Paraná inicia campanha de vacinação infantil contra a Covid-19

Isadora Libânio Despensieri, de 6 anos, foi a primeira criança vacinada contra a Covid-19 no Paraná. O Estado iniciou a imunização infantil contra a doença neste sábado (15), em Londrina, município em que ocorreu o início simbólico da proteção contra o coronavírus para o púbico de 5 a 11 anos.

“Estávamos esperando muito a vacina, pois eu sei que a vacina é uma maneira de proteger a Isadora. As crianças sofreram muito com a pandemia, sem entender o que está acontecendo. Então, nós sabemos da importância da vacinação” disse a mãe, Gisele Libânio.

Ainda na sexta-feira (14), o Estado enviou o lote de 65.500 vacinas para as 22 Regionais de Saúde em menos de cinco horas. O quantitativo descentralizado representa cerca de 5% da população infantil do Estado, estimada em 1.075 milhão.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, esteve em Londrina para acompanhar o início da imunização infantil.

“Mais uma vez, o governador Ratinho Junior cumpriu aquilo que havia prometido. Em poucas horas do recebimento da vacina pelo Ministério da Saúde, já havíamos descentralizado o lote para todo o Estado” destacou. “A campanha seguirá acontecendo nos próximos meses. Temos mais de 1 milhão de crianças em todo o Paraná e esse é um passo importante para a proteção de todas” reforçou.

O secretário municipal de Saúde de Londrina Felippe Machado, elogiou a agilidade na distribuição das vacinas no Estado.

“Temos que ressaltar toda a logística em relação à distribuição de vacinas. Nenhum outro Estado se organizou como o Paraná. Agradeço ao governador Ratinho Junior e ao secretário de Saúde Beto Preto para que pudéssemos iniciar a vacinação das crianças” frisou.

A vacinação seguirá diretrizes semelhantes às dos adultos, sendo iniciada por crianças com comorbidades e deficiência permanente, seguidas de indígenas e quilombolas, as que vivem em lares com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19 e, então, em ordem decrescente de idade, iniciando pelos 11 anos até chegar aos 5 anos.

Fonte/Foto: AEN

Em um ano de vacinação, quase 70% dos brasileiros já tomaram 2 doses

Um ano depois de começar a vacinação contra a covid-19, o Brasil se aproxima do patamar de 70% da população com as duas doses, enquanto 15% já receberam a dose de reforço e cerca de 75% receberam ao menos a primeira dose, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A campanha coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) já tinha atingido 68% dos brasileiros com as duas doses até a última sexta-feira (14) e dá agora os primeiros passos para proteger crianças de 5 a 11 anos.

A vacinação contra a doença teve sua primeira dose administrada em 17 de janeiro de 2021, na enfermeira Mônica Calazans, em São Paulo. A profissional de saúde recebeu a vacina CoronaVac, produzida no Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Desde então, três em cada quatro brasileiros receberam ao menos a primeira aplicação de um dos quatro imunizantes adquiridos pelo PNI: AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer.

Pesquisadores da Fiocruz e da Sociedade Brasileira de Imunizações ouvidos pela Agência Brasil indicam que o resultado da vacinação foi uma queda drástica na mortalidade e nas internações causadas pela pandemia, mesmo diante de mutações mais transmissíveis do coronavírus, como a Delta e a Ômicron.

Mudança epidemiológica

Quando o Brasil aplicou a primeira vacina contra covid-19, no início do ano passado, a média móvel de vítimas da doença passava das 900 por dia, e 23 estados tinham mais de 60% dos leitos de pacientes graves da doença ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). Com doses limitadas, a campanha começou focando grupos mais expostos, como os profissionais de saúde, e mais vulneráveis, como os idosos.

Levou até junho para que um quarto dos brasileiros recebesse ao menos a primeira dose, e o país viveu o período mais letal da pandemia no primeiro semestre do ano passado, quando a variante Gama (P.1) lotou centros de terapia intensiva e chegou a provocar picos de mais de 3 mil vítimas por dia. Nos grupos já vacinados, porém, as mortes começaram a cair conforme os esquemas vacinais eram completos, e os pesquisadores chegaram a indicar que a pandemia havia rejuvenescido, já que os idosos imunizados passaram a representar um percentual menor das vítimas.

