Vereadores de Cianorte terão primeira sessão extraordinária de 2022

O Poder Legislativo de Cianorte terá sua primeira sessão extraordinária nesta quarta-feira, 19 de janeiro, a partir das 14 horas no prédio da entidade. A pauta da reunião tem como assunto a votação em primeiro turno de cinco projetos de lei e um projeto de lei complementar. A sessão tem transmissão ao vivo no site da Câmara de Vereadores de Cianorte e nas suas páginas no Facebook e YouTube.

A primeira votação será do Projeto de Lei nº 072/2021, que dispõe sobre a desafetação de imóveis do Município de Cianorte, no distrito de São Lourenço, para a construção de casas do Programa Habitacional Casa Verde Amarela. Em seguida, ocorrerá a votação do Projeto de Lei nº 078/2021, que altera a Taxa de Administração para o custeio das despesas administrativas da Caixa de Aposentadorias e Pensões dos Servidores Públicos Municipais de Cianorte – CAPSECI, que passa a ser de 1,6% acrescida à alíquota de cobertura do custo normal.

Haverá a votação do Projeto de Lei nº 001/2022, que dispõe sobre o reajuste dos valores do Bolsa Atleta, no valor de R$ 100,00 para cada categoria, para o ano de 2022. O Projeto de Lei nº 003/2022, entrará também na primeira discussão, apresentando uma abertura de crédito adicional especial no valor acima de R$ 5,3 milhões referentes a dois convênios firmados com o Governo do Paraná por meio do Instituto Água e Terra, sendo aproximadamente R$ 4,4 milhões para a implantação de um parque urbano no Módulo Manduhy do Parque Cinturão Verde (Convênio 183/2021) e cerca de R$ 960 mil para a  construção de um barracão industrial destinado a coleta seletiva e destinação final de resíduos sólidos (Convênio nº 191/2021). O último projeto de lei a ser colocado em votação nesta sessão é o Projeto de Lei nº 004/2022, também de abertura de crédito adicional especial de cerca de R$ 1,5 milhão conforme os convênios nº 890163/2019 e 919275/2021, para aquisição de materiais permanentes para a Secretaria Municipal de Agricultura, sendo dois containers para uso em hortas comunitárias, uma pá carregadeira e cinco máquinas e equipamentos para compor a patrulha mecanizada.

Por fim, será posto em votação em primeiro turno o Projeto de Lei Complementar nº 003/2022, que autoriza a Administração Municipal a realizar o recebimento de débitos inscritos em Dívida Ativa em até 48 parcelas mensais, sendo que atualmente o número de parcelas é limitada a 36 parcelas. Para o primeiro parcelamento não há percentual de entrada, porém, em caso de reparcelamento, devido a não cumprimento do acordo, o contribuinte deverá efetuar o pagamento de 10% do valor do débito, atualmente o valor está fixado em 20%.

Foto e Matéria: Fernando Melo

 

Cianorte conta com novo local para atendimento às síndromes respiratórias

A partir desta quinta-feira (20), os cianortenses com sintomas gripais contam com um novo espaço para atendimento dos casos suspeitos de COVID-19 e outras síndromes respiratórias. Além da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, que permanecerá com a ala específica para prestar assistência às doenças, a população pode buscar pelos serviços na Unidade Básica de Saúde da Zona 2 (Rua Curitiba, 1886), das 8h às 18h. O atendimento convencional prestado pela unidade será direcionado temporariamente para a UBS Extensão (Travessa Itororó, 400).

A medida, de acordo com a secretária de Saúde, Rebeca Galacci, se deve ao aumento da procura pelos serviços na UPA nos últimos dias. “Em dezembro, foram prestados cerca de 50 atendimentos diários e a média de casos confirmados foi de dois por dia. Em janeiro, a média de atendimentos diários passou para 208 e o número de confirmados para quase 98 por dia. Desse modo, para otimizar o serviço e garantir mais conforto e agilidade aos pacientes, optamos por disponibilizar mais este espaço, que conta com toda a estrutura necessária”, afirma. Desde dezembro, Cianorte não registra internações por COVID-19.

