Projeto para futura votação eletrônica aprovado pelo Legislativo de Cianorte

A aprovação de forma unânime em segundo turno do Projeto de Resolução nº 002/2022, que altera o Regimento Interno da Câmara de Cianorte vai possibilitar a instalação do sistema eletrônico de votação, incluindo a inclusão de novas tecnologias para o andamento dos processos dentro da Casa de Leis, dando celeridade aos processos e reduzindo o consumo de papeis. O projeto é de autoria da Mesa Diretora do Legislativo, composta pelo presidente Wilson Pedrão (Republicanos), vice-presidente Afonso Lima (Rede), a primeira secretária Professora Neuza Casassa (Podemos) e o segundo secretário Rodrigo Rezende ‘Enfermeiro’ (PSD).

De acordo com a justificativa do projeto, as proposições deverão ser inseridas no sistema eletrônico, também é prevista a regulamentação e fixação dos prazos para apresentação das matérias e de publicação da pauta, além de regulamentar o pedido de vista, a fim de conferir maior publicidade, transparência e celeridade nas deliberações Plenárias aos atos da Câmara. Com tal aprovação, a Câmara de Cianorte visa implantar o sistema eletrônico de votação no segundo semestre deste ano.

Dentre os demais projetos votados em segundo turno, destaque para aprovação do Projeto de Lei nº 027/2022-D, de autoria do vereador-presidente Wilson Peres Pedrão (Republicanos), que concede o Título de Cidadão Benemérito de Cianorte ao Dr. Nilson Tunes Martins.

Além desses, houveram os seguintes projetos votados em segundo turno e aprovados por unanimidade: Projeto de Lei nº 16/2022, com Alterações no Programa de Distribuição de Cascalho e no Programa da Porteira para Dentro; Projeto de Lei Complementar nº 25/2022, que Amplia de 3 para 7 os cargos de provimento em comissão Assessor de Ações Comunitárias; Projeto de Lei nº 23/2022, que Autoriza a abertura de crédito adicional suplementar para execução de pavimentação asfáltica das Estradas Ibaté e Alba.

Em relação à votação do Projeto de Lei Complementar nº 014/2022 (Substitutivo), que dispõe sobre a criação e o funcionamento do Conselho Tutelar no Município de Cianorte, houve alteração de turno de votação após requerimento do vereador Thiago Fontes (PSL), que pediu a anulação da votação em primeiro turno realizada na sessão anterior, pois, nos termos regimentais, havia votado na condição de impedido. O requerimento apresentado foi aprovado por unanimidade e já nesta sessão o vereador Thiago Fontes não participou das votações da matéria.

Na votação da Emenda Modificativa nº 099/2022 ao Projeto de Lei Complementar nº 014/2022 (Substitutivo) houveram algumas discussões e a emenda foi rejeitada com votos contrários dos vereadores Afonso Lima (Rede), Márcia Pereira (PL), Nenão da Júpiter (Solidariedade), Professora Neuza (Podemos) e Rodrigo Enfermeiro (PSD).

Deste modo, ainda em primeiro turno, o Projeto de Lei Complementar Substitutivo nº 014/2022 foi aprovado por unanimidade.

Foto e Matéria: Fernando Melo

 

Anvisa pede uso de máscara para adiar chegada da varíola dos macacos

Agência Brasil

Diante do aumento no número de casos da varíola de macaco, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nota reforçando a necessidade de adoção de medidas “não farmacológicas”, como distanciamento físico, uso de máscaras de proteção e higienização frequente das mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vírus no Brasil.

A varíola de macaco é uma doença pouco conhecida porque a incidência é maior na África. Até o momento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) há 131 casos confirmados de varíola dos macacos, registrados fora do continente africano e 106 outros casos suspeitos, desde que o primeiro foi relatado em 7 de maio.

“A Anvisa mantém-se alerta e vigilante quanto ao cenário epidemiológico nacional e internacional, acompanhando os dados disponíveis e a evolução da doença, a fim de que possa ajustar as medidas sanitárias oportunamente, caso seja necessário à proteção da saúde da população”, diz a nota divulgada ontem (23).