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, reforça que as vacinas reduziram a ocorrência de casos graves e mortes na pandemia, mesmo que a ascensão de variantes mais transmissíveis tenha provocado novas ondas de disseminação do coronavírus. “Não conseguimos ganhar do aparecimento de variantes, principalmente porque não houve uma vacinação em massa no mundo inteiro simultaneamente. Então, em lugares em que havia condições de alta transmissibilidade, surgiram variantes”, afirma ela, que acrescenta: “Mas as vacinas se mostraram eficazes contra formas graves e mortes mesmo nesse contexto de variantes. Neste momento, com a Ômicron, a explosão do número de casos não foi acompanhada nem pelos casos de internação nem pela mortalidade. E isso se deve à vacinação. As vacinas cumpriram o papel principal e mais importante: salvar vidas”.

Pesquisador da Fiocruz Bahia, o epidemiologista Maurício Barreto concorda e avalia que a velocidade de transmissão da Ômicron trará mais um alerta para quem ainda não tomou a primeira dose ou não concluiu o esquema vacinal.

“Esse pico que estamos começando da Ômicron vai crescer nas próximas semanas e pode atingir número grande de pessoas. Pode haver casos severos entre os vacinados, porque a efetividade da vacina não é de 100%,  mas será em uma proporção muito maior entre os não vacinados”, prevê o epidemiologista, que vê risco para os sistemas de saúde com demanda grande por internação de não vacinados. “Havendo número razoável de não vacinados, isso pode gerar enorme quantidade de casos severos. A Ômicron está expondo a fragilidade dos não vacinados”.

Barreto vê como positivo o número de 68% da população com duas doses, mas acredita que há espaço para aumentar esse percentual, porque o Brasil tem tradição de ser um país com alto grau de aceitação das vacinas. Além disso, destaca que há diferença grande entre os vacinados com a primeira dose (75%) e com a segunda dose (68%), o que dá margem para avançar entre quem já se dispôs a receber a primeira aplicação.

“De modo geral, é positivo [o percentual de vacinados]. Reflete, de um lado, o desejo da população de ser vacinada, e, do outro, o desenvolvimento de vacinas com efetividade capaz de proteger principalmente contra casos severos da doença”, afirma ele, que pondera: “Poderia ser um pouco mais. O Brasil poderia chegar um pouco além”.

Estados e municípios

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, na última semana, que o sucesso do enfrentamento da pandemia depende da colaboração de estados e municípios, principalmente com relação ao avanço nas aplicações da segunda dose e da dose de reforço. Queiroga chamou a atenção para a situação de alguns estados, principalmente da Região Norte, onde os níveis de aplicação da vacina estão baixos.

Ele comentou que assiste-se ao aumento do número de casos, mas ressaltou que ainda não há pressão sobre os estados. “Estamos ampliando os testes. Em janeiro, vamos distribuir 28 milhões de testes rápidos”. Segundo ele, em fevereiro, devem ser distribuídos 7,8 milhões de testes.

Vacinação no mundo

O percentual de vacinados com a segunda dose no Brasil posiciona o país à frente da maioria dos vizinhos sul-americanos, segundo a plataforma Our World in Data, vinculada à Universidade de Oxford. Apesar disso, Chile (86%), Uruguai (76%), Argentina (73%) e Equador (72%) conseguiram cobertura maior no continente.

Quando são analisados os 30 países mais populosos do mundo, o Brasil fica na nona colocação entre os que conseguiram a maior cobertura com duas doses, lista que é liderada pela Coreia do Sul (84,5%), China (84,2%) e Japão (78,9%). Em seguida, o ranking tem Itália (74,9%), França (74,8%), Alemanha (71,8%), Reino Unido (70%) e Vietnam (69,7%). Os países onde a população teve menos acesso às vacinas foram Quênia, Nigéria, Tanzânia, Etiópia e República Democrática do Congo, onde o percentual não chegou a 10%.

A América do Sul é o continente com a maior média de vacinação no cálculo da platafoma Our World in Data, com 65% da população com as duas doses. A lista indica grandes desigualdades regionais, com Europa (62%), Asia (58%), Oceania (58%), América do Norte (54%) e América do Sul acima da média mundial de 50% de vacinados, e a África com apenas 9,9% da população com duas doses.