Fonte/Foto: ACPM

Valor médio do Auxílio Brasil será de mais de R$ 400, diz ministro

O valor médio pago aos beneficiados ao Auxílio Brasil será maior do que R$ 400, disse nesta segunda-feira (17) o ministro da Cidadania, João Roma. “O Auxílio Brasil chega mais fortalecido, ele interliga programas sociais ao programa de transferência de renda. Já no seu início teve um reajuste de 17%, mais do que o avanço inflacionário [10,06%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA], e com o benefício compensatório ele vai para R$ 400 no mínimo. [Isso] significa que o ticket médio passa a ser até maior”, disse Roma.

O ministro foi o entrevistado do primeiro programa da nova temporada do programa Sem Censura, da TV Brasile falou também sobre o trabalho do ministério para atender os atingidos pelas chuvas das últimas semanas, principalmente Bahia e Minas Gerais, a liberação de verbas para a emergência para essas tragédias e eleições.

Roma disse que o Auxílio Brasil estava beneficiando 14 milhões de famílias e, a partir de amanhã [18], mais de 17,5 milhões de famílias passam a receber um mínimo de R$ 400, após o ministério zerar a fila de espera pelo benefício.

“Sem dúvida é um avanço na transferência de renda, um incremento na política social do governo e, além disso, você tem a extensão também da tarifa social de energia elétrica, com desconto de 65% para mais 12 milhões de famílias brasileiras, lembrando que 12 milhões já eram contempladas. Começa a ser pago também desde dezembro do ano passado o Auxílio-Gás a 5,5 milhões de brasileiros, e estamos fortalecendo cada vez mais as políticas de transferência de renda”, disse.

O ministro destacou a política de qualificação e mercado de trabalho dentro do Auxílio Brasil. Ele disse que o Sistema S é o principal parceiro na capacitação de mão de obra para levar a oferta de trabalho a quem procura um emprego, mas às vezes não tem a capacitação necessária.

“A estrutura do Sistema S tem sido uma grande ferramenta, outras instituições têm avançado nisso, o próprio ministério, através de estruturas diretas com os municípios, buscando fazer essas capitações têm avançado muito nessa pauta, com ajuda de cooperativas também. São muitas iniciativas que se somam e hoje há um grande esforço para que possamos disponibilizar uma grande variedade de captação e que essa captação esteja linkada com o que o mercado está oferecendo, pois não adianta você gerar determinadas habilidades se não há vaga para aquilo”, disse.

Fonte/Foto: AGbr

Vacinação de crianças contra a Covid-19 começa nesta terça-feira em Cianorte

A Prefeitura de Cianorte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, definiu o cronograma de vacinação contra a Covid-19 para as crianças de 5 a 11 anos da cidade. Seguindo o Plano Estadual de Imunização (PEI), nessa terça-feira (18), as 410 doses pediátricas da Pfizer, recebidas na manhã desta segunda-feira (17), serão destinadas primeiro às pessoas com comorbidades e/ou deficiência permanente. A vacinação acontece, das 16h às 20h, na UBS da Zona 2 (Rua Curitiba, 1.886).

Os pequenos serão imunizados mediante o acompanhamento dos pais ou responsáveis, com a apresentação de um documento de identificação com foto, carteira de vacinação e declaração médica informando a comorbidade ou deficiência permanente, que deve ser emitida no portal do Conselho Regional de Medicina (CRM), que ateste tal condição. A chamada dos demais grupos acontecerá conforme o Município for recebendo as doses para aplicação. A Secretaria de Saúde estima que, em Cianorte, aproximadamente 10.000 crianças devem ser imunizadas.

 

ORIENTAÇÕES:

– É necessário intervalo de 15 dias com qualquer vacina do calendário infantil.

– Criança com suspeita de gripe/Covid-19 deve aguardar o desaparecimento dos sintomas para receber a vacina.

– Criança com Covid-19, só poderá receber a vacina após 30 dias.

