A esperança de vida está em alta no Paraná. Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 2014 os paranaenses “ganharam” aproximadamente mais um ano e dois meses de vida. Esse ganho se deve ao aumento na expectativa de vida ao nascer. Quem nasceu há cinco anos no estado, por exemplo, tinha a expectativa de viver 76,5 anos, em média. Já quem nasceu no ano passado tem a expectativa de viver por 77,7 anos.
A expectativa de vida dos paranaenses fica bastante acima da média nacional, de 76,3 anos. Além disso, em todo o país, apenas cinco unidades da federação possuem expectativa de vida maior que a do Paraná. São eles: Santa Catarina (79,7), Espírito Santo (78,8), São Paulo (78,6), Distrito Federal (78,6) e Rio Grande do Sul (78,3).
Um dado curioso diz respeito à diferença de esperança de vida entre homens e mulheres. Enquanto um recém-nascido do sexo masculino teria a expectativa de viver 74,3 anos, uma mulher teria a expectativa de vida de 81,1 anos em 2018. As mulheres, portanto, vivem 6,8 anos (aproximadamente 6 anos e 10 meses) a mais do que os homens no Paraná, em média.
Neste ano, inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um estudo no qual aponta que as mulheres sobrevivem mais do que os homens “em todos os lugares”.
Mas afinal, por que existe essa diferença? Seriam três os principais motivos, de acordo com estudos científicos.
O primeiro deles é a questão genética. Enquanto as mulheres têm cromossos XX, os homens têm cromossomos XY. E os cromossomos X possuem muitos genes que ajudam a prolongar a vida – entre as aves, por exemplo, os machos têm duas cópias do cromossomo X e costumam viver mais do que as fêmeas.
Outro ponto é a questão hormonal, uma vez que o estrogênio, hormônio sexual feminino, atua como uma espécie de antioxidante no corpo, impedindo o envelhecimento das células.
Por fim, há ainda questões culturais e comportamentais envolvidas, como a tendência de maior virulência e a adoção de comportamentos arrsicados por parte dos homens. Além disso, as mulheres também costumam ir mais frequementemente ao médico do que os homens.
Probabilidade de sobrevivência entre 60 e 80 anos aumenta
Uma pessoa idosa que completasse 65 anos em 2018 teria a expectativa de viver por mais 19 anos, ou seja, viveria em média 84 anos. Considerando-se a diferença por sexo, a população masculina paranaense viveria em média 82,4 anos e a feminina, 85,4 anos. Em todo o país, a maior expectativa de vida para os idosos (aqueles que completam 65 anos) encontra-se no Espírito Santo (85,4 anos) e a menor, em Rondônia (81,1 anos).
A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que as probabilidades de sobrevivência entre 60 e os 80 anos de idade tivessem aumentos consideráveis entre 1980 e 2018 em todas as Unidades da Federação. No Paraná, de cada mil pessoas que chegavam aos 60 anos em 1980, 339 atingiam os 80 anos de idade (301 entre os homens e 386 entre as mulheres). Em 2018, este valor passou para 614 indivíduos (543 entre eles e 679 entre elas).
Dados Paraná
Esperança de vida ao nascer
2018 77,7
2017 77,4
2016 77,1
2015 76,8
2014 76,5
Expectativa de vida ao Nascer – Homens
2018 74,3
2017 74,0
2016 73,7
2015 73,4
2014 73,1
Expectativa de vida ao Nascer – Mulheres
2018 81,1
2017 80,8
2016 80,5
2015 80,2
2014 79,9
(BEM PARANÁ)
(Foto: Franklin de Freitas)