Mônica Levi vê o percentual de vacinados no Brasil como alto em relação a países que lidam com movimentos antivacina mais fortes, como Estados Unidos (62%) e Israel (64%). “Eles não conseguem avançar, porque sobraram aqueles que têm resistência enorme à vacinação. A gente vê no Brasil facilidade muito maior, e estamos em situação melhor. Alguns países estão melhores que a gente, mas a resistência à vacinação aqui ainda não é tão grande, mas pode se tornar”, diz ela, que vê com preocupação a hesitação à vacinação de crianças. “É uma tristeza para nós, da área médica, ver que questões políticas estejam influenciando as decisões de pais sobre a saúde dos próprios filhos, que possa existir pais que se importem mais em seguir orientações politicas do que as bases da ciência e as conclusões de pessoas que são qualificadas para a tomada de decisões na saúde”.

Eventos adversos

A médica afirma que o público está sob bombardeio de informações confusas, que supervalorizam eventos adversos raros previstos na vacinação e ignoram os benefícios que as vacinas já trouxeram desde o início da pandemia.

“Eventos adversos aconteceram, alguns graves, mas foram extremamente raros e muito menos frequentes que a ocorrência desses mesmos quadros sendo causados pela própria covid-19. A ponderação do risco-beneficio é extremamente favorável à vacinação. A gente não está negando a existência de eventos adversos graves. Eles existem, mas são extremamente raros. Só que a gente tem que considerar as vidas salvas e os benefícios que a vacinação traz frente ao risco que é incomparavelmente menor”.

O epidemiologista da Fiocruz concorda e afirma que as vacinas contra covid-19 usadas no Brasil estão em uso em muitos outros países, o que faz com que diferentes órgãos regulatórios e pesquisadores avaliem os resultados e sua segurança.

“Internacionalmente, já são bilhões de doses. Não são vacinas dadas só no Brasil, mas no mundo inteiro. Então, há muita clareza de que há efeitos adversos, mas que são em uma proporção tão ínfima, que os benefícios os superam e muito. E, sobre isso, há uma concordância dos órgãos regulatórios, sejam brasileiros, americanos, europeus, japoneses, australianos. Milhares de instituições estão monitorando os efeitos dessas vacinas, então, há uma tranquilidade imensa de que a gente tem vacinas seguras”.

Para avançar na vacinação, Barreto acredita que é preciso entender por que algumas pessoas não completaram o esquema vacinal e identificar localmente possíveis problemas que podem ter criado dificuldades para que as pessoas retornassem aos postos. O objetivo, reforça ele, deve ser facilitar ao máximo a ida aos locais de vacinação.

Mônica Levi lembra que, em outras vacinas que preveem mais de uma dose, é frequente que a cobertura caia na segunda e terceira aplicação. ” A gente já vê isso na vacina da Hepatite B, por exemplo, que também tem três doses. Esse é um comportamento normal que a gente já via, uma dificuldade de fazer vacinas de várias doses e manter a adesão ao esquema completo”, diz ela, que ainda acha difícil prever se a vacinação contra covid-19 vai ser encerrada na primeira dose de reforço. “Mais para frente, se vamos ter novas variantes que vão obrigar a fazer vacinas diferentes, ou se a imunidade vai cair mais uma vez depois do reforço, só o tempo vai dizer”.

Fonte/Foto: AGbr

Cianorte tem índice de infestação do mosquito da dengue em 0,9%

A Secretaria Municipal de Saúde de Cianorte divulgou, na última quinta-feira (13), o primeiro Levantamento de Índice Rápido Aedes aegypti (LIRAa) de 2022. De acordo com o relatório, o Índice de Infestação Predial (IIP) para o mosquito transmissor da dengue e outras doenças, como zika e chikungunya, foi de 0,9%. O indicativo é considerado de baixo risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que preconiza o limite de até 1%. No entanto, é maior que o resultado do último levantamento de 2021, realizado em novembro, de 0,6%.