Fonte: ACPM

 

(Foto: www.aen.pr.gov.br)

Paraná inicia campanha de vacinação infantil contra a Covid-19

Isadora Libânio Despensieri, de 6 anos, foi a primeira criança vacinada contra a Covid-19 no Paraná. O Estado iniciou a imunização infantil contra a doença neste sábado (15), em Londrina, município em que ocorreu o início simbólico da proteção contra o coronavírus para o púbico de 5 a 11 anos.

“Estávamos esperando muito a vacina, pois eu sei que a vacina é uma maneira de proteger a Isadora. As crianças sofreram muito com a pandemia, sem entender o que está acontecendo. Então, nós sabemos da importância da vacinação” disse a mãe, Gisele Libânio.

Ainda na sexta-feira (14), o Estado enviou o lote de 65.500 vacinas para as 22 Regionais de Saúde em menos de cinco horas. O quantitativo descentralizado representa cerca de 5% da população infantil do Estado, estimada em 1.075 milhão.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, esteve em Londrina para acompanhar o início da imunização infantil.

“Mais uma vez, o governador Ratinho Junior cumpriu aquilo que havia prometido. Em poucas horas do recebimento da vacina pelo Ministério da Saúde, já havíamos descentralizado o lote para todo o Estado” destacou. “A campanha seguirá acontecendo nos próximos meses. Temos mais de 1 milhão de crianças em todo o Paraná e esse é um passo importante para a proteção de todas” reforçou.

O secretário municipal de Saúde de Londrina Felippe Machado, elogiou a agilidade na distribuição das vacinas no Estado.

“Temos que ressaltar toda a logística em relação à distribuição de vacinas. Nenhum outro Estado se organizou como o Paraná. Agradeço ao governador Ratinho Junior e ao secretário de Saúde Beto Preto para que pudéssemos iniciar a vacinação das crianças” frisou.

A vacinação seguirá diretrizes semelhantes às dos adultos, sendo iniciada por crianças com comorbidades e deficiência permanente, seguidas de indígenas e quilombolas, as que vivem em lares com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19 e, então, em ordem decrescente de idade, iniciando pelos 11 anos até chegar aos 5 anos.

Fonte/Foto: AEN

Em um ano de vacinação, quase 70% dos brasileiros já tomaram 2 doses

Um ano depois de começar a vacinação contra a covid-19, o Brasil se aproxima do patamar de 70% da população com as duas doses, enquanto 15% já receberam a dose de reforço e cerca de 75% receberam ao menos a primeira dose, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A campanha coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) já tinha atingido 68% dos brasileiros com as duas doses até a última sexta-feira (14) e dá agora os primeiros passos para proteger crianças de 5 a 11 anos.

A vacinação contra a doença teve sua primeira dose administrada em 17 de janeiro de 2021, na enfermeira Mônica Calazans, em São Paulo. A profissional de saúde recebeu a vacina CoronaVac, produzida no Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Desde então, três em cada quatro brasileiros receberam ao menos a primeira aplicação de um dos quatro imunizantes adquiridos pelo PNI: AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer.

Pesquisadores da Fiocruz e da Sociedade Brasileira de Imunizações ouvidos pela Agência Brasil indicam que o resultado da vacinação foi uma queda drástica na mortalidade e nas internações causadas pela pandemia, mesmo diante de mutações mais transmissíveis do coronavírus, como a Delta e a Ômicron.

Mudança epidemiológica

Quando o Brasil aplicou a primeira vacina contra covid-19, no início do ano passado, a média móvel de vítimas da doença passava das 900 por dia, e 23 estados tinham mais de 60% dos leitos de pacientes graves da doença ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). Com doses limitadas, a campanha começou focando grupos mais expostos, como os profissionais de saúde, e mais vulneráveis, como os idosos.

Levou até junho para que um quarto dos brasileiros recebesse ao menos a primeira dose, e o país viveu o período mais letal da pandemia no primeiro semestre do ano passado, quando a variante Gama (P.1) lotou centros de terapia intensiva e chegou a provocar picos de mais de 3 mil vítimas por dia. Nos grupos já vacinados, porém, as mortes começaram a cair conforme os esquemas vacinais eram completos, e os pesquisadores chegaram a indicar que a pandemia havia rejuvenescido, já que os idosos imunizados passaram a representar um percentual menor das vítimas.

