Rua de Lazer leva alegria às crianças do Ovídio Franzoni neste sábado

Assessoria

Neste sábado (29), o conjunto Ovídio Franzoni recebe o projeto Rua de Lazer, no campo do ginásio de esportes, das 13h30 às 17h30. A ação é promovida pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, em parceria com o curso de Educação Física da Unipar. Na ocasião, as crianças participarão gratuitamente de gincanas, recreações, brinquedos infláveis e distribuição de doces, tudo com muita alegria e diversão.

“O Rua de Lazer é realizado mensalmente em diferentes localidades da cidade. Desta vez, levaremos o projeto para o Ovídio Franzoni, mas as crianças de todos os bairros podem desfrutar da estrutura”, destaca a secretária da pasta, Pauliane Moreno Guides.

PM registra aumento de 65% na apreensão de drogas na fronteira

AEN – Foto: BPFRON 

Nos primeiros 100 dias desta segunda gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) da Polícia Militar do Paraná apreendeu mais de 16 toneladas de drogas nas fronteiras de países vizinhos com municípios paranaenses. O número representa um aumento de 60% nas apreensões em relação com o mesmo período de 2022, quando foram apreendidas pouco mais de 10 toneladas. O número de prisões, no mesmo período, aumentou em 35%, passando de 122 no ano passado para 165 em 2023.

Desde o começo do ano, as ações do BPFron resultaram, também, na apreensão de mais de 820 mil pacotes de cigarros contrabandeados, 78 armas de fogo, 470 munições, 1.830 celulares, 2.650 unidades de veneno agrícola e 7.732 unidades de anabolizantes. Os militares estaduais apreenderam, ainda, 209 veículos durante as ações.

O BPFron atua em conjunto com as demais forças de segurança, como a Polícia Civil e Polícia Federal, coibindo crimes transfronteiriços, principalmente tráfico de drogas e armas que chegam ao Paraná.

“A região de fronteira do Paraná é um ponto muito utilizado para o tráfico de drogas e contrabando de armas”, diz o comandante-geral da PMPR, coronel Sérgio Almir Teixeira. “Por este motivo, sempre realizamos o reforço de policiamento e contamos com o apoio das demais forças de segurança do Estado e do País. Ao longo de 2023 teremos diversas ações de combate aos criminosos”.

INTEGRAÇÃO – A integração entre as forças de segurança do próprio Paraná e também com as de outros estados é a principal linha de combate ao crime, principalmente em áreas de fronteiras e divisas. Essa estratégia ganha força nesta nova gestão do Estado. Em março, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) realizou, em Curitiba, um encontro de secretários estaduais do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

As autoridades foram unânimes em reconhecer que as ações nas fronteiras Sul se refletem em todo o Brasil e que alinhamento, boas práticas, compartilhamento de base de dados e serviços de inteligência são fundamentais para combater o crime organizado. A integração propostas pelos secretários envolve investigações em conjunto, atividades de caráter preventivo e ostensivo nas divisas e em regiões de fronteira, além do compartilhamento de dados de inteligência.

BPFRON – O Batalhão de Polícia de Fronteira atua em 139 municípios, que abrangem um raio de 150 quilômetros além da linha divisória terrestre do território nacional. Opera em 447 km de fronteira, sendo 208 km com o Paraguai e 239 km com a Argentina. Além disso, a área também faz divisa com os estados do Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

A sede e sua primeira companhia estão localizadas em Marechal Cândido Rondon, no Oeste. A segunda, a terceira e a quarta companhias estão situadas em Guaíra, Santo Antônio do Sudoeste e Umuarama. A base do Pelotão C.O.B.R.A. (Corpo de Operações de Busca e Repressão Aquática) está em Entre Rios do Oeste e o Pelotão de Operações com Cães do BPFron fica na sede da unidade.

Ciclovia da Avenida Espírito Santo ganha nome do pioneiro Erasmo Teixeira Vilela

Assessoria 

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Cianorte presidida pelo vereador Wilson Pedrão (Republicanos) realizada na tarde desta segunda-feira, 17, contou com a votação em segundo turno de discussão o Projeto de Lei do Legislativo nº 008/2023, de autoria da vereadora Márcia Pereira (PL). O projeto aprovado por unanimidade concede denominação à via pública, pelo qual fica nomeada de Erasmo Teixeira Vilela a ciclovia projetada na Avenida Espírito Santo.