Para a secretária da pasta, Rebeca Galacci, mesmo com o cenário de baixo risco, o poder público e a população devem manter as ações de prevenção. “É essencial que cada um faça sua parte e de maneira reforçada neste período quente e chuvoso, que é propício para a proliferação do mosquito. Contamos com a colaboração de todos na eliminação dos possíveis criadouros e, assim, mantermos nossa cidade livre dos riscos das doenças causadas por esse vetor, que podem levar à morte”, destacou.

O 1º LIRAa foi realizado no período de 10 a 12 de janeiro, com base na visita a 1.543 imóveis, nos quais foram encontrados 14 focos do mosquito, em recipientes como latas de tinta, baldes, tambores e lixo reciclável mal acondicionado. Neste ano epidemiológico, que teve início em 1º de agosto de 2021, Cianorte registrou um caso de dengue e nenhum de zika ou chikungunya.

Fonte/Foto: ACPM

Leão do Vale sonha com título Estadual e mantém vivo objetivo do acesso à Série C

Por Martins Neto/Massa FM 96.9

Em 2021, o Cianorte FC teve em seu calendário as disputas do Campeonato Paranaense, Copa do Brasil e Brasileirão Série D. No início daquela temporada, o clube estipulou as seguintes metas: ser semifinalista no Estadual, chegar na terceira fase da Copa do Brasil e conquistar o acesso à Série C.

No entanto, apenas o objetivo da Copa do Brasil foi concluído, onde a equipe chegou até a terceira fase e foi eliminada pelo Santos. No Paranaense, o time foi eliminado nas quartas de final pelo Londrina, que se sagrou campeão posteriormente. Já na Série D, acabou caindo nas oitavas para o Aparecidense-GO, que também levantou a taça da quarta divisão nacional.

Analisando que os cianortenses foram eliminados em duas competições para equipes que se sagraram campeãs, podemos dizer que o clube “bateu na trave” na temporada passada. Mas, analisando também os resultados, podemos afirmar que, não fosse tantos empates e pontos desperdiçados em casa, o Leão poderia sim ter feito história em 2021:

Em 35 jogos disputados ao todo, a equipe comandada por João Burse venceu 11 (4 no PR/ 2 na CB/ 5 na SD), empatou 15 (5 no PR/ 10 SD) e perdeu 9 (4 no PR/ 2 na CB/ 3 na SD). Foram 28 gols marcados, contra 27 sofridos na temporada.

A vaga na Copa do Brasil não foi conquistada para 2022, justamente por tropeços “bobos” ou até mesmo a falta de sorte em alguns jogos do Paranaense. De acordo com o presidente do clube, Lucas Franzato os pontos que acabaram escapando durante a caminhada foram cruciais.

“Realmente, foi um ano que nós tínhamos falado sobre três objetivos principais: chegar na terceira fase da Copa do Brasil, ficar entre os quatro no Paranaense e o acesso na Série D. Acabamos conquistando sim a terceira fase da Copa do Brasil, que deu uma baita visibilidade pro clube, passando por Paraná Clube, Santa Cruz e acabamos perdendo para o Santos. Tivemos a oportunidade de estar mais de 300 minutos ao vivo para todo o Brasil, tendo uma baita visibilidade. Mas, infelizmente, no Paranaense, por um ponto, acabamos ficando de fora (da Copa do Brasil). Ou se o Coritiba se classifica entre os oito, tiraria o Azuriz e nós estariamos na Copa do Brasil. Ou também se, em qualquer momento da competição, tivéssemos conquistado um ponto a mais. Quando fazemos uma restrospectiva, são vários os pontos que poderiam ter vindo e, por detalhes, acabaram escapando”, disse Lucas.

Enfim, 2021 ficou no passado e agora é hora de projetar os objetivos para a temporada 2022. Este ano, o Cianorte disputará o Campeonato Paranaense e o Brasileirão Série D. E o sonho segue vivo. Segundo Lucas Franzato, o clube quer, no mínimo, chegar nas semifinais do Estadual e, quem sabe, brigar pelo título inédito.  O objetivo de chegar à Série C também segue muito vivo no Albino Turbay.

Para alcançar os objetivos, o clube apostou na manutenção da comissão técnica, liderada por João Burse, e também na reformulação do elenco. Até o momento, 17 reforços já foram anunciados, com destaque para o volante Ralf, ídolo do Corinthians.