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, reforça que as vacinas reduziram a ocorrência de casos graves e mortes na pandemia, mesmo que a ascensão de variantes mais transmissíveis tenha provocado novas ondas de disseminação do coronavírus. “Não conseguimos ganhar do aparecimento de variantes, principalmente porque não houve uma vacinação em massa no mundo inteiro simultaneamente. Então, em lugares em que havia condições de alta transmissibilidade, surgiram variantes”, afirma ela, que acrescenta: “Mas as vacinas se mostraram eficazes contra formas graves e mortes mesmo nesse contexto de variantes. Neste momento, com a Ômicron, a explosão do número de casos não foi acompanhada nem pelos casos de internação nem pela mortalidade. E isso se deve à vacinação. As vacinas cumpriram o papel principal e mais importante: salvar vidas”.

Pesquisador da Fiocruz Bahia, o epidemiologista Maurício Barreto concorda e avalia que a velocidade de transmissão da Ômicron trará mais um alerta para quem ainda não tomou a primeira dose ou não concluiu o esquema vacinal.

“Esse pico que estamos começando da Ômicron vai crescer nas próximas semanas e pode atingir número grande de pessoas. Pode haver casos severos entre os vacinados, porque a efetividade da vacina não é de 100%,  mas será em uma proporção muito maior entre os não vacinados”, prevê o epidemiologista, que vê risco para os sistemas de saúde com demanda grande por internação de não vacinados. “Havendo número razoável de não vacinados, isso pode gerar enorme quantidade de casos severos. A Ômicron está expondo a fragilidade dos não vacinados”.

Barreto vê como positivo o número de 68% da população com duas doses, mas acredita que há espaço para aumentar esse percentual, porque o Brasil tem tradição de ser um país com alto grau de aceitação das vacinas. Além disso, destaca que há diferença grande entre os vacinados com a primeira dose (75%) e com a segunda dose (68%), o que dá margem para avançar entre quem já se dispôs a receber a primeira aplicação.

“De modo geral, é positivo [o percentual de vacinados]. Reflete, de um lado, o desejo da população de ser vacinada, e, do outro, o desenvolvimento de vacinas com efetividade capaz de proteger principalmente contra casos severos da doença”, afirma ele, que pondera: “Poderia ser um pouco mais. O Brasil poderia chegar um pouco além”.

Estados e municípios

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, na última semana, que o sucesso do enfrentamento da pandemia depende da colaboração de estados e municípios, principalmente com relação ao avanço nas aplicações da segunda dose e da dose de reforço. Queiroga chamou a atenção para a situação de alguns estados, principalmente da Região Norte, onde os níveis de aplicação da vacina estão baixos.

Ele comentou que assiste-se ao aumento do número de casos, mas ressaltou que ainda não há pressão sobre os estados. “Estamos ampliando os testes. Em janeiro, vamos distribuir 28 milhões de testes rápidos”. Segundo ele, em fevereiro, devem ser distribuídos 7,8 milhões de testes.

Vacinação no mundo

O percentual de vacinados com a segunda dose no Brasil posiciona o país à frente da maioria dos vizinhos sul-americanos, segundo a plataforma Our World in Data, vinculada à Universidade de Oxford. Apesar disso, Chile (86%), Uruguai (76%), Argentina (73%) e Equador (72%) conseguiram cobertura maior no continente.

Quando são analisados os 30 países mais populosos do mundo, o Brasil fica na nona colocação entre os que conseguiram a maior cobertura com duas doses, lista que é liderada pela Coreia do Sul (84,5%), China (84,2%) e Japão (78,9%). Em seguida, o ranking tem Itália (74,9%), França (74,8%), Alemanha (71,8%), Reino Unido (70%) e Vietnam (69,7%). Os países onde a população teve menos acesso às vacinas foram Quênia, Nigéria, Tanzânia, Etiópia e República Democrática do Congo, onde o percentual não chegou a 10%.