O senhor Erasmo Teixeira Vilela foi um pioneiro que trabalhou para a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, abrindo picadas desde Maringá para formação da cidade de Cianorte, isto mais ou menos no ano de 1948. Casou-se em 1950 com Hilda Vandressen Vilela, e continuou trabalhando para a Companhia, além de abrir picadas, cruzetando postes e motorista por muitos anos. Veio residir em definitivo em Cianorte no ano de 1954. Pai de Cleunice Vandressem Vilela Previati (In Memorian) e Leni Vandressen Vilela Vergilio. Ao longo de sua vida trabalhou também na lavoura, teve bar na antiga rodoviária da Praça Raposo Tavares e na atual, foi corretor e também taxista onde trabalhou no ponto da Praça 26 de Julho e da atual rodoviária. Teve um depoimento no Livro Cianorte – sua história contada pelos pioneiros, na página 34. Familiares do Sr. Erasmo estiveram presentes no plenário, a sua filha Leni agradeceu à vereadora Márcia e aos demais vereadores pela homenagem ao seu falecido pai.

Também foi aprovado em segundo turno o Projeto de Lei do Legislativo nº 033/2023, de autoria dos vereadores Wilson Pedrão, Márcia Pereira, Nenão da Júpiter (Solidariedade), Pastor Dejair (MDB), Edvaldo ‘Estância Luana’ (Patriota), Professora Neuza (Podemos), Rodrigo ‘Enfermeiro’ (PSD), Thiago Fontes (União Brasil) e Tuika (PV), que dispõe sobre a concessão de férias, terço constitucional de férias e 13º subsídio aos Secretários Municipais do Município de Cianorte, que foi aprovado com voto contrário do vereador Edvaldo ‘Estância Luana’.

Do Executivo em segundo turno de votação foram aprovados por unanimidade quatro projetos: Projeto de Lei Complementar nº 010/2023, de alteração na estrutura administrativa da Secretaria Municipal de Educação; Projeto de Lei Complementar nº 017/2023, que inclui a Coordenadoria de Controle de Distribuição de Oxigenoterapia Domiciliar na estrutura administrativa da Divisão de Atenção Básica à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde; Projeto de Lei nº 020/2023, que autoriza abertura de crédito adicional; Projeto de Lei nº 019/2023, que autoriza o Poder Executivo a promover a premiação de crianças/estudantes destaques em programas e projetos da Secretaria Municipal de Educação.

Em primeiro turno de votação foram aprovados os seguintes projetos: Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 016/2023; Projeto de Lei do Executivo nº 021/2023; Substitutivo ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 053/2023, de autoria do vereador Rodrigo ‘Enfermeiro’ (PSD); Projeto de Lei do Legislativo nº 027/2023, de autoria do vereador Tuika (PV) e sua Emenda Supressiva nº 017/2023; e, o Projeto de Lei do Legislativo nº 018/2023, de autoria do vereador Pastor Dejair (MDB) e a sua Emenda Modificativa nº 018/2023.

Cianorte amplia vacinação com bivalente contra Covid-19 para todos acima de 18 anos

Assessoria

Conforme anúncio do Ministério da Saúde, realizado na segunda-feira (24), a vacinação com a bivalente contra a Covid-19 passa a contemplar todas as pessoas com idade acima dos 18 anos. Em Cianorte, a aplicação para o novo público tem início nesta terça-feira (25), a partir das 13h, em todas as Unidades Básicas de Saúde.

A vacina protege contra o vírus original, a Ômicron e subvariantes. Para receber é preciso ter, pelo menos, duas doses dos imunizantes anteriores (monovalentes) e 120 dias de intervalo da última. A aplicação segue de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 16h, sendo que nas UBSs do Morada do Sol, Vila Sete e Cianortinho vai até as 19h.

Desde que a vacinação com a bivalente começou em Cianorte, em 28 de fevereiro deste ano, a aplicação foi realizada por grupos prioritários, ampliados gradualmente, de acordo com as recomendações do Governo do Paraná e a destinação de doses. Somadas as remessas, o Município recebeu 10.770 doses, das quais foram aplicadas 4.650.