Ainda, de acordo com a agência, essas recomendações protegem não só contra a varíola e a covid-19, mas também contra muitas doenças infectocontagiosas.

“Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a covid-19, mas também contra outras doenças”, reitera a Anvisa.

Diante do quadro, o Ministério da Saúde criou uma sala de situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos no Brasil. A medida, anunciada pela pasta na noite desta segunda-feira (23), tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.

“Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país”, informou o Ministério da Saúde, em nota. A pasta afirma que encaminhou aos estados um comunicado de risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença.

Foto: Marcelo Camargo/AGBR

PCPR realiza mais de 17,7 mil procedimentos de polícia judiciária durante força-tarefa mensal

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) organizou força-tarefa para reduzir o acervo de investigações policiais e cumprir ações específicas nas unidades policiais de todo o Estado. No período entre 4 e 30 de abril foram realizados 17.759 procedimentos, sendo 832 emissões de carteiras de identidade. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (23).

A força-tarefa contou com a participação de 108 unidades da PCPR. Dentre os procedimentos também foram concluídos 1.162 inquéritos policiais, 161 termos circunstanciados de infração penal, 52 boletins de ocorrência circunstanciados, 1.037 intimações e 698 oitivas. Houve, ainda, o cumprimento de 21 mandados de prisão e de 23 mandados de busca e apreensão.

O delegado da PCPR Italo Biancardi, chefe do Grupo Auxiliar de Planejamento, ressalta que a concentração de esforços durante a força-tarefa está voltada para a redução de acervos de procedimentos policiais, principalmente quanto aos crimes de homicídios dolosos e estupro de vulnerável.

“A agilização e as conclusões das investigações policiais previnem a prescrição penal, evitando ao máximo a impunidade aos responsáveis por diversos crimes”, afirma Biancardi.

Durante a força-tarefa também ocorreram ações específicas da Corregedoria-Geral da PCPR, com o objetivo de acelerar os procedimentos em trâmite.

No âmbito do Instituto de Identificação do Paraná, além da confecção de carteiras de identidade, houve a emissão 316 pareceres e laudos papiloscópicos e transcritas 127 anotações criminais.

De acordo com o delegado da PCPR Lanevilton Theodoro Moreira, chefe da Divisão Policial do Interior (DPI), o programa de força-tarefa mensal nas unidades policiais do Interior iniciou no segundo semestre de 2019.

“A DPI iniciou um programa de auxílio às unidades policiais que se encontravam em situação de dificuldade de gestão de seus serviços ou que passavam por momentos de elevação dos índices de criminalidade em sua região”, explica o delegado.

Moreira ainda afirma que para efetivar o reforço transitório é realizado um trabalho prévio em que são definidas as metas, identificados os meios necessários e, então, selecionados os servidores.

Os resultados obtidos nesta fase da força-tarefa atingiram as metas estipuladas no Plano de Trabalho, consolidando os resultados positivos da ação.

Fonte: AEN

Inscrições para atividades culturais e artísticas da FLICIA terminam na sexta-feira

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, promove entre os dias 20 e 24 de junho, a 5ª edição da Festa Literária de Cianorte – FLICIA. Para compor o evento, um edital visa a seleção de atividades culturais e artísticas, direcionado aos profissionais da cidade em diversos segmentos como contação de histórias, dança, música, palestras, workshop e teatro, mediante subsídios que variam de R$ 500 a R$ 5 mil.

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas por formulário on-line: https://docs.google.com/forms/d/1wwHkJ7LSD7ZE40fSB2cVhqf1d4KOEvgWSO_6y9MjTpY/viewform?edit_requested=true. Os interessados devem ficar atentos ao prazo que termina nesta sexta-feira (27). Cada pessoa pode participar com uma proposta. O edital do processo seletivo está disponível em https://docs.google.com/document/d/1Vjus0FZwSMWCFjoYO0JjzJPXomx9E-4Y/edit.