A América do Sul é o continente com a maior média de vacinação no cálculo da platafoma Our World in Data, com 65% da população com as duas doses. A lista indica grandes desigualdades regionais, com Europa (62%), Asia (58%), Oceania (58%), América do Norte (54%) e América do Sul acima da média mundial de 50% de vacinados, e a África com apenas 9,9% da população com duas doses.

Mônica Levi vê o percentual de vacinados no Brasil como alto em relação a países que lidam com movimentos antivacina mais fortes, como Estados Unidos (62%) e Israel (64%). “Eles não conseguem avançar, porque sobraram aqueles que têm resistência enorme à vacinação. A gente vê no Brasil facilidade muito maior, e estamos em situação melhor. Alguns países estão melhores que a gente, mas a resistência à vacinação aqui ainda não é tão grande, mas pode se tornar”, diz ela, que vê com preocupação a hesitação à vacinação de crianças. “É uma tristeza para nós, da área médica, ver que questões políticas estejam influenciando as decisões de pais sobre a saúde dos próprios filhos, que possa existir pais que se importem mais em seguir orientações politicas do que as bases da ciência e as conclusões de pessoas que são qualificadas para a tomada de decisões na saúde”.

Eventos adversos

A médica afirma que o público está sob bombardeio de informações confusas, que supervalorizam eventos adversos raros previstos na vacinação e ignoram os benefícios que as vacinas já trouxeram desde o início da pandemia.

“Eventos adversos aconteceram, alguns graves, mas foram extremamente raros e muito menos frequentes que a ocorrência desses mesmos quadros sendo causados pela própria covid-19. A ponderação do risco-beneficio é extremamente favorável à vacinação. A gente não está negando a existência de eventos adversos graves. Eles existem, mas são extremamente raros. Só que a gente tem que considerar as vidas salvas e os benefícios que a vacinação traz frente ao risco que é incomparavelmente menor”.

O epidemiologista da Fiocruz concorda e afirma que as vacinas contra covid-19 usadas no Brasil estão em uso em muitos outros países, o que faz com que diferentes órgãos regulatórios e pesquisadores avaliem os resultados e sua segurança.

“Internacionalmente, já são bilhões de doses. Não são vacinas dadas só no Brasil, mas no mundo inteiro. Então, há muita clareza de que há efeitos adversos, mas que são em uma proporção tão ínfima, que os benefícios os superam e muito. E, sobre isso, há uma concordância dos órgãos regulatórios, sejam brasileiros, americanos, europeus, japoneses, australianos. Milhares de instituições estão monitorando os efeitos dessas vacinas, então, há uma tranquilidade imensa de que a gente tem vacinas seguras”.

Para avançar na vacinação, Barreto acredita que é preciso entender por que algumas pessoas não completaram o esquema vacinal e identificar localmente possíveis problemas que podem ter criado dificuldades para que as pessoas retornassem aos postos. O objetivo, reforça ele, deve ser facilitar ao máximo a ida aos locais de vacinação.

Mônica Levi lembra que, em outras vacinas que preveem mais de uma dose, é frequente que a cobertura caia na segunda e terceira aplicação. ” A gente já vê isso na vacina da Hepatite B, por exemplo, que também tem três doses. Esse é um comportamento normal que a gente já via, uma dificuldade de fazer vacinas de várias doses e manter a adesão ao esquema completo”, diz ela, que ainda acha difícil prever se a vacinação contra covid-19 vai ser encerrada na primeira dose de reforço. “Mais para frente, se vamos ter novas variantes que vão obrigar a fazer vacinas diferentes, ou se a imunidade vai cair mais uma vez depois do reforço, só o tempo vai dizer”.

Fonte/Foto: AGbr

Cianorte tem índice de infestação do mosquito da dengue em 0,9%

A Secretaria Municipal de Saúde de Cianorte divulgou, na última quinta-feira (13), o primeiro Levantamento de Índice Rápido Aedes aegypti (LIRAa) de 2022. De acordo com o relatório, o Índice de Infestação Predial (IIP) para o mosquito transmissor da dengue e outras doenças, como zika e chikungunya, foi de 0,9%. O indicativo é considerado de baixo risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que preconiza o limite de até 1%. No entanto, é maior que o resultado do último levantamento de 2021, realizado em novembro, de 0,6%.