“Foi um ano (2021) que, apesar de ficarmos próximos dos objetivos e não termos conquistados todos, com o equilíbrio de sempre, sabemos que, não é quando ganha que está tudo certo e nem quando perde que está tudo errado. Vendo os pontos bons e ruins, ajustando e buscando melhorias, acredito muito que essa sequencia e continuidade vai ser um dos nossos grandes diferenciais para que possamos conquistar os objetivos desse ano, que não são diferentes. Apesar de não estarmos na Copa do Brasil e não termos este objetivo, é ficar entre os quatro do Paranaense e, porque não, tentar lutar pelo título inédito que, claro, que é sempre o nosso sonho, e também lutar por um acesso à Série C”, afirmou o presidente.

A estreia do Cianorte no Campeonato Paranaense 2022 está marcada para sábado, 22, contra o Coritiba, às 16 horas, no Couto Pereira.

Foto: Divulgação Cianorte FC

CoronaVac tem eficácia contra Ômicron, mostra estudo preliminar

Um estudo realizado por pesquisadores de universidades chinesas e publicado na última segunda-feira (10) na revista Emerging Microbes & Infections, aponta que a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac, tem efetividade na neutralização da variante Ômicron. O estudo ainda á preliminar. Apesar de já ter sido publicado e passado por revisão de pares, o artigo médico-científico contém dados observados em laboratório, o que ainda não demonstra se há a mesma efetividade na população em geral.

Para o estudo, os pesquisadores usaram pseudovírus contendo a proteína Spike de sete variantes do vírus Sars-CoV-2: Ômicron, Alpha, Beta, Gama, Delta, Lambda e Mu. Um pseudovírus é uma partícula viral que possui todas as propriedades do vírus, com a diferença de que ele não infecta as células. Os pseudovírus foram utilizados na pesquisa por permitir uma manipulação mais segura em laboratório.

No experimento foi utilizado plasma sanguíneo de pessoas vacinadas com a CoronaVac e também de pessoas com infecção prévia. Essas amostras são então infectadas com os pseudovírus que carregam a proteína Spike das variantes.

O teste consiste em checar se anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo. O resultado é então comparado com a capacidade de neutralização dos anticorpos da linhagem de vírus que circulava no início da pandemia.

Os testes de neutralização conseguem avaliar a capacidade dos anticorpos de erradicar o vírus, mas não medem outros aspectos de defesa do organismo, como por exemplo a memória do sistema imunológico.

O que diz o estudo

Após produzidos os pseudovírus das sete variantes, pesquisadores analisaram anticorpos neutralizantes de 16 pessoas convalescentes de covid-19 e também de 20 pessoas que haviam tomado duas doses da vacina CoronaVac. O estudo não incluiu pessoas que tomaram doses de reforço.

No caso das pessoas que tiveram a infecção prévia, foi observada uma redução de 10,5 vezes da neutralização contra a variante Ômicron, ou seja, a neutralização pela Ômicron é 10,5 vezes pior do que para cepa original do novo coronavírus. No caso da Alfa, a redução é de 2,2 vezes; 5,4 vezes contra a Beta; 4,8 vezes contra a Gama; 2,6 vezes contra a Delta; 1,9 vez contra a Lambda; e 7,5 vezes contra a variante Mu.

Já no teste feito com os anticorpos neutralizantes das 20 pessoas que tinham tomado as duas doses da vacina CoronaVac, a redução de neutralização média foi de 12,5 vezes sobre a Ômicron; de 2,9 vezes contra a Alfa; 5,5 vezes contra a Beta; 4,3 vezes contra a Gama; 3,4 vezes contra a Delta; 3,2 vez contra a Lambda; e 6,4 vezes contra a variante Mu.

Para os autores do trabalho, essa redução de neutralização de cerca de 12,5 vezes da CoronaVac frente a Ômicron – que demonstra perda de efetividade da vacina em relação à cepa original – é muito “melhor do que os trabalhos publicados sobre duas doses de vacinas de RNA mensageiro, nas quais foi observada uma diminuição de 22 vezes e de 30 até 180 vezes da neutralização em imunizados com a Pfizer”.