Quem apresentar dificuldades para a inscrição ou não tem acesso à internet pode procurar o atendimento presencial na Secretaria Municipal de Cultura, localizada no segundo piso do Paço Municipal, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. As propostas serão avaliadas pela comissão nomeada para a ocasião pela Portaria Nº 29/2022, com relação aos critérios de relevância, currículo e capacidade técnica.

“Após dois anos sem realizar o evento devido a pandemia da Covid-19, a FLICIA é aguardada com expectativa pelo público. Também é um momento para a comunidade vivenciar a arte literária e valorizar os artistas e produtores culturais de Cianorte”, enfatizou o secretário da pasta, Rodrigo Severino de Jesus.

Fonte/Foto: ACPM

Covid-19: chega ao fim estado de emergência em saúde pública no Brasil

Agência Brasil

Chegou ao fim, neste domingo (22), o estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), decretado em função da pandemia de covid-19 no Brasil.

A portaria com a decisão foi assinada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 22 de abril, e previa prazo de 30 dias para que estados e municípios se adequassem à nova realidade.

A decisão do governo brasileiro foi tomada com base do cenário epidemiológico mais arrefecido e o avanço da Campanha de Vacinação no país. Segundo o Ministério da Saúde, apesar da medida, nenhuma política pública de saúde será interrompida.

“A pasta dará apoio a estados e municípios em relação à continuidade das ações que compõem o Plano de Contingência Nacional”, garantiu o governo.

Histórico

No último dia 12 de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou, a pedido do Ministério da Saúde, o prazo de validade das autorizações para uso emergencial de vacinas contra covid-19, que deixariam de ser usadas na campanha de vacinação contra a doença com o fim do Epin. A medida vale também para medicamentos que só deveriam ser usados durante a crise sanitária. Segundo a decisão da Diretoria Colegiada da Anvisa, as autorizações permanecerão válidas por mais um ano.

No mesmo dia, a Anvisa alterou a resolução que permite a flexibilização das medidas sanitárias adotadas em aeroportos e aeronaves, em virtude do encerramento do estado de emergência. Entre as mudanças, estão a retomada do serviço de alimentação a bordo e permissão para retirada de máscaras para se alimentar, durante o voo.

Segundo o Ministério da Saúde, o governo federal empenhou quase R$ 34,3 bilhões para a compra de cerca de 650 milhões de imunizantes contra a covid-19.

“Por conta da vacinação, o Brasil registra queda de mais de 80% na média móvel de casos e óbitos pela covid-19, em comparação com o pico de casos originados pela variante Ômicron, no começo deste ano. Os critérios epidemiológicos, com parecer das áreas técnicas da pasta, indicam que o país não está mais em situação de emergência de saúde pública nacional”, ressaltou o Ministério em nota.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Paraná reafirma compromissos para reduzir emissões de carbono no setor agropecuário

O Paraná reafirmou o compromisso com o uso de Sistemas e Práticas do ABC+, programa que propõe novas estratégias com o objetivo de reduzir emissões de 1,1 bilhão de toneladas de carbono equivalente até 2030. O posicionamento foi apresentado na 1ª Reunião Nacional do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+), realizada em maio no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Brasília, com a presença dos coordenadores dos Grupos Gestores Estaduais (CGE) das 27 unidades federativas.

O Estado está reestruturando o Grupo Gestor Estadual do ABC+, que tem coordenação da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Dele participam outras 15 instituições, que indicaram 30 profissionais para estudar e estabelecer novas metas de mitigação, além de definir estratégias de ação para que o programa seja cumprido.

“Muitos dos sistemas e práticas preconizadas pelo programa já estão consolidadas há décadas no Estado”, disse Breno Menezes de Campos, chefe do Departamento de Florestas Plantadas (Deflop), da Seab, e coordenador do Grupo Gestor Estadual do ABC+.