Para a secretária da pasta, Rebeca Galacci, mesmo com o cenário de baixo risco, o poder público e a população devem manter as ações de prevenção. “É essencial que cada um faça sua parte e de maneira reforçada neste período quente e chuvoso, que é propício para a proliferação do mosquito. Contamos com a colaboração de todos na eliminação dos possíveis criadouros e, assim, mantermos nossa cidade livre dos riscos das doenças causadas por esse vetor, que podem levar à morte”, destacou.

O 1º LIRAa foi realizado no período de 10 a 12 de janeiro, com base na visita a 1.543 imóveis, nos quais foram encontrados 14 focos do mosquito, em recipientes como latas de tinta, baldes, tambores e lixo reciclável mal acondicionado. Neste ano epidemiológico, que teve início em 1º de agosto de 2021, Cianorte registrou um caso de dengue e nenhum de zika ou chikungunya.

Fonte/Foto: ACPM

Leão do Vale sonha com título Estadual e mantém vivo objetivo do acesso à Série C

Por Martins Neto/Massa FM 96.9

Em 2021, o Cianorte FC teve em seu calendário as disputas do Campeonato Paranaense, Copa do Brasil e Brasileirão Série D. No início daquela temporada, o clube estipulou as seguintes metas: ser semifinalista no Estadual, chegar na terceira fase da Copa do Brasil e conquistar o acesso à Série C.

No entanto, apenas o objetivo da Copa do Brasil foi concluído, onde a equipe chegou até a terceira fase e foi eliminada pelo Santos. No Paranaense, o time foi eliminado nas quartas de final pelo Londrina, que se sagrou campeão posteriormente. Já na Série D, acabou caindo nas oitavas para o Aparecidense-GO, que também levantou a taça da quarta divisão nacional.

Analisando que os cianortenses foram eliminados em duas competições para equipes que se sagraram campeãs, podemos dizer que o clube “bateu na trave” na temporada passada. Mas, analisando também os resultados, podemos afirmar que, não fosse tantos empates e pontos desperdiçados em casa, o Leão poderia sim ter feito história em 2021:

Em 35 jogos disputados ao todo, a equipe comandada por João Burse venceu 11 (4 no PR/ 2 na CB/ 5 na SD), empatou 15 (5 no PR/ 10 SD) e perdeu 9 (4 no PR/ 2 na CB/ 3 na SD). Foram 28 gols marcados, contra 27 sofridos na temporada.

A vaga na Copa do Brasil não foi conquistada para 2022, justamente por tropeços “bobos” ou até mesmo a falta de sorte em alguns jogos do Paranaense. De acordo com o presidente do clube, Lucas Franzato os pontos que acabaram escapando durante a caminhada foram cruciais.

“Realmente, foi um ano que nós tínhamos falado sobre três objetivos principais: chegar na terceira fase da Copa do Brasil, ficar entre os quatro no Paranaense e o acesso na Série D. Acabamos conquistando sim a terceira fase da Copa do Brasil, que deu uma baita visibilidade pro clube, passando por Paraná Clube, Santa Cruz e acabamos perdendo para o Santos. Tivemos a oportunidade de estar mais de 300 minutos ao vivo para todo o Brasil, tendo uma baita visibilidade. Mas, infelizmente, no Paranaense, por um ponto, acabamos ficando de fora (da Copa do Brasil). Ou se o Coritiba se classifica entre os oito, tiraria o Azuriz e nós estariamos na Copa do Brasil. Ou também se, em qualquer momento da competição, tivéssemos conquistado um ponto a mais. Quando fazemos uma restrospectiva, são vários os pontos que poderiam ter vindo e, por detalhes, acabaram escapando”, disse Lucas.

Enfim, 2021 ficou no passado e agora é hora de projetar os objetivos para a temporada 2022. Este ano, o Cianorte disputará o Campeonato Paranaense e o Brasileirão Série D. E o sonho segue vivo. Segundo Lucas Franzato, o clube quer, no mínimo, chegar nas semifinais do Estadual e, quem sabe, brigar pelo título inédito.  O objetivo de chegar à Série C também segue muito vivo no Albino Turbay.