Mesmo assim, os autores destacam que a comparação dos estudos da CoronaVac com a Pfizer pode ter problemas, já que a diferença encontrada entre eles pode ser atribuída a ensaios diferentes ou amostras diferentes.

“A CoronaVac, ou outras vacinas inativadas, induzem um repertório maior de imunidade contra covid-19. Recentemente, há evidências científicas de que a capacidade de neutralização da CoronaVac contra a variante Ômicron é maior do que a capacidade das vacinas baseadas em proteína S. A consequência disso é que as vacinas inativadas, como a CoronaVac, resistem mais às variantes”, disse Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.

Para especialistas que leram o estudo publicado na revista científica, ainda faltam dados para que seja possível afirmar que duas doses da CoronaVac seriam suficientes para neutralizar a Ômicron. Eles destacam que faltam dados, por exemplo, de resposta celular. Eles também lembram que o resultado observado com anticorpos neutralizantes nem sempre corresponde ao que é observado em cenários epidemiológicos reais.

Todas as vacinas aprovadas até este momento foram desenvolvidas para combater apenas a cepa original do SarS-CoV-2, que surgiu inicialmente na China. Todas elas apresentam, em maior ou menor grau, queda de eficácia em relação às variantes.

Vacinação

Independentemente do resultado desse estudo, especialistas lembram que vacinas salvam vidas. Ontem (12), em entrevista coletiva, o coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, disse que as vacinas que estão sendo aplicadas em todo o mundo ajudam a prevenir mortes e hospitalizações por covid-19.

Segundo ele, a variante Ômicron, que fez os casos de covid-19 explodirem em todo o mundo, tem sido, no geral, uma pandemia de não vacinados. “Estamos enfrentando uma pandemia dos não vacinados. E, quando se fala dos não vacinados, estamos falando das pessoas com mais de 18 anos que não completaram o seu esquema vacinal e das crianças que ainda não foram vacinadas. Esses dois segmentos é que são responsáveis por esse acréscimo no número de internações e de casos”, disse ele. “Quando dizem que esta variante é inofensiva, que os casos são leves, temos que levar em consideração que isso é resultado da vacinação. O número de pessoas que ainda se infectam é muito elevado. E internações, embora não sejam tão graves, são muito elevadas”, falou Gabbardo.

Resposta imunológica

O Instituto Butantan divulgou que um outro estudo, feito no Chile e que ainda não foi publicado, demonstrou que três doses da CoronaVac foram capazes de reforçar a resposta imunológica celular contra a variante Ômicron.

“Os primeiros resultados que obtivemos são respostas celulares, que são células chamadas linfócitos T, que reconhecem antígenos de coronavírus. Fomos capazes de medir a capacidade de reconhecimento e de resposta imune em amostras obtidas de pessoas vacinadas com duas doses da CoronaVac, mais a dose de reforço, e detectamos um nível significativo de reconhecimento da proteína S da variante Ômicron”, disse o pesquisador Alexis Kalergis, diretor do Instituto Milênio de Imunologia e Imunoterapia, professor na Pontifícia Universidade Católica do Chile, em entrevista à Rádio Pauta.

Para a pesquisa, foi analisado um grupo de 24 pessoas com ciclo vacinal completo feito com a CoronaVac e que haviam recebido uma dose de reforço do mesmo imunizante após seis meses. Amostras de sangue dos vacinados foram avaliadas em laboratório para verificar a capacidade específica dos linfócitos T em identificar cepas da variante Ômicron. “Esses linfócitos T têm a capacidade de reconhecer células infectadas para eliminá-las. Para conseguir isso, os linfócitos T também devem produzir uma molécula antiviral chamada interferon gama e nossos resultados mostram que essa molécula foi efetivamente produzida”, disse o pesquisador chileno.

Fonte/Foto: AGbr

Boletos de Alvará e ISSQN estarão disponíveis a partir de 17 de janeiro

Em Cianorte, as guias para pagamento do Alvará 2022, bem como do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), estarão disponíveis para consulta a partir desta segunda-feira (17), pelo site do Município (https://cianorte.pr.gov.br/), na parte de “acesso rápido – geral” ou diretamente pelo link http://ip.cianorte.pr.gov.br:8082/portal-contribuinte/consulta-carne.