O Plano ABC tornou-se uma referência para as políticas públicas promotoras de sustentabilidade no setor agropecuário, especialmente num período em que temas ambientais estão entre as principais preocupações mundiais.

“A estratégia de ação do Plano ABC levou à implementação de iniciativas que têm por objetivo garantir fundamentais ganhos econômicos aos produtores brasileiros, mas de forma intrinsecamente alinhada com o estabelecimento de sistemas de produção que permitam aumentar sua resiliência, garantindo capacidade de adaptação frente aos impactos externos e que controlam também as emissões de gases de efeito estufa associados ao setor”, reforçou Breno Campos.

NOVOS SISTEMAS – O primeiro programa brasileiro previa recuperação de áreas degradadas, plantio direto, integração lavoura e pecuária, posteriormente acrescido de florestas; tratamento de dejetos (suínos) e florestas plantadas. No Programa ABC+, estabelecido para o decênio 2010-2020, foram acrescentados três novos sistemas e práticas: sistema plantio direto hortaliças, sistemas irrigados e terminação intensiva na pecuária de corte.

Também ampliou-se o escopo de outras três práticas já existentes: recuperação de pastagens degradadas; bioinsumos, que inclui fixação biológica de nitrogênio e microrganismos promotores do crescimento de plantas; e manejo de resíduos da produção animal, que considera outros excedentes, além de dejetos animais, e estimula o uso de subprodutos obtidos, como bioenergia e biofertilizante.

PARCEIRA – Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o setor agropecuário tem contribuído de forma positiva nesse esforço. “A agricultura paranaense sempre foi parceira do governo federal e, mais uma vez, está unida para impedir a emissão de 1,1 bilhão de toneladas de carbono equivalente até 2030, de acordo com a meta estabelecida”, enfatizou.

“Já avançamos bastante, mas continuaremos desenvolvendo nossas atividades com base em critérios de sustentabilidade social, ambiental e econômica, garantindo que a família rural se mantenha como protagonista das ações”, arrematou.

Fonte: AEN

Municípios da Amenorte reúnem-se para tratar da criação da IGR do Turismo

Na manhã desta sexta-feira (20), prefeitos, secretários municipais e pessoas ligadas à área do turismo dos 11 municípios pertencentes à microrregião reuniram-se, no Paço Municipal Wilson Ferreira Varella, para tratar da criação da Instância de Governança Regional (IGR) da Amenorte. A medida se faz necessária por constituírem-se como espaços de articulação, coordenação e monitoramento de políticas, planos, projetos e ações na busca do desenvolvimento.

O presidente da Amenorte e prefeito de Tapejara, Rodrigo Pezão, afirmou que “a associação está articulada e unida em prol da criação da IGR. Nosso consórcio é multissetorial e está a disposição para somar forças com o segmento turístico”.

Conforme o presidente do Conselho Municipal de Turismo de Cianorte, Sidney Valeriano, com a criação, a IGR passa a ser responsável pela definição de prioridades, pela coordenação das decisões a serem tomadas, pelo planejamento e execução do processo de desenvolvimento do turismo na região. Daí a importância de estar atrelada a uma associação regional de municípios.

“O turismo é uma indústria sem chaminé. Gera impostos, renda, empregos e prosperidade. Com a pandemia e o consequente isolamento social, percebemos que o melhor lugar do mundo é onde a gente mora, e que o turista não precisa ser alguém que vem de longe. Muitas vezes, é o morador do próprio município. Incentivamos o desenvolvimento do turismo, por sabermos que é um negócio rentável”, disse o coordenador da Paraná Turismo, Velozo Santos, representando o presidente, Irapuan Cortes.

“As IGRs desempenham um papel estratégico e inovador. Queremos aproveitar a constituição da área da Amenorte para replicar o mapa turístico. Após esta reunião, a solicitação será encaminhada para a Paraná Turismo dar sequência ao trabalho de consolidação e reconhecimento da nova composição”, explicou a coordenadora de Turismo de Cianorte, Ângela Andrade. “Com isso, teremos muitos avanços, uma vez que com a participação do poder público, do setor privado e de outras entidades representativas, pensaremos estratégias para o setor em âmbito regional”, completou a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Larissa Biggi.