Com foco na prevenção, Paraná oferta exame para diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço

Fonte/Foto: AEN

Com intuito de conscientizar a população sobre o câncer de cabeça e pescoço, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é parceira da campanha que antecede as ações do Julho Verde, mês de conscientização mundial sobre este tipo de câncer. O objetivo é diagnosticar precocemente por meio do exame de videolaringoscopia (boca e garganta), os pacientes com potencial da doença, fumantes com mais de 40 anos e com indicação médica.

A campanha ocorre em parceria com a Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV), Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

Inicialmente, o exame, que está disponível durante o ano inteiro no Sistema Único de Saúde (SUS), será intensificado nos municípios de Curitiba, Arapongas, Francisco Beltrão, Maringá e Paranaguá até o dia 31 de julho.

“No decorrer da campanha, outros municípios também disponibilizarão o exame que, além de ser simples, contribui para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno, o que consequentemente melhora o resultado do tratamento”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

O câncer de cabeça e pescoço é um termo genérico que engloba uma série de tumores malignos que podem aparecer na boca, orofaringe, laringe (cordas vocais), nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço e tireoide.

Predominantemente em homens acima de 40 anos, os principais fatores de risco são o tabagismo e etilismo, com cerca de 80% dos casos confirmados. Além disso, as infecções pelo Papilomavírus Humano (HPV, vírus que infecta pele ou mucosas, oral, genital ou anal) também favorecem o surgimento desses cânceres.

“A principal forma de prevenir este tipo de câncer é evitar o consumo de álcool e o uso de produtos com tabaco. Além disso, é importante estar em alerta e procurar atendimento médico caso apresente algum dos principais sinais e sintomas como rouquidão, pigarro, dor na garganta, dificuldades de engolir e feridas na boca”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

DADOS – No Paraná, em 2022, foram diagnosticados 1.085 casos de câncer da cavidade oral, sendo 750 em homens e 335 em mulheres. Dos diagnósticos de câncer de laringe, 334 casos foram confirmados, 286 em homens e 48 em mulheres. Os dados são do Painel de Oncologia, que agrega dados do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e Sistema de Informações de Câncer (Siscan).

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), neste ano estão previstos cerca de 920 casos de câncer de cavidade oral (tumores de lábio, glândulas salivares e orofaringe), no Paraná, sendo 720 para homens e outros 200 para mulheres. Estima-se, ainda, 540 casos de câncer de laringe, sendo 420 no público masculino e 120 no feminino.

TABAGISMO – O tabagismo é um importante fator de risco para o câncer. No Paraná, atualmente, 74% dos municípios paranaenses contam com, ao menos, uma equipe capacitada para o tratamento do tabagismo, seja na Atenção Primária em Saúde ou na Atenção Especializada. O Programa Nacional de Controle do Tabagismo é ofertado em 296 municípios do Estado e atua por meio de equipes multiprofissionais que utilizam a abordagem cognitiva comportamental e medicamentos, quando indicado.

Confira abaixo os sinais de alerta para evitar os cânceres de boca, faringe e laringe:

– Lesão na cavidade oral que não cicatrizam em 15 dias

– Placas vermelhas ou esbranquiçadas em língua, assoalho, gengiva, palato (céu da boca) e mucosa jugal (bochechas)

– Dificuldade na mastigação

– Dor ou dificuldade na deglutição

– Dificuldade na fala

– Rouquidão persistente

– Nódulos (caroços) no pescoço

– Assimetria facial

– Pigarro persistente

Veja alguns cuidados que podem ser tomados para cuidar da voz e evitar doenças na garganta:

– Não fume

– Não force a voz, não grite nem cochiche

– Não pigarrei repetidamente

– Evite bebidas alcoólicas e alimentos que causem azia e má digestão

– Evite se expor a ambientes com ar-condicionado muito frio, vapores de substâncias químicas, poluídos por poeira, mofo ou cheiros fortes

– Se alimente e durma regularmente

Série Prata: Cianorte Futsal quer casa cheia para duelo diante do Tibagi

Fonte: Blog do Martins Neto – Foto: Lucas Soti 

O Guibon Foods/Cianorte Futsal tem um importante compromisso na noite desta quinta-feira, 27, pela Série Prata do Campeonato Paranaense de Futsal Masculino 2023. Às 20 horas, a equipe recebe o Tibagi Futsal em partida válida pela sétima rodada do certame estadual. Em busca da sua quinta vitória, o time cianortense espera que a torcida compareça em peso no ‘Tancredão’.