Para alcançar os objetivos, o clube apostou na manutenção da comissão técnica, liderada por João Burse, e também na reformulação do elenco. Até o momento, 17 reforços já foram anunciados, com destaque para o volante Ralf, ídolo do Corinthians.

“Foi um ano (2021) que, apesar de ficarmos próximos dos objetivos e não termos conquistados todos, com o equilíbrio de sempre, sabemos que, não é quando ganha que está tudo certo e nem quando perde que está tudo errado. Vendo os pontos bons e ruins, ajustando e buscando melhorias, acredito muito que essa sequencia e continuidade vai ser um dos nossos grandes diferenciais para que possamos conquistar os objetivos desse ano, que não são diferentes. Apesar de não estarmos na Copa do Brasil e não termos este objetivo, é ficar entre os quatro do Paranaense e, porque não, tentar lutar pelo título inédito que, claro, que é sempre o nosso sonho, e também lutar por um acesso à Série C”, afirmou o presidente.

A estreia do Cianorte no Campeonato Paranaense 2022 está marcada para sábado, 22, contra o Coritiba, às 16 horas, no Couto Pereira.

Foto: Divulgação Cianorte FC

CoronaVac tem eficácia contra Ômicron, mostra estudo preliminar

Um estudo realizado por pesquisadores de universidades chinesas e publicado na última segunda-feira (10) na revista Emerging Microbes & Infections, aponta que a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac, tem efetividade na neutralização da variante Ômicron. O estudo ainda á preliminar. Apesar de já ter sido publicado e passado por revisão de pares, o artigo médico-científico contém dados observados em laboratório, o que ainda não demonstra se há a mesma efetividade na população em geral.

Para o estudo, os pesquisadores usaram pseudovírus contendo a proteína Spike de sete variantes do vírus Sars-CoV-2: Ômicron, Alpha, Beta, Gama, Delta, Lambda e Mu. Um pseudovírus é uma partícula viral que possui todas as propriedades do vírus, com a diferença de que ele não infecta as células. Os pseudovírus foram utilizados na pesquisa por permitir uma manipulação mais segura em laboratório.

No experimento foi utilizado plasma sanguíneo de pessoas vacinadas com a CoronaVac e também de pessoas com infecção prévia. Essas amostras são então infectadas com os pseudovírus que carregam a proteína Spike das variantes.

O teste consiste em checar se anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo. O resultado é então comparado com a capacidade de neutralização dos anticorpos da linhagem de vírus que circulava no início da pandemia.

Os testes de neutralização conseguem avaliar a capacidade dos anticorpos de erradicar o vírus, mas não medem outros aspectos de defesa do organismo, como por exemplo a memória do sistema imunológico.

O que diz o estudo

Após produzidos os pseudovírus das sete variantes, pesquisadores analisaram anticorpos neutralizantes de 16 pessoas convalescentes de covid-19 e também de 20 pessoas que haviam tomado duas doses da vacina CoronaVac. O estudo não incluiu pessoas que tomaram doses de reforço.

No caso das pessoas que tiveram a infecção prévia, foi observada uma redução de 10,5 vezes da neutralização contra a variante Ômicron, ou seja, a neutralização pela Ômicron é 10,5 vezes pior do que para cepa original do novo coronavírus. No caso da Alfa, a redução é de 2,2 vezes; 5,4 vezes contra a Beta; 4,8 vezes contra a Gama; 2,6 vezes contra a Delta; 1,9 vez contra a Lambda; e 7,5 vezes contra a variante Mu.

Já no teste feito com os anticorpos neutralizantes das 20 pessoas que tinham tomado as duas doses da vacina CoronaVac, a redução de neutralização média foi de 12,5 vezes sobre a Ômicron; de 2,9 vezes contra a Alfa; 5,5 vezes contra a Beta; 4,3 vezes contra a Gama; 3,4 vezes contra a Delta; 3,2 vez contra a Lambda; e 6,4 vezes contra a variante Mu.