A reunião contou, ainda, com a presença da coordenadora da Regionalização Turística da Paraná Turismo, Alessandra de Paula Xavier; da chefe do Escritório Regional, em Maringá, Ana Maria Esteves Ferreira Assis Cavalheiro; da turismóloga, Maria Fernanda Franzói; e da coordenadora estadual do GT Rural, Vera Meza.

Fonte/Foto: ACPM

Tecnologia pode reduzir em 40% uso de energia na construção até 2050

O Ministério da Minas e Energia (MME) lançou hoje (19) um estudo que visa a estimular a discussão e o uso de tecnologias de eficiência energética no setor de edificações por meio da adoção de procedimentos de digitalização. Essas ferramentas podem ser usadas durante todo o ciclo de vida de um edifício. De acordo com o estudo, essa possibilidade de redução no consumo de energia no setor de construção pode chegar a 40% até 2050, o que representaria um ganho total de 161 TeraWhatts (TWh).

Esse valor, segundo o diretor do Departamento de Acompanhamento Energético do MME, Carlos Alexandre Pires, é comparável ao consumo anual de eletricidade de cerca de 3.360 mil domicílios e equivale a 815 mil toneladas de carbono (tCO2) de emissões evitadas, ajudando o país a cumprir as metas acordadas para redução de gases do efeito estufa.

“As ferramentas digitais podem contribuir para a eficiência energética durante todo o ciclo de vida de um edifício, considerando a fase pré-operacional, na fabricação dos materiais, e as fases de projeto, de construção e de operação do edifício”, disse Pires durante a videoconferência para lançamento da pesquisa. “A digitalização nessas fases da edificação é fundamental para o alcance das metas climáticas na construção. Ativando potenciais para a redução de carbono, embutidos nos materiais e nos processos de construção”, acrescentou.

O estudo Digitalização e eficiência energética no setor de edificações no Brasil foi realizado em cooperação com o governo alemão e analisou 20 soluções digitais que podem contribuir para a eficiência energética durante todo o ciclo de vida de uma edificação.

Estas soluções passam pela adoção de tecnologias de gestão e automação; programas computacionais de modelagem dos edifícios; tecnologias de gerenciamento e segurança dos dados, usadas desde o desenho e modelagem dos edifícios aumentando o desempenho energético da edificação por anos, como a orientação solar, sistemas de ventilação, envoltória, dentre outros.

Além disso, a digitalização dos processos de construção pode impulsionar a padronização de componentes e processos de construção associada a medidas de eficiência.

Entre os casos analisados pelo estudo está o da construção de um condomínio residencial no bairro do Catumbi, no Rio de Janeiro, no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida, com apartamentos variando de 46,21 m² a 43,46 m².

Alterações, obtidas após simulações na fase de projeto, levaram a mudanças na orientação dos prédios que, aliada à forma alongada dos blocos, resultaram em um favorecimento da ventilação natural. Também houve melhor orientação dos ambientes, como quartos, banheiros, cozinhas e salas; a inclusão de varandas para sombreamento da fachada; aumento do tamanho das esquadrias para aumentar a iluminação natural; instalação de sistema de aquecimento solar de água; e o isolamento térmico da cobertura (manta refletiva).

Essas e outras alterações resultaram em um incremento de eficiência energética de 1.776 kWh/ano (considerando o edifício multifamiliar como um todo) ou uma redução de 3,13% na comparação com o modelo anterior.

Outro exemplo é o de um edifício corporativo, no bairro Vila Olímpia, em São Paulo, com área construída de 257.799 m². As medidas para aumentar a eficiência energética foram adotadas pensando desde a fase de projeto até o uso do imóvel, como a implantação de sistema de gestão predial (BMS) na fase de operação; sistema de iluminação interna de elevada eficiência e envidraçamento de alto desempenho térmico e com baixo fator solar, que resultaram em uma redução no consumo de energia 49,9%.