Quarto colocado da tabela com 12 pontos ganhos, o Cianorte encara o confronto com muita seriedade. Uma vitória diante do seu torcedor será fundamental para a sequência da competição, já que manteria o time no ‘pelotão de cima’.

“Nossos atletas estão muito focados. Dentro de casa temos o dever de somar três pontos. Nosso torcedor está convocado e pode ter certeza de que o nosso time fará de tudo para retribuir o apoio”, ressaltou o presidente do clube, Vinícius Pattero.

Adversário da vez, o Tibagi faz uma campanha irregular. Com três pontos, a equipe dos Campos Gerais do Estado está na vice-lanterna (15º).

Os ingressos para acompanhar o duelo custam R$ 10 e crianças de até 11 anos não pagam entrada.

CONFIRA COMO ESTÁ A CLASSIFICAÇÃO DA SÉRIE PRATA 2023:

Cianorte apresenta redução de e 22,5% nas infrações de trânsito

Fonte: Tribuna de Cianorte – Foto: Bruna Batista 

Três radares de velocidade estão sendo instalados na Rodovia Vereador José da Silva e duas lombadas eletrônicas na Avenida José da Silveira, em Cianorte, tornando-se os primeiros dispositivos do tipo no Município.

Atualmente, Cianorte possui 13 pontos com fiscalização eletrônica de avanço de sinal. Segundo dados do da Diretoria de Trânsito (Diretran), neste ano, de 1º de janeiro a 20 de abril, foram registradas 4.840 infrações de avanço de sinal. No mesmo período do ano passado, foram 6.226, o que representa uma redução de 22,5% nas infrações de trânsito.

Ainda não há previsão para o início da fiscalização dos novos radares, já que depende de uma série de fatores, desde a calibração do equipamento até a instalação e pintura da sinalização viária. É importante destacar que os dispositivos que estão sendo instalados não são radares de avanço de sinal, como os que já existem na cidade. São de outros tipos, visando garantir a segurança no trânsito e a redução de acidentes.

Com a instalação desses novos dispositivos, espera-se que a conscientização dos motoristas aumente e a redução de infrações continue. A fiscalização eletrônica é uma importante ferramenta para a segurança no trânsito e a prevenção de acidentes.

 

Reunião apresenta o programa Moradia Legal para famílias de Vidigal

Os moradores de Vidigal que não possuem a matrícula de seu imóvel têm um importante compromisso. Nesta quarta-feira (26), às 19h, na quadra coberta do distrito (esquina das ruas Marabá e Dr. Cícero Vidigal), a Prefeitura de Cianorte, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, promove uma reunião para apresentar o Programa Moradia Legal. Proporcionada pelo Tribunal de Justiça do Paraná, a iniciativa tem como finalidade oferecer mecanismos para a regularização fundiária de habitações juridicamente vulneráveis.

O momento contará com a presença de representantes do Tribunal de Justiça e da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. “A regularização fundiária sempre foi um processo extremamente complexo, por envolver desafetação de propriedades, remanejamento de posses, conciliação em áreas de conflito, entre outros. São problemas que costumam perdurar gerações. Por isso, peço aos moradores de Vidigal que não possuem a matrícula de seu imóvel para que não percam esta oportunidade tão importante”, ressaltou o prefeito, Marco Franzato.

O PROGRAMA: O Moradia Legal foi instituído em 2020 com o objetivo de garantir dignidade, inclusão social e segurança jurídica à camada mais carente da população paranaense. Os municípios interessados em regularizar algumas áreas assinam um Termo de Adesão e indicam as localidades, independente do tamanho e da quantidade de famílias residentes. Então, uma empresa conveniada realiza o levantamento de dados e documentações. A estimativa do Tribunal de Justiça é de que a regularização ocorra num prazo de seis meses até um ano, após a apresentação dos documentos necessários. Concluído o processo, o morador recebe em mãos a matrícula de seu imóvel.