A emissão é exclusivamente on-line e outra opção é o uso do Oxy Cidadão, um aplicativo gratuito, que funciona nos sistemas Andoid e IOS, possibilitando a consulta e download de boleto, bem como copiar o código de barras para o Internet Banking.

Os contribuintes que não possuem acesso à internet poderão solicitar as guias pessoalmente, na Divisão de Receitas Diversas, localizada no primeiro piso do Paço Municipal. Os vencimentos das parcelas ocorrem a partir do dia 20 de fevereiro.

 

IPTU – Os boletos para pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2022 também estarão disponíveis para consulta a partir de segunda-feira (17), seguindo a mesma estratégia de emissão on-line, pelo site do Município (http://ip.cianorte.pr.gov.br:8082/portal-contribuinte/consulta-carne) ou aplicativo Oxy Cidadão. O atendimento presencial para quem não possui internet ocorre na Divisão de Receitas Imobiliárias. O prazo para pagamento – tanto à vista, com 10% de desconto, quanto da primeira das 11 parcelas – é o dia 25 de fevereiro. As demais cotas terão o vencimento sempre no dia 20 de cada mês.

Fonte/Foto: ACPM

Procon notifica empresas sobre cancelamento de passagens aéreas e esclarece dúvidas

O Procon-PR, vinculado à Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, notificou nesta quarta-feira (12) as companhias aéreas Latam, Gol e Azul pelo cancelamento de passagens. O órgão de defesa do consumidor cobrou uma resposta das empresas sobre quais medidas estão tomando para atenuar o transtorno para os passageiros.

Entre a última quinta-feira (6) e essa semana quase mil voos foram cancelados por conta da pandemia de Covid-19 em todo o território nacional. As operações estão sendo afetadas pelo índice de contaminação dos funcionários.

Com a perda de validade das normas que flexibilizaram as regras de remarcação de passagens aéreas em 31 de dezembro, as companhias têm, agora, sete dias para reembolsar o consumidor em caso de cancelamento, segundo a Resolução 400/2016 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Desde março de 2020, em razão da pandemia, a remarcação de passagens estava isenta de cobrança.

Para esclarecer dúvidas dos consumidores, a Agência Estadual de Notícias convidou a chefe do Procon-PR, Claudia Silvano, para esclarecer algumas dúvidas dos consumidores.

O Procon-PR vai notificar as companhias aéreas devido aos cancelamentos dos últimos dias?

O Procon-PR vai notificar as empresas aéreas que anunciaram o cancelamento de voos em razão de contaminação da tripulação. As empresas que serão notificadas são Latam, Azul e Gol. Elas deverão explicar o que estão fazendo para atender os usuários.

Como o passageiro pode proceder diante do cancelamento da passagem? Nesse primeiro momento, é preciso recorrer a um advogado?

Não é preciso recorrer a um advogado. O consumidor deve entrar em contato com a empresa e, caso não tenha seu interesse atendido, pode fazer o registro de reclamação através da plataforma consumidor.gov.br.

Quais são os direitos garantidos ao consumidor no caso de passagens aéreas promocionais canceladas pelas companhias?

O consumidor tem o direito à devolução integral do valor. A realocação em outro voo só pode acontecer se for do interesse dele.

Quais são os prazos para que as empresas aéreas remarquem as passagens ou reembolsem os passageiros que tiveram seus voos cancelados?

Se houver o cancelamento o reembolso deve acontecer em até sete dias. Quem pagou com cartão de crédito deve ter estorno será na fatura. O reembolso não será mais feito com base na correção monetária pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), como vigorou até 31 de dezembro de 2021.

Caso o passageiro esteja positivado para Covid-19 ou com gripe, ele pode alterar o voo sem custo adicional? Quais são os direitos garantidos por lei?

Se o cancelamento partir do usuário, ele terá que se sujeitar às regras acordadas no momento da compra e multas contratuais.

Para a pessoa que está voltando para casa e descobre que o voo foi cancelado pela companhia no aeroporto. Quem irá arcar com as despesas de hotel, alimentação e etc? Como essa pessoa pode proceder nessa situação?

A empresa aérea deverá providenciar ao consumidor alimentação, realocação em outro voo e hotel caso a companhia faça o cancelamento do voo do passageiro que está em trânsito.