Futuro

O documento também traça três cenários para o incremento de ferramentas de digitalização no segmento de edificações, que compreende os setores residencial, comercial e público: um mais lento, um moderado e outro de rápida inserção da digitalização.

Segundo o estudo, esses cenários podem ser agravados pela continuidade da crise econômica e com baixo crescimento da economia e outros fatores, como a implementação das diversas políticas públicas setoriais de forma descoordenada, sem sinergia entre os órgãos competentes; inexistência de linhas de crédito específicas para a implementação de soluções digitais nas edificações, a falta de definição precisa de papéis e responsabilidades em relação ao uso e garantia de equipamentos incorporados à edificação.

Em um cenário mais lento de digitalização, o documento aponta que o ganho de eficiência energética é baixo, situando-se em níveis inferiores a 10% do total de 161 TWh até 2050. Isso é comparável ao consumo anual de eletricidade de até cerca de 840 mil domicílios, e equivalendo a emissões evitadas da ordem de 200 mil tCO2.

Em um cenário moderado, o potencial de eficiência energética decorrente da digitalização atinge patamares de 20 a 30% do total de 161 TWh até 2050, comparável ao consumo anual de eletricidade de até cerca de 2.520 mil domicílios, e equivalendo a emissões evitadas da ordem de 610 mil tCO2.

Já o potencial de eficiência energética, decorrente da digitalização rápida, atinge níveis de 30 a 40% do total de 161 TWh até 2050, comparável ao consumo anual de eletricidade de até cerca de 3.360 mil domicílios, e equivalendo a emissões evitadas da ordem de 815 mil tCO2.

“A digitalização no segmento de edificações é implementada em ritmo rápido no país, sendo fortemente induzida pelo Estado, com ampla participação de investimentos privados e adoção acelerada de tecnologias digitais. Abrange todas as tipologias de edificações, em função da efetiva integração entre os diversos mecanismos institucionais e regulatórios voltados para digitalização, eficiência energética e habitação”, diz o documento.

Fonte/Foto: AGbr

Programa AFIM é estendido a todos os projetos da Secretaria de Esporte e Lazer

O Programa de Avaliação Física e Monitoramento (AFIM), fruto da parceria entre a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL) com a Unipar campus Cianorte, foi criado em 2014 para aferir o condicionamento dos praticantes de caminhada, corrida e ciclismo. Em 2015, os policiais militares também passaram a integrar o programa. Agora, em 2022, o AFIM dá um salto em sua abrangência e começa a atender todo o público assistido pelas escolinhas e projetos ofertados pela SMEL, num total de aproximadamente 1.500 pessoas. A ideia é acompanhar a aptidão física dos alunos, oferecendo orientações para a melhora do desempenho e da qualidade de vida.

Segundo o coordenador do projeto, professor Vitor Hugo Machado, “na avaliação de jovens atletas, o AFIM utiliza a bateria de testes do Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR), um observatório permanente dos indicadores de crescimento e desenvolvimento somatomotor e estatuto nutricional de crianças e jovens brasileiros entre 7 e 17 anos. Os testes são baseados em medidas de dimensão corporal: massa corporal (peso), estatura, envergadura e perímetro da cintura; e equações e testes para aptidão física: índice de massa corporal (IMC), razão cintura estatura (RCE), flexibilidade, força/resistência abdominal, força de membros inferiores, força de membros superiores, agilidade, velocidade e resistência aeróbia”, explicou.

O coordenador também ressaltou que “os resultados obtidos nas avaliações permitem identificar e analisar os fatores de risco à saúde e, em outros casos, levantar informações importantes sobre o desempenho físico dos atletas. Tais dados possibilitam melhor planejamento dos treinos, atividades e ações junto ao público”, afirmou Machado.