Prefeito de cidade do Paraná de 65 anos se casa com adolescente de 16

Ric Mais – Foto: Reprodução 

O prefeito de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Hissam Hussein se casou no dia de 12 de abril com uma adolescente de 16 anos. Hissam tem 65 anos e está no segundo mandato como chefe do executivo do município.

A adolescente Kauane Rode Camargo é a terceira esposa de Hissam. Ele se divorciou da segunda em 2022. Embora Kauane seja menor de idade, o casamento não é ilegal, já que a jovem é emancipada pelos pais e que no Brasil, é possível casar com consentimento dos pais aos 16 anos.

A primeira dama frequenta o ensino médio em uma escola cívico-militar do município. Em 2022, participou do concurso Miss Araucária, na categoria teen, e foi eleita como segunda princesa.

Entrar com recurso no INSS ou ir à Justiça? O que fazer se seu benefício está parado na fila

Natalie Vanz Bettoni – Folhapress – Foto: Agência Brasil 

A resposta negativa do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a um pedido do segurado pode ser questionada com recurso administrativo no instituto ou na Justiça. Há atualmente um universo de 1,8 milhão de segurados à espera de uma resposta a um pedido inicial.

Para quem tem o pedido negado, o caminho pode ser ainda mais longo. Mesmo quando a renda é garantida pela Junta de Recursos do INSS, a espera para o cumprimento de decisões ultrapassa prazos previstos por lei e prejudica o segurado.

Segundo auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), o julgamento de recursos administrativos contra decisões do INSS apresenta diversas fragilidades que, entre outros efeitos, provoca grandes atrasos na finalização de processos. A análise aponta que seriam necessários 16 anos para julgar os acórdãos pendentes em 2021.

A paulistana Yasmin Santos Araújo da Silva, 30, que recebia o BPC (Benefício de Prestação Continuada) desde 1997, espera há mais de três anos para ter a renda restabelecida. Ela tem paralisia cerebral espástica, com movimentos reduzidos nos braços e pernas, e fica aos cuidados de sua avó, Maria Cícera Araújo da Silva, 68.

Em fevereiro de 2020, o BPC foi suspenso pela não realização da prova de vida. A avó conta que, nesta época, recebeu uma carta que não entendeu, mas contou com a ajuda da filha —mãe de Yasmin— para ir ao Cras (Centro de Referência da Assistência Social) renovar seu cadastro.

“Mas, no outro mês, quando fui receber, o INSS já tinha suspendido o benefício”, conta.

A família entrou com recurso administrativo no instituto, que foi julgado favorável à beneficiária em setembro de 2022. Porém, até abril de 2023, o benefício não havia sido restabelecido.

“A minha filha entrou com recurso e não sei o que fazer. Ela ganhou, mas, até agora, não saiu nada, e estou muito necessitada. Agora mesmo Yasmin está com problema na boca e tem de estar cuidando, tem de estar tratando, e às vezes não tem nem como levar”, conta a avó.

Maria Cícera diz que a falta de benefício prejudica a subsistência de ambas, visto que não trabalha para conseguir cuidar da neta.

“Estou sofrendo aqui, porque ela usa fralda, nunca andou, e eu também estou cheia de problemas de saúde. Ela usa remédio, eu também uso bastante remédio. A sorte é a minha filha, que me ajuda, mas ela também tem as responsabilidades dela e está muito difícil”, relata.

Procurado pela reportagem, o INSS afirma que reativou o BPC de Yasmin em cumprimento à decisão da Junta de Recursos, mas ressalta que o documento judicial que consta no processo pode ser utilizado somente para recebimento de benefício em nome de menor de idade e que, como Yasmin já tem mais de 18 anos, outros documentos serão necessários.

“O responsável por ela precisará apresentar uma procuração [se houver a incapacidade de locomoção, por exemplo] ou documento em que conste como representante legal [se houver incapacidade para a vida civil]. No primeiro caso, o documento pode ser obtido em cartório e, no segundo, pela Justiça”, diz.