Para os autores do trabalho, essa redução de neutralização de cerca de 12,5 vezes da CoronaVac frente a Ômicron – que demonstra perda de efetividade da vacina em relação à cepa original – é muito “melhor do que os trabalhos publicados sobre duas doses de vacinas de RNA mensageiro, nas quais foi observada uma diminuição de 22 vezes e de 30 até 180 vezes da neutralização em imunizados com a Pfizer”.

Mesmo assim, os autores destacam que a comparação dos estudos da CoronaVac com a Pfizer pode ter problemas, já que a diferença encontrada entre eles pode ser atribuída a ensaios diferentes ou amostras diferentes.

“A CoronaVac, ou outras vacinas inativadas, induzem um repertório maior de imunidade contra covid-19. Recentemente, há evidências científicas de que a capacidade de neutralização da CoronaVac contra a variante Ômicron é maior do que a capacidade das vacinas baseadas em proteína S. A consequência disso é que as vacinas inativadas, como a CoronaVac, resistem mais às variantes”, disse Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.

Para especialistas que leram o estudo publicado na revista científica, ainda faltam dados para que seja possível afirmar que duas doses da CoronaVac seriam suficientes para neutralizar a Ômicron. Eles destacam que faltam dados, por exemplo, de resposta celular. Eles também lembram que o resultado observado com anticorpos neutralizantes nem sempre corresponde ao que é observado em cenários epidemiológicos reais.

Todas as vacinas aprovadas até este momento foram desenvolvidas para combater apenas a cepa original do SarS-CoV-2, que surgiu inicialmente na China. Todas elas apresentam, em maior ou menor grau, queda de eficácia em relação às variantes.

Vacinação

Independentemente do resultado desse estudo, especialistas lembram que vacinas salvam vidas. Ontem (12), em entrevista coletiva, o coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, disse que as vacinas que estão sendo aplicadas em todo o mundo ajudam a prevenir mortes e hospitalizações por covid-19.

Segundo ele, a variante Ômicron, que fez os casos de covid-19 explodirem em todo o mundo, tem sido, no geral, uma pandemia de não vacinados. “Estamos enfrentando uma pandemia dos não vacinados. E, quando se fala dos não vacinados, estamos falando das pessoas com mais de 18 anos que não completaram o seu esquema vacinal e das crianças que ainda não foram vacinadas. Esses dois segmentos é que são responsáveis por esse acréscimo no número de internações e de casos”, disse ele. “Quando dizem que esta variante é inofensiva, que os casos são leves, temos que levar em consideração que isso é resultado da vacinação. O número de pessoas que ainda se infectam é muito elevado. E internações, embora não sejam tão graves, são muito elevadas”, falou Gabbardo.

Resposta imunológica

O Instituto Butantan divulgou que um outro estudo, feito no Chile e que ainda não foi publicado, demonstrou que três doses da CoronaVac foram capazes de reforçar a resposta imunológica celular contra a variante Ômicron.

“Os primeiros resultados que obtivemos são respostas celulares, que são células chamadas linfócitos T, que reconhecem antígenos de coronavírus. Fomos capazes de medir a capacidade de reconhecimento e de resposta imune em amostras obtidas de pessoas vacinadas com duas doses da CoronaVac, mais a dose de reforço, e detectamos um nível significativo de reconhecimento da proteína S da variante Ômicron”, disse o pesquisador Alexis Kalergis, diretor do Instituto Milênio de Imunologia e Imunoterapia, professor na Pontifícia Universidade Católica do Chile, em entrevista à Rádio Pauta.

Para a pesquisa, foi analisado um grupo de 24 pessoas com ciclo vacinal completo feito com a CoronaVac e que haviam recebido uma dose de reforço do mesmo imunizante após seis meses. Amostras de sangue dos vacinados foram avaliadas em laboratório para verificar a capacidade específica dos linfócitos T em identificar cepas da variante Ômicron. “Esses linfócitos T têm a capacidade de reconhecer células infectadas para eliminá-las. Para conseguir isso, os linfócitos T também devem produzir uma molécula antiviral chamada interferon gama e nossos resultados mostram que essa molécula foi efetivamente produzida”, disse o pesquisador chileno.

Fonte/Foto: AGbr