Com a ampliação do AFIM, os idosos do grupo Juventude Acumulada e os alunos dos projetos desenvolvidos em parceria com a Unipar já começaram a ser avaliados. Na sequência, serão monitorados os demais matriculados na Secretaria de Esporte e Lazer. “Este programa é fundamental para termos um retrato real do nosso trabalho, uma vez que as atividades ofertadas pela SMEL não têm foco único no esporte e lazer, mas também na promoção da saúde dos envolvidos. Esperamos realizar essas avaliações frequentemente”, revelou a secretária da pasta, Pauliane Moreno Guides.

Fonte/Foto: ACPM

Baixas temperaturas e geadas fracas não provocaram perdas expressivas na agricultura

Agência Estadual

A massa de ar polar que chegou ao Paraná nesta semana provocou queda de temperaturas em praticamente todo o Estado e formação de geadas fracas em algumas regiões, mas sem registro de perdas expressivas em lavouras. O frio pode até ser benéfico em alguns casos, como no trigo. O assunto é analisado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 13 a 19 de maio.

Os técnicos do Deral apontam que, apesar da preocupação que a queda na temperatura traz aos produtores, especialmente em relação à segunda safra de feijão e de milho, ela também pode ter efeitos benéficos. O trigo, por exemplo, está com 46% da área semeada, mas as lavouras ainda não chegaram em estágio crítico para o frio. Pelo contrário, a atual onda favorece a aclimatação e estimula o perfilhamento.

Além disso, temperaturas negativas controlam a população de insetos e plantas que poderiam prejudicar o cereal. Nesse caso, a geada contribui para a redução no uso de produtos de combate às pragas, o que se torna importante para os triticultores em um momento em que os custos de produção continuam em patamares elevados.

MILHO E FEIJÃO – No caso da segunda safra de milho, a não formação de geada relevante em regiões produtoras, durante a semana, descarta cenário de perdas neste momento. Com a expectativa de que a temperatura se eleve nos próximos dias, as geadas também ficam descartadas. A maioria das lavouras (55% da área) está em fase de frutificação, com condições boas em 87% delas.

Para o feijão, os primeiros informes são de que as geadas ainda não foram tão fortes a ponto de se causarem perdas expressivas. Com isso, está mantida a última projeção do Deral de se produzir 605 mil toneladas em 301 mil hectares. A alteração que se percebe, para esta segunda safra, é que o feijão-preto ganhou mais espaço em relação ao tipo cores, devido aos preços convidativos do início do ano.

SOJA E TOMATE – O documento do Deral aponta ainda a expectativa de que o Valor Bruto de Produção (VBP) da soja em 2021, que deve ser divulgado dentro de alguns dias, atinja R$ 50 bilhões, o que representaria alta de 70% se comparado com o ano anterior, ainda que a produção seja ligeiramente inferior ao recorde conseguido em 2020, de 20,7 milhões de toneladas.

O boletim também registra a queda no preço do tomate. Na Ceasa de Curitiba, as caixas de 20 quilos tiveram os preços reduzidos em 40% e foram comercializadas, neste mês, por R$ 90. Em abril, o valor estava em R$ 160. A tendência é que até setembro recuem ainda mais, na medida em que a colheita avança.

AVICULTURA E PISCICULTURA – O registro em relação ao frango paranaense é de redução em 3,29% no custo de produção em abril, relativamente ao mês anterior, caindo de R$ 5,77 o quilo produzido para R$ 5,58. A alimentação, principal item, passou a representar 75,79% do custo de produção, uma queda de 3,35% em relação a março. No entanto, se comparar com os últimos 12 meses, houve aumento de 9,45%.

A atividade envolvendo pescados ainda é pequena no Paraná. Em 2020, atingiu R$ 1 bilhão em Valor Bruto de Produção, representando 0,8% do VBP total do Estado. Mas o boletim acentua que a atividade está em expansão, sobretudo em relação à tilápia, com expectativa de crescimento acima de 20% ao ano.

Foto: AEN