O INSS acrescenta que, caso seja necessária a solicitação à Justiça, há a possibilidade de receber o benefício temporariamente como administrador provisório. “Nesse caso, após a solicitação judicial, é necessário apresentar ou anexar no Meu INSS (aplicativo ou site gov.br/meuinss) os documentos relativos ao processo judicial.”

Para mais informações, o órgão indica o contato pelo telefone 135. “Por esse número ou pelo Meu INSS, também será possível, nos próximos dias, saber sobre o pagamento, que inclui valores de janeiro de 2020 a março de 2023.”

QUANDO ENTRAR NA JUSTIÇA CONTRA O INSS?

Segundo Rômulo Saraiva, advogado especialista em Previdência Social, a decisão de submeter o caso aos tribunais depende de fatores como a temática, a conveniência e a urgência, sendo ideal a análise de um especialista: “Às vezes, o segurado tem melhores chances de ter seu pleito aceito no âmbito administrativo do que judicial e vice-versa.”

Particularidades como a localização do segurado podem influenciar a decisão, considerando que a fila do INSS costuma ser menor em algumas agências —o que são exceções, considerando que a média de espera nacional de um recurso no INSS é de 411 dias.

“No geral, a espera da resposta do recurso é massacrante. E mesmo assim corre o risco de levar um ‘não’ no final. Assim, dependendo do caso, nem vale a pena insistir no recurso administrativo. Melhor levar o caso para o Judiciário”, diz o advogado.

O ideal é avaliar cada caso com o auxílio de um especialista, mas há temas em que um dos âmbitos se destaca. Saraiva exemplifica com a temática da revisão da vida toda, que enfrenta grande resistência nas agências do INSS, levando à busca direta do Judiciário.

Ele ainda lembra da regra do prévio requerimento administrativo: antes de partir para a via judicial, o segurado deve buscar seu benefício junto ao INSS. “O segurado não precisa exaurir todas as possibilidades de recurso para somente depois disso procurar a justiça. Se não houver resposta em até 60 dias, a legislação já autoriza judicializar.”

DESCUMPRIMENTO DE PRAZOS DEVE SER CONSIDERADO

A Lei dos Processos Administrativos define que o prazo para análise de um benefício do INSS seja de 30 dias, com possibilidade de prorrogação por outros 30 dias. Porém, é comum que este período seja ultrapassado.

“Em grande parte das situações, o INSS demora pelo menos 90 dias para dar uma resposta do requerimento. Por diversas vezes, percebo segurados que estão aguardando há mais de um ano”, declara a advogada especialista em direito previdenciário, Taís Santos.

A especialista destaca que são benefícios de caráter alimentar, dos quais muitos dependem para sua sobrevivência, e recomenda entrar com ação judicial em casos de descumprimento de prazo.

“O segurado não deve esperar mais de 90 dias para obter uma resposta da autarquia, isso é inadmissível. Em casos de demora deve ser utilizado o mandado de segurança para que o segurado tenha seu direito respeitado”, indica.

SEGUNDO ADVOGADO, INSS SUPERVALORIZA CRITÉRIO DE RENDA AO ANALISAR BPC

O BPC é destinado a pessoas idosas ou com deficiência cuja renda por pessoa do grupo familiar seja igual ou menor a um quarto do salário mínimo.

Saraiva define o critério de renda como supervalorizado pela análise do INSS. “Às vezes a pessoa ganha um pouco a mais ou extrapola o limite, mas têm muitas despesas mensais no tratamento que desorganizam o orçamento doméstico, o que costuma ser desprezado pela perícia social administrativa.”

Ele também cita que o Estatuto do Idoso permite que coexistam na mesma casa dois idosos com renda mínima, mas que, no âmbito administrativo, as chances são menores para tais situações.

Nos últimos anos a assistência social tem baixado muito a régua do conceito de pobreza na forma da lei, gerando uma legião de pessoas desprovidas de qualquer proteção social.”

Para a aposentadoria, decisão depende do histórico profissional

O trabalhador deve levar em conta seu histórico profissional na decisão entre a via administrativa ou judicial para buscar seus direitos. Saraiva aponta que fatores como a exposição ao risco na profissão, a rotatividade de muitos empregos e extravio de documentos ou carteira profissional podem problematizar o pedido de cada segurado.

