrorregiões de saúde em que o país é dividido. Em outras 19, está muito alta, em 13 está alta. É o que apontam novos dados compilados pelo sistema InfoGripe, que reporta os casos de internação por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país.

Desde o ano passado, o indicador do InfoGripe acompanha os casos de covid-19, já que, entre os pacientes testados e com resultado positivo para vírus respiratórios, 96,1% constataram SARS-CoV-2 em 2021. No ano passado, foram 98% dos casos positivos para o novo coronavírus. O boletim divulgado hoje (17) se refere a dados inseridos no sistema até o dia 14 de junho e referentes à semana epidemiológica 23, de 6 a 12 de junho.

Os dados da transmissibilidade mostram que apenas no interior do Nordeste, nos estados do Amazonas e de Roraima, em parte do Pará e do Mato Grosso a situação não está em vermelho. Isso significa que a maior parte do país registrou 10 casos ou mais de SRAG por 100 mil habitantes na última semana.

Em sua conta no Twitter, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destacou que os dados servem de alerta para “reforçar que não basta estar em queda no número de casos de covid-19, é preciso manter por tempo suficiente para chegar num patamar aceitável”.

Probabilidade de queda

Na estimativa, o boletim aponta para uma tendência geral de queda no longo prazo. No mapa, aparecem com probabilidade de crescimento das internações por SRAG os estados do Acre, Amazonas, Goiás e o Distrito Federal. A estabilidade deve ocorrer no Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Espírito Santo, Rondônia, Mato Grosso e Santa Catarina. Os demais estados estão com probabilidade de queda.

Os óbitos relacionados à SRAG estão com dados semanais na zona de risco e com ocorrência de casos “muito alta”. Entre os pacientes que morreram e tiveram um resultado positivo para teste laboratorial, 99% acusaram SARS-CoV-2.

O boletim traz, ainda, um alerta para outras doenças respiratórias, já que foi verificado um aumento de SRAG decorrente de infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e do rinovírus. Nas conclusões, os especialistas destacam que os valores semanais de internação ainda estão muito altos, assim como a transmissibilidade.

Cianorte recebe apoio emergencial de equipamentos e insumos do Japão

O enfrentamento à Covid-19 em Cianorte conta com reforço externo. Isto porque, a JICA Brasil (Agência de Cooperação Internacional do Japão) anunciou, nessa quarta-feira (16), apoio emergencial à Secretaria Municipal de Saúde com o fornecimento de equipamentos médicos e insumos, para fortalecer o sistema de saúde pública na cidade e, consequentemente, combater a expansão do novo coronavírus.

O auxílio ocorre por meio da modalidade de Cooperação Follow-Up, que apoia as atividades de ampliação dos conhecimentos e habilidades adquiridos por ex-bolsistas da JICA, que tiveram participação em treinamentos no Japão, como é o caso da atual secretária municipal de Saúde, a enfermeira Rebeca Galacci, que realizou estágio em 2019, com as temáticas “Sistema Regional de Saúde e Bem-Estar” e “Métodos para utilizar os recursos sociais existentes para pessoas idosas que necessitam de cuidados”.

Dessa forma, o projeto da Secretaria Municipal de Saúde foi inscrito em março deste ano, analisado pela unidade da JICA em Brasília e encaminhado à sede, no Japão, que confirmou o enquadramento no programa nesta semana. Na cooperação estão inclusos o fornecimento de equipamentos essenciais para o tratamento de pacientes infectados pela Covid-19, como circuito para ventilador, sistema nasal de alto fluxo, máscaras e aventais descartáveis.

“Esta é uma ajuda muito significativa, que contribuirá para as condições de trabalho dos servidores e para o atendimento da população. Agradecemos a sensibilidade da JICA por nossa cidade. É uma honra poder contar com o apoio e parceria de uma instituição com essa magnitude”, destacou Rebeca.

Fonte: Assessoria de Comunicação (Débora Fuzimoto)