Outras dúvidas podem ser consultadas diretamente com o Procon no site do órgão.

Fonte/Foto: AEN

Variante Ômicron deixa 10 capitais em alerta crítico e intermediário

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma nota técnica hoje (12) em que informa que um terço das unidades da federação e 10 capitais encontram-se nas zonas de alerta intermediário e crítico, segundo análise das taxas do dia 10 de janeiro em comparação com a série histórica e considerando a ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS). 

De acordo com o Observatório Covid-19 da Fiocruz, entre as capitais, Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) estão na zona de alerta crítico e Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%) na zona de alerta intermediário.

Segundo a análise, até o momento, o patamar de leitos é diferente do verificado em 2021, mas a fundação alerta para um crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI diante da ampla e rápida proliferação da variante Ômicron no Brasil. Entretanto a Fiocruz avalia que “menções a um possível colapso no sistema de saúde, neste momento, são incomparáveis com o que foi vivenciado em 2021”.

De acordo com os pesquisadores do Observatório Covid-19, o número de internações em UTI hoje ainda é predominantemente muito menor do que aquele observado em 2 de agosto do ano passado, por exemplo, quando leitos começavam a ser retirados, mas ressalta que o grande volume de casos já está demandando de gestores atenção e o acionamento de planos de contingência.

“Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, consideramos fundamental ratificar a ideia de que temos um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da covid-19 pela Ômicron. Não podemos deixar de considerar o fato de a ocupação de leitos de UTI hoje também refletir o uso de serviços complexos requeridos por casos da variante Delta e casos de Influenza”, disseram os pesquisadores.

Os pesquisadores alertam ainda que é importante também reorganizar a rede de serviços de saúde por conta dos desfalques de profissionais afastados por contrair a infecção, garantir a atuação eficiente da atenção primária em saúde no atendimento a pacientes empregando, por exemplo, teleatendimento, e prosseguir com a vacinação da população.

Fonte/AGbr

Em breve, moradores do Jardim Santa Felicidade contarão com Salão Comunitário

Quem passa pelo Jardim Santa Felicidade já observa uma importante obra que está sendo construída para beneficiar a população local. Trata-se do futuro Salão Comunitário, que conta um investimento no valor de mais de R$ 1,3 milhão, com recursos do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA) e contrapartida do município. Localizado na Rua Takashi Nishyama, no final da Avenida Ceará, o espaço terá uma área total de 504,20 m² e contará com recepção, banheiros masculino e feminino, sala de manutenção e limpeza, duas salas multiuso, cozinha, churrasqueira, área de apoio e salão social. A obra está prevista para ser concluída em julho.

A área externa conta, ainda, com cinco vagas de estacionamento, sendo que, uma é reservada para idosos e uma para portadores de necessidades especiais. O projeto prevê ainda a reforma da praça com calçada, paisagismo e iluminação externa. O salão comunitário será disponibilizado para o uso das associações de moradores, culturais, desportivas, de assistência social e afins, assim como para a comunidade do bairro. “Esse era um pedido da população. Nesse espaço, será possível desenvolver atividades de lazer e eventos variados. Certamente, garantirá mais qualidade de vida para todos que residem na região”, pontuou o prefeito Marco Franzato.

Fonte/Foto: ACPM

Informe semanal da dengue registra mais 61 casos da doença no Paraná

O boletim semanal da dengue publicado nesta terça-feira (11) pela Secretaria de Estado da Saúde registra 61 casos a mais que o informe anterior, alcançando 613 casos confirmados no total. Os dados são do 20º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022.

Até o momento, 298 municípios registraram notificações de dengue e 109 confirmaram a doença, sendo 79 com casos autóctones, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência.

O Paraná ainda não registra óbitos pela doença e foram descartados 1.015 casos nesta semana.

Segundo informações do boletim, os sorotipos Denv1 e Denv2 circulam no Paraná, mantendo a mesma tendência observada no período epidemiológico anterior.

O informe também ressalta que há risco climático alto para proliferação do vetor transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya nas regiões litorânea e Noroeste, por isso é importante que a população esteja atenta na eliminação de focos do mosquito.

Confira o boletim completo AQUI.

Fonte/Foto: AEN