“Se a documentação estiver em conformidade e sem tanta controvérsia, é melhor resolver no INSS. Se for mais complexa, as chances são menores de o INSS ser receptivo ou sensível a tantas externalidades negativas”, conclui o advogado.

RECONHECIMENTO DE TEMPO ESPECIAL DEVE SER CONSIDERADO

Taís Santos, advogada especialista em direito previdenciário, afirma que ações relativas à aposentadoria especial e aposentadoria por tempo de contribuição com reconhecimento de tempo especial, que consideram o período trabalhado em condições nocivas à saúde, costumam exigir ação da Justiça para garantia de direitos.

Porém, algumas situações valem ser discutidas em âmbito administrativo, como o reconhecimento de tempo especial por enquadramento profissional ou de períodos em que o segurado comprova atuação em função nociva à saúde até 28 de abril de 1995, indicada de forma idêntica às categorias profissionais previstas em legislação (Decretos nº 53.831/1964 e nº 83.080/1979, também listadas no Anexo III).

Já para casos posteriores a esta data, a advogada recomenda a ação na Justiça Federal. “Não recomendo juizado de pequenas causas devido à complexidade destes temas”, afirma.

A advogada e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Adriane Bramante, afirma que o contribuinte individual que trabalha exposto a agentes nocivos só consegue se aposentar pela Justiça. O mesmo vale para o vigilante ou vigia, que aguarda decisão do STF.

Bramante afirma que a via administrativa pode ser uma boa opção para a aposentadoria especial.

“O recurso administrativo tem sido um caminho alternativo interessante, pois o Conselho de Recursos é um órgão autônomo em relação ao INSS e os conselheiros podem decidir com base nas decisões judiciais formadas pelos tribunais superiores.”

Mas complementa. “Não há uma regra. Cada caso é um caso e depende do tipo de processo e de provas.”

ONDE AJUIZAR AÇÃO: JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS OU JUSTIÇA FEDERAL COMUM?

Para processos em busca de valores superiores a 60 salários mínimos, o ajuizamento deve ser feito no Fórum Federal, aponta Santos. Já quando é inferior a este valor, segue o de pequenas causas.

Porém, a advogada adverte que jamais recomenda o ajuizamento de ações em que se busca o reconhecimento de tempo especial em juizado de pequenas causas. “Nesses casos, sempre busco e recomendo aguardar um tempo até que o valor da causa supere o teto do juizado, para que possa ocorrer o ajuizamento na Justiça Federal, dada a maior possibilidade de discussão e apresentação de provas.”

BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE ENCONTRAM VANTAGENS NA JUSTIÇA

A advogada Adriane Bramante, presidente do IBDP, aponta que geralmente ações voltadas a benefício por incapacidade têm melhor desempenho na Justiça do que por via administrativa. “No INSS, a perícia médica é rápida, sem cumprimento do manual de perícias médicas, o que causa muitos indeferimentos.”

Santos aponta a precariedade da perícia médica do órgão, que não é realizada por especialista no problema de saúde do segurado. Além disso, no âmbito judicial há maior possibilidade de avaliação ampla e cautelosa das provas, com análise e discussão de documentos relacionados ao direito do trabalhador.

Segundo a advogada, estes são aspectos que comumente fogem à análise superficial do INSS, que também conta com excesso de critérios específicos e burocráticos que dificultam o acesso ao benefício.

Mas algumas situações permitem a discussão eficaz por via administrativa, indica Santos. “Por exemplo, quando o INSS não reconhece a qualidade de segurado ou a carência, e o segurado tiver documentos que comprovem o período de graça ou que completou sim a carência exigida para ter acesso ao benefício.”

VIA JUDICIAL PODE GARANTIR SALÁRIO-MATERNIDADE PARA TRABALHADORAS RURAIS

Há questões que podem dificultar o acesso ao benefício, como a anterioridade do pagamento das contribuições previdenciárias, gestantes reclusas ou vivendo como trabalhadoras rurais.

“O pedido precisa ser enfrentado na esfera administrativa, mas a prioridade seria conquistar o direito na Justiça”, indica Saraiva.

Bramante complementa. “O salário-maternidade tem muitas ações judiciais para reconhecimento da qualidade de segurado rural. No INSS é mais